Autor Tópico: Emily Rose  (Lida 2660 vezes)

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Offline Guardião

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Emily Rose
« Online: 01 de Janeiro de 2009, 17:50:13 »
Meus colegas, devo ao fórum o fato de mudança de atitude em relação a religião, fui criado em lar evangélico e por isto fui doutrinado a não criticar as escrituras, porem ao conhecer o fórum comeceu a te outra visão da religião e a criticar ao invés de aceitar, como é de conhecimento de todos, nenhuma religião resiste a um pensamento lógico e objetivo, me vi em meio cético em pouco tempo, porem...

... existe ainda uma pedreira no meu caminho, e isto é a fatos "não explicados" a maneira comum, por isto vou trazer um fato conhecido por muitos aqui para podermos debater e tirar de vez esta que é a maior e única dúvida que ainda reside no meu peito, acrescentarei também no decorrer do tópico um fato que chegou ao meu conhecimento e que aconteceu a quase 30 anos atrás, este fato é de uma mulher que se dizia possessa e me foi contado pela minha patroa, vou pesquizar e filtrar as informações pra poder traze-las aqui.

Eis uma das perguntas que não quer calar, as vezes observo o cristianismo e todas as suas formas e me deparo com uma que ainda não obtive uma explicação da ala cética de forma a me convencer, a possessão demoníaca.
Um dos casos que tenho conhecimento é a desta jovem, pois seu caso foi pra mídia, ja ouvi falar de um outro igual, caso este acontecido aqui no brasil a mais de 30 anos atras, este caso quem me contou foi a minha patroa, no momento em que assistíamos o filme exorcismo de Emily Rose, não creio que ela tenha mentido, antes que meus amigos céticos proponha esta opnião risadinha ,pois ja tinha ouvido este mesmo caso dos familiares dela em assunto decorrente a religião, portanto vou deixar a história de Emily enquanto depois pego com ela todos os detalhes sobre a mulher...


Emily Rose foi em realidade uma jovem alemã chamada Anneliese Michel que desde seu nascimento em 21 de setembro de 1952, desfrutava de uma vida normal sendo educada religiosamente desde muito pequena. No entanto, sem advertência sua vida mudou de uma hora para outra quando em um dia do ano de 1968 começou a tremer e se deu conta de que não tinha controle sobre seu próprio corpo. Não conseguiu chamar a seus pais, Josef e Anna, nem a nenhuma de suas três irmãs. Um neurologista da Clínica Psiquiátrica de Wurzburg, Alemanha, a diagnosticou com o "grande mau" da epilepsia. Devido aos fortes ataques epilépticos e à depressão seguinte, Anneliese foi internada para tratamento no hospital.

Anneliese Michel com 16 anos

Pouco depois de começar os ataques, Anneliese começou a ver imagens diabólicas durante suas orações diárias. Era outono de 1970, e enquanto os jovens desfrutavam das liberdades da época, Anneliese estava atormentada com a idéia de estar possuída, parecia não ter outra explicação às imagens que apareciam enquanto rezava. Como se não fosse o bastante, vozes começaram a perseguir a moça dizendo-lhe que ela ia "arder no fogo do inferno". Ela mencionou estes "demônios" aos médicos só uma vez, explicando que eles haviam começado a lhe dar estas ordens. Alguns médicos consideraram loucura, outros zombaram em silêncio e o restante se mostraram incapazes de ajudá-la; Anneliese perdeu as esperanças de que a medicina pudesse ajudá-la.


Anneliese era uma moça comum e sorridente

Começaram as buscas por ajuda de religiosos. No verão de 1973 seus pais visitaram diferentes pastores e padres solicitando um exorcismo. Seus pedidos foram recusados e recomendaram que Anneliese, agora com 20 anos, devia seguir com seu tratamento médico. A explicação dada é que o processo pelo qual a igreja comprovava uma possessão (Infestatio) era muito restrito, e até que todos os aspectos não estivesses explicados, o bispo não podia aprovar um exorcismo. Era requerido que alguns fatos já tivessem acontecidos como, por exemplo, aversão por objetos religiosos, falar em idiomas que a pessoa não conhecesse e poderes sobrenaturais.

Em 1974, após ter supervisionado Anneliese por algum tempo, o pastor Ernst Alt solicitou permissão para realizar um exorcismo ao Bispo de Wurzburg. A solicitação foi recusada e seguida de uma recomendação de que Anneliese devia receber um estilo de vida mais religioso com o propósito de que encontrasse a paz. Os ataques não diminuíram, senão que sua conduta se tornou bem mais errática.


Anneliese com ataque epilético

Na casa de seus pais em Klingenberg, insultava, batia e mordia os outros membros da família. Recusava-se a comer porque os demônios proibiam-na. Dormia no piso gelado, comia aranhas, moscas e carvão, e tinha começado a beber sua própria urina. A vizinhança toda escutava Anneliese gritar por horas enquanto quebrava os crucifixos que encontrava pela frente, destruía pinturas com a imagem de Jesus. Até que iniciou a cometer atos de auto mutilação e a andar nua pela casa fazendo suas necessidades independente do lugar onde estivesse.


Anneliese amparada pelo pai

Depois de verificar "in loco" de que realmente algo muito estranho acontecia com a moça em setembro de 1975, o Bispo de Wurzburg, Josef Stangl, ordenou ao Padre Arnold Renz e ao Pastor Ernst Alt a praticar um "grande exorcismo" baseado no "Rituale Romanum" com Anneliese. Determinou que ela devia ser salva de vários demônios, incluindo Lúcifer, Judas Iscariotes, Nero, Caim, Hitler e Fleischmann, um curandeiro do Século XVI, e algumas outras almas atormentadas que se manifestavam através dela.


Anneliese ao lado da mãe

Entre setembro de 1975 até julho de 1976 praticaram uma ou duas sessões de exorcismo por semana, os ataques de Anneliese eram tão fortes às vezes que precisava ser segurada por três homens e inclusive tiveram que amarrá-la algumas vezes. Durante este tempo, Anneliese regressou a uma vida, até certo ponto, normal. Fez os exames finais da Academia de Pedagogia de Wurzburg e ia egularmente à igreja.


Sessão de exorcismo

Os ataques, no entanto, não pararam. De fato, paralisava-lhe o corpo e caía inconsciente pouco depois. O exorcismo continuou por muitos meses mais, sempre com as mesmas orações e esconjuros. Por várias semanas Anneliese recusou-se a comer e seus joelhos sangravam pelas 600 flexões que fazia obsessivamente durante a cada sessão. Foram feitas mais de 40 gravações durante o processo com o propósito de preservar os detalhes.


Sessão de exorcismo

O último dia do rito do exorcismo foi em 30 de junho de 1976, quando Anneliese já sofria de pneumonia, havia emagrecido bastante e estava com uma febre muito alta. Exausta e fisicamente incapacitada para fazer as flexões por sua própria conta, seus pais aparavam e ajudavam-na com os movimentos. A última coisa que Anneliese disse a seus exorcistas foi:

- "... por favor, roguem pelo meu perdão" e virando-se e recostando a cabeça no ombro da mãe disse:

- "Mamãe estou com medo". Anna Michel fotografou a morte de sua filha no dia seguinte, era primeiro de julho de 1976 exatamente ao meio dia. O Pastor Ernst Alt informou às autoridades em Aschaffenburg e o Promotor geral começou uma investigação imediatamente.


Anneliese na manhã do dia 01/07/1976

Pouco tempo depois que tomaram conhecimento destes fatais eventos o filme "The Exorcist" de William Friedkin estreou nos cinemas da Alemanha, levando uma onda de histeria paranormal que infectou todo o país. Psiquiatras em toda Europa reportaram um incremento de idéias obsessivas em seus pacientes.

Os promotores do caso levaram mais de dois anos para conseguir a acusação dos exorcistas de homicídio por negligência. O "Caso Klingenberg" devia ser decidido sobre duas perguntas: O que causou a morte de Anneliese Michel e quem era o responsável?

De acordo à evidência forense, ela morreu de fome e os especialistas demandaram que se os acusados a tivessem forçado a comer uma semana antes de sua morte, Anneliese poderia ter sido salva. Uma irmã declarou que Anneliese não queria ir a uma instituição mental porque poderiam sedá-la e obrigá-la a comer. Os exorcistas trataram de provar a presença de demônios mostrando as gravações dos estranhos diálogos, quando demônios discutiam qual deles iria deixar o corpo de Anneliese primeiro. Um deles, que chamava a si mesmo de Hitler, falava com sotaque carregado (Hitler era austríaco). O fato é que nenhum dos presentes durante o exorcismo teve a mínima dúvida da autentica presença destes demônios.

Os psiquiatras, que foram chamados a testemunhar, falaram da "Doctriniarire Induction". Eles disseram que os padres tinham dado a Anneliese o conteúdo de suas condutas psicóticas aceitando sua conduta como uma forma de possessão demoníaca. Também declararam que o desenvolvimento sexual instável de Anneliese junto a sua diagnosticada epilepsia tinha influenciado a psicose.

O veredicto foi considerado, por muitos, menos rigoroso do que se esperava, os pais de Anneliese assim como os exorcistas foram considerados culpados de assassinato por negligência e de omissão de primeiros socorros. Foram sentenciados a seis meses de prisão que nunca cum,priram com liberdade condicional impetrada. O veredicto incluía a opinião da corte de que os acusados ao invés de propiciar o tratamento médico que a garota precisava, decidiram por práticas supersticiosas que agravou a já crítica condição de Anneliese.

Uma comissão da Conferência Episcopal Alemã depois declarou que Anneliese Michel realmente não estava possuída, no entanto, isto não impediu aos crentes a continuar com a luta de Anneliese, já que muitos criam em sua possessão e que o corpo dela não encontrou paz inclusive após a morte. Seu cadáver foi exumado onze anos e meio depois de ser enterrada, só para confirmar que havia se descomposto e se estava sob condições normais. Na atualidade sua sepultura permanece como um lugar de peregrinação para rezar "o terço" por aqueles que acham que Anneliese Michel lutou valentemente contra o demônio.


O túmulo de Anneliese

Depois de uma missa dominical, ao lado do padre Bob Meets, Anna, a mãe de Anneliese, fez recentemente uma de suas poucas e breves declarações a imprensa:

- "Não me arrependo do que fizemos, era o que tínhamos para combater aquele mal".


O padre Bob e Anna, a mãe, hoje com 85 anos

Apesar de ser um bom filme, "O Exorcismo de Emily Rose" desvia-se da verdadeira história de Anneliese. O filme alemão Réquiem, de Hans-Christian Schmid, centra-se no verdadeiro calvário da sofrida moça.

Antes de críticas contumazes, melhor lembrar que os pais de Anneliese eram simples devotos, não fanáticos. Ninguém incide na gravidade do transtorno e na medicação, totalmente equivocada, e os médicos lavaram as mãos neste caso.

Offline Luis Dantas

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Re: Emily Rose
« Resposta #1 Online: 01 de Janeiro de 2009, 17:57:11 »
Não vi nada particularmente surpreendente nessa história, Guardião.  Parece uma situação psicopatológica séria, nada mais.

Não é tão diferente de quadros de distúrbio borderline ou bipolar, por exemplo.

Como ela via e ouvia coisas, é provável que tivesse pelo menos um pouco de esquizofrenia também.
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline FxF

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Re: Emily Rose
« Resposta #2 Online: 01 de Janeiro de 2009, 18:04:28 »
Meu caro, antes de tudo devemos julgar o comportamento de um pessoa pela psicologia.

Primeiro que possessão não é atributo criado pela Bíblia, existe desde que o homem existe. Nem é somente criaturas maléficas que dominam os corpos. Índios são possuídos por espíritos alegres ao dançarem com a música.

Aqui neste vídeo um homem vai a um vilareijo e consegue realizar um ritual de exorcismo. Mas no final ele tira seu disfarce e explica para as pessoas como aquilo é um meio para homens de má-fé irem a seus vilareijo e extorqui-los.

(a partir de 3:03, o exorcismo em 6:00)
<a href="http://www.youtube.com/v/Zg1BsQgjyPM" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/Zg1BsQgjyPM</a>

Todos nós temos comportamentos impulsivos que nos arrependemos. Não é difícil imaginar porque a própria pessoa passaria a acreditar que não é culpa dela, é culpa do demônio.

Por outro lado, já foi demonstrado várias vezes como um hipnotizador consegue fazer pessoas acreditarem que tiveram uma experiência traumática na infância ou foram abduzidas. Então imagine como um pastor carismático ao meio de uma "grande festa" consegue fazer.

Mas, afinal de contas, nada de paranormal. As pessoas não estão quebrando as leis da física, não estão flutuando, estão só pulando e gritando. :)
« Última modificação: 01 de Janeiro de 2009, 18:17:05 por Ilovefoxes »

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Emily Rose
« Resposta #3 Online: 01 de Janeiro de 2009, 18:11:57 »
Eu vi o filme há pouco tempo.

Era só uma pessoa doente que teve suas culpas e alucinações ampliadas pelo próprio meio  religioso em que viveu.

Repararam que o "diabo" nuca encapeta algum ateu? Será que não tem "poderes" contra pessoas que não frequentam igrejas ?

Offline Guardião

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Re: Emily Rose
« Resposta #4 Online: 01 de Janeiro de 2009, 18:26:38 »
Meu caro, antes de tudo devemos julgar o comportamento de um pessoa pela psicologia.

Primeiro que possessão não é atributo criado pela Bíblia, existe desde que o homem existe. Nem é somente criaturas maléficas que dominam os corpos. Índios são possuídos por espíritos alegres ao dançarem com a música.

Aqui neste vídeo um homem vai a um vilareijo e consegue realizar um ritual de exorcismo. Mas no final ele tira seu disfarce e explica para as pessoas como aquilo é um meio para homens de má-fé irem a seus vilareijo e extorqui-los.

(a partir de 3:03, o exorcismo em 6:00)
<a href="http://www.youtube.com/v/Zg1BsQgjyPM" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/Zg1BsQgjyPM</a>

Todos nós temos comportamentos impulsivos que nos arrependemos. Não é difícil imaginar porque a própria pessoa passaria a acreditar que não é culpa dela, é culpa do demônio.

Por outro lado, já foi demonstrado várias vezes como um hipnotizador consegue fazer pessoas acreditarem que tiveram uma experiência traumática na infância ou foram abduzidas. Então imagine como um pastor carismático ao meio de uma "grande festa" consegue fazer.

Mas, afinal de contas, nada de paranormal. As pessoas não estão quebrando as leis da física, não estão flutuando, estão só pulando e gritando. :)
Por isto que trouxe o caso pra cá, eu não tenho um bom conhecimento de psicologia e também não estou mais pré-disposto a acreditar no caso acima como obra do inimigo, no caso que relatei lá em cima, sobre a mulher que fui possessa, eles afirmarão que ela sabia de coisas que permanecia oculto dos demais, hoje acrescentei uma informação nova, disse que antes da mulher ficar possessa ela tinha a visão de duas mulheres de marrom que vinha se aproximando, dançando e cantando pra ela, daí depois ela não se lembrava de mais nada, no decorrer do surto a força da tal mulher aumentava consideravelmente, era preciso mais de 3 homens para segura-la, ocorreu um fato até interessante, numa das "visitas" do irmão da igreja, ao tentar expulsar o demonio dela, ela alegou que ele não tinha autoridade pois ele era um pecador(eu ainda não descobri o pecado de tal irmão) também antes de um dos irmãos chegar na casa, ela ja dava sinal de possessidade falando compulsivamente e correndo na casa,
__ Ele não, Ele não
Uma coisa interessante é que como o arcanjo disse ela era do meio evangélico, e após eles expulsarem definitavamente o "demonio" a mulher parou de ir na igreja.

Ah esqueci, uma das minhas patroas, alegava que antes de ir dormir ela ouvia um barulho no quarto dela de peteca, como se alguem estivesse jogando peteca no quarto dela, e ao ir na casa onde estava a mulher, ela deu o surto e disse que o barulho de peteca que ela ouvia era ele indo na casa dela...

detalhe: minha patroa tinha uns doze anos na época

Offline FxF

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Re: Emily Rose
« Resposta #5 Online: 01 de Janeiro de 2009, 18:37:01 »
Aumento de força já é conhecido. Primeiro que isso é químico do cérebro, não metafísico. Segundo que não dá pra saber se é bem verdade a partir de uma história; você sabe como é, quando a história é repassada pela décima vez o peixe virou uma baleia. :)

Sobre informação obtida de uma maneira impossível, isso já é outra história. Acho que você já conhece essa discussão né?


Offline Luis Dantas

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Re: Emily Rose
« Resposta #6 Online: 01 de Janeiro de 2009, 18:46:58 »
Memórias mudam muito fácil, também.  E as mudanças de atitude, comportamento e agressividade parecem fáceis de explicar, são aliás até típicas.  No fundo não são tão diferentes das que acontecem em torcidas de futebol, por exemplo.

Acontecem porque, talvez até mesmo bioquimicamente, a pessoa precisa delas.  Um professor de psicopatologia pode elaborar mais, se você tiver acesso a algum.  Ou dê uma olhada no "Mundo Assombrado Pelos Demônios" de Carl Sagan, se ainda não o fez.
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Guardião

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Re: Emily Rose
« Resposta #7 Online: 01 de Janeiro de 2009, 19:57:30 »
Memórias mudam muito fácil, também.  E as mudanças de atitude, comportamento e agressividade parecem fáceis de explicar, são aliás até típicas.  No fundo não são tão diferentes das que acontecem em torcidas de futebol, por exemplo.

Acontecem porque, talvez até mesmo bioquimicamente, a pessoa precisa delas.  Um professor de psicopatologia pode elaborar mais, se você tiver acesso a algum.  Ou dê uma olhada no "Mundo Assombrado Pelos Demônios" de Carl Sagan, se ainda não o fez.
Ainda não li Dantas, vou confirmar amanhã no computador da farmácia pois creio que o lorde me deu ele, mas se não vou ver se acho algum na net, e sobre os fatos e verdade, e ainda por ser um fato antigo contado e visto por pessoas religiosas e supertiçiosas creio que a veracidade pode ser comprometida, porem lançei este tópico em virtude sobre o caso ser verdadeiro e debater neste caráter, gostaria de saber se alguem tem um caso semelhante pra poder trazer pra ca...

Offline Moro

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Re: Emily Rose
« Resposta #8 Online: 01 de Janeiro de 2009, 20:00:34 »
Guardião

Vamos pensar um minuto no sistema Sintoma, Causa percebida, Diagnóstico médico e Cura e levar em consideração o elemento cultural e o elemento afetvo de uma determinada pessoa que possui esse sistema citado.

Sintoma: Irritação, dor de cabeça ou no corpo.

Elemento Religioso : Religiosa, pais falam da existência de demônios para a criança, para ela isso é tão real quanto o ar que respira. A noite, ouve algumas vozes e sente um desconforto inesplicado que acaba indo embora após muita oração.

Elemento Afetivo   : Pais distantes e religiosos, são rígidos e dogmáticos com a filha. Suas vidas circundam a religião escolhida e suas referências de bem e mal são encontrados na religião que professam. A criança, agora na puberdade, se sente só e gostaria de atenção.

Antes de mais nada, as características religiosas/afetivas acima são extremamente comuns em qualquer lugar, se passou comigo e tenho certeza que a muitas pessoas neste fórum.

Agora, pegue essa criança e tente imaginar o que pode passar pela cabeça dela. Ela tem terríveis dores, anda extremamente nervosa, conhece e sabe que é verdade as histórias de demônio que foram contadas para ela desde pequena. De fato, os barulhos que ouvem a noite estão aumentando. Ela se sente culpada pela rejeição dos país e sabe que isso é por causa de influências externas demoníacas.

Neste ponto, a mente da criança pode começar a fazer associações entre sua dor, os barulhos a noite, a rejeição dos pais, a necessidade de atenção e de contato, a comunidade religiosa e o que esta preza e então, começar a acreditar que está sendo obsediada por um demônio.

A partir disso, uma série de reações iniciam, a garota começa a agir como possuída, a comunidade começa a dar atenção a seu caso, os país se aproximam da filha e ganham uma notoriedade, e temos um cenário de endominiamento.
Lembre-se que neste ponto, todos interpretam as coisas como fruto da possessão, reforçam os sintomas que parecem com a possessão e esquecem/não prestam atenção nos sintomas que descaracterizariam a possessão.

A criança não tem mais dúvida alguma. É fato. Ela tem um demônio, seu sintoma patológico aliado a crença das pessoas a fazem parecer com uma força incrível no momento que tem seus ataques. Seu caso é contado para as outras pessoas, e cada um acrescenta mais uma característica à história. Alguém citará ter visto luzes e formas na casa, barulhos de correntes e temos todas as testemunhas que precisamos.

Neste caso, um sintoma médico de TPM pode se transformar em um demônio.

Aí temos a cura. Vem um místico à sua aldeia, procede toda aquela liturgia, a garota acredita que aquilo vai expurgar seu mau, e é claro que ele é expurgado. O que sobra é apenas uma dor de cabeça.

Não podemos nunca minimizar o poder do cérebro Guardião. O órgão que vê, sente, ouve é o cérebro e quando faz isso, é influenciado pelo sistema de crenças, preconceitos, hormônios, etc..

Quanto menos crenças, preconceitos e ideologias, melhor podemos ouvir, ver e interpretar o que acontece conosco.





“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Offline Guardião

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Re: Emily Rose
« Resposta #9 Online: 01 de Janeiro de 2009, 20:16:14 »
Guardião

Vamos pensar um minuto no sistema Sintoma, Causa percebida, Diagnóstico médico e Cura e levar em consideração o elemento cultural e o elemento afetvo de uma determinada pessoa que possui esse sistema citado.

Sintoma: Irritação, dor de cabeça ou no corpo.

Elemento Religioso : Religiosa, pais falam da existência de demônios para a criança, para ela isso é tão real quanto o ar que respira. A noite, ouve algumas vozes e sente um desconforto inesplicado que acaba indo embora após muita oração.

Elemento Afetivo   : Pais distantes e religiosos, são rígidos e dogmáticos com a filha. Suas vidas circundam a religião escolhida e suas referências de bem e mal são encontrados na religião que professam. A criança, agora na puberdade, se sente só e gostaria de atenção.

Antes de mais nada, as características religiosas/afetivas acima são extremamente comuns em qualquer lugar, se passou comigo e tenho certeza que a muitas pessoas neste fórum.

Agora, pegue essa criança e tente imaginar o que pode passar pela cabeça dela. Ela tem terríveis dores, anda extremamente nervosa, conhece e sabe que é verdade as histórias de demônio que foram contadas para ela desde pequena. De fato, os barulhos que ouvem a noite estão aumentando. Ela se sente culpada pela rejeição dos país e sabe que isso é por causa de influências externas demoníacas.

Neste ponto, a mente da criança pode começar a fazer associações entre sua dor, os barulhos a noite, a rejeição dos pais, a necessidade de atenção e de contato, a comunidade religiosa e o que esta preza e então, começar a acreditar que está sendo obsediada por um demônio.

A partir disso, uma série de reações iniciam, a garota começa a agir como possuída, a comunidade começa a dar atenção a seu caso, os país se aproximam da filha e ganham uma notoriedade, e temos um cenário de endominiamento.
Lembre-se que neste ponto, todos interpretam as coisas como fruto da possessão, reforçam os sintomas que parecem com a possessão e esquecem/não prestam atenção nos sintomas que descaracterizariam a possessão.

A criança não tem mais dúvida alguma. É fato. Ela tem um demônio, seu sintoma patológico aliado a crença das pessoas a fazem parecer com uma força incrível no momento que tem seus ataques. Seu caso é contado para as outras pessoas, e cada um acrescenta mais uma característica à história. Alguém citará ter visto luzes e formas na casa, barulhos de correntes e temos todas as testemunhas que precisamos.

Neste caso, um sintoma médico de TPM pode se transformar em um demônio.

Aí temos a cura. Vem um místico à sua aldeia, procede toda aquela liturgia, a garota acredita que aquilo vai expurgar seu mau, e é claro que ele é expurgado. O que sobra é apenas uma dor de cabeça.

Não podemos nunca minimizar o poder do cérebro Guardião. O órgão que vê, sente, ouve é o cérebro e quando faz isso, é influenciado pelo sistema de crenças, preconceitos, hormônios, etc..

Quanto menos crenças, preconceitos e ideologias, melhor podemos ouvir, ver e interpretar o que acontece conosco.






Sem resposta Agnóstico, teria algum problema eu levar sua resposta pra pessoas religiosas pra poder debater com elas?

Offline Moro

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Re: Emily Rose
« Resposta #10 Online: 01 de Janeiro de 2009, 20:34:07 »
claro que não Guardião, sem problema algum
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Offline Guardião

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Re: Emily Rose
« Resposta #11 Online: 01 de Janeiro de 2009, 20:41:38 »
Sua resposta me calou, não tinha visto por este prisma, quero levar que como ja falei fui criado no evangelismo e esta é uma das questões que não tenho resposta e por ter visto o ceticismo apenas no ano passado tem coisas que gostaria de saber dos dois lados, obrigado por permitir levar sua resposta a pessoas religiosas.

Offline Zibss

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Re: Emily Rose
« Resposta #12 Online: 01 de Janeiro de 2009, 21:02:56 »
Todo exorcismo devia ser assim:
http://www.youtube.com/watch?v=Wc68rwiPZD
 :histeria:

Offline Luis Dantas

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Re: Emily Rose
« Resposta #13 Online: 01 de Janeiro de 2009, 22:26:43 »
Guardião, o livro de Carl Sagan fala sobre a triste história de um cristão sincero chamado Paul Ingram.  Procure ler a respeito dele.

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Offline Gigaview

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Re: Emily Rose
« Resposta #14 Online: 01 de Janeiro de 2009, 23:53:04 »
Não vi nada particularmente surpreendente nessa história, Guardião.  Parece uma situação psicopatológica séria, nada mais.

Não é tão diferente de quadros de distúrbio borderline ou bipolar, por exemplo.

Como ela via e ouvia coisas, é provável que tivesse pelo menos um pouco de esquizofrenia também.


[2]

Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Guardião

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Re: Emily Rose
« Resposta #15 Online: 02 de Janeiro de 2009, 09:22:49 »
Uma coisa que achei interessante, no começo a igreja católica quis permanecer de fora do problema, e disse que para poder fazer a seção de exorcismo era necessário preencher os quisitos básicos, que era a garota falar em linguas e ter algo sobrenatural no meio, não sei mas imagino que seja telecinese ou algo do gênero, porem podemos ver que eles fizeram o exorcismo daí imagino que eles obteram as provas, bem a pergunta que fica é, que resposta eles obtiveram? e alguem sabe todos estes passos que a igreja católica precisa entes de fazer o exorcismo

Offline Luis Dantas

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Re: Emily Rose
« Resposta #16 Online: 02 de Janeiro de 2009, 10:22:18 »
A ICAR tem consistentemente mostrado pouco interesse em fazer alegações de ocorrências sobrenaturais nos últimos tempos.  Imagino que em boa parte para não se desgastar à toa quando uma explicação racional se apresenta.

Segundo o Oráculo:

Citação de: http://en.wikipedia.org/wiki/Exorcism#Roman_Catholicism
Solemn exorcisms, according to the Canon law of the church, can be exercised only by an ordained priest (or higher prelate), with the express permission of the local bishop, and only after a careful medical examination to exclude the possibility of mental illness. The Catholic Encyclopedia (1908) enjoined: "Superstition ought not to be confounded with religion, however much their history may be interwoven, nor magic, however white it may be, with a legitimate religious rite." Things listed in the Roman Ritual as being indicators of possible demonic possession include: speaking foreign or ancient languages of which the possessed has no prior knowledge; supernatural abilities and strength; knowledge of hidden or remote things which the possessed has no way of knowing, an aversion to anything holy, profuse blasphemy, or sacrilege.

The Catholic Church revised the Rite of Exorcism in January 1999, though the traditional Rite of Exorcism in Latin is allowed as an option. The act of exorcism is considered to be an incredibly dangerous spiritual task. The ritual assumes that possessed persons retain their free will, though the demon may hold control over their physical body, and involves prayers, blessings, and invocations with the use of the document Of Exorcisms and Certain Supplications. Other formulas may have been used in the past, such as the Benedictine Vade retro satana. In the modern era, the Catholic Church rarely authorizes exorcism, approaching would-be cases with the presumption that mental or physical illness is in play. In mild cases the Chaplet of Saint Michael should be used.

Pelo que entendi a posição oficial da ICAR é a de que deve-se evitar o que em medicina seria chamado de "falso positivo" ao se examinar uma situação de suposto exorcismo, e preferir as explicações médicas e psicológicas quando aplicáveis.  O motivo declarado é evitar confusão de superstição, bruxaria ou magia com religiosidade.  Por isso o exorcismo ainda é praticado, mas só com autorização de um bispo e supostamente diante de evidência convincente de ocorrência sobrenatural.

Não posso dizer que discordo dela nesse particular.  É uma atitude melhor e mais sensata do que a dos neopentecostais que acabam induzindo ataques histéricos.
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Offline Guardião

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Re: Emily Rose
« Resposta #17 Online: 02 de Janeiro de 2009, 10:56:07 »
Pois é Luis, isto que me encucou em relação ao caso de Emily, afinal tendo em vista que a igreja fez o possivel pra ficar fora do caso, e creio eu que só se manifestou quando a presença do sobrenatural foi confirmada, bem a pergunta que faço é, o que aconteceu para que a igreja se manifestasse? poderia dizer realmente que foi a presença de algum tipo de ser? (não riem é sério :P) pois os surtos foram gravíssimo e muito rápido, nos mometos de lucidez dava pra ver que ela não queria realizar os atos que ela cometia, e mesmo que o surto fosse muito forte o fato dela comer carvão e inseto na minha opnião nem um doido realizaria, ainda mais um que tivesse momentos de lucidez...

Offline Barata Tenno

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Re: Emily Rose
« Resposta #18 Online: 02 de Janeiro de 2009, 11:00:09 »
Pois é Luis, isto que me encucou em relação ao caso de Emily, afinal tendo em vista que a igreja fez o possivel pra ficar fora do caso, e creio eu que só se manifestou quando a presença do sobrenatural foi confirmada, bem a pergunta que faço é, o que aconteceu para que a igreja se manifestasse? poderia dizer realmente que foi a presença de algum tipo de ser? (não riem é sério :P) pois os surtos foram gravíssimo e muito rápido, nos mometos de lucidez dava pra ver que ela não queria realizar os atos que ela cometia, e mesmo que o surto fosse muito forte o fato dela comer carvão e inseto na minha opnião nem um doido realizaria, ainda mais um que tivesse momentos de lucidez...

Como a decisão cabe a um bispo, esse pode ser mais ou menos apegado as regras da igreja.
E quanto a comer insetos e carvão, pessoas consideradas normais comem coisas piores, vide 2 girls 1 cup.
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Offline J Ricardo

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Re: Emily Rose
« Resposta #19 Online: 02 de Janeiro de 2009, 11:34:04 »
Não precisa nem ir até o mundo da bizarrice nem fetiche. Tem gente que tamanha é a fome é capaz de comer terra, acontece com muita frequência casos assim nos lugares áridos do Brasil.

Offline Guardião

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Re: Emily Rose
« Resposta #20 Online: 02 de Janeiro de 2009, 11:44:17 »
É pessoal concordo com voces, porem estou levando em conta que ela só fazia isto quando estava "possessa" o que invalida a tese, por exemplo, detesto barata e em sã conciencia eu não teria coragem sequer de matar uma quanto mais comer...
Mas o que me impressiona é a voz dela, realmene é fora de lógica a maneira como ela fala. sei o que vão falar, mas o que me impressiona é o aspecto demoniaco no rosto dela, a maneira como ela agia, assim ela machucou os joelhos fazendo os abdominais lá, caraca, nem um insano faria isto, não estou dizendo que foi o demonio pois me encontro com dificuldade de acreditar em tal ser porem quero ter absoluta certeza do que ocorreu, hoje eu vou pegar todas as informações a respeito da suposta possessão aí eu posto aqui pra gente debater...

Offline Luis Dantas

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Re: Emily Rose
« Resposta #21 Online: 02 de Janeiro de 2009, 12:25:18 »
Pois é Luis, isto que me encucou em relação ao caso de Emily, afinal tendo em vista que a igreja fez o possivel pra ficar fora do caso, e creio eu que só se manifestou quando a presença do sobrenatural foi confirmada,

Não creio que se possa confirmar presença do sobrenatural; confiar, sim, mas não confirmar.

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bem a pergunta que faço é, o que aconteceu para que a igreja se manifestasse?

No meu entender, alguma situação em que ela acreditava que os riscos de executar o exorcismo eram menores do que os de deixar de fazê-lo.  Não são necessariamente motivos sobrenaturais; existem fatores de marketing da Igreja, política interna, efeito psicológico sobre a família e reputação junto à comunidade a ser considerados também.

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poderia dizer realmente que foi a presença de algum tipo de ser? (não riem é sério :P)

Quem sabe?  Aí é uma questão de fé.

Eu pessoalmente mal reconheço a existência de "seres" humanos vivos; acho que nossas consciências são basicamente agregados instáveis e sem uma significância inerente.  Não acredito em possessões, demônios, fantasmas, almas encarnadas ou desencarnadas ou espíritos.  O mais perto disso que eu poderia conceder seria algum tipo de influência emocional do ambiente social.

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pois os surtos foram gravíssimo e muito rápido, nos momentos de lucidez dava pra ver que ela não queria realizar os atos que ela cometia, e mesmo que o surto fosse muito forte o fato dela comer carvão e inseto na minha opnião nem um doido realizaria, ainda mais um que tivesse momentos de lucidez...

Loucura leva a coisas muito mais sérias do que comer carvão e insetos.
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Offline Luis Dantas

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Re: Emily Rose
« Resposta #22 Online: 02 de Janeiro de 2009, 12:28:56 »
É pessoal concordo com voces, porem estou levando em conta que ela só fazia isto quando estava "possessa" o que invalida a tese, por exemplo, detesto barata e em sã conciencia eu não teria coragem sequer de matar uma quanto mais comer...

Hm? Como assim invalida a tese?  Surtos psicóticos são assim mesmo, surtos.

Citar
Mas o que me impressiona é a voz dela, realmene é fora de lógica a maneira como ela fala. sei o que vão falar, mas o que me impressiona é o aspecto demoniaco no rosto dela, a maneira como ela agia, assim ela machucou os joelhos fazendo os abdominais lá, caraca, nem um insano faria isto, não estou dizendo que foi o demonio pois me encontro com dificuldade de acreditar em tal ser porem quero ter absoluta certeza do que ocorreu, hoje eu vou pegar todas as informações a respeito da suposta possessão aí eu posto aqui pra gente debater...

Você tem idéias muito conservadoras sobre o que uma pessoa perturbada é capaz de fazer.  Um "verdadeiro" insano faz o que você descreveu parecer fricote.
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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Emily Rose
« Resposta #23 Online: 02 de Janeiro de 2009, 12:47:37 »
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Você tem idéias muito conservadoras sobre o que uma pessoa perturbada é capaz de fazer.  Um "verdadeiro" insano faz o que você descreveu parecer fricote.

Já fiquei sabendo pela internet de pessoas que se cortavam com navalhas ou arrancavam fios do próprio cabelo para engolir.

Uma cliente minha era psicóloga e eu fazia alguns trabalhos no consultório, então de vez em quando encontrava um garoto na sala de espera que só faltava mesmo bater a cabeça na parede.

Tinham que segurar o garoto o tempo todo.


 

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