Autor Tópico: Golpe de Estado de Madagascar  (Lida 349 vezes)

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Golpe de Estado de Madagascar
« Online: 17 de Março de 2009, 23:32:18 »
Tanques invadem palácio presidencial em Madagascar


Rajoelina (esquerda) havia sido afastado pelo presidente Marc Ravalomanana em janeiro

Cerca de cem soldados, acompanhados por tanques, invadiram e ocuparam nesta segunda-feira um dos palácios do presidente de Madagascar, Marc Ravalomanana.

A invasão teve início com explosões e disparos de armas de fogo dentro do complexo onde fica o palácio. Ravalomanana não se encontrava no local, mas sim em um outro palácio, a cerca de 15 quilômetros do centro da capital, Antananarivo.

O presidente teve sua prisão pedida pelo líder da oposição, Andry Rajoelina, que tem o apoio do autodeclarado novo chefe das Forças Armadas do país.

A União Africana condenou o que descreveu como um "golpe de Estado" e pediu que a Constituição de Madagascar seja respeitada.

Democracia

Correspondentes dizem que foi possível escutar o som de disparos, presumidamente de soldados celebrando a tomada do palácio presidencial. Os militares também ocuparam a sede do Banco Central de Madagascar.

Após ser reeleito presidente, em dezembro de 2006, Ravalomanana abriu a economia do país para investimentos externos, mas correspondentes dizem que a medida não melhorou significativamente os indicadores sociais no país, onde 70% dos 20 milhões de habitantes vivem abaixo da linha da pobreza.

Desde janeiro, a queda de braço entre o presidente e o líder da oposição, Andry Rajoelina, que era prefeito da capital, já deixou mais de cem mortos.

No final de janeiro, Rajoelina - um ex-DJ de 34 anos de idade - rompeu com o presidente e foi afastado do governo de Antanarivo por Ravalomanana, o que levou a um aumento dos protestos.

Na semana passada, o Exército passou a apoiar Rajoelina após o chefe das Forças Armadas ter sido substituído pelo general rebelde Andre Ndriarijaona.

"Defendemos o povo de Madagascar", disse o general. "Se Ravalomanana pode resolver o problema, nós o apoiamos."

No início da segunda-feira, o presidente havia proposto uma consulta popular para resolver o impasse, mas Rajoelina recusou a proposta, dizendo que "o povo está sedento por mudanças". "Por isso, não faremos um referendo, mas instalaremos um novo governo transitório", afirmou.

Correspondentes dizem que o líder da oposição se declara um defensor da democracia, apesar de trabalhar para substituir um governo democraticamente eleito por um que não foi escolhido pelo voto da população de Madagascar.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/03/090316_madagascar_rc.shtml


Presidente de Madagascar renuncia ao cargo

O presidente de Madagascar, Marc Ravalomanana, anunciou nesta terça-feira que está deixando o posto e entregando o poder aos militares, um dia depois de o palácio presidencial ter sido invadido por tropas do Exército.

Em um pronunciamento pela TV, Ravalomanana disse que decidiu dissolver o governo e oferecer o poder ao que chamou de "diretório militar" - mas não está claro se os militares estariam dispostos a assumir a responsabilidade.

O líder da oposição, Andry Rajoelina, já se declarou o novo presidente do país e passou a ocupar o gabinete presidencial na capital, Antananarivo. Ele disse que vai convocar eleições dentro de dois anos e prometeu uma nova constituição.

Fontes militares disseram que as Forças Armadas devem apoiar Rajoelina.

Madagascar, país que ocupa uma ilha na costa sudeste da África, vive há sete semanas uma onda de instabilidade política que já deixou mais de cem mortos.

Prisão

Rajoelina falou para milhares de simpatizantes em um comício depois de assumir o gabinete da presidência.

Ravalomanana estava refugiado no palácio Iavaloha, a cerca de 15 km do centro da cidade, de onde ele havia dito que estava pronto para lutar até a morte.

Na segunda-feira, Rajoelina rejeitou a oferta de Ravalomanana de convocar um referendo para resolver a crise e pediu sua prisão.

Mais tarde, os militares invadiram a residência presidencial no centro da cidade e assumiram o controle do Banco Central.

Democracia

Após ser reeleito presidente, em dezembro de 2006, Ravalomanana abriu a economia do país para investimentos externos, mas correspondentes dizem que a medida não melhorou significativamente os indicadores sociais no país, onde 70% dos 20 milhões de habitantes vivem abaixo da linha da pobreza.

Mais de cem pessoas foram mortas desde que a oposição tomou as ruas em janeiro, exigindo a renúncia de Ravalomanana.

No final de janeiro, Rajoelina - um ex-DJ de 34 anos de idade - rompeu com o presidente e foi afastado do governo de Antananarivo por Ravalomanana, o que levou a um aumento dos protestos.

Na semana passada, o Exército passou a apoiar Rajoelina após o chefe das Forças Armadas ter sido substituído pelo general rebelde Andre Ndriarijaona.

"Defendemos o povo de Madagascar", disse o general. "Se Ravalomanana pode resolver o problema, nós o apoiamos."

Correspondentes dizem que o líder da oposição se declara um defensor da democracia, apesar de trabalhar para substituir um governo democraticamente eleito por um que não foi escolhido pelo voto da população de Madagascar.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/03/090317_madagascar_rec.shtml

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Re: Golpe de Estado de Madagascar
« Resposta #1 Online: 17 de Março de 2009, 23:43:57 »
Cada vez mais eu acho que nada anda na África. Semana passada mataram o presidente de Guiné-Bissau, agora o de Madagascar é "renunciado", sem contar o genocídio no Dafur que gera mandato de prisão mas mais nada (tão útil como uma excomunhão), 18 anos de anarquia na Somália, total falência institucional no Zimbabwe, cara, é cansativo...   :(
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Re: Golpe de Estado de Madagascar
« Resposta #2 Online: 18 de Março de 2009, 20:40:40 »
Tribunal confirma oposicionista na Presidência de Madagascar

O Tribunal Constitucional de Madagascar confirmou nesta quarta-feira o líder da oposição Andry Rajoelina como novo presidente da ilha na costa sudeste da África, rejeitando restrições legais para que ele assuma o cargo.

Rajoelina, um ex-DJ, tem 34 anos de idade - seis anos a menos do que a Constituição exige para ocupantes do cargo.

A decisão judicial é tomada um dia depois de comandantes militares da ilha anunciarem a transferência do poder para o líder oposicionista, em meio à onda de instabilidade política que atingiu o país.

Com ajuda militar, Rajoelina venceu uma disputa de poder com Marc Ravalomanana, que renunciou ao cargo de presidente na terça-feira.

Em pronunciamento no rádio, Ravalomanana havia dito que iria transferir o poder para o que chamou de "diretório militar". Mas o almirante Hyppolite Ramoroson anunciou que ele e outros líderes militares rejeitaram a proposta de Ravalomanana, optando por endossar a transição para Rajoelina.

Ravalomanana estava sendo pressionado a abrir mão do cargo depois de semanas de distúrbios em Madagascar, que provocaram a morte de mais de 130 pessoas. Ele era acusado de abuso de poder.

Abertura

Após ser reeleito presidente, em dezembro de 2006, Ravalomanana abriu a economia do país para investimentos externos, mas correspondentes dizem que a medida não melhorou significativamente os indicadores sociais no país, onde 70% dos 20 milhões de habitantes vivem abaixo da linha da pobreza.

A oposição passou a tomar as ruas em janeiro, exigindo a renúncia de Ravalomanana.

Rajoelina disse que, como novo presidente, vai abrir caminho para a realização de eleições dentro de dois anos.

A Zâmbia pediu a suspensão imediata de Madagascar da União Africana (UA) e da Comunidade pelo Desenvolvimento do Sul da África (SADC, na sigla em inglês).

"A Zâmbia rejeita a mudança inconstitucional do governo em Madagascar", disse o ministro do Exterior, Kabinga Pande.

A SADC condenou antecipadamente a tomada direta do poder por Rajoelina, e a UA pediu ao Exército que não transferisse o governo para o líder oposicionista, alegando que isso equivaleria a um "golpe de Estado".

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/03/090318_madagascarpresidenteg.shtml

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