Autor Tópico: Ladrões de sino  (Lida 373 vezes)

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Offline Herf

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Ladrões de sino
« Online: 02 de Janeiro de 2009, 15:00:25 »
Obs: ler a notícia ao som desta música:

<a href="http://www.youtube.com/v/xlLn-8QJg5E" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/xlLn-8QJg5E</a>




31/12/2008 - 08h23
Ministros participam de confraria que furtou sino de universidade gaúcha
GRACILIANO ROCHA
da Agência Folha, em Porto Alegre



Sino de bronze furtado por formandos da turma de 1968 de universidade gaúcha

Ao longo dos últimos 40 anos, ministros, juízes e advogados militam em uma confraria dedicada a esconder um sino furtado da faculdade de direito da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

Entre os membros da chamada Ordem do Sino estão o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal e atual ministro da Defesa, Nelson Jobim, o vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça, Ari Pargendler, e o corregedor do Conselho Nacional de Justiça, Gilson Dipp.

O sino de bronze, cujas badaladas marcavam o início e o fim das aulas na faculdade, foi surrupiado pelos formandos da turma de 1968 e desde então circula entre os ex-alunos, que se recusam a devolvê-lo ao patrimônio da universidade.

Em 1978, dez anos após a formatura da turma, a Ordem do Sino ganhou até um estatuto --que considera o produto do furto "símbolo da turma" e estabelece uma liturgia de alternância anual na guarda do sino.

Todos os anos, durante um jantar comemorativo em novembro, a peça troca de mãos. Segundo a advogada Maria de la Luz Kramer, que faz parte da ordem, o critério para ter o privilégio de esconder o sino da faculdade é o maior número de participações nos jantares anuais dos ex-alunos de 68.

Nelson Jobim furou a fila em 1997. Menos assíduo do que outros egressos, recebeu a "honraria" logo após se tornar ministro da mais alta corte do país. Amigos de Jobim contaram à Folha que ele guardava o sino no seu gabinete no STF.


Foto de 1998 mostra Nelson Jobim (bigode), hoje ministro, com a mão sobre sino

Pargendler já foi "agraciado" em 1988. Dipp, com retrospecto de oito jantares de ex-alunos, ainda aguarda sua vez.

"Não devolveremos o sino até que haja apenas um sobrevivente da nossa turma", diz o advogado Paulo Wainberg, 64, que guardou o sino até o final de novembro. Dos 93 formandos de 1968, 16 já morreram.

Os integrantes da Ordem do Sino minimizam a subtração do bem público. Wainberg prefere usar o vocábulo "empréstimo" a furto para designar a posse do objeto.

"Esse sino tem a história de uma das turmas mais brilhantes da faculdade. O roubo em si ficou em segundo plano. É uma história de união, somos a única turma que se reúne todo ano", defende Kramer.

Durante muito tempo, a "maçonaria" do sino guardou segredo sobre os nomes dos autores do furto. A façanha é atribuída ao ex-chefe da Casa Civil do governo Alceu Collares (1991-1994), Conrado Alvares, morto em 1992.

Ontem à tarde, a Folha confirmou que o sino furtado está em Porto Alegre, na casa do juiz aposentado Elvo Pizzato.

A peça de bronze, com cerca de 30 centímetros de altura e 10 quilos, traz gravados os nomes dos que já a esconderam.

Pargendler se recusou a comentar o caso. A reportagem não localizou Jobim nem Dipp.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u484734.shtml

Offline Südenbauer

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Re: Ladrões de sino
« Resposta #1 Online: 02 de Janeiro de 2009, 17:40:10 »
:S

Offline Týr

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Re: Ladrões de sino
« Resposta #2 Online: 02 de Janeiro de 2009, 17:57:50 »
Que frescuragem.

 

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