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Um navio laboratório no mar lPor Jony Santellano 05 de Março de 2009A Marinha do Brasil apresentou para a comunidade científica, no último dia 4 de março, em Niterói, o navio hidroceanográfico Cruzeiro do Sul, batizado de Laboratório Nacional Embarcado (LNE). O Laboratório vai garantir acesso para cientistas civis de até 80 dias por ano, para a realização de pesquisas na plataforma continental na extensa área marítima denominada de Amazônia Azul. A Marinha do Brasil e o Ministério da Ciência e Tecnologia dividiram o investimento na remodelação do navio Cruzeiro do Sul, orçado em cerca de R$ 26 milhões, dos quais R$ 13 milhões foram empregados na aquisição de equipamentos.O navio Cruzeiro do Sul foi construído na Noruega, na década de 80 do século passado, e foi remodelado na Cingapura, após ter sido adquirido de uma empresa da Holanda. Ele mede 65,7 metros de comprimento e desloca até 1.716 toneladas. Pode transportar 60 tripulantes e até 16 dos seus leitos poderão ser ocupados por cientistas civis, professores ou alunos em treinamento nas diversas especialidades da ciência, de interesse para a pesquisa marinha.O novo laboratório brasileiro em alto-mar tornou-se possível graças a um convênio entre a Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha e a Fundep, com recursos do FINEP, financiadora de estudos e projetos vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia.No Laboratório Nacional Embarcado estão disponíveis um ecobatímetro monofeixe para a realização de pesquisas em grandes profundidades, um termossalinógrafo para medição da temperatura e da salinidade da água do mar na superfície, instrumentos para o estudo de correntes oceânicas, sistemas para a realização de levantamentos hidrográficos automatizados e uma estação meteorológica.Ainda neste ano está prevista a incorporação, aos instrumentos do laboratório, de um conjunto de sensores que podem descer à profundidade de até 5 mil metros, para a medida de parâmetros físico-químicos do mar, tais como temperatura, pressão hidrostática, oxigênio dissolvido e salinidade.Durante a solenidade de apresentação do navio hidroceanográfico o Comandante da Marinha, Almirante-de-Esquadra Júlio Soares de Moura Neto, declarou que o Brasil precisa de mais dois navios do porte do Cruzeiro do Sul.
Marinha do Brasil recebe mais um navio para pesquisa científica Por Jony Santellano 10 de Abril de 2009Chegou à cidade do Rio de Janeiro, no último dia 07 de abril, o navio polar ‘Almirante Maximiano’, adquirido recentemente pela Marinha do Brasil para atender a comunidade científica brasileira no Atlântico Sul, e principalmente na Antártica. O navio construído em 1974 nos EUA foi convertido em 1988 na Noruega em pesqueiro, e agora adaptado na Alemanha para operar em águas com gelo.O ‘Almirante Maximiano’ mede 93,4 m, pesa 25 toneladas e terá uma tripulação de cerca de 50 homens. Está equipado para a coleta de dados hidroceanográficos destinados às previsões meteorológicas e oceanográficas, e também utilizados na cartografia náutica. Possui cinco laboratórios de pesquisas, hangar e convés de vôo para operar helicópteros e acomodações para até 106 pesquisadores. Deverá ser empregado especialmente no apoio aos projetos científicos do ‘Programa Antártico Brasileiro’ (PROANTAR).O navio laboratório foi adquirido por decisão do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após a sua visita, em fevereiro de 2008, à Estação Antártica Comandante Ferraz, pertencente ao Brasil. Os recursos financeiros foram provenientes de convênio assinado em 2008 entre a Marinha do Brasil, a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (FUNDEP).O nome do navio é uma justa homenagem ao Almirante-de-Esquadra Maximiano Eduardo da Silva Fonseca (1919-1998), ex-ministro da Marinha (1979-1984) em cuja administração foi adquirido o Navio Oceanográfico Barão de Teffé, no qual foi realizado a Primeira Expedição Antártica Brasileira, quando então foi estabelecido o núcleo pioneiro da Estação Antártica Comandante Ferraz (1984). Essas ações foram o marco inicial da presença brasileira permanente no continente gelado, realizando pesquisas científicas e demais atividades com fins pacíficos, dentro do espírito e letra do ‘Tratado da Antártida’ (1959), do qual o Brasil é signatário desde 1975.