Autor Tópico: Relatório americano sobre os direitos humanos no mundo  (Lida 1061 vezes)

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Relatório americano sobre os direitos humanos no mundo
« Online: 26 de Fevereiro de 2009, 20:52:55 »
EUA apontam violações dos direitos humanos no mundo e em casa

Além de apontar os países onde a situação dos direitos humanos se deteriorou, os Estados Unidos prometeram considerar as preocupações mundiais envolvendo seus próprios problemas em relação a esse tema, no relatório anual do Departamento de Estado americano sobre os direitos humanos, divulgado nesta quarta-feira.

"Não buscaremos apenas viver de acordo com nossos ideais em território americano, perseguiremos também mais respeito pelos direitos humanos em outras nações, para todos os povos do mundo", afirma a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, no prefácio do relatório.

O estudo sobre a situação dos direitos humanos ao redor do mundo destaca quadros preocupantes, em países como Coréia do Norte, China, Zimbábue, Rússia e outros países da ex-União Soviética.

O texto classifica como um "retrocesso" a situação em alguns países, onde os governos ignoraram as exigências do povo por mais liberdade individual e política, explicando que as violações mais graves tendem a acontecer em locais sem uma liderança unificada ou imersos em um caos administrativo.

"Juntas, estas três tendências confirmam a necessidade contínua de uma diplomacia vigorosa por parte dos Estados Unidos, que deve se colocar e agir contra as violações dos direitos humanos - ao mesmo tempo em que revê sua própria situação", pondera o relatório.

Em uma surpreendente introdução, o documento fala sobre as preocupações internacionais em relação à situação dos direitos humanos nos EUA, aludindo a denúncias de tortura e abusos cometidos contra prisioneiros como parte da chamada "guerra ao terror".

"Enquanto publicamos este relatório, o departamento de Estado se mantém consciente das atenções sobre o registro doméstico e internacional dos Estados Unidos", afirma.

"Como o presidente (Barack) Obama deixou claro, 'nós rejeitamos como falsa a escolha entre nossa segurança e nossos ideais'".

O relatório informa que não considera outros pontos de vista sobre a situação dos direitos humanos nos Estados Unidos como uma interferência em seus assuntos internos, da mesma maneira que "nenhum outro governo deve considerar opiniões sobre sua situação como tal".

"Nós, como todas as outras nações soberanas, temos o dever internacional de respeitar os direitos humanos universais e a liberdade de nossos cidadãos, e é responsabilidade de outros falarem, se acreditarem que este dever não está sendo cumprido".

O documento pinta um cenário preocupante sobre as condições de violação dos direitos humanos ao redor do mundo, principalmente em países que costumam aparecer no relatório anual.

A Rússia, por exemplo, "segue sua trajetória negativa, em sua situação doméstica dos direitos humanos, com inúmeros registros de problemas de ordem governamental e social e abusos ao longo de todo o ano".

"Em comparação com o ano anterior, houve em Cuba um aumento da supressão da liberdade de expressão e de associação", aponta o texto.

"Na Venezuela, a comunidade de organizações não governamentais advertiu sobre uma erosão dos direitos democráticos e dos direitos humanos, com conseqüências potencialmente severas", acrescenta.

A descrição da situação na Coréia do Norte, por sua vez, se baseia em "informes sobre execuções extrajudiciais, desaparecimentos e detenções arbitrárias, incluindo de prisioneiros políticos".

O histórico da China "se manteve pobre e piorou em algumas áreas", avalia o texto, explicando que as autoridades "cometeram execuções extrajudiciais e tortura, obtiveram confissões de prisioneiros mediante coação e trabalhos forçados".

O Irã, por sua vez, "intensificou sua campanha sistemática de intimidação contra reformistas, acadêmicos, jornalistas e dissidentes através de prisões arbitrárias, tortura e julgamentos secretos que ocasionalmente terminam em execuções", segundo o departamento de Estado.

O Egito, aliado próximo dos Estados Unidos, permite "sérios" abusos dos direitos humanos, incluindo tortura e censura, indica o relatório.

http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/090225/mundo/eua_dh_3


EUA prometem melhorias na política de direitos humanos

O Governo dos Estados Unidos se comprometeu hoje a melhorar sua política de direitos humanos em solo americano, depois de divulgar algumas das críticas que recebeu da comunidade internacional.

"O Governo dos EUA continuará escutando e respondendo sem rodeios as preocupações sobre nossas próprias práticas", assegurou a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, na introdução do "Relatório sobre a Situação dos Direitos Humanos no Mundo", publicado hoje.

O Departamento de Estado americano apresenta anualmente ao Congresso este documento, no qual analisa a situação dos direitos humanos no mundo e que serve para marcar a pauta de sua política externa.

"A promoção dos direitos humanos é uma peça essencial em nossa política externa", afirmou Hillary, que assegurou que as leis, as políticas e as práticas dos Estados Unidos nesta matéria "evoluíram consideravelmente nos últimos anos e isso continuará acontecendo".

A secretária de Estado americana citou como exemplo o decreto assinado pelo presidente dos EUA, Barack Obama, em 22 de janeiro, dois dias após assumir o cargo, ordenando o fechamento da prisão de Guantánamo.

"Nós e outras nações soberanas temos a obrigação com a comunidade internacional de respeitar os direitos humanos e as liberdades universais de nossos cidadãos, e a responsabilidade de denunciar quando acreditamos que isso não está acontecendo ", disse Hillary.

Os Estados Unidos iniciaram uma etapa de revisão de sua política internacional em relação a algumas regiões do mundo, o que levou a chefe da diplomacia americana iniciar uma série de viagens internacionais para estabelecer novos laços.

http://br.noticias.yahoo.com/s/25022009/40/mundo-eua-prometem-melhorias-na-politica.html


EUA criticam direitos humanos em Cuba e Venezuela

O Governo dos Estados Unidos criticou hoje países como Venezuela, Cuba e Nicarágua em seu relatório anual sobre a situação dos direitos humanos no mundo, mas destacou avanços em outros como Colômbia e Guatemala.

No documento, divulgado hoje pelo Departamento de Estado, o Governo denuncia que, em Cuba, aumentou a repressão à liberdade de expressão e associação, enquanto na Venezuela há uma "deterioração" dos direitos democráticos e humanos.

Grande parte do amplo relatório entregue hoje ao Congresso é dedicada à América Latina e ao Caribe, onde em alguns países foram registradas, segundo os EUA, ameaças à liberdade de imprensa, intimidações, fraude e violência em certos processos eleitorais, e o uso de referendos constitucionais para enfraquecer a liberdade democrática.

De modo geral, o Governo americano acha que as instituições eleitorais na região mantiveram a independência e o rigor adquiridos nos últimos anos, já que vários processos, como as eleições presidenciais no Paraguai, as primárias em Honduras e os referendos na Bolívia e no Equador transcorreram de maneira livre e justa.

No entanto, houve exceções no caso da Nicarágua, onde os pleitos municipais estiveram "infestados de fraude generalizada, intimidação e violência", enquanto na Venezuela quase 300 candidatos, a maioria da oposição, foram impedidos de disputar a eleição devido a infrações administrativas.

Em alguns casos, acrescenta os EUA, Governos da região usaram processos democráticos, como referendos constitucionais, para assegurar "políticas que ameaçavam enfraquecer as liberdades e instituições democráticas, reduzir os controles ou se consolidarem no Poder Executivo".

Sobre o Equador, o Departamento de Estado destaca que a nova Constituição obriga a imprensa a emitir programas governamentais, o que gera preocupações sobre a liberdade de expressão e de imprensa.

O relatório também menciona a Venezuela, onde foram aprovadas leis com aspectos de outras rejeitadas no plebiscito de 2007.

O Governo também constata "ameaças" à liberdade de imprensa, principalmente na Venezuela e na Nicarágua.

Por sua vez, a Bolívia, "de modo geral", respeitou a liberdade de imprensa, mas continuou mantendo uma relação "antagônica" com os meios de comunicação.

Em relação a Cuba, os EUA constataram que no ano passado foi intensificado o assédio a dissidentes do regime, o que aumentou o número de detenções por períodos curtos e sem apresentação de acusações para "intimidar" ativistas e impedir que eles se organizem.

Por outro lado, o Departamento de Estado avaliou a os esforços do Governo colombiano por melhorar o respeito aos direitos humanos, e destaca que os assassinatos e sequestros diminuíram em 2008.

Apesar disso, adverte, "persistem vários problemas sociais e abusos governamentais de direitos humanos".

Os EUA também elogiaram a Guatemala pelos esforços para melhorar a situação dos direitos humanos, mas destaca a violência, a impunidade e a corrupção que ainda assolam o país.

http://br.noticias.yahoo.com/s/25022009/40/mundo-eua-criticam-direitos-humanos-cuba.html


EUA criticam China e Rússia em relatório sobre direitos humanos

Os Estados Unidos criticaram a China nesta quarta-feira em seu relatório anual sobre os direitos humanos, uma semana após a secretária de Estado, Hillary Clinton, ter minimizado preocupações sobre direitos humanos durante visita a Pequim. O relatório do Departamento de Estado citou o Brasil e apontou problemas da polícia, incluindo casos de "abuso" e "tortura".

O documento também analisou a Rússia, dizendo que as liberdades civis no país estão "sob cerco" e que a guerra com a Geórgia, em agosto do ano passado, causou grandes baixas civis.

Em uma análise dos direitos humanos em mais de 190 países em 2008, o Departamento de Estado criticou muitos de seus alvos usuais, incluindo Paquistão, Afeganistão, Coreia do Norte, Cuba, Irã, Iraque, Sudão, Somália, Mianmar e Zimbábue.

"Os abusos aos direitos humanos mais sérios tendem a ocorrer em países onde governantes têm poderes incontroláveis ou onde há falha ou colapso do governo, muitas vezes causados ou agravados por conflitos internos ou externos", disse o relatório anual, que regularmente causa revolta de governos alvos de críticas.

O relatório abrange o último ano do governo do ex-presidente George W. Bush, criticado por seu histórico de direitos humanos, incluindo métodos interrogatórios usados em detentos e a prisão de Guantánamo.

O novo presidente dos EUA, Barack Obama, determinou o fechamento de Guantánamo em até um ano e adotou uma linha mais dura contra possíveis torturas de suspeitos de terrorismo. Hillary apoiou a nova política no início do relatório.

"O estímulo aos direitos humanos é uma peça essencial da nossa política externa", ela disse. "Não somente tentaremos viver nossos ideais em solo norte-americano, mas seguiremos em busca de um respeito maior aos direitos humanos enquanto nos envolvemos com outros países e povos pelo mundo".

O histórico de respeito aos direitos humanos na China "segue ruim e piorou em algumas áreas", de acordo com o relatório.

"O governo chinês aumentou a detenção e perseguição a dissidentes, peticionários, defensores de direitos humanos e advogados de defesa", disse o documento. "Outras violações sérias dos direitos humanos incluem execuções extrajudiciais, tortura e confissões coagidas de detentos, e o uso de trabalho forçado."

Há anos os Estados Unidos têm acusado a China de violações dos direitos humanos e pressiona Pequim a conceder maior autonomia ao Tibete, mas em sua visita na semana passada, Hillary disse que os esforços conjuntos em aliviar a crise econômica mundial, combater as mudanças climáticas e frear as ambições nucleares da Coreia do Norte foram as prioridades.

Grupos de direitos humanos criticaram a postura de Hillary, enfraquecendo os argumentos dos EUA sobre direitos humanos.

O relatório citou o Brasil, destacando força excessiva e abuso da polícia, falta de treinamento e aparelhamento e a ligação de policiais com esquadrões da morte e milícias.

"Em vários casos, policiais usaram de força letal indiscriminada durante detenções. Em alguns casos, civis morreram após tortura de policiais", disse o documento. "Em outros casos, os policiais se comportaram como criminosos."

O documento apontou chacinas em cidades brasileiras, além de criticar as condições dos presídios, a tortura de detentos e o sistema judiciário do país, classificando-o de "ineficiente, e, muitas vezes, alvo de intimidação e de influências políticas e econômicas".

http://br.noticias.yahoo.com/s/reuters/090225/mundo/mundo_eua_relatorio_direitos_1

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Re: Relatório americano sobre os direitos humanos no mundo
« Resposta #1 Online: 26 de Fevereiro de 2009, 21:06:21 »
Não sei porque mas sinto cheiro de balela quando ouço algo a respeito da preocupação dos governantes americanos em relação aos direitos humanos.
::)

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Re: Relatório americano sobre os direitos humanos no mundo
« Resposta #2 Online: 26 de Fevereiro de 2009, 21:07:43 »
Outras notícias sobre o relatório (só os links dessas para não ficar excessivamente longo):

EUA: situação dos direitos humanos piorou em Cuba, Venezuela, China, Irã e Egito
EUA: situação dos direitos humanos em Cuba piorou
Violência contra mulheres é principal problema no Uruguai, dizem EUA
Relatório dos EUA critica corrupção no Paraguai
Chile registrou melhoras em direitos humanos, afirmam EUA
EUA alertam para "pouca independência" do Judiciário na Argentina
EUA apontam abusos no Brasil sobre direitos humanos
EUA criticam impunidade no Brasil em relatório sobre direitos humanos

E agora, as reações:

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Rússia responde às críticas dos EUA a direitos humanos no país

A Rússia rejeitou hoje as críticas feitas pelos Estados Unidos em relação à violação dos direitos humanos, ao declarar que as acusações do Departamento de Estado americano se baseiam em "dados não comprovados".

O relatório, divulgado na quarta-feira pelo Departamento de Estado americano, contém "outro pacote de acusações baseadas de novo em dados não comprovados", afirmou o Ministério de Assuntos de Exteriores da Rússia em comunicado à imprensa.

No documento, a Rússia é criticada por ter seguido uma "trajetória negativa" de maneira geral sobre os direitos humanos, com "muitos relatos de problemas e abusos no plano político e social", entre eles durante o conflito na Geórgia.

"Infelizmente, nesse documento os novos enfoques e critérios dos quais tanto falam os representantes da nova Administração dos EUA não se deixam sentir", afirma a nota oficial.

O comunicado acrescenta que, em assuntos relacionados à defesa dos direitos humanos, "não fazem falta sermões em tom de mentor, e sim um diálogo respeitoso e equitativo entre ambas as partes, que a Rússia sempre está disposta a manter com os aliados Estados Unidos e União Europeia (UE)".

O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, disse, por sua vez, que não tinha lido o último relatório anual do Departamento de Estado, que "tradicionalmente expõe determinadas porções de críticas, em particular à Rússia", segundo outro comunicado da Chancelaria.

"Não evitamos conversar sobre quaisquer assuntos com nossos aliados, seja EUA ou UE. O problema dos direitos humanos está presente tradicionalmente na agenda de nosso diálogo e estamos dispostos a tratar das preocupações de nossos parceiros", ressaltou.

"Sim, temos problemas no âmbito dos direitos humanos, mas nós mesmos o reconhecemos honestamente e publicamos nossos próprios relatórios anuais", disse Lavrov, que pediu a outros países a mesma atitude autocrítica.

http://br.noticias.yahoo.com/s/26022009/40/mundo-russia-responde-criticas-dos-eua.html

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Venezuela reage a relatório dos EUA sobre direitos humanos

O governo da Venezuela repudiou na quinta-feira como "falso e ingerencista" o conteúdo de um relatório do Departamento de Estado norte-americano segundo o qual os direitos humanos do país sul-americano sofreram uma piora no ano de 2008.

O documento, divulgado na quarta-feira, afirma que a politização da Justiça, o assédio à oposição política e aos meios de comunicação marcaram a situação dos direitos civis e democráticos na Venezuela, que mantém tensas relações diplomáticas com Washington.

"O governo da República Bolivariana da Venezuela ... rechaça da forma mais categórica e firme a publicação, por parte do Departamento de Estados dos Estados Unidos, de um relatório no qual se pretende avaliar o estado geral dos direitos humanos em diversos países do mundo, entre eles a Venezuela", disse o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela em uma nota.

Mais tarde, o chanceler Nicolás Maduro disse que Caracas fez vários chamamentos ao novo governo de Washington para que cesse o que chamou de "práticas imperiais", as quais, acrescentou, são repudiadas por todos os países da América Latina.

"Desconhecemos, repudiamos e rechaçamos qualquer tentativa desse relatório ou de qualquer outro informe de qualquer instância do Estado norte-americano de imiscuir-se nos assuntos internos da Venezuela," afirmou.

Em seu relatório anual que avalia a situação dos direitos humanos em 2008 em mais de 190 países, os Estados Unidos criticaram a China e a Rússia, além de outros alvos habituais, como Paquistão, Afeganistão, Coréia do Norte, Cuba, Irã, Iraque, Sudão, Somália, Mianmar e Zimbábue.

Caracas considerou "inadmissível essa prática recorrente da burocracia dos Estados Unidos, segundo a qual funcionários do serviço do Estado com o registro mais obscuro de violações à dignidade humana da história contemporânea pretendem se fazer, sem mandato nem legitimidade nenhuma, de juízes de outros Estados".

Da mesma forma, o governo do presidente Hugo Chávez rechaçou "o conteúdo falso, mal-intencionado e ingerencista" do relatório, cujas alegações, disse, carecem de fundamentos e constituem a expressão das "opiniões antivenezuelanas".

Maduro afirmou que os problemas internos serão discutidos entre os venezuelanos no momento e nas condições adequadas.

Chávez disse que espera melhorar as relações entre Caracas e Washington, mas advertiu a Barack Obama a não se equivocar em suas apreciações e opiniões sobre a "revolução socialista."

http://br.noticias.yahoo.com/s/reuters/090226/mundo/mundo_venezuela_dhumanos_protesto_1

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Re: Relatório americano sobre os direitos humanos no mundo
« Resposta #3 Online: 26 de Fevereiro de 2009, 21:20:04 »
Citar
"Nós e outras nações soberanas temos a obrigação com a comunidade internacional de respeitar os direitos humanos e as liberdades universais de nossos cidadãos, e a responsabilidade de denunciar quando acreditamos que isso não está acontecendo ", disse Hillary.

Very funny!
Colocam o dedo na ferida alheia, e se dizem responsáveis? Desde quando?
Eu nunca tive discurso antiamericano, mas as vezes eles forçam a amizade em casos assim quando querem fazer o papel de responsáveis. Já tenho meu pé atrás com esse povo dos Direitos Humanos, e os EUA apontando para tantas nações dizendo o que é e o que não é, eu não acredito nem um pouco na lisura na confecção do documento. Porque será né? ::)
::)

Offline Mr. Mustard

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Re: Relatório americano sobre os direitos humanos no mundo
« Resposta #4 Online: 26 de Fevereiro de 2009, 22:28:40 »
Bem... Depois do Bush... vem a bonanza... Mas poderiam tocar o dedo na ferida um pouco mais para frente né? Deixem cicatrizar primeiro...

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Re: Relatório americano sobre os direitos humanos no mundo
« Resposta #5 Online: 09 de Março de 2009, 18:31:01 »
China reage e acusa EUA de 'hipocrisia' em direitos humanos

O governo da China respondeu nesta sexta-feira às críticas feitas pelos Estados Unidos em um relatório anual sobre a situação dos direitos humanos em todo o mundo divulgado na última quarta-feira.

A reação chinesa veio na forma de um outro relatório: o 10º relatório anual da China a respeito de problemas com direitos humanos nos Estados Unidos.

"A prática dos Estados Unidos de atirar pedras em outros enquanto vive em uma casa de vidro é testemunho dos critérios duplos e da hipocrisia dos Estados Unidos para lidar com direitos humanos, o que prejudica sua imagem internacional", afirma o documento chinês.

Na quarta-feira, o relatório publicado pelos Estados Unidos dizia que o respeito aos direitos humanos na China piorou e citava como exemplo a repressão de dissidentes e minorias no Tibete.

"Durante anos, os Estados Unidos se posicionaram a respeito de outros países e divulgaram o Relatório Anual de Práticas de Direitos Humanos para criticar as condições dos direitos humanos em outros países, usando isso como uma ferramenta para interferir e denegrir outros países", diz texto publicado nesta sexta pela agência de notícias estatal chinesa Xinhua.

O relatório do Escritório de Informações do Conselho de Estado chinês afirma que "crimes violentos frequentes nos Estados Unidos são uma ameaça grave para a vida, a propriedade e a segurança pessoal de seu povo".

O documento chinês acrescenta que os direitos econômicos, sociais e culturais do povo americano não são protegidos "de forma adequada", diz que muitos jovens americanos tem "problemas de personalidade" e afirma que a discriminação racial "prevalece em todos os aspectos da vida social".

"Aconselhamos o governo dos Estados Unidos a começar de novo, enfrentar seus próprios problemas de direitos humanos com coragem, e parar com a prática errada de aplicar critérios duplos em questões de direitos humanos", conclui o relatório chinês.

Crise econômica

O documento publicado pela China avalia a situação dos direitos humanos nos Estados Unidos em seis aspectos: vida e segurança pessoal, direitos civis e políticos, direitos econômicos, sociais e culturais, discriminação racial, direitos das mulheres e crianças e a violação dos direitos humanos pelos Estados Unidos em outros países.

Citando dados do FBI e do Centro de Controle de Doenças e Prevenção dos Estados Unidos, o relatório chinês afirma que, com frequência, mortes provocadas por armas são uma ameaça grave às vidas dos cidadãos americanos.

O relatório também comenta a situação econômica do país, incluindo o aumento do número de pessoas sem teto, e - citando dados oficiais do governo americano, diz que 12,5% dos americanos, ou 37,3 milhões de pessoas, viviam na pobreza em 2007.

Ainda no trecho que trata da economia americana, o relatório lembra que a taxa de desemprego nos Estados Unidos aumentou de 4,6% em 2007 para 5,8% em 2008.

Relações EUA-China

Segundo o correspondente da BBC em Pequim, James Reynolds, o relatório chinês sobre os Estados Unidos e o relatório americano sobre a China fazem parte de uma troca anual bem comum entre os dois países.

De acordo com Reynolds, as novas críticas revelam uma prática que já se tornou costumeira e parece ter pouco impacto prático nas relações entre China e Estados Unidos.

No final da semana passada, a secretária de Estado americana Hillary Clinton esteve em Pequim para reunião com todos os líderes da China e as denúncias de violação dos direitos humanos foram pouco mencionadas - pelo menos em público.

Os Estados Unidos e a China também iniciaram uma reunião de dois dias sobre questões militares em Pequim, e os dois países ainda contam um com o outro para enfrentar a atual crise econômica mundial.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/02/090227_chinadireitosrespostafn.shtml

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Re: Relatório americano sobre os direitos humanos no mundo
« Resposta #6 Online: 16 de Março de 2009, 04:45:14 »
Se a China critica, os EUA devem de estar fazendo algo certo.

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Re: Relatório americano sobre os direitos humanos no mundo
« Resposta #7 Online: 12 de Março de 2010, 09:18:25 »
EUA reafirmam críticas a abusos de polícias estaduais no Brasil

O relatório anual sobre direitos humanos divulgado nesta quinta-feira pelo Departamento de Estado americano afirma que as polícias estaduais são responsáveis por inúmeros abusos e mortes ilegais no Brasil.

"O governo federal e seus agentes não cometeram crimes politicamente motivados, mas homicídios ilegais cometidos pelas polícias estaduais (militar e civil) foram frequentes", diz o relatório, que reúne dados relativos aos direitos humanos em 194 países em 2009.

O trecho relativo ao Brasil repete várias afirmações já feitas em anos anteriores sobre o envolvimento da polícia brasileira em abusos e em esquadrões da morte.

"Em muitos casos, os policiais empregaram força letal indiscriminada durante apreensões. Em alguns casos, mortes de civis ocorreram após tortura por oficiais", diz o texto.

O documento afirma que as mortes perpetradas por policiais ocorreram por diversas razões e que alguns policiais acusados de matar suspeitos "não tinham treinamento e profissionalismo para lidar com força letal".

"Em outras ocasiões, os policiais agiram como criminosos", diz o relatório.

Impunidade

Assim como em anos anteriores, o documento volta a afirmar que esquadrões da morte com ligações com oficiais da lei foram responsáveis por muitas mortes - "em alguns casos, com a participação da polícia", diz o relatório.

O Departamento de Estado afirma que o governo federal "geralmente respeita os direitos humanos de seus cidadãos" e cita diversos pontos positivos, como a liberdade religiosa, de expressão e de imprensa.

Afirma, porém, que "continuam a ocorrer numerosos abusos graves".

Entre os problemas encontrados no Brasil, o documento lista homicídios ilegais por parte da polícia, uso excessivo da força, espancamentos, abuso e tortura de detentos, falta de proteção a testemunhas de crimes, más condições nas prisões e relutância e ineficiência em processar agentes do governo por corrupção.

O documento diz ainda que responsáveis por violações dos direitos humanos "geralmente gozam de impunidade".

Corrupção

O Departamento de Estado afirma que "a corrupção continua a ser um problema grave" no Brasil.

"A lei prevê penas criminais para corrupção oficial", diz o texto. "No entanto, o governo não implementou a lei efetivamente e oficiais frequentemente se engajaram em práticas corruptas impunemente."

O relatório cita os casos de corrupção relatados pela imprensa envolvendo "o atual e antigos presidentes do Senado, outros senadores, funcionários e membros da família".

O caso de corrupção envolvendo o governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda, e vários de seus aliados também é mencionado no documento.

Críticas

O relatório apresenta ainda críticas a diversos países por não terem avançado na questão dos direitos humanos, entre eles Cuba, Venezuela, Irã, Coreia do Norte e China.

"Nos encontramos em um momento em que um crescente número de governos estão impondo novas e debilitantes restrições a organizações não-governamentais que trabalham para proteger os direitos", disse a secretária de Estado, Hillary Clinton, na apresentação do documento.

Até mesmo a Suíça foi alvo de críticas no relatório, por ter aprovado em um referendo a proibição à construção de minaretes no país.

http://noticias.br.msn.com/mundo/artigo-bbc.aspx?cp-documentid=23623999

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