Tópico: Criacionismo é Universo de Plástico

[Xara]

Criacionismo é Universo de Plástico

João Vasco, do www.ateismo.net

Desta vez vou pôr a ciência de parte. Isto não é um argumento contra o criacionismo. É apenas uma opinião: o universo criacionista é foleiro. É feio. É piroso, bárbaro, e de mau gosto. Ainda bem que o criacionismo é falso, senão seria como viver numa caneca das Caldas. Ora vejam.

A gazela e a chita são animais nascidos para a velocidade. A gazela tem que ser rápida para não ser comida pela chita, e a chita para não morrer à fome. Compreendendo a evolução destas espécies podemos imaginar o longo conflito que moldou as duas linhagens. Algo terrível mas ao mesmo tempo belo e fascinante por ser um processo natural, sem plano, sem intenção nem maldade. Mas a chita e a gazela como criações de um ser inteligente são uma barbaridade. O seu conflito é um castigo, uma tortura com requintes de malvadez. A sua velocidade é uma ferramenta concebida para infligir o máximo sofrimento. Um acidente infeliz de um processo natural e inconsciente torna-se num mal evitável e intencional.

E a lesma. Como produto de evolução é um exemplo interessante de um processo que explora todas as possibilidades acessíveis, das mais simples às mais complexas. Mas como concepção inteligente é apenas testemunho de incompetência infantil e falta de imaginação. «Já sei! Vai ser assim tipo macaco do nariz, mas deste tamanho, e a deitar ranho! He he he.»

Outro exemplo, que me ficou na memória desde criança, é o dos peixes pulmunados africanos. Para sobreviver à seca enterram-se na lama, fechados num casulo, e podem ficar assim até dois anos à espera da chuva. Quando chove, passam umas poucas semanas a alimentar-se e a reproduzir-se freneticamente, e depois lá voltam para o buraco para mais um ano ou dois de seca (literalmente). Nem têm tempo para gozar devidamente os intervalos. Como produto de um processo natural demonstram a capacidade de adaptação das espécies. Mas é preocupante que o ser supremo tenha criado existências tão fúteis e sem sentido.

Os desastres naturais, as doenças, as 350 mil espécies de escaravelho, os parasitas intestinais e o cóccix são outros exemplos do muito que não faz sentido como criação inteligente. Às vezes (raramente) até me dá pena dos criacionistas. Vivem num universo de plástico, kitsch, cheio de aberrações e disparates incompreensíveis. Não admira que precisem de um amigo imaginário...

Fonte: http://www.novae.inf.br/site/modules.php?name=Conteudo&pid=414

[JJ]

Criacionismo é Universo de Plástico

João Vasco, do www.ateismo.net

Desta vez vou pôr a ciência de parte. Isto não é um argumento contra o criacionismo. É apenas uma opinião: o universo criacionista é foleiro. É feio. É piroso, bárbaro, e de mau gosto. Ainda bem que o criacionismo é falso, senão seria como viver numa caneca das Caldas. Ora vejam.

A gazela e a chita são animais nascidos para a velocidade. A gazela tem que ser rápida para não ser comida pela chita, e a chita para não morrer à fome. Compreendendo a evolução destas espécies podemos imaginar o longo conflito que moldou as duas linhagens. Algo terrível mas ao mesmo tempo belo e fascinante por ser um processo natural, sem plano, sem intenção nem maldade. Mas a chita e a gazela como criações de um ser inteligente são uma barbaridade. O seu conflito é um castigo, uma tortura com requintes de malvadez. A sua velocidade é uma ferramenta concebida para infligir o máximo sofrimento. Um acidente infeliz de um processo natural e inconsciente torna-se num mal evitável e intencional.

Do ponto de vista da Gazela, não acho nada belo e fascinante, apenas acho que é um terror !

No final das contas , é o problema do mal aplicado à, nada bondosa,  natureza. 


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[Fernando Silva]

Os crentes dizem que o universo era perfeito, mas o pecado original estragou tudo.

Ou, no caso de um crente hors concours, como o Erivelton:

-Deus é bondoso e não mata ninguém, mas, quando mata, não tem problema porque todos morrem um dia e assim a pessoa vai mais cedo para o céu.

-Deus criou as doenças para que pudesse nos dar a graça da cura.

[biscoito1r]

acho que é tudo uma questão de perspectiva. Geralmente eu esculto crentes dizendo "eu prefiro acreditar que quando morrer eu vou viver para sempre" e ateus dizendo "prefiro acreditar que quando morrer tudo vai se acabar, viver para sempre deve ser muito chato depois de um tempo" ou "eu prefiro acreditar que sou obra de um criador que me ama" e "prefiro acreditar que venho de um processo evolutivo do que ser uma cagada de uma divindade", o problema é que esse "prefiro" é relativo, no meu caso eu aceito que sou produto da evolução por lógica das evidencias e não pq eu "prefiro acreditar", a mesma coisa vale para esse texto sobre o universo de plástico, é tudo uma questão de perspectiva, a beleza esta nos olhos de quem vê.

[JJ]

Os crentes dizem que o universo era perfeito, mas o pecado original estragou tudo.

Há mais de um problema no  argumento dos crentes acima citado:

a) Eles atribuem ao pecado, que não passa de comportamentos humanos, o poder de um deus , qual seja o de criar coisas ou modificar milagrosamente as coisas perfeitas.  Comportamentos humanos "errados" não são deuses !


b) Antes do suposto pecado de Eva, o Gênesis já cita que deus criou bestas feras, ver Gen. 1:24, oras a predação é uma coisa perfeita ??????    Será que algum crente acharia perfeito ser mordido por um leão ?? 

Ou, no caso de um crente hors concours, como o Erivelton:

-Deus é bondoso e não mata ninguém, mas, quando mata, não tem problema porque todos morrem um dia e assim a pessoa vai mais cedo para o céu.

-Deus criou as doenças para que pudesse nos dar a graça da cura.

Quanto ao argumento do Erivelton, ele  comete a falácia de tentar redefinir a idéia de bondade para tentar incluir o assassinato. O que é ainda um tanto mais absurdo quando se considera que o deus tem poder total para fazer qualquer coisa.



No caso das doenças , o argumento é um disparate total, pois afinal quantas pessoas ficam doentes e morrem , ou ficam com seqüelas, e quantas pessoas são comprovadamente salvas por milagres (sem o uso da ciência ) ??





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[lusitano]

Caríssimos.

Cá por mim - prefiro acreditar - que a cadeia alimentar é um autêntico inferno natural. E que é um autêntico milagre, a nossa espécie ter conseguido criar alguns oásis, de relativa segurança social.

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especulativamente - artur.

[Mr. Mustard]

Infelizmente o Criacionismo é forte e está nas escolas. Ser um professor de uma escola que tem o Criacionismo no seu currículo e ainda depreciá-lo, certamente você será dispensado. Por outro lado, nos centros de pesquisa, ela não atende... É uma pena, pois o Criacionismo aliena pessoas e que dependem de teoridas comprovadas empiricamente para um simples medicamento.

[Orbe]

Recentemente discuti criacionismo com uma pessoa. Não demorou para ela levar a conversa para a existência de "um poder superior". E não demorou para chegarmos na questão das provas da existência de um deus.

Aí veio o problema: segundo ela, o que é prova para ela não o é para mim. Relativizou o conceito de prova.

O que estou até agora tentando entender é se é lógico ou pelo menos aceitável relativizar provas. O que prova para ela e não prova nada para os outros é uma prova de alguma coisa?

Dificil discutir com gente assim.

[Mr. Mustard]

Poderia exemplificar uma prova relevante à você e uma relevante a outra pessoa? (Somente para entender melhor...)

[FxF]

Acho que há uma confusão, "provar" é diferente de convencer alguém. Muitos religiosos são convencidos pela emoção e poesia ("as núvens são bonitas").

[Contini]

Acho que há uma confusão, "provar" é diferente de convencer alguém. Muitos religiosos são convencidos pela emoção e poesia ("as núvens são bonitas").

Concordo...
A ferramenta que temos no caso é aplicar o metodo cientifico, pois esse não depende da interpretação pessoal e subjetiva...

[Orbe]

Mas esse é justamente o problema. A pessoa me diz que provas pelo método científico não se aplicam à religião. Que prova científica não prova nada para ela quando o assunto é a fé. Ela espera que eu discuta sem usar ou fazer referência ao método científico.

De qualquer forma, eu desisti da discussão. Deixei ela com suas ilusões de provas relativas e fui cuidar da minha vida.