Autor Tópico: Em reunião "histórica", palestinos decidem formar Governo de união nacional  (Lida 413 vezes)

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Em reunião "histórica", palestinos decidem formar Governo de união nacional

Dirigentes dos diferentes grupos palestinos anunciaram hoje o fim de suas profundas divisões e, em uma reunião realizada no Cairo que qualificaram de "histórica", se comprometeram a criar um Governo de união nacional.

"Hoje é o dia do começo da união palestina, e que vai permitir uma nova página na história", afirmou o "número dois" do movimento palestino Hamas, Moussa Abu Marzouk, em entrevista coletiva na capital egípcia ao lado de outros dirigentes palestinos.

Aproximadamente 30 líderes de várias facções palestinas se reuniram hoje em uma só mesa com o objetivo de acabar com a crise que vêm se arrastando há meses e que levaram a combates entre eles e detenções de seus respectivos partidários.

Tudo isso enquanto a Faixa de Gaza sofria uma forte ofensiva militar de Israel, entre 27 de dezembro e 18 de janeiro, que deixou cerca de 1.400 palestinos mortos e que, surpreendentemente, aumentou ainda mais as divisões internas.

"Hoje é um dia histórico e importante, e pedimos a Deus que o trem da união continue no trilho correto, até que chegue a seu destino", disse na mesma entrevista coletiva o dirigente do Fatah Ahmed Qorei.

Em sua reunião, os dirigentes palestinos anunciaram a criação de cinco comissões que, entre outras tarefas, estarão encarregadas de anunciar a formação de um Governo de unidade.

Também se comprometeram a libertar dezenas de palestinos que estão em prisões de facções rivais, tanto em Gaza, controlada pelo Hamas, como na Cisjordânia, administrada por um Governo liderado pelo principal dirigente do Fatah, Mahmoud Abbas.

O comunicado lido por Qorei na entrevista coletiva estabelece as missões destes cinco comitês, muito parecidas com as traçadas, na abertura da reunião de hoje, pelo mediador e chefe dos serviços de inteligência do Egito, general Omar Suleiman.

A coletiva, que reuniu 13 dirigentes palestinos, deixou várias incógnitas pendentes, como os detalhes do próximo Governo de união nacional.

"O Governo de unidade, seu programa e as maneiras de aplicar suas resoluções serão discutidos pelos comitês responsáveis, e será um Governo provisório até que aconteçam as eleições", disse Qorei.

No entanto, nem Qorei nem Abu Marzuk especificaram se o Executivo será de tecnocratas ou, no caso de serem políticos, como acontecerá a distribuição dos ministérios entre as diferentes facções.

Os sinais de reconciliação surgiram às vésperas de uma cúpula internacional para a reconstrução de Gaza, na qual os dirigentes palestinos terão de assegurar aos países doadores que suas divisões internas não vão atrapalhar o fluxo de ajuda.

Em entrevista à Agência Efe, Maher al-Taher, dirigente da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), assinalou que provavelmente o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, vai liderar a delegação palestina à cúpula, que será realizada na próxima segunda-feira na localidade egípcia de Sharm el-Sheikh.

Taher disse que a entrega dos fundos doados a Gaza está relacionada com a formação do Governo. "Este assunto foi tratado nas reuniões, mas não sei como vão entregar os fundos", acrescentou.

O dirigente disse que lançou uma proposta para a formação de um comitê palestino que se encarregasse de receber as ajudas, mas essa iniciativa não foi aceita por todas as facções.

"A proposta de agora é acelerar a criação de um Governo de união nacional para que receba os fundos", acrescentou Taher.

Os dirigentes palestinos também se referiram à possibilidade de se avançar rumo a um cessar-fogo prolongado entre Israel e Hamas em Gaza.

O acordo teria como objetivo substituir a frágil trégua provisória que está vigente desde 18 de janeiro e que foi violada em várias ocasiões.

"A trégua é um projeto que ainda está com as portas abertas, mas existem condições, e se não forem cumpridas não vai haver trégua", afirmou Marzuk.

Estas condições estão ligadas à lista de presos que o Hamas e Israel querem trocar. As negociações, atualmente em ponto morto, coincidiram também com as gestões políticas em Israel para a formação de um novo Governo.

http://br.noticias.yahoo.com/s/26022009/40/mundo-reuniao-historica-palestinos-decidem-formar.html


Líderes palestinos detalham acordo de reconciliação obtido após reunião

Dirigentes palestinos divulgaram hoje um comunicado de cinco pontos no qual detalham os acordos adotados após uma reunião realizada hoje entre todos os grupos para estabelecer as bases para a reconciliação palestina.

O comunicado final foi lido pelo dirigente do Fatah Ahmed Qorei, que concedeu uma entrevista coletiva na capital egípcia acompanhado de outros dirigentes palestinos.

No texto, os líderes agradecem o papel assumido pelo Egito em favor do diálogo palestino, e reafirmam que as conversas são necessárias para superar as divisões entre os grupos e começar um novo capítulo de reconciliação.

Os dirigentes estabeleceram cinco comissões que ficarão encarregadas de criar um Governo de união nacional; analisar os problemas vinculados aos serviços de segurança palestinos e buscar a reforma dos diferentes órgãos; e reformar instituições como a Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

As duas últimas deverão fixar as bases para as próximas eleições presidenciais e legislativas, que serão realizadas dentro dos marcos legais; e de estender o espírito da reconciliação nacional e fomentar o entendimento, a tolerância e a democracia entre os grupos palestinos.

Ficou definido que os membros destas comissões serão nomeados com representantes das distintas facções palestinas e por independentes, e que começarão a trabalhar em 10 de março, em uma tarefa prevista para terminar antes do fim deste mesmo mês.

Os dirigentes acertaram a libertação de todos os detidos políticos palestinos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, e aceitaram interromper estas detenções.

Eles também decidiram evitar as trocas de acusações entre os diferentes grupos através da imprensa.

http://br.noticias.yahoo.com/s/26022009/40/mundo-lideres-palestinos-detalham-acordo-reconciliacao.html

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Re: Em reunião "histórica", palestinos decidem formar Governo de união nacional
« Resposta #1 Online: 29 de Outubro de 2009, 18:53:33 »
Hamas promete agir para impedir eleições na Faixa de Gaza

O Hamas vai combater a organização de eleições palestinas na Faixa de Gaza, marcadas para 24 de janeiro pelo presidente Mahmoud Abbas, segundo declarou nesta quarta-feira o porta-voz do Ministério do Interior controlado pelo grupo islâmico, Ehab Al-Ghsain.

"Qualquer preparação, comitê ou lista de eleitores será considerada uma ação ilegal e será combatida", afirmou Al-Ghsain. "Qualquer um envolvido nas eleições responderá por isso."

O porta-voz declarou ainda que o ministério "rejeita a realização de eleições na Faixa de Gaza porque elas foram anunciadas por alguém que não tem o direito de fazer isso e porque não há um consenso nacional sobre o pleito".

Apesar de meses de negociações mediadas pelo Egito, o Hamas não chegou a um acordo com o Fatah, a outra grande facção palestina, a qual pertence Abbas, sobre a realização de eleições nos territórios palestinos.

Mandato

O Hamas - que controla a Faixa de Gaza - não reconhece Abbas como o presidente de direito dos palestinos.

Mahmoud Abbas foi eleito em janeiro de 2005 a um mandato de quatro anos.

A Autoridade Palestina estendeu seu mandato de presidente por mais um ano para que as eleições parlamentares e para presidente pudessem ocorrer na mesma data, mas o Hamas não reconheceu essa decisão.

Na semana passada, Abbas convocou as eleições para 24 de janeiro na Cisjordânia, em Gaza e em Jerusalém Oriental.

Histórico

Nas últimas eleições parlamentares, em janeiro de 2006, o Hamas conquistou uma inesperada vitória sobre o Fatah, gerando uma onda de protestos internacionais e um boicote econômico aos territórios palestinos.

Em uma tentativa de conquistar reconhecimento internacional, o Hamas aceitou formar um governo de unidade nacional com o Fatah.

A iniciativa não funcionou e, após meses, as tensas relações entre os dois grupos explodiram em junho de 2007, quando - após confrontos armados entre as duas facções - o Hamas expulsou militantes do Fatah da Faixa de Gaza, assumindo o controle da região.

O Egito vem tentando mediar um acordo entre as duas facções há meses e propôs recentemente a realização das eleições em meados do ano que vem.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/10/091028_hamas_rc.shtml

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Re: Em reunião "histórica", palestinos decidem formar Governo de união nacional
« Resposta #2 Online: 16 de Dezembro de 2009, 19:43:15 »
Citação de: [url=http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/11/091106_analise_abbas_rc.shtml]BBC Brasil[/url]
Análise: Palestinos sem Abbas

As palavras escolhidas pelo presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, de que não tem “vontade” de concorrer à reeleição, parecem sugerir que ele pode se permitir mudar de ideia.

Mas que tipo de mudança na paisagem política seria necessária para reavivar seu desejo de ser presidente?

Concessões vindas do premiê israelense, Benjamin Netanyahu, são improváveis. Há meses ele vem recusando pedidos do governo americano para congelar os assentamentos judaicos em territórios palestinos ocupados, incluindo Jerusalém Oriental. Netanyahu não deve mudar de postura e destruir sua posição política em Israel apenas para manter Abbas no emprego.

O presidente palestino se tornou parte integrante da estratégia americana. Suas tentativas de agir favoravelmente ao presidente Barack Obama, especialmente os esforços para o arquivamento do relatório Goldstone sobre crimes de guerra na ofensiva de Gaza, lhe causaram danos entre os palestinos que devem ter influenciado sua decisão.

Se os americanos anunciassem que apoiam um Estado palestino da forma como Abbas defende, com as fronteiras de 1967, capital em Jerusalém Oriental, justiça para os refugiados palestinos e controle soberano de espaço aéreo e bordas, ele pode ser persuadido a concorrer.

Eleições

Mas Obama não conseguiu fazer com que Israel congelasse os assentamentos nem por seis meses. Será que ele aumentaria ainda mais a aposta agora?

Não é impossível, já que mais cedo ou mais tarde, os americanos vão ter que dizer que tipo de Estado palestino eles apoiam. Mas ele daria início a uma colossal batalha política com Netanyahu e seus aliados nos EUA.

De qualquer forma, Mahmoud Abbas deve permanecer no cargo por mais um tempo. Ele convocou eleições para janeiro, mas seus rivais palestinos do Hamas disseram que não apenas não participarão, mas também vão impedir qualquer um em Gaza de participar.

O órgão eleitoral palestino deve decidir entre agora e janeiro se uma eleição que exclui Gaza deve ocorrer. Alguns conselheiros de Abbas favorecem um adiamento. E já que o presidente não ameaça renunciar antes do pleito, ele deve continuar no cargo.

Sucessor

Se uma eleição acontecer e Abbas não concorrer, ele tem apenas um sucessor óbvio no Fatah.

Ele é Marwan Barghouti, o integrante mais carismático da próxima geração do Fatah.

O problema é que ele cumpre atualmente cinco sentenças perpétuas por assassinato em uma prisão israelense.

Mas mesmo preso, ele é considerado uma forte figura política. Alguns o veem como um possível futuro Nelson Mandela e seus simpatizantes podem votar nele.

Fora das prisões, não há nenhum outro líder óbvio no Fatah.

Alguns palestinos estão tão frustrados com política e o processo de paz que eles nem se importam com quem será presidente. Pesquisas recentes de opinião sugerem que a maior parte dos eleitores palestinos nem mesmo vai votar.
Citação de: [url=http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/12/091216_palestinos_rc.shtml]BBC Brasil[/url]
Mandato do presidente palestino é estendido indefinidamente

O mandato do presidente palestino, Mahmoud Abbas, foi estendido indefinidamente até a realização de novas eleições, anunciou nesta quarta-feira a Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

As eleições, originalmente marcadas para janeiro, foram adiadas por divergências entre o Hamas, grupo que controla a Faixa de Gaza e o Fatah, grupo de Abbas, que controla a Cisjordânia. Não foi marcada a data do novo pleito.

Abbas, de 74 anos de idade, havia declarado que não tentaria a reeleição por causa da falta de progresso nas negociações de paz com Israel.

O Hamas já havia dito que não reconheceria uma extensão do mandato de Abbas. O grupo não pertence à OLP, organização que reúne diversos grupos e é reconhecida internacionalmente como a representante dos palestinos.

Pressão

Analistas dizem que o presidente palestino não tem sucessores óbvios, e sua desistência poderia aumentar a pressão americana para que o governo israelense fizesse concessões.

A OLP voltou a afirmar nesta quarta-feira que não aceita voltar à mesa de negociações com Israel a menos que o governo do país interrompa a ampliação de assentamentos judaicos em áreas ocupadas.

O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, anunciou em novembro um congelamento parcial nas construções em assentamentos na Cisjordânia.

A medida foi considerada pelos palestinos insuficiente porque, além de ser apenas parcial, o congelamento não inclui as construções em Jerusalém Oriental.

Tanto a Cisjordânia como Jerusalém Oriental foram capturadas por Israel em 1967 e fazem parte dos planos palestinos para a construção de seu futuro Estado.

Os assentamentos judaicos na Cisjordânia são considerados um dos maiores obstáculos ao avanço das negociações entre os dois lados.

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