A Teologia da Libertação não é unânime entre os católicos, para muitos esse "movimento" não tem nenhum significado.
Dois motivos levaram ela se espalhar pelo Brasil:
- O mais conhecido é o desejo das comunidades eclesiais de base* atuarem mais em conformidade com os anseios e problemas enfrentados pelo homem comum, para os quais as missas e sacramentos não poderiam dar nada além de um alento momentâneo. Resumindo, era um inversão das palavras de Jesus: "Não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus."
- O outro motivo, não muito alardeado, foi uma espécie de mea-culpa sobre o apoio de certos setores mais conservadores da igreja ao regime militar.
Quanto as palavras de Marx, cabe lembrar que nem toda pessoa que defende teses "esquerdistas" é um marxista, então essa comparação é um tanto exagerada. Voltando um pouco no tempo, muitos intelectuais, artistas, estudantes e religiosos defendiam teses que eram o pilar do socialismo utópico: igualdade, oportunidade para todos, fim da exploração, etc. Devido a isso, angariar simpatias de personalidades da esquerda não foi muito difícil, daí a pecha de "Teologia do Socialismo".
Lembrando que, tanto o Papa João Paulo II quanto seu sucessor, jamais deram qualquer apoio a certos setores proguessistas do clero, sejam eles esquerdistas ou não. Pergunte para o Ratzinger o que ele acha da idéia de colocar um padre usando calção de banho para celebrar uma missa na praia.
*é uma espécie de pastoral mais popular.