Autor Tópico: PC avalia greve geral e o futuro dos protestos na Grécia  (Lida 832 vezes)

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Offline Renato T

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PC avalia greve geral e o futuro dos protestos na Grécia
« Online: 12 de Dezembro de 2008, 10:27:04 »
Fonte: http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=48122

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11 DE DEZEMBRO DE 2008 - 23h13

PC avalia greve geral e o futuro dos protestos na Grécia


As lutas dos últimos dias na Grécia alcançaram um auge com a greve geral desta quarta-feira (10). Convocada desde bem antes do assassinato do jovem Andreas Grigoropoulos, a greve geral foi um extraordinário sucesso. É o que informa o presente texto, tomado da área em inglês do site do Partido Comunista da Grécia.*


. Desde a madrugada, milhares de trabalhadores formaram colunas de piquetes, fechando fábricas e lojas, detendo navios, e contrariando os esquemas furagreves. Foi impressionante  o comparecimento aos comícios e manifestações da Pame (sigla em grego da Frente Militante de Todos os Trabalhadores, Panergatiko Agonistiko Metopo, coordenação intersindical grega) em todo o país.


A Grécia entra em movimento


Dezenas de milhares de trabalhadores, estudantes de todos os níveis de ensino, famílias inteiras com os seus filhos, desafiaram o clima de medo e participaram nas manifestações. Estas deram uma forte resposta ao governo, aos mecanismos estatais e pára-estatais de repressão e intimidação e aos patrões


A ofensiva contra os direitos dos trabalhadores vive uma escalada na Grécia, a pretexto da crise. Isto se evidencia tanto no novo orçamento estatal como nos ''pacotes da crise'' lançados pelo governo e a União Européia (UE), bem como nos planos da UE para aumentar a jornada de trabalho para até 65 horas semanais.
Ao mesmo tempo, os industriais tornam-se ainda mais agressivos e provocadores. Poucos dias atrás, um destacado representante da entidade patronal ''propôs'' uma semana de trabalho de quatro dias como os caminho para sair da crise.


A semana que passou também foi marcada na Grécia por fortes mobilizações dos pequenos agricultores, com manifestações de massas e bloqueios de estradas, além de protestos dos trabalhadores por conta própria, artesãos e comerciantes.


A posição do Partido Comunista


O KKE (sigla em grego do Partido Comunista da Grécia, Kommounistikó Kómma Elládas) divulgou um comunicado sobre os acontecimentos em que ''saúda as dezenas de milhares de trabalhadores, universitários e secundaristas que participaram na greve geral e das massivas e audodefendidas manifestações de rua da Pame''.


''Saudamos especialmente as magníficas manifestações de Atenas, Salônica, Pireu, Patra, Larissa, Ioannina e outras grandes cidades que, ao longo dos últimos dias experimentaram a ação da repressão estatal e também provocações de grupos infiltrados''


Um contra-ataque popular


Estas manifestações massivas, determinadas e providas de autodefesa, contando com uma intensa participação da juventude, revelam a forma e o conteúdo do contra-ataque popular, em defesa dos direitos da classe trabalhadora, das camadas populares e da juventude, contra a ofensiva do capital, da UE e seus partidos. Elas constituem a verdadeira resposta à estratégia do governo, às tentativas de manipular e desviar num sentido politicamente inofensivo a  justa indignação de milhares de jovens que tomaram as ruas.


O KKE chama à ''continuidade e intensificação da luta'', por todas as formas, em primeiro lugar e acima de tudo via organização e ação nos local de trabalho e moradia, nas escolas e faculdades. ''Apenas um movimento massivo, organizado, militante, oposto à linha política geral da plutocracia, pode responder aos patrões, ao terrorismo e intimidação estatais, abrindo o caminho para outra perspectiva''.


Aleka: ''Uma tempestade nos atinge''


A secretária-geral do KKE, Aleka Papariga, falou à imprensa após uma audiência com o primeiro ministro Costas Karamanlis (da direitista ND, Nea Dimokratia, Nova Democracia). ''Chamamos o povo trabalhador, especialmente aqueles que por diferentes razões se afastaram nos últimos anos de um interesse ativo pela política, ou os que ainda hesitam a se organizarem nos sindicatos, nas associações por local de trabalho e moradia. É absolutamente necessário que nosso país disponha de trabalhadores de luta, pois uma grande tempestade nos atinge, devido à crise econômica e a pretexto da crise.


Aleka sublinhou a necessidade de ''um movimento de massas capaz de se autodefender''. Mas agregou que o KKE ''não iguala a justa cólera e indignação diante da morte de um adolescente com os indivíduos provocadores infiltrados'', notando que os núcleos desses grupos se originam nas autoridades governamentais e têm sido usados para dividir e quebrantar o movimento. A dirigente do KKE foi irônica ao pedir que a Syriza (sigla em grego da Synaspismós Rizospastikís Aristerás, Coalizão da Esquerda Radical, com origem no ''eurocomunismo'' e quarto maior agrupamento partidário do país, depois da ND, do Pasok e do KKE) pare de ''assediar os ouvidos dos infiltrados, com intenções postas na conquista de cadeiras (parlamentares)''.

 

Mais mobilizações


Manifestações condenando o assassinato do jovem Andreas, de 15 anos de idade, e denunciando a repressão na Grécia tiveram lugar em várias cidades européias. Em Londres, as organizações locais da KNE (Juventude Comunista) e do KKE realizaram um protesto em frente à embaixada grega. Estudantes de escolas gregas em Munique e Stutgard se manifestaram. Protestos também ocorreram em Edimburgo e Turim, por iniciativa da KNE, enquanto em Roma membros da KNE aderiram ao protesto realizado pelos Giovani Comunisti e a FGCI diante da Embaixada da Grécia.


Nesta quinta-feira (11), aconteceram novos protestos e manifestações secundaristas, enquanto a Coordenação dos do Conselho dos Estudantes de Atenas anunciou uma nova manifestação no centro de Atenas. Em todas estas ações das forças de KNE desempenham um ativo papel de liderança.


Vários jovens gregos que prestam serviço militar têm enviado mensagens de solidariedade para as suas unidades, em que condenam o assassinato do jovem Andreas, expressam inquietação e preocupação com o papel que a nova doutrina militar reserva ao exército, orientando-o para encarar o povo como inimigo.

Nunca imaginei que a Grecia faria uma coisa dessas :oba:!!
Esperava na França ou Alemanha, mas não a boa e velha terra de Platão...

Offline André Luiz

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Re: PC avalia greve geral e o futuro dos protestos na Grécia
« Resposta #1 Online: 19 de Dezembro de 2008, 09:19:41 »
Porque? Gregos sempre foram encrenqueiros,  ja aqui o povo é mansinho e aceita tudo numa boa  :(

* edit, erros de português
« Última modificação: 19 de Dezembro de 2008, 10:00:57 por André Luiz »

Offline Renato T

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Re: PC avalia greve geral e o futuro dos protestos na Grécia
« Resposta #2 Online: 19 de Dezembro de 2008, 09:25:24 »
Mansinho e aceita tudo numa boa era exatamente a visão que eu tinha da Grécia. Na verdade, não me lembro de ter ouvido falar dela fazendo alguma zona ali na Europa (seja hoje ou a 1000 anos atrás).

Offline André Luiz

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Re: PC avalia greve geral e o futuro dos protestos na Grécia
« Resposta #3 Online: 19 de Dezembro de 2008, 10:05:31 »
Nao, sempre teve altos arranca-rabos, seja internamente ou com os vizinhos


Offline Renato T

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Re: PC avalia greve geral e o futuro dos protestos na Grécia
« Resposta #4 Online: 19 de Dezembro de 2008, 10:14:34 »
Veja só... E eu que esses gregos eram comportados...

 

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