Autor Tópico: Castelo do Corregedor da Câmara dos Deputados virou notícia.  (Lida 970 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

Offline Ricardo RCB.

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.226
  • Sexo: Masculino
Castelo do Corregedor da Câmara dos Deputados virou notícia.
« Online: 05 de Fevereiro de 2009, 21:43:45 »
A manchete foi dada pelo O Globo, que eu não tenho acesso, então vão algumas noticias relacionadas.

Citar
Corregedor diz que castelo está em nome dos filhos e vale até R$ 25 milhões

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O deputado Edmar Moreira (DEM-MG), novo corregedor da Câmara, rebateu nesta quinta-feira as acusações de que deixou de declarar à Justiça Eleitoral a posse de um castelo, no interior de Minas Gerais, estimado em US$ 25 milhões.

Moreira disse que construiu o castelo entre 1982 e 1990, mas só veio a eleger-se para a Câmara em 1991 --quando teria declarado o imóvel à Justiça. Em 1993, Moreira disse que repassou o castelo para os filhos Leonardo e Júlio Moreira, por isso o bem não consta na sua declaração de renda.
Foto do Castelo Monalisa, de propriedade do corregedor da Câmara, Edmar Moreira
Foto do Castelo Monalisa, de propriedade do corregedor da Câmara, Edmar Moreira

"Eu tenho tudo lançado no imposto de renda. Tenho a certidão negativa do INSS do término da obra. E tenho a fonte de renda para construir o castelo. Sou empresário de segurança e houve uma época em que tive oito mil funcionários", disse para justificar o montante necessário para a construção do castelo.

Moreira garante que, no período em que foi proprietário do castelo, quando estava em obras, declarou o imóvel à Receita Federal e à Justiça. Segundo o deputado, o imóvel não está estimado em US$ 25 milhões, mas sim entre R$ 20 milhões e R$ 25 milhões. "Isso em reais, não em dólares", afirmou.

O objetivo da construção do castelo, de acordo com o parlamentar, foi contribuir para o turismo na região de São João Nepomuceno (MG), onde fica o imóvel. "A região é muito bonita, montanhosa, tínhamos o objetivo de transformá-la num centro turístico", afirmou.

O deputado disse que colocou o castelo à venda sem estar com a obra acabada, uma vez que o novo proprietário deve definir se vai manter o projeto inicial de transformá-lo em um hotel --já que o imóvel tem 36 cômodos. O democrata nega que, no interior do castelo, exista um cassino funcionando irregularmente.

O corregedor também rebateu denúncia publicada pela Folha de que teria se apropriado ilegalmente de contribuições ao INSS feitas por seus empregados da empresa de vigilância.

Na denúncia contra Moreira, que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal), consta que os impostos foram descontados dos funcionários da F.Moreira Empresa de Segurança e Vigilância Ltda., sediada em São Paulo, mas não repassados ao governo. Esta dívida, segundo a Previdência, é de R$ 1 milhão (valor de 2005, incluindo o imposto não pago, juros e multas).

"Eu não fui nem ouvido no processo. O pagamento dessa dívida foi feito, eu juntei todos os comprovantes na Justiça. É um valor 'x', que eu não vou quantificar, que foi pago", afirmou.

fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u499394.shtml

Citar
Dono de castelo descarta renunciar ao cargo de corregedor da Câmara

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O deputado Edmar Moreira (DEM-MG) afirmou nesta quinta-feira que não pretende renunciar ao cargo de corregedor da Câmara mesmo após as denúncias que envolvem o seu nome. A denúncia referem-se ao fato de o deputado não ter declarado à Justiça Eleitoral a propriedade de um castelo no valor estimado de US$ 25 milhões em São João Nepomuceno, no interior de Minas Gerais.

"Renunciar, por que? Estou sendo condenado por qual tribunal? Absolutamente [não vou renunciar]", afirmou.

O deputado também tentou explicar sua declaração na qual defendeu o fim do julgamento dos deputados pelo Conselho de Ética da Casa em casos de quebra de decoro parlamentar --repassando os processos para o Poder Judiciário. Moreira disse que foi "mal interpretado" uma vez que é favorável à "apuração rigorosa" de denúncias contra os colegas.

"Em momento nenhum eu insinuei que o Conselho de Ética deveria ser extinto. A única ressalva é que a operacionalização disso [processos de cassação] deve mudar. Eu não admito voto secreto em plenário e no Conselho de Ética o voto tem que ser aberto. Se alguém é absolvido, diz que se termina tudo em pizza. Então, eu acho que temos que encaminhar esses casos para a Justiça."

Moreira também rebateu as críticas de que foi eleito para a corregedoria com o apoio de 238 deputados porque fez promessas de que não endureceria as investigações no órgão contra os parlamentares. "Ninguém aqui me deve favor. Eu estaria insultando os colegas se dissesse que um deputado votou em mim esperando um favor", afirmou.

Na eleição para a corregedoria, Moreira venceu o deputado Vic Pires (DEM-PA), lançado oficialmente pelo DEM para a vaga da segunda vice-presidência da Câmara --que tem a função da corregedoria. Irritada com as denúncias contra o parlamentar, a cúpula do DEM ameaça impor punições a Moreira pelas acusações do castelo e da dívida do INSS.

fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u499396.shtml

Fotos do Castelo: http://noticias.uol.com.br/album/090205castelo_album.jhtm (tem que escolher o álbum do castelo).
“The only place where success comes before work is in the dictionary.”

Donald Kendall

Offline N3RD

  • Nível 37
  • *
  • Mensagens: 3.493
  • Sexo: Masculino
  • O tal do "não querer"
Não deseje.

Offline Fabulous

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.425
Re: Castelo do Corregedor da Câmara dos Deputados virou notícia.
« Resposta #2 Online: 06 de Fevereiro de 2009, 08:14:10 »
:o
MSN: fabulous3700@hotmail.com

Offline Mr. Mustard

  • Nível 39
  • *
  • Mensagens: 3.918
  • Sexo: Masculino
Re: Castelo do Corregedor da Câmara dos Deputados virou notícia.
« Resposta #3 Online: 06 de Fevereiro de 2009, 15:30:43 »
Não tem muito o que dizer: Se é fato que não houve a declaração, precisa ser punido.

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
Re: Castelo do Corregedor da Câmara dos Deputados virou notícia.
« Resposta #4 Online: 07 de Fevereiro de 2009, 01:23:45 »
Quem é o Estado?

O Estado somos nós – os três poderes formais, o Ministério Público, a imprensa, seus leitores, a sociedade que se manifesta e vota.

O escandaloso comportamento do novo Severino Cavalcanti, o deputado-corregedor Edmar Moreira (DEM-MG), na inauguração da legislatura, teve o mérito de oferecer uma panorâmica da putrefação do Legislativo. Com apenas algumas frases e um inacreditável currículo, exibiu o mau estado  do nosso Estado.

No momento em que o mundo celebra o retorno do Estado atuante, rigoroso e responsável nos é oferecida a tomografia de um Estado moralmente arruinado e deficiente.

A culpa, evidentemente, não é do governo que apoiou a chapa vitoriosa na Câmara Federal, a oposição também votou nela. A culpa não é do novo presidente da Casa do Povo,  jurista Michel Temer (PMDB-SP), que não achou necessário investigar em profundidade a biografia,  currículo e folha corrida de um de seus eventuais substitutos (o corregedor é também um dos vice-presidentes da Casa).

O castelo medieval de 30 milhões de reais construído por Edmar Moreira sem o conhecimento do fisco e da Justiça Eleitoral  não é obra recente. As aberrações que envolvem o deputado federal e seu filho, Leonardo, deputado estadual, estão sendo investigadas desde 2006.

A proposta de acabar com a corregedoria da Câmara e considerar os deputados como anjinhos que sofrem apenas de um vício, o “vício da amizade”, não resultou de um escorregão retórico. Edmar Moreira completará em breve seus 70 anos, tem 18 de carreira parlamentar, é um sólido e perfeito exemplo da estupidez, despreparo, cinismo e ganância de um grupo considerável de servidores do Estado brasileiro eleitos para protegê-lo.

Edmar Moreira é mais um caso de geração espontânea. Ninguém é responsável por seu súbito aparecimento na cena pública, cada um tenta inocentar-se alegando que cumpre escrupulosamente as suas tarefas. A culpa é sempre do outro. E o outro são todos os que aceitam, convivem e reforçam o descalabro sem protestar, indignar-se ou, pelo menos, sofrer diante de suas dimensões.

O senador José Sarney (PMDB-AP) certamente não conhece o deputado Edmar Moreira, operam em esferas, níveis e ambientes diferenciados. Mas ao ser reconduzido pela terceira vez em 14 anos à presidência da Câmara Alta, Sarney incorpora-se ao mesmo sistema que na Câmara Baixa produz um deputado que aceita o convívio com o crime e a corrupção. Sarney chefia o Legislativo, esta deformação deveria sensibilizá-lo. Não está obrigado a pronunciar-se diante cada delito cometido por um parlamentar, mas de alguma forma deveria consolar os milhões de concidadãos que esperam dos legisladores um mínimo de dignidade.

Um Legislativo desacreditado, desacredita o Estado, anula sua legitimidade. Aliena para o Executivo e o Judiciário parte de seus compromissos, desequilibra o edifício institucional. A “judicialização” da vida nacional que tanto incomoda o presidente Lula – e ele está certo em reclamar – decorre apenas da lenta e inexorável desmoralização do Legislativo. Quando os candidatos à presidência da Câmara Federal denunciavam o excesso de Medidas Provisórias encaminhadas pelo governo, assumiam plenamente o estado calamitoso de um dos sustentáculos do Estado e que, ao longo dos anos, vem abdicando de suas prerrogativas absorvido apenas pela manutenção de privilégios.

A discussão mundial sobre o papel do Estado não se limita ao campo econômico.  A crise não é apenas financeira, seus efeitos políticos logo começarão a aparecer. Conflitos sociais – espontâneos ou orquestrados – não tardarão. São inevitáveis, basta examinar o que aconteceu em todo o mundo nos anos 30 do século passado, na véspera da Segunda Guerra Mundial.

A famosa declaração do Rei Sol, Luis XIV, “O Estado Sou eu”, pode não ter acontecido, os historiadores ainda discutem sua autoria. Mas a frase completa seria ainda mais preocupante: “Eu sou a Lei, eu sou o Estado, o Estado sou eu”.

Com legisladores sob suspeita e o Legislativo aviltado, o Estado é um perigoso buraco.

http://ultimosegundo.ig.com.br/opiniao/alberto_dines/2009/02/06/quem+e+o+estado+3894937.html

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
Re: Castelo do Corregedor da Câmara dos Deputados virou notícia.
« Resposta #5 Online: 06 de Maio de 2009, 17:55:09 »
Relator deve pedir arquivamento do processo contra deputado do castelo

O deputado Sérgio Moares (PTB-RS), relator do processo contra o deputado Edmar Moreira (sem partido - MG) no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, deve pedir o arquivamento da denúncia contra o colega.

Edmar Moreira ganhou repercussão nacional por ser dono de um castelo avaliado em R$ 25 milhões em Minas Gerais, e responde a processo por quebra de decoro parlamentar por ter usado a verba indenizatória paga pela Câmara para pagamentos em sua própria empresa de segurança.

Na avaliação de Sérgio Moraes, a defesa do deputado Edmar Moreira é consistente ao alegar não ter cometido irregularidades no uso da verba, uma vez que não existia, à época, regra que impedisse o uso do dinheiro na empresa do próprio parlamentar.

“Depois do episódio das passagens aéreas, percebi que aqueles deputados que se diziam éticos bastaram pedir desculpas e a imprensa não falou mais nada. Olha o [deputado Fernando] Gabeira (PV-RJ), que é o lindo da imprensa. Ele usou passagem no exterior, pediu desculpas, e a imprensa achou lindo ele pedir desculpas”, ironizou Moares, em entrevista.

“Olha o Dagoberto (PDT-MS), se dizia o paladino da ética, o professor de Deus. Quando foram olhar, tinha 40 passagens para o exterior. Pediu desculpas, e a imprensa achou tudo bem”, continuou.

O Conselho de Ética da Câmara marcou reunião para esta quarta-feira para tratar do processo contra Edmar Moreira. De acordo com o relator, os ex-primeiros-secretários Osmar Serraglio (PMDB-PR) e Inocêncio Oliveira (PR-PE) serão questionados sobre a existência de uma resolução que proibisse os parlamentares de pedirem ressarcimento para pagar serviços de sua própria empresa. “Se o Inocêncio disser que não existia, acaba o crime dele [do Edmar Moreira]”, explicou o relator.

O relator da Corregedoria da Câmara que encaminhou o processo contra Edmar Moreira para o Conselho de Ética, o deputado José Eduardo Cardoso (PT-SP), disse que as empresas do deputado respondiam processo tributário e por isso não poderiam ter recebido dinheiro público, inclusive ressarcimento de verba indenizatória paga pela Câmara. Outra irregularidade apontada pela corregedoria é de que Moreira não possuía os contratos, nem os recibos para provar a real prestação dos serviços. Por isso, disse Cardoso, é possível que o serviço sequer tenha sido prestado.

Questionado se iria apurar esta última denúncia, o relator Sérgio Moraes alegou que não é possível provar nenhum gasto que os deputados alegam ter pagado para pedir ressarcimento. “Alguém prova que os deputados abastecem o carro? Nada dá para provar. Então 512 deputados não são investigados e o deputado Edmar Moreira é jogado no rio para as piranhas comerem?”, questionou.

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/05/06/relator+vai+pedir+arquivamento+do+processo+contra+deputado+do+castelo+5966953.html

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
Re: Castelo do Corregedor da Câmara dos Deputados virou notícia.
« Resposta #6 Online: 08 de Maio de 2009, 02:50:32 »
Deputado Edmar Moreira será réu no STF em ação sobre crimes tributários

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram nesta quinta-feira, por unanimidade, abrir ação penal contra o deputado federal Edmar Moreira (Sem Partido-MG) pela suposta autoria de crimes contra a ordem tributária e de apropriação indébita de contribuições previdenciárias dos funcionários de uma de suas empresas.

Os crimes teriam sido cometidos na gestão da F. Moreira Empresa de Segurança e Vigilância Ltda., quando o deputado deixou de repassar ao INSS as contribuições descontadas dos salários de seus empregados.

A defesa alegava que os débitos previdenciários da empresa de Moreira foram regularmente parcelados, em 2000, por meio da adesão ao Programa de Recuperação Fiscal (Refis). A adesão acabaria com a possibilidade do parlamentar ser punido pelo não pagamento das contribuições. Mas os ministros entenderam que os indícios apontados na denúncia do Ministério Público Federal em Minas Gerais justificam o acolhimento pela Corte e o consequente desenrolar da ação penal.

Moreira ganhou notoriedade nacional no início deste ano, quando veio a público que ele era proprietário de um castelo no interior de Minas Gerais. O deputado omitia o castelo, avaliado entre R$ 20 e R$ 25 milhões, de sua declaração de Imposto de Renda. Moreira também responde  a um processo no Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro parlamentar. Ele é suspeito de promover uso indevido da verba indenizatória, no valor de R$ 15 mil, a que cada deputado tem direito mensalmente.

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/05/07/deputado+edmar+moreira+sera+reu+no+stf+em+acao+sobre+crimes+tributarios++5994972.html

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
Re: Castelo do Corregedor da Câmara dos Deputados virou notícia.
« Resposta #7 Online: 12 de Maio de 2009, 19:40:16 »
Citar
Corregedor: Sérgio Morais não tem condições de relatar caso Edmar

O corregedor da Câmara, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), afirmou nesta sexta-feira (8) que o deputado Sérgio Moraes (PTB-RS) não tem condições de continuar no cargo de relator no Conselho de Ética do processo contra o deputado Edmar Moreira (Sem partido-MG) por uso indevido da verba indenizatória.

"O deputado Sérgio Morais, antes mesmo de fazer a investigação, já concluiu que o deputado Edmar Moreira não havia cometido nenhum ilícito", criticou o corregedor, referindo-se às afirmações feitas esta semana pelo relator que, aparentemente, antecipam o resultado do processo.

Para Magalhães Neto, "o deputado Sérgio Morais demonstrou total falta de condições de se manter na relatoria porque, de duas uma, ou ele não leu o parecer que foi encaminhado pela Corregedoria como representação ou, então, ele fez um prejulgamento. Em qualquer das duas hipóteses, resta a conclusão de que o deputado Sérgio Morais não tem mais a imparcialidade necessária para o trabalho de relatoria."

Opinião pública

Em entrevistas à imprensa, além das afirmações sobre o processo contra Edmar Moreira, Sérgio Morais afirmou que estava "pouco se lixando para a opinião pública".

O presidente da Câmara, Michel Temer, defendeu a imagem da instituição. "A Câmara dos Deputados respeita muito a opinião pública. Não me manifesto sobre frases de outros deputados, que tem direito a imunidade de opinião e voto", disse Temer.

"A Casa deve cuidar de sua pauta positiva, votando projetos de interesse do povo. Assim o fizemos durante esta semana e trataremos de fazer nos próximos dias", acrescentou o presidente.

Psol e DEM

Na próxima semana, as bancadas do Psol e do DEM vão apresentar formalmente ao Conselho representação pedindo o desligamento de Sérgio Morais da relatoria do caso Edmar Moreira.

"O DEM vai solicitar ao presidente do Conselho de Ética a indicação de um relator que tenha isenção. Como está há um desgaste e um prejulgamento do relator", afirmou a deputada Solange Amaral (PMDB-RJ), que integra o conselho. "O mais importante é a defesa do Congresso, que pode ter sua imagem afetada pela ação de um deputado."

Para a bancada do PSOL, o próprio Moraes infringiu o Código de Ética e Decoro Parlamentar "por antecipar e desrespeitar o devido processo legal." Se essa hipótese se confirmar o relator poderia ser processado no Conselho.

O Psol também protocolará Projeto de Resolução em que veda a indicação, para compor o Conselho de Ética, de deputados que tenham ação penal tramitando no Supremo Tribunal Federal (STF) por improbidade administrativa, corrupção, sonegação de impostos, apropriação indébita, concussão, peculato, lenocínio, sequestro e que tais, do mesmo porte.

http://www.jusbrasil.com.br/noticias/1050152/corregedor-sergio-morais-nao-tem-condicoes-de-relatar-caso-edmar
Tema relacionado com essa última notícia:
Citar
Um quarto do Conselho de Ética responde a processo

Quatro dos 15 titulares do órgão responsável por julgar a conduta dos parlamentares são alvo de ação penal ou inquérito no Supremo Tribunal Federal

Um em cada quatro membros do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados responde a procedimentos do Supremo Tribunal Federal (STF). Quatro dos 15 titulares do colegiado, responsável por avaliar a conduta dos parlamentares, são alvo de ações penais ou inquéritos que tramitam na mais alta corte do país.

Levantamento exclusivo do Congresso em Foco mostra que os deputados Sérgio Moraes (PTB-RS), Wladimir Costa (PMDB-PA), Urzeni Rocha (PSDB-RR) e Abelardo Camarinha (PSB-SP) acumulam 21 processos no STF. As acusações vão de crimes de imprensa, contra o meio ambiente e a ordem tributária a formação de quadrilha ou bando e peculato (veja a lista completa dos processos).

Abelardo Camarinha é o integrante do Conselho de Ética com maior número de pendências judiciais. São 11 no total: quatro ações penais e sete inquéritos. O ex-prefeito de Marília (SP) responde por crime de imprensa, contra a ordem tributária e a Lei de Licitações, formação de quadrilha e prática de incêndio.

Procurado pela reportagem, o advogado do deputado paulista, José Souza Júnior, atribuiu a maioria das ações a discussões políticas. “Os inquéritos e ações penais referentes a crimes de imprensa são frutos de discussão política. Para se ter uma idéia, o deputado entrou com mais de 50 ações contra o autor desses procedimentos durante disputas eleitorais”, justificou.

O advogado disse que o deputado não responde a nenhum procedimento que diga respeito ao exercício de sua atividade como parlamentar. “São ações impetradas contra ele quando foi prefeito”, completou, sem entrar no mérito das denúncias.

Declarações polêmicas

O deputado Sérgio Moraes, hoje alvo de grande polêmica dentro do Conselho, responde a duas ações penais em que é réu por crime de responsabilidade, referentes à sua passagem pela prefeitura de Santa Cruz do Sul (RS).

O petebista gaúcho foi nomeado relator da comissão que avalia a conduta do deputado Edmar Moreira (sem partido-MG), acusado de usar dinheiro público para pagar suas próprias empresas. Conforme revelou com exclusividade o Congresso em Foco, Moreira utilizou, em 2007 e 2008, R$ 236 mil da verba indenizatória para pagamento de segurança particular. Investigação de uma comissão de sindicância montada pela Corregedoria da Câmara mostrou que o parlamentar usou a verba para pagar suas próprias empresas de vigilância.

Desde que foi nomeado relator do caso, em abril deste ano, Moraes deu declarações controversas sobre as acusações feitas contra Edmar Moreira. O relator do caso chegou a dizer que o colega mineiro estava sendo usado como “boi de piranha” e que não se importava com o que os jornais e a sociedade poderiam pensar de sua posição.

"Estou me lixando para a opinião pública", afirmou Moraes aos jornalistas. "Até porque parte da opinião pública não acredita no que vocês escrevem. Vocês batem, mas a gente se reelege", acrescentou.

O festival de declarações rendeu ao deputado a destituição do cargo de relator do processo contra Edmar Moreira. Hoje, o Conselho de Ética se reúne para designar novo responsável para a elaboração de relatório sobre a conduta do parlamentar mineiro, que ganhou fama nacional após denúncias de que teria omitido de sua declaração de bens um castelo no valor de R$ 25 milhões.

Para evitar mais desgaste, o presidente do Conselho de Ética, deputado José Carlos Araújo (PR-BA), decidiu destituir a comissão encarregada de investigar o caso Edmar Moreira, formada por Sérgio Moraes, Hugo Leal (PSC-RJ) e Ruy Paulleti (PSDB-RS). Uma maneira diplomática de tirar o relator do caso. “Destituindo a comissão, sai o relator”, explicou Araújo.

Moraes diz que, se a comissão for destituída, vai ao STF, corte na qual responde às duas ações penais, recorrer da decisão do presidente do Conselho de Ética. “Já estou com a liminar pronta. Não existe nada no regimento interno que diga que se pode afastar o relator de um processo porque não se concorda com ele. O que se pode fazer é voltar contra o relatório”, argumentou. “Desafio qualquer um que tenha gravado uma declaração minha dizendo se absolvia ou condenava o deputado Edmar Moreira. Não adiantei meu relatório”, sustentou.

As pulgas e os processos

Sérgio Moraes foi presidente do Conselho de Ética da Câmara no ano passado, quando também deu declarações controversas. O deputado disse que não se sentia constrangido em assumir a presidência do Conselho de Ética mesmo sendo réu em processos no STF. “Lá na minha terra tem um ditado que diz que cão que não tem pulga ou teve ou vai ter, mesmo que seja pequena.”

Ao ser questionado ontem pela reportagem sobre as duas ações penais que responde na corte, o parlamentar foi categórico. “Serei absolvido nos dois casos”. Segundo Moraes, um dos procedimentos se refere à contratação sem licitação de médicos e enfermeiros, durante sua gestão como prefeito de Santa Cruz do Sul. O outro à instalação de um telefone público no armazém que era de propriedade de seu pai. “A contratação foi feita com autorização da Câmara e o telefone foi instalado 25 anos antes de eu me eleger prefeito”, defendeu.

Os outros dois deputados membros do Conselho que respondem a ações na Justiça não foram localizados para se pronunciar sobre os processos. Wladimir Costa, que responde a duas ações penais e um inquérito no STF, não estava em Brasília ontem. O assessor de imprensa dele não foi localizado no gabinete. A reportagem enviou e-mail ao parlamentar com o levantamento dos processos mas, até o fechamento desta edição, não obteve resposta.

Já Urzeni Rocha, que responde a cinco inquéritos no STF, por crimes como peculato e formação de quadrilha, segundo seu assessor de imprensa, estava no interior de Roraima e não podia ser contatado.

http://congressoemfoco.ig.com.br/noticia.asp?cod_canal=21&cod_publicacao=28137

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
Re: Castelo do Corregedor da Câmara dos Deputados virou notícia.
« Resposta #8 Online: 14 de Maio de 2009, 17:09:42 »
Citar
Deputado que está "se lixando" é afastado da relatoria do Conselho de Ética

O presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado José Carlos Araújo (PR-BA) decidiu nesta quarta-feira destituir o deputado Sérgio Moraes (PTB-RS) da relatoria do processo contra o deputado Edmar Moreira (MG). Nazareno Fonteles (PT-PI) foi nomeado novo relator do caso.

Moraes disse, na semana passada, que iria pedir a absolvição de Edmar Moreira, dono de um castelo avaliado em R$ 25 milhões em Minas Gerais, da acusação de uso irregular da verba indenizatória.

Questionado se esta decisão não seria mal interpretada pela sociedade, Sérgio Moraes disse que estava “se lixando” para a opinião pública.

O presidente José Carlos Araújo chegou a pedir que Moraes abrisse mão do cargo, mas, diante da recusa do colega, optou por afastá-lo. Mais cedo, Sérgio Moares tinha pedido desculpas pela declaração.

“Foi uma demonstração de humildade [o pedido de desculpas]. Mas há um impasse criado pelas declarações e apelo para que atenda a esse presidente desse conselho e decline desta relatoria, deste caso. Se assim fizer, vai resolver um problema deste conselho”, disse Araújo.

“Eu faço um apelo ao senhor presidente, deputado José Carlos Araújo, eu não vou recuar. Desculpa, eu não posso recuar. Seria a grande festa da imprensa esta noite”, alegou o ex-relator.

Sérgio Moraes avisou, após a reunião, que irá acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para ser mantido na relatoria.

Defesa e ataque

Ao longo da reunião, a deputada Solange Amaral (DEM-RJ) defendeu a substituição do deputado Sérgio Moraes da função de relator do Conselho de Ética. Na avaliação dela, ao adiantar à imprensa a intenção de pedir a absolvição de Edmar Moreira antes mesmo de ouvir as testemunhas, Mores não estaria mais apto relatar o caso.

“O papel do relator requer uma imparcialidade, requer um distanciamento necessário a que se possa produzir um relatório”, defendeu a deputada Solange Amaral, que recebeu o apoio do deputado Chico Alencar (Psol-RJ).

Em contrapartida, deputados do PTB que não fazem parte do Conselho de Ética participaram da reunião para defender o correligionário. O deputado Marcelo Ortiz, do PV de São Paulo, também defendeu que a função de relator seja confiada a Sérgio Moraes. “Ele não pode ser julgado pela imprensa. Amanhã podemos ser nós”, alertou.

Solange Amaral apresentou um requerimento pedindo a troca do relator, mas o documento não chegou a ser votado entre os deputados do Conselho de Ética. A decisão do presidente em afastar Moraes da função foi monocrática.

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/05/13/deputado+que+esta+se+lixando+e+afastado+da+relatoria+do+conselho+de+etica+6106935.html
Citar
Deputado que está "se lixando" aciona STF para se manter na relatoria

O deputado Sérgio Moraes (PTB-RS), que disse estar “se lixando” para a opinião pública, ingressou nesta quinta-feira com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ato do presidente do Conselho de Ética da Câmara, José Carlos Araujo (PR-BA) que o destituiu da função de relator do caso Edmar Moreira (MG).

O advogado do deputado Sérgio Moraes, Marco Antônio Borba, alega que o ato do presidente do Conselho foi “arbitrário” e “autoritário”. “Foi um ato autoritário por parte do presidente, sem respaldo legal previsto no regimento da Câmara nem no regimento no regimento do conselho. Foi uma atitude inédita”, disse.

Marco Antônio Borba argumenta também que a decisão de afastar Sérgio Moraes da função de relator foi tomada enquanto o plenário da Câmara estava em processo de votação, e, pelo regimento, todas as comissões deveriam ter as atividades encerradas em caso de sessão plenária ordinária. “O ato dele [do presidente do Conselho] é nulo”, observa Borba.

Polêmica

Sérgio Moraes havia sido indicado para relator o processo no Conselho de Ética contra o colega Edmar Moreira (MG), dono de um castelo avaliado em R$ 25 milhões em Minas Gerais, acusado de uso irregular da verba indenizatória.

Em entrevista à imprensa, Moraes adiantou que pediria a absolvição do colega, e disse que estava “se lixando” para a opinião pública. Deputados do DEM e do PSol pressionaram o presidente do Conselho de Ética a trocar a relatoria do caso Edmar após as declarações. 

Nesta quarta-feira, em reunião do colegiado, Moraes foi afastado do caso. Em seu lugar foi nomeado o deputado Nazareno Fonteles (PT-PI).

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/05/14/deputado+que+esta+se+lixando+aciona+stf+para+se+manter+na+relatoria+6119939.html

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
Re: Castelo do Corregedor da Câmara dos Deputados virou notícia.
« Resposta #9 Online: 15 de Maio de 2009, 16:50:42 »
STF nega pedido do deputado que está "se lixando" para relatar caso Edmar

O Supremo Tribunal Federal (STF) negou nesta sexta-feira o pedido do deputado Sérgio Moraes (PTB-RS), que disse estar “se lixando” para a opinião pública, para ser mantido na função de relator do Conselho de Ética da Câmara. A decisão foi tomada pela ministra Carmem Lúcia.

Sérgio Moraes havia sido indicado para relatar o caso contra o deputado Edmar Moreira (MG). Moreira ficou conhecido por ser dono de um castelo avaliado em R$ 25 milhões no sul de Minas Gerais e responde a processo por quebra de decoro parlamentar por uso irregular da verba indenizatória.
 
Moraes, porém, disse, em entrevista à imprensa, que iria pedir a absolvição do colega, e que estava “se lixando” para a opinião pública. Após as declarações, o presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PR-BA), o destitui da função de relator e indicou o deputado Nazareno Fonteles (PT-PI) para assumir o cargo.
 
O advogado do deputado Sérgio Moraes, Marco Antônio Borba, alegou, no mandado de segurança negado nesta sexta-feira pelo STF, que o ato do presidente do Conselho foi “arbitrário” e “autoritário”.
 
A defesa do deputado argumentou também que a decisão foi tomada enquanto o plenário da Câmara estava em processo de votação, e, pelo regimento, todas as comissões deveriam ter as atividades encerradas em caso de sessão plenária ordinária. “O ato dele [do presidente do Conselho] é nulo”, observou Borba.

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/05/15/stf+nega+pedido+do+deputado+que+esta+se+lixando+para+relatar+caso+edmar+6140927.html

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
Re: Castelo do Corregedor da Câmara dos Deputados virou notícia.
« Resposta #10 Online: 20 de Maio de 2009, 18:56:38 »
Citar
Estar se lixando dá mais votos, avalia o deputado Sergio Moraes

O deputado Sergio Moraes (PTB-RS), disse nesta quarta-feira, em sessão do Conselho de Ética da Câmara sobre o caso do deputado dono do Castelo, Edmar Moreira (Sem partido-MG), que a grande exposição que teve na mídia, devido à famosa frase de "estar se lixando para a opinião pública", lhe rendeu dividendos eleitorais. Ele agradeceu a imprensa pela exposição e disse que em seu município está com mais votos do que antes.

Segundo ele, um programa de tv fez uma pesquisa com uma urna nas ruas de sua cidade, mas não levou ao ar. "Nela, eu tive mais de 50% dos votos”, alegou.

“Eu quero agradecer a vocês [imprensa] pela exposição”, completou o deputado, destacando ainda a ida ao Programa do Jô e o fato de ter sido citado no humorístico Casseta & Planeta, ambos programas da TV Globo.

Já em relação à sua briga na Justiça, para voltar a ser o relator do caso de Edmar Moreira, Sergio disse que jogou a toalha. “Desisti, fui amordaçado”, pontuou.

A sessão do Conselho acontece nesta tarde e Edmar Moreira vai fazer sua primeira defesa pública sobre o uso da verba indenizatória em empresas de segurança de sua propriedade sem a comprovação dos serviços prestados.

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/05/20/estar+se+lixando+da+mais+votos+avalia+o+deputado+sergio+moraes+6229990.html
Citar
Deputado do castelo chora e acusa ACM Neto de perseguição

O deputado Edmar Moreira (sem partido-MG) fez sua defesa no Conselho de Ética da Câmara nesta quarta-feira. Emocionado, ele se disse vítima de acusações irresponsáveis e debitou na conta do corregedor da Câmara, ACM Neto (DEM-BA), uma suposta perseguição a qual diz ter sido vítima.

“A Comissão de Sindicância que teve como presidente [ACM Neto] um homem diretamente interessado em ceifar o meu mandato. Que isenção é essa? Que legitimidade possui esse indivíduo para averiguar qualquer ato contra minha pessoa?”, indagou.

Edmar foi além e disse que seus “detratores foram colocados a mercê de seus pais, seus avós, e não podem competir comigo nem com a maioria dos senhores e da senhora, não têm esse mérito”. “Aqueles que me acusam fazem da vida como se fosse capitania hereditária”, disse o deputado numa referência à estrutura de poder familiar de ACM na Bahia.

Durante o depoimento Edmar ainda se emocionou ao falar que é filho de um carteiro e que, diferentemente de seus “detratores”, não “teve tudo de mão beijada” e batalhou como empresário para conseguir formar seu patrimônio.

Em relação ao castelo, avaliado em R$ 25 milhões, o parlamentar alegou que o imóvel teve sua construção encerrada antes de seu primeiro mandato e repassada para o nome de seus filhos em 1993. “Por isso ele não aparece no meu imposto de renda”.

Edmar ainda negou que a acusação de ter pago, por serviços não prestados, sua própria empresa de segurança, usando dinheiro público de sua verba indenizatória. Após uma breve defesa, o deputado passou a palavra para seu advogado, que lê, neste momento, o resto da peça de defesa.

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/05/20/deputado+do+castelo+chora+e+acusa+acm+neto+de+perseguicao+6229995.html

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
Re: Castelo do Corregedor da Câmara dos Deputados virou notícia.
« Resposta #11 Online: 17 de Junho de 2009, 17:40:01 »
Relator pede cassação do deputado Edmar Moreira

O deputado Nazareno Fonteles (PT-PI), relator do Conselho de Ética, recomentou nesta quarta-feira a cassação do mandato do deputado Edmar Moreira (sem partido-MG), conhecido por ser dono de um castelo avaliado em R$ 25 milhões no sul de Minas Gerais. O parecer ainda precisa ser votado na comissão.

Moreira é acusado de usar notas fiscais de sua empresa de segurança para justificar o uso verba indenizatória, cota de R$ 15 mil mensais paga pela Câmara dos Deputados para ressarcimento de gastos com o mandato parlamentar. 

O parecer da corregedoria da Câmara, que deu início ao processo contra o deputado no Conselho de Ética, suspeita que o serviço apresentado nas notas fiscais não tenha sido realizado. Ao todo, Edmar usou as notas para justificar cerca de R$ 230 mil com segurança pessoal.

“O princípio da moralidade, por seu turno, traduz o raciocínio de que os agentes públicos não devem somente obedecer e estar em conformidade com a lei, mas em suas atividades, no seu agir, saber trilhar o que é justo, honesto e probo”, diz o voto do relator.

“A aplicação de verba indenizatória, pelo representado, no pagamento de serviços de segurança supostamente prestados por empresas de sua propriedade violou os princípios constitucionais da legalidade, moralidade e impessoalidade. (...) Os indícios provam a não prestação dos serviços de segurança pelas referidas empresas na forma descrita pelo representado em sua defesa”, concluiu o relatório.

Apesar de o voto de Nazareno Fonteles ter sido anunciado hoje, o Conselho de Ética só votará o parecer na próxima semana, pois alguns deputados anunciaram que pedirão vista do processo – recurso regimental que atrasa a análise do caso.

Caso os deputados votem pela cassação de Edmar Moreira, a punição deverá ser referendada pelo plenário, e o deputado poderá perder o mandato e ficar oito anos inelegível.  Mas, se os deputados do Conselho de Ética votarem contra o parecer de Nazareno Fonteles, o processo contra Edmar Moreira será arquivado.

Suspeitas

Em sua defesa no Conselho de Ética, Edmar Moreira negou as acusações e alegou estar sendo usado como “boi de piranha” pelos colegas. Segundo o deputado, as notas fiscais da sua empresa foram usadas durante o tempo que a Câmara ainda não possuía regras que proibissem a prática, e por isso ele não pode ser acusado de quebra de decoro parlamentar.

Durante as investigações, porém, foi descoberto que o tenente reformado da Polícia Militar de Minas Gerais, Jairo Lima, apontado por Edmar Moreira como chefe da equipe de segurança que lhe prestou os serviços ressarcidos pela Câmara, era funcionário do gabinete do deputado estadual Leonardo Moreira (DEM-MG), filho de Edmar.

Assim, surgiu a suspeita de que Jairo tenha sido usado como “laranja” de Edmar Moreira para receber a verba indenizatória da Câmara por um serviço que jamais foi prestado.

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/06/17/relator+pede+cassacao+do+deputado+edmar+moreira+6778994.html

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
Re: Castelo do Corregedor da Câmara dos Deputados virou notícia.
« Resposta #12 Online: 02 de Julho de 2009, 01:13:59 »
Citar
Conselho de Ética decide pela não cassação de deputado do Castelo

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara decidiu nesta quarta-feira por 9 votos a 4 (veja abaixo os nomes de 10 deputados que contribuíram para o resultado) pela não cassação do deputado Edmar Moreira (sem-partido – MG) acusado de usar indevidamente verba indenizatória para pagar serviços de suas próprias empresas.  A decisão do Conselho é contrária a posição do relator do processo, deputado Nazareno Fonteles (PT-PI),  que é favorável a cassação do mandato do deputado.

Para Fonteles (PT-PI), a decisão de hoje foi um acordo político. "Essa Casa precisa ter a coragem moral de apontar o caminho para recuperação da credibilidade. Vejo com muita clareza que houve a quebra do decoro parlamentar. Ela é tão evidente que de fato se caracteriza uma fraude", disse o relator. Em seu relatório, ele  afirmou que Moreira violou  o princípio da moralidade, que determina que os agentes públicos devem obedecer à lei e também buscar, em suas atividades, fazer o que é justo e honesto.

Além disso, o relator ressaltou que há indícios suficientes para comprovar que os  serviços contratados pelo deputado não foram prestados. De acordo com ele, Moreira infringiu a Constituição e o Código de Ética da Câmara por "percepção de vantagens indevidas em proveito próprio".

A defesa do deputado, no entanto, apresentada pelo advogado Sérgio Rodrigues, rebateu as "acusações" do relator e informou que todos os serviços contratados estavam dentro da legalidade. Segundo o advogado, os atos praticados não eram proibidos à época e não havia regras para gastos com verba indenizatória.

Durante a sessão, alguns parlamentares chegaram a defender penas alternativas para Edmar como a suspensão de seu mandato. Para o deputado Moreira Mendes (PPS-RO), a cassação seria um ato desproporcional. O parlamentar defendeu uma pena mais branda, como a perda das prerrogativas de deputado por seis meses. Ás vésperas da votação, a liderança do PPS, favorável a cassação, avaliou destituir seu representante no colegiado, uma vez que ele manteve posição diferente do partido. No entanto, um líder de um partido não tem poderes para excluir um filiado seu do órgão.

Novo parecer

O presidente do colegiado, deputado José Carlos Araújo (PR-BA),  nomeou nesta tarde o deputado Hugo Leal (PSC-RJ) como relator substituto para apresentar na próxima quarta-feira um novo parecer sobre o caso, confirmando a absolvição ou sugerindo uma pena alternativa. Caso Leal decida por uma pena alternativa, como a suspensão das prerrogativas regimentais do deputado, Edmar Moreira perderia o direito de falar no pequeno e no grande expediente ou relatar projetos, por exemplo.

Caso

Edmar Moreira ficou conhecido como o “dono do castelo” devido a uma propriedade avaliada em R$ 25 milhões que foi repassada para o nome de seus filhos pouco antes dele se tornar deputado Federal pela primeira vez.

Após a descoberta do castelo se descobriu que ele usou recursos de sua verba indenizatória para pagar serviços de segurança de sua própria empresa. Seu processo de cassação gira em torno da realização dos serviços, uma vez que uma comissão de sindicância, que encaminhou o processo para o Conselho de Ética, diz que apesar de pagos, os serviços nunca foram prestados.

Perfis

Veja os perfis dos 10 deputados federais que ajudaram a absolver Edmar Moreira:

-Mauro Lopes (PMDB-MG)
-Wladimir Costa (PMDB-PA)
-Sérgio Brito (PDT-BA)
-Nelson Meurer(PP-PR)
-Moreira Mendes (PPS-RO)
-Lúcio Dutra Vale (PR-PA)
-Hugo Leal (PSC-RJ)
-Urzeni Rocha (PSDB-RR)
-Sérgio Moraes (PTB-RS)
-Abstenção: Abelardo Camarinha (PSB-SP)

Entre estes deputados que ajudaram Edmar Moreira, o peemedebista Mauro Lopes (MG) cometeu o mesmo delito pelo qual o deputado "do castelo" foi investigado: usou verba indenizatória em sua própria empresa.

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/07/01/conselho+de+etica+decide+pela+nao+cassacao+de+deputado+do+castelo+7057908.html

Só para constar fui atrás dos que votaram a favor da cassação:

Citação de: [url=http://www2.camara.gov.br/homeagencia/materias.html?pk=137025]Agência Câmara[/url]
A favor da cassação:
Nazareno Fonteles (PT-PI)
Professor Ruy Pauletti (PSDB-RS)
Solange Amaral (DEM-RJ)
Roberto Magalhães (DEM-PE) (na suplência de Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), corregedor da Câmara)

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Offline Gaúcho

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 15.288
  • Sexo: Masculino
  • República Rio-Grandense
Re: Castelo do Corregedor da Câmara dos Deputados virou notícia.
« Resposta #13 Online: 02 de Julho de 2009, 11:56:33 »
Que cheiro de pizza.
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline N3RD

  • Nível 37
  • *
  • Mensagens: 3.493
  • Sexo: Masculino
  • O tal do "não querer"
Re: Castelo do Corregedor da Câmara dos Deputados virou notícia.
« Resposta #14 Online: 02 de Julho de 2009, 11:58:26 »
De calabresa!
Não deseje.

Offline Diegojaf

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 24.204
  • Sexo: Masculino
  • Bu...
Re: Castelo do Corregedor da Câmara dos Deputados virou notícia.
« Resposta #15 Online: 02 de Julho de 2009, 12:05:42 »
Se parece pizza, tem cheiro de pizza e gosto de pizza, não tenham dúvidas...
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Lua

  • Nível 40
  • *
  • Mensagens: 4.287
  • Sexo: Feminino
Re: Castelo do Corregedor da Câmara dos Deputados virou notícia.
« Resposta #16 Online: 03 de Julho de 2009, 12:15:06 »
Citar
Vale do Loire?
Não, Minas Gerais

Deputado constrói em cidade
do interior castelo do tamanho
de um palácio medieval

O dono chama-se Edmar Batista Moreira. Aos 59 anos, é um ex-capitão da Polícia Militar que, da noite para o dia, se transformou em empresário bem-sucedido e deputado federal. A dona é Júlia Fernandes, de 52 anos, nascida de uma família humilde. O casal é proprietário de um fabuloso castelo no interior de Minas Gerais. São 7.500 metros quadrados de área construída (maior que o Castelo de Neuschwanstein, nos Alpes da Baviera, que inspirou o castelo da Cinderela de Walt Disney), 32 suítes, dezoito salas, oito torres, 275 janelas, uma piscina com cascata, fontes e espelhos d'água. Fica no distrito de Carlos Alves, vilarejo de pouco mais de 1.000 habitantes e 300 casas, no município de São João Nepomuceno, a 70 quilômetros de Juiz de Fora.

O castelo de Edmar e Júlia nasceu de um desejo dela. A mulher do deputado ficou enciumada quando um irmão de Edmar, Elmar, comprou a fazenda mais bonita da região. "Se eles têm a melhor fazenda, então eu quero um castelo", teria dito. O "capitão Edmar", como é conhecido, não poupou esforços e criatividade para superar o irmão. Estima-se que, em doze anos de obras, a construção tenha consumido 10 milhões de reais – mais do que o preço de muitos castelos de verdade no interior da França. Agora, pronto em todo seu esplendor, o palácio serve de casa de campo para o casal passar os fins de semana e receber eventuais convidados. Entre eles lá esteve, em 1993, o então presidente da República, Itamar Franco.

Entra-se no castelo dos Moreira por um enorme portão de ferro. De lá, uma sinuosa estrada de 4 quilômetros percorre o quintal de 8 milhões de metros quadrados e leva até a casa. Ao longo de suas curvas, postes metálicos sustentam luminárias e caixas de som. Das oito torres do castelo, a mais alta é a que abriga no topo a suíte do casal, com 110 metros quadrados. Tem 47 metros de altura, igual a um prédio de treze andares. Cada uma das 32 suítes conta com quatro cômodos: quarto, sala de estar, closet e banheiro. O castelo está equipado, ainda, com uma cozinha industrial capaz de atender 200 pessoas, dois elevadores, sistema de aquecimento central, uma capela e um anexo de lazer, com sauna, salão de jogos e de ginástica. Também possui uma adega subterrânea climatizada, com capacidade para 8 000 garrafas. As quase três centenas de janelas são feitas de madeira sucupira. As escadarias são de granito escuro.

Filho de um carteiro de Juiz de Fora e de uma professora primária, Edmar Moreira foi criado entre oito irmãos. Influenciado pelo pai, ingressou na Polícia Militar e chegou ao posto de capitão. Sua carreira militar foi interrompida por um episódio que escandalizou a sociedade juiz-forana. Em 1968, em uma festa de réveillon no Clube D. Pedro II, ao saber que um rapaz se havia engraçado com sua mulher, Moreira foi buscá-lo em casa. Ele obrigou o moço a entrar de pijama na festa, escoltado por policiais, e humilhou-o na frente de todos. Acusado de "abuso de autoridade", o capitão foi punido e afastado da ativa. Três anos depois, formou-se em direito pela Universidade Federal de Juiz de Fora.

Com o diploma na mala, mudou-se para São Paulo, onde fundou uma empresa na área de segurança. Começou a enriquecer. Hoje tem três companhias no ramo. Segundo um dossiê elaborado por um desafeto seu e entregue anonimamente no ano passado à Polícia Federal e ao ministro da Previdência, Waldeck Ornélas, o enriquecimento de Moreira foi turbinado por algumas falcatruas. O relatório garante que o ex-capitão não paga o FGTS de seus empregados e sonega imposto de renda, INSS e ISS. O dossiê revela ainda que suas empresas mantêm um endereço de fachada em Pilar do Sul, interior de São Paulo, para escapar da tributação da prefeitura paulistana. Procurado por VEJA na semana passada, o deputado recusou-se a conversar com a reportagem.

Moreira tem dois mandatos como deputado federal, o primeiro pelo PRN de Fernando Collor e o segundo pelo PPB de Paulo Maluf. Apresentou cinco projetos, um deles propondo aumento de salário aos policiais militares. Além do castelo, é dono de um apartamento tríplex no bairro de Higienópolis, em São Paulo, onde mora, de uma mansão no Guarujá, no litoral paulista, de outra em Coronel Pacheco, terra natal de Júlia, e de vários imóveis em Juiz de Fora. Nenhum dos imóveis, porém, é motivo de tanto orgulho e zelo por parte do deputado quanto seu castelo. O deputado não permite sequer que o fotografem. Os incautos que se aproximam para usar o monumento como pano de fundo de fotos de debutantes e noivas são expulsos das cercanias pelos seguranças e, com freqüência, têm os filmes confiscados. Quer dizer, na arquitetura o ex-PM Moreira se imagina um príncipe. No comportamento, age como coronel do sertão.
Fonte: http://veja.abril.com.br/250899/p_106.html


Do fundo do baú... Veja de 25 de agosto de 1999... ::)
"Ajusto-me a mim, não ao mundo" Anais Nin

"A estupidez insiste sempre." Albert Camus

 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!