Coordenador político da Confederação Nacional dos Evangélicos, o
pastor Ronaldo Fonseca mostra, com orgulho, o estatuto do partido que
pretende criar como representação política da Assembléia de Deus. Seu
alvo é o Legislativo. Fonseca adota uma linha de pensamento que
coincide em muito com a exposta pelo bispo Edir Macedo, líder da
Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), em seu último livro Plano de
poder: Deus, os cristãos e a política – oportunamente lançado a poucas
semanas do primeiro turno de votações das eleições municipais.
– A potencialidade numérica dos evangélicos como eleitores pode
decidir qualquer pleito eletivo – prega o bispo Macedo.
A semelhança de idéias deixa clara a estratégia das diferentes
denominações de igrejas evangélicas para recuperar sua bancada no
Parlamento, fortemente abalada pelo escândalo dos sanguessugas – o
esquema de fraudes em licitações na área da saúde desbaratado pela
Polícia Federal, que culminou na prisão do ex-deputado Bispo
Rodrigues, outrora responsável pela coordenação política da Iurd, mais
uma série de parlamentares ligados à igreja. Na avaliação de
estudiosos, o Parlamento é, para os evangélicos, uma fase necessária
para cacifar sua bancada em direção a governos estaduais e,
eventualmente, à Presidência da República...
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