Psicanálise é mitologia clínica. Não tem nenhuma solidez teórica, tanto que já entre os discípulos de Freud a disputa era acirrada, cada um com seu modelo de estimação para a psicologia humana.
Ela é até certo ponto adequada para suprir as necessidades psicoterapêuticas da época em que foi criada, mas está ficando obsoleta bem rápido. E mesmo no auge sempre dependeu muito da química entre paciente e terapeuta. Pode ser bem nociva nas mãos de um psicanalista tolo, abusivo ou descuidado.
No outro extremo - e não por acaso, frequentemente encontrada emparelhada com a psicanálise - está a visão puramente neuroquímica da saúde mental. As duas distorções se confrontam e podem parecer ou até mesmo conseguir se compensar mutuamente.
O problema da psicanálise é que você vira um animal de estimação para demonstrar a beleza dos modelos de saúde mental que o psicanalista use. Esse poder sobre o paciente é uma grande parte do motivo por que a psicanálise ainda tem tantos adeptos. Sentir-se influente é uma grande motivação, principalmente se você consegue se convencer que está ajudando outras pessoas.
No outro extremo, o problema do uso amplo de fármacos psiquiátricos está em sua tendência a deseducar os mecanismos internos de auto-ajuste neuroquímico. Além do que, também nesse caso você está basicamente sendo "calibrado" em suas tendências psicológicas segundo um critério externo - é o psiquiatra que decide que medicação você deve tomar, e ao paciente só resta tentar convencê-lo.
Há alternativas muito melhores por aí, ainda que pouco difundidas no Brasil. Psicologia Rogeriana e Terapia Comportamental Dialética para citar duas.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carl_Rogershttp://pt.wikipedia.org/wiki/TCD