'Nunca quisemos destruir os super- heróis', diz desenhista de 'Watchmen'Dave Gibbons lembra detalhes da criação da HQ que redefiniu o gênero. Para britânico, filme é 'melhor adaptação hollywoodiana' de Alan Moore.Capa do livro 'Os bastidores de Watchmen', lançado no Brasil pela editora Aleph (Foto: Reprodução)Alan Moore, o autor, não quis nem ver. Os fãs da HQ também tentaram fechar os olhos para evitar o pior, mas acabaram seduzidos pelas primeiras imagens que foram surgindo na internet nos últimos dois anos. Já o desenhista Dave Gibbons, que se diz "um otimista", não quis esperar e foi logo pegando o telefone para descobrir quem era esse tal de Zack Snyder que queria fazer um filme baseado em sua criação mais famosa, a graphic novel "Watchmen".
"É a melhor versão hollywoodiana de seu trabalho até agora", atesta - depois de ver - o desenhista e velho parceiro de
Moore, o gênio ranzinza dos quadrinhos britânicos que jamais concordou com qualquer transposição de sua obra para o cinema (em alguns casos com razão, como nas adaptações de "A liga dos senhores extraordinários" ou de "Constantine", em outros discutível, como nas versões aceitáveis de "Do inferno" e "V de vingança").
Graças à recusa de Moore em ter seu nome associado ao filme "Watchmen" - previsto para estrear em 5 de março próximo -, Gibbons levará boa parte dos os royalties pagos pela Warner para fazer a adaptação (outra parte vai para o colorista John Higgins), mas a julgar pelo zelo com que vem "vigiando" a cria desde sua concepção em 1986 até hoje, o desenhista não parece alguém que faria vista grossa diante de um trabalho mal-feito.
Lançado neste mês no Brasil pela editora Aleph, o livro "Os bastidores de 'Watchmen'" ajuda a entender melhor o pensamento de Gibbons. Dono de uma cordialidade britânica na conversa - pontuada por uma série de "talvez", "um pouco" e tambéns" -, o desenhista de "Watchmen" se mostra, nas páginas do livro, um criador convicto e detalhista que sabe bem o que quer.
Versão preliminar, ainda colorida a lápis, para uma das capas mais famosas da minissérie 'Watchmen' (Foto: Reprodução)Fartamente ilustrado com itens originais do acervo pessoal de Gibbons, o livro revela os primeiros esboços que rabiscou em seu caderno de anotações quando ainda falava sobre o roteiro com Alan Moore ao telefone. Já estavam ali o famoso "smiley" que se tornaria a marca registrada da série, o símbolo atômico - e até o pênis, igualmente conhecido - do Dr. Manhattan. Trabalhando sempre em cima de um grid fixo de nove quadros por página, o desenhista elaborou thumbnails (espécies de guia, sem cores e detalhes) precisos para cada uma das páginas das 12 edições da série. Colocando-os ao lado das versões finais nas páginas de "Os bastidores...", vê-se que nada muda.
Às vésperas da estreia de "Watchmen" nos cinemas e com o lançamento da versão nacional de seu novo livro, Gibbons falou ao G1 por telefone, de seu escritório ao norte de Londres. Não fez anotações, como fazia com Moore, mas diz que continua à espera de um "novo 'Watchmen'". Leia a seguir a íntegra da conversa.
G1 - "Watchmen", a graphic novel, foi lançada há mais de 20 anos. Agora, com a HQ de volta aos holofotes, como se sente ao revisitar essa história?
Dave Gibbons - É estranho, porque depois de todo esse tempo a gente já sabia que a graphic novel iria continuar vendendo, como vendeu nos últimos 20 ou 25 anos. Mas não achava que teria um filme sendo feito. Não é que eu ficasse desapontado ou que achasse que o filme seria o passo definitivo nessa evolução, mas quando ele apareceu e eu pude ver que estava sendo bem feito, com respeito ao material original, eu fiquei bem empolgado. E estou bem empolgado com o filme - que já foi feito. Quanto ao livro ["Os bastidores de 'Watchmen'"], foi bom voltar às anotações e rascunhos e todas as coisas que eu guardei nesses anos e levá-las às pessoas. Porque, com o grande interesse em "Watchmen", achei bom mostrar a elas exatamente de onde ele veio. Que veio primeiro de Alan Moore, e do trabalho que eu e o [colorista] John Higgins fizemos, para finalmente se transformarem em um grande espetáculo de Hollywood.
G1 - O lançamento do livro se aproveita deliberadamente da proximidade da estreia do filme?
Gibbons - Sim, quando eu ouvi pela primeira vez que o filme sairia, eu fiz todo o esforço para entrar em contato com o Zack Snyder, o que fiz e, depois de falar com ele, pensei: sabe, acho que isso vai ser feito do jeito apropriado, tenho um sentimento de que esse cara realmente entende o livro então vai fazer direito. Aí, sugeri a Paul Lewitz, da editora DC, que este poderia ser um bom momento para lançar um livro que imprimisse todos os meus rascunhos, e ele concordou. Tanto eu como ele somos fãs e, como fã, adoro esses livros de anotação, que mostram a você o processo daquilo que acontece por trás da cena. E fiz um pedido especial para que o livro fosse desenhado por um cara chamado Chip Kidd, o que foi aprovado. Sabia então que teria um livro ótimo, não apenas informativo mas com uma ótima aparência também.
Primeiros esboços de alguns elementos de 'Watchmen' feitos ao telefone por Gibbons. Símbolo, olhos e até o pênis do Dr. Manhattan já aparecem aqui (Foto: Reprodução)G1 - E exatamente onde você guardava todas essas coisas que acabaram indo parar no livro?
Gibbons - Eu guardei-as com cuidado quando estava desenhando "Watchmen", lá atrás. Porque sempre tive de voltar a desenhá-lo e precisava de referências. Ficava tudo numa estante de fichário. Me impressionei quando olhei lá, depois de tantos anos, para ver o que eu tinha. Havia coisas de que eu me lembrava, mas outras que havia esquecido completamente. Foi um prazer tão grande para mim rever aquelas coisas, e espero que o leitor sinta o mesmo vendo o livro.
G1 - Você não é, então, o tipo de pessoa que se livra do seu 'lixo'?
Gibbons - (Risos) Geralmente, dos originais, das coisas que vão para a gráfica, eu me livro. Tenho sorte de poder vendê-los. Prefiro muito mais o dinheiro do que ter a obra original. Mas, quanto a rascunhos e outras coisas, para mim, sempre foram mais interessantes. Porque, se for para olhar a arte, você pode olhar no livro de quadrinhos, que é a fotografia direta da arte finalizada. Mas rascunhos são únicos. Eles mostram o pensamento, os becos sem-saída, as ideias brilhantes, mostram as coisas em um estágio que você não imaginaria que ganharia forma. Por isso escolhi guardá-los. Mas também sou um colecionador, tenho praticamente todo quadrinho que já comprei, tenho estantes e caixas cheias de livros. Então foi natural para mim me manter apegado àquilo.
G1 - Falando em rascunhos, é interessante ver no livro as anotações que você fazia enquanto falava sobre o roteiro de "Watchmen" com Alan Moore ao telefone. Trabalha sempre assim?
Gibbons - Tivemos sorte com "Watchmen", porque nos deram um bom tempo para pensar no que íamos fazer. Muitas vezes, nas séries de HQ, você tem de criar o design dos personagens enquanto está desenhando os números da revista, então inventa o visual de um personagem muito rápido e depois fica preso a ele por muito, muito tempo. Mas, com os personagens de "Watchmen", eu tive todo o tempo de que precisei para refinar os designs. Eu ficava relaxado, sentava e rabiscava por um dia, ou então, quando estava ao telefone... mas não estou fazendo isso agora (risos). Às vezes, quando você está ao telefone, a parte relativa às palavras em seu cérebro está sendo usada, mas a parte das imagens, não. Então eu rabisco. E, muitas vezes, é aí que surgem as melhores ideias, quando você não está pensando, mas apenas passando o tempo.
Página dupla do livro 'Os bastidores de Watchmen' mostra o rascunho e a versão finalizada de uma das páginas da graphic novel de Alan Moore e Dave Gibbons (Foto: Reprodução)G1 - Fala-se que os personagens de "Watchmen" foram inspirados nos super-heróis de uma editora americana chamada Charlton Comics. Quanto deles está na versão final do livro?
Gibbons - A Charlton era uma companhia de bem menos sucesso. A DC e a Marvel sempre tinham os personagens originais mais empolgantes, e os da Charlton, ainda que alguns fossem muito interessantes e feitos com inteligência, eram personagens de segunda linha. Eles nunca tiveram a popularidade que os personagens da DC e da Marvel tinham. Mas o que eles encapsulavam eram os arquétipos dos heróis de quadrinhos. Você tem o super-herói com poderes divinos, que nos gibis deles eram o Captain Atom [e em "Watchmen", o Dr. Manhattan], o herói militarista que era o Peacemaker, que com nós era o Comediante, tinha a heroína gótica, glamourosa mas que lutava contra o crime, e o estilo Batman, que no caso da Charlton era o Blue Beetle [e em "Watchmen", o Coruja]. Havia esses arquétipos básicos desses personagens, e Alan pensou na história inicialmente com eles no lugar. Mas, nesse caso, não teríamos como fazer um grande salto para os personagens que nós criamos por conta própria, que também eram personagens arquetípicos, mas que poderiam trazer frescor e novidade. Como não estavam ligados aos personagens velhos da Charlton, não precisávamos garantir que houvesse uma continuidade. Então, para nós, foi tremendamente libertador, podíamos trazer uma riqueza aos personagens que talvez não estivesse lá nos livros da Charlton.
Testes com papel e tinta para a famosa máscara do personagem Rorschach (Foto: Reprodução)G1 - Trabalhar com esses arquétipos de super-heróis ajuda na hora de contar uma história que fala justamente da decadência dos super-heróis?
Gibbons - O fato é que eu e Alan nunca quisemos destruir os super-heróis, ou fazê-los parecer ruins ou bobos. Nós crescemos adorando super-heróis. Mas, à medida que fomos envelhecendo, o frustrante era que eles [os super-heróis] iam só até um ponto. Havia muitas perguntas que não haviam sido feitas. Então, na verdade, nós fizemos as perguntas que não tinham sido feitas, para tentar conhecê-los melhor. E, por lidar com personagens arquetípicos familiares aos leitores, podíamos fazer com que essas questões tivessem ecos na cabeça dos leitores com relação a outros personagens de quadrinhos que se encaixassem nos mesmos moldes deles. O deprimente é que, depois de "Watchmen", muitos criadores passaram a dizer que, dali em diante, a única forma de trabalhar com personagens fantasiados era criar esses heróis que fossem dark, cínicos, horripilantes. Mas essa não era a nossa ideia: estávamos apenas tentando mostrar um caminho possível a eles.
G1 - O livro "Os bastidores de 'Watchmen'" traz informações detalhadas sobre o seu processo de trabalho. Como a chegada do computador mudou tudo isso?
Gibbons - Meu trabalho hoje é bem parecido com o que eu descrevo no livro: basicamente, é ler o roteiro, fazer desenhos ao telefone, trabalhar com as opções narrativas, fazer tudo se encaixar e, depois, os estágios de lápis e cores. E algumas dessas coisas ficaram muito mais fáceis com o computador. Adoro a flexibilidade que você ganha, pode reduzir as coisas, ampliar, espremer, girar... sem ter de redesenhá-las. Também a mecânica do dia-a-dia, de mandar roteiros e páginas de arte para serem aprovadas, ficou mais fácil. Quando estávamos fazendo "Watchmen", não tínhamos nem máquina de fax. Então, Alan tinha de fazer as páginas datilografadas do roteiro chegarem até mim, e isso levava um tempo que poderíamos ter economizado com o computador.
Mas uma coisa que agora é diferente é que, quando começamos a fazer "Watchmen", estávamos em uma bolha, fazíamos o que a gente queria fazer do jeito que a gente queria, sem muita referência externa. E o que percebo hoje é que, quando você está trabalhando em um quadrinho, assim que sai a primeira edição, imediatamente você tem um retorno na internet. É muito difícil não chegar até você. E você descobre que as pessoas são muito críticas com o que você faz, talvez porque não tenham a visão do todo ou porque que você tende a prestar atenção só às críticas negativas. Que são muito mais na internet. É muito mais fácil fazer um comentário cortante e esperto negativo, do que um positivo. E, mesmo que fossem incrivelmente positivos, acho que isso teria nos dado alguns problemas ao longo do caminho. A gente ia dizer: oh, meu Deus, todo mundo está esperando que isso seja tão bom, como a gente pode fazê-lo bom?
Outra coisa é que estávamos tão ocupados só em acabar que não tínhamos tempo para nos preocuparmos com como estávamos fazendo. Só tínhamos de fazer. Mas quando foi a vez de recolorir "Watchmen" [em 2005], aí foi muito bom ter o computador, poder mandar os arquivos para lá e para cá, entre eu, John Higgins e Nova York. Então, sim, eu realmente gosto de trazer o computador para meu trabalho. Eles têm o lado negativo, mas no geral são uma grande adição ao processo.
G1 - Você fala das possíveis críticas negativas, mas "Watchmen" teve exatamente o contrário: é considerado a bíblia contemporânea dos quadrinhos de super-heróis e foi a única HQ a entrar para a lista dos 100 melhores romances de todos os tempos feita pela revista "Time". Você concorda com isso? Se não, qual é a sua própria bíblia dos quadrinhos?
Gibbons - (Ri, envergonhado) É tão difícil falar objetivamente sobre algo do qual você fez parte. Mas acho que faz tanto tempo que, hoje, consigo olhar como se tivesse sido desenhado por outra pessoa. E o fato é que "Watchmen", claramente, vendeu bem por quase um quarto de século, e não consigo ver essas vendas parando nunca. É uma daquelas obras que, quando as pessoas começam a se interessar por graphic novels - o que, ainda bem, continua a acontecer mais a cada dia - elas dizem: por onde começo, o que devo ler? E as pessoas nas lojas de quadrinhos talvez digam, leia "Watchmen". Acho que é uma introdução, porque lida com coisas adultas e complexas, mas o faz de uma forma bastante direta. Eu sempre quis que os desenhos fossem facilmente acessíveis. Não fizemos nada exagerado ou difícil de entender.
E sinto que ["Watchmen"] afetou o curso da indústria dos quadrinhos e, como um fã de longa data, me orgulho em ter deixado uma marca no setor que amo. É isso que penso: me sinto sortudo de ter estado no lugar certo, na hora certa, e do fato de eu e Alan estarmos na idade certa. Éramos ainda jovens e entusiasmados, mas tínhamos experiência suficiente para conseguir fazer o que queríamos tecnicamente. Então, acho que posso aceitar os elogios a "Watchmen". Mas fico impressionado por termos tido tanto, e que tenha continuado por tanto tempo.
Alguns testes de anatomia para o super-herói Dr. Manhattan (Foto: Reprodução)G1 - Acha que precisamos de um "novo 'Watchmen'" para chacoalhar o mundo dos quadrinhos de novo?
Gibbons - É sempre bom dar uma chacoalhada nas coisas, inovação é sempre bom e pode revitalizar as coisas que estão ficando um pouco moribundas. Acho que tem de tudo sendo feito nos quadrinhos agora, há escritores e artistas fantásticos trabalhando no meio e o nível é incrível se comparado ao que tínhamos na época, 25 anos atrás. Tenho certeza de que, quando algo aparecer, vai nos pegar a todos de surpresa. O difícil é prever essas coisas ou que forma elas vão tomar. Ainda que a economia esteja em um estágio terrível, acho que há muita criatividade e fôlego nos quadrinhos, mais até do que só super-heróis. E espero que atraiam mais fãs para as HQs e que o filme "Watchmen" leve as pessoas a comprarem mais graphic novels. Sou um otimista por natureza e me sinto bastante otimista pelos quadrinhos no futuro.
G1 - Tem seus autores favoritos?
Gibbons - Tendo a seguir os trabalhos dos meus amigos, as coisas que Alan faz, Frank Miller, Mike Mignola. Não consigo ver muitas coisas porque estou sempre ocupado, mas li uma graphic novel outro dia chamada "Alan's War", do francês Emmanuel Guibert. É uma coisa autobiográfica sobre a Segunda Guerra Mundial de que gostei muito. Quem sabe quando toda essa loucura de "Watchmen" passar vou poder descer até a loja de quadrinhos e ver o que estava acontecendo enquanto eu estive rodando com esse circo itinerante.
G1 - Dois mil e oito, aliás, foi um bom ano para alguns artistas brasileiros. Conhece o trabalho dos brasileiros Gabriel Bá e Fábio Moon?
Gibbons - Sim, sim! E também há uma ligação com o "Watchmen" ali. Gerard Way, que escreve o "Umbrella Academy" [série com desenhos de Bá], é um grande fã de quadrinhos. E eles [o My Chemical Romance, banda de Gerard] fazem a música de encerramento do filme. Tenho uma certa familiaridade com esses caras. Mas me lembro o quão excitado eu fiquei quando descobri o que estava acontecendo nos quadrinhos no continente europeu. E certamente acho que temos um leitorado global hoje, não importa onde você more, com a internet, os grandes artistas do mundo todo, da Europa, da América do Sul, Ásia, conseguem ter seus trabalhos vistos em outros países. Fico feliz vendo essas pessoas disponibilizando seus trabalhos em todo o mundo. Acho que é o futuro.
Um dos poucos exemplos de páginas em que Gibbons amplia o tamanho dos quadros para dar maior impacto à cena. A estrutura rígida do grid de 9 quadros, porém, segue intacta. (Foto: Reprodução)G1 - Última pergunta, que você já deve estar cansado de responder, mas continua relevante. Alan Moore já declarou milhares de vezes que é contra a realização de filmes baseados em sua obra. Você já falou com ele sobre "Watchmen"?
Gibbons - A resposta curta é que Alan teve muitos problemas com Hollywood bem antes do filme de "Watchmen". Então, ele não queria ter nada mais a ver com isso, não queria seu nome no filme, nem nenhum dinheiro. E eu respeito completamente essa decisão, que não tem nada a ver com "Watchmen" e foi tomada por ele antes. Sinto muito que ele tenha ficado tão descontente e que não possa compartilhar do prazer que estou tendo. Porque eu tenho sido muito bem tratado e acho que o filme "Watchmen" é de longe a melhor versão hollywoodiana de seu trabalho até agora. Eu me dou bem com Alan, a gente troca cartões de Natal, ele sempre gosta de conversar comigo, só não quer conversar sobre "Watchmen". E é assim que tem sido por ora.
G1 - E ele cedeu mesmo os royalties do filme para você?
Gibbons - Sim. Da mesma forma que os royalties do [filme] "V de vingança" foram cedidos a David Lloyd. Eu preferiria que ele estivesse satisfeito e que ficasse com o dinheiro, mas a decisão é dele e é isso que vai acontecer.
G1 - Acha que o dinheiro que o filme vai lhe trazer será maior do que ganhou com os quadrinhos de "Watchmen" até hoje?
Gibbons - Não sei. Sei que, por exemplo, a família de Tolkien ainda não recebeu nada pela trilogia de "O senhor dos anéis". Porque, no papel, [o estúdio e distribuidores] não tiveram lucros. A ironia é que, provavelmente, a maior parte do dinheiro que eu e Alan vamos ganhar será do aumento das vendas da graphic novel. Nisso, obviamente, Alan participa. E isso me deixa feliz, porque Alan vai ganhar dinheiro e terá seu trabalho visto por centenas de milhares pessoas que não o conheciam antes.
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