Autor Tópico: Reunião do G20 - Londres  (Lida 883 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
Reunião do G20 - Londres
« Online: 30 de Março de 2009, 21:52:06 »
Citar
Londres receberá líderes mundiais; entenda a cúpula

Em uma semana os líderes mundiais das economias desenvolvidas e emergentes, incluindo o G20 (grupo formado pelos países mais ricos e principais emergentes da comunidade global), e representantes de instituições financeiras internacionais se encontrarão em Londres.

Os objetivos da chamada Cúpula de Londres são ambiciosos e os organizadores sugerem que da mesa de debates podem sair grandes contribuições para a resolução da crise econômica mundial. Mas o que exatamente é a cúpula?

Em novembro do ano passado o G20 realizou seu primeiro encontro de chefes de Estado na Cúpula de Washington como resposta à crise financeira que atingiu o mundo em setembro do mesmo ano. No final daquele encontro os líderes participantes divulgaram a “Declaração de Washington”, que afirmava seu compromisso em tomar “qualquer ação necessária para estabilizar o sistema financeiro”. Um plano de ação também foi divulgado detalhando como eles pretendiam melhorar o sistema financeiro internacional.

A Cúpula de Londres é o prosseguimento daquele encontro, que aconteceu no enfraquecido período de transição presidencial nos Estados Unidos. Na capital britânica, os países se reunirão com o objetivo de “trabalhar de forma cooperativa para restaurar a estabilidade e estimular o crescimento da economia global”. No site do evento, os organizadores delineiam os seguintes objetivos:

    * assegurar a recuperação da economia global - crescimento e empregos;
    * delinear os contornos de um sistema financeiro fortalecido - com base no Plano de Ação de Washington;
    * acordar os princípios, prioridades e processos para reformar as Instituições Financeiras Internacionais.


Agenda

No dia primeiro de abril, a Rainha Elizabeth II receberá os líderes participantes da cúpula para uma recepção no Palácio de Buckingham por volta das 18h. Depois disso, eles seguem para o número 10 da Downing Street, residência oficial do primeiro-ministro, onde serão recebidos para um jantar por Gordon Brown e sua mulher, Sarah.

A cúpula acontece no dia 2, no centro de conferências ExCel no leste de Londres. Por volta das 8h, líderes mundiais, ministros financeiros e banqueiros participarão de debates separados durante o café da manhã. Depois disso haverá uma sessão plenária, que deve durar cerca de três horas.

Durante o almoço, as questões em pauta continuarão a ser discutidas separadamente por líderes, ministros financeiros e banqueiros centrais. Em seguida, todos se reúnem para uma última sessão plenária. Brown realizará uma última coletiva de imprensa, inicialmente marcada para às 16h.

Participantes

Refletindo a participação na Cúpula de Washington, Brown convidou os chefes de Estado ou representantes do governo dos seguintes países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Japão, Índia, Indonésia, Itália, México, República Tcheca (atual presidente da UE), Rússia e Turquia.

Para garantir equilíbrio regional, os presidentes da Nova Associação para o Desenvolvimento da África (Nepad), da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) e da Comissão Europeia foram convidados. O presidente da Comissão da União Africana também comparecerá.

Além disso, o primeiro-ministro também convidou os líderes de instituições internacionais importantes, como as Nações Unidas, o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, para que contribuam com partes relevantes da agenda.

Cada país recebe passes para 20 delegados. Cerca de 2.500 jornalistas foram credenciados para o evento e com a presença de guarda-costas, tradutores e outros oficiais, o número de presentes pode totalizar 3.500.

Decisões

Neste tipo de encontro, grande parte do trabalho é feito com antecedência. No caso da Cúpula de Londres, os ministros financeiros do G20 se encontraram no começo deste mês em Horsham, Inglaterra, onde anunciaram ter tomado “ações amplas, decisivas e coordenadas para aumentar a demanda e os empregos”. Em comunicado oficial, os ministros declararam que estão preparados para adotar qualquer medida necessária “até que o crescimento seja restaurado”.

As conclusões da Cúpula de Londres se basearão amplamente nos acordos feitos em Horsham.

http://ultimosegundo.ig.com.br/g20/2009/03/27/londres+recebera+lideres+mundiais+entenda+a+cupula+5117929.html

Citar
Em reunião do G20, Lula defenderá o fim dos paraísos fiscais

Na reunião do Grupo dos Vinte (G20, que reúne os países ricos e os principais emergentes), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá defender a eliminação dos paraísos fiscais, segundo informou o porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach. De acordo com Baumbach, o Brasil entende que o objetivo prioritário da cúpula deve ser o de produzir compromissos fortes de respostas coordenadas a crise. A reunião do G20 acontecerá em Londres, no próximo dia 2 de abril.

"O presidente apoiará o fortalecimento da regulação e supervisão de todas as áreas, produtos e instituições financeiras com a supressão de lacunas regulatórias e de paraísos fiscais. O presidente acredita que os paraísos fiscais são uma maneira de escapar à regulação do sistema financeiro internacional e, portanto, eles deveriam ser eliminados", ressaltou Baumbach.

De acordo com o porta-voz, o desejo do presidente Lula é democratizar as instituições financeiras internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, para que os países em desenvolvimento e os emergentes possam ter uma voz ativa e dar a sua contribuição para a solução dos problemas.

"O presidente defenderá o fortalecimento da voz e da participação dos países emergentes e em desenvolvimento para que passem a corresponder ao peso que tais países têm hoje na economia e no crescimento globais", afirmou Baumbach.

Lula também deverá tecer duras críticas à adoção de políticas protecionistas no combate à crise financeira internacional. Conforme vem anunciando em seus discursos, o presidente acredita que protecionismo levará a um aprofundamento da crise.

"O presidente Lula está atento ao fato de que o recurso ao protecionismo tem se intensificado, o que já começa a ter reflexos negativos no comércio, assim sendo rejeitará energicamente o protecionismo comercial e financeiro e defenderá soluções para promover a retomada do dinamismo do comercio internacional", destacou.

Na semana passada, durante encontro com o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, Lula ressaltou a importância de que, neste momento de crise, a reunião não fique apenas em torno de "discussões".

"Esta reunião tem que ter um pouco de calor. Se nós cometermos o erro de fazer mais uma reunião para marcarmos outra reunião, poderemos cair no descrédito e a crise se aprofundar. Se a reunião não der um bom sinal, certamente passaremos para humanidade a fraqueza dos lideres políticos", ressaltou.

http://ultimosegundo.ig.com.br/g20/2009/03/30/em+reuniao+do+g20+lula+defendera+o+fim+dos+paraisos+fiscais+5202909.html

Há um blog que também está cobrindo os preparativos para a reunião: http://colunistas.ig.com.br/fronteiralivre/

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
Re: Reunião do G20 - Londres
« Resposta #1 Online: 31 de Março de 2009, 03:17:52 »
Badalada reunião dos países do G-20, Brasil entre eles, promete retórica e pompa sem circunstância

Cúpula vai ser assim: sob o estigma da recessão e do endividamento brutal do antigo mundo rico

O primeiro-ministro da Inglaterra, Gordon Brown, de passagem pelo país, e o presidente Lula anteciparam a seu modo o que esperar da segunda cúpula do G-20, grupo das vinte maiores economias globais, que reúne dos EUA e Alemanha a Brasil e China, na quinta-feira, em Londres: muita retórica e pompa sem circunstância.

As atenções se voltaram para Lula, na entrevista conjunta depois de receber Brown em Brasília, com razão. Ele roubou a cena com a tirada de que a crise financeira foi “fomentada por comportamentos irracionais de gente branca, de olhos azuis, que antes parecia que sabia de tudo e agora demonstra não saber nada”. Lula alegou não conhecer “nenhum banqueiro negro ou índio”, e, assim, “essa parte da humanidade” não deveria pagar por uma crise que não provocou.

Faltou precisão a Lula. Banqueiros negros nos EUA não faltam, mas não como ele sugere, donos de banco, pois lá o controle é diluido e mandam os executivos. Que seja. Sua fala foi divertida, atributo escasso em Brown. Mas o inglês também teve o seu momento de graça.

À noite, em palestra numa universidade em São Paulo, revelou que os países do G-20 vão anunciar a maior ação coordenada de estímulo fiscal da história. Não deu detalhes, mas mencionou um aporte de US$ 100 bilhões para o Fundo Monetário Internacional (FMI) poder financiar o comércio entre países. Segundo ele, crédito, hoje tão raro quando informação confiável, apóia 90% do comércio global.

Há controvérsias. O economista Simoen Djankov, criador da série “Doing Business” do Banco Mundial, diz ser duvidoso que o crédito seja “fator importante para o colapso do comércio internacional”. A recessão mundial, diz, explica mais que a falta de crédito.

Ele foi atrás da confirmação de que 90% dos US$ 14 trilhões do comércio global seriam movidos a crédito. Procurou na Organização Mundial do Comércio (OMC), FMI, Banco Mundial, e não achou nada.

O que mais se aproxima dessa informação corrente, embora nunca comprovada, está numa pesquisa de 1998 de um economista do FMI, Malcolm Stephens, mas com uma conclusão “um pouco diferente”, diz Djankov: “90% do comércio mundial são conduzidos à vista (cash) ou com crédito de curto-prazo”.

Outra evidência: o grosso do comércio é intraempresas, sendo “improvável”, afirma, que recorram a linhas de crédito de exportação ou importação. Quer dizer: é possível que os líderes do G-20 tomem decisões com base em dados imprecisos.

Álibi contra crítica

Economista-chefe da Vice-Presidência do Banco Mundial, Djankov dá uma dica básica: “Para diagnosticar e melhorar o quadro do crédito ao comércio, se necessário, primeiro é preciso avaliá-lo”. Isso já não teria sido feito? Supõe-se que Brown, ministro de Finanças por dez anos no governo de Tony Blair, não cometeria tamanho deslize.

É do premiado editor de Comércio do Financial Times, Alan Beattie - citado por Djankov –, a melhor explicação. “Seria politicamente mais fácil justificar o apoio dos governos à exportação que para impulsionar a liquidez dos bancos”, escreveu Beattie. O resgaste de grandes bancos desperta repulsa. Mas gastar dinheiro em apoio a pequenos exportadores, diz Djankov, “é motivo para aplausos”.

Libra perde atração

Brown também parece exagerar ao falar em “grande estímulo fiscal coordenado” do G-20 para levantar a economia mundial. Não se vê de onde o Tesouro inglês possa tirar mais dinheiro se já está difícil rolar até a dívida existente. Um leilão do Banco da Inglaterra na última quarta-feira para a venda de US$ 2,5 bilhões em títulos foi um fracasso. Em 23 anos, só houve isso em 1995, 1998 e 2002.

O estímulo que ele começa a ser pressionado a ceder é a alta dos juros, hoje perto de zero, para captar US$ 213 bilhões em 2009 e em 2010 e cobrir o déficit fiscal previsto em 10% do PIB inglês.

Velhos ricos na lona

A rodada do G-20 vai ser feita assim: sob o estigma da recessão e do endividamento brutal dos países ricos de antes. A dificuldade é geral e não poupa nem a Alemanha, maior economia da Europa e maior exportador mundial. Seis leilões de papéis do Tesouro alemão foram só parcialmente subscritos desde junho de 2008.

Lula deve viajar a Londres sem grandes ilusões. No cúpula de Washington, em novembro, o G-20 se comprometeu a não erguer barreiras protecionistas. Desde então, vários países, inclusive 17 do G-20, implantaram 47 medidas de restrição ao comércio, segundo o Banco Mundial. Os velhos ricos vão tentar levar na conversa os novos ricos. Brasil que se cuide.

Agenda real do G-20

Até agora muito se tem falado em laxismo monetário e ação fiscal dos governos para tirar as economias do buraco. É mesmo por aí, mas Obama, por exemplo, maior defensor do ativismo global, parece tranquilo em emitir quanto se faça necessário, apesar de a China, seu maior financiador, já manifestar incômodo e surgirem pressões na Europa para aumento dos juros das dívidas soberanas.

Isso para os países fita-azul, como a Alemanha e França, pois para Irlanda, Grécia, Espanha, a Europa do Leste, nem os juros altos resolvem. Aposta-se no default da Irlanda, sem apoio da União Europeia. Essa é a agenda real do G-20. O resto é circo para públicos internos.

http://cidadebiz.oi.com.br/paginas/47001_48000/47784-1.html

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
Re: Reunião do G20 - Londres
« Resposta #2 Online: 31 de Março de 2009, 21:40:01 »
Citar
Obama chega a Londres para 1ª viagem europeia e cúpula do G20

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chegou a Londres nesta terça-feira, por volta das 16h (horário de Brasília), dando início a sua primeira viagem europeia desde que passou a ocupar o cargo. Além de participar da cúpula do Grupo dos Vinte, Obama buscará uma nova relação com os aliados e convencê-los de suas propostas econômicas e da estratégia para o Afeganistão.

Imediatamente após sua chegada, Obama seguiu de helicóptero para Wynfield House, a residência do embaixador americano em Londres, onde ficará hospedado durante sua estadia de três dias na capital do Reino Unido.

Para Obama, esta será a primeira prova de sua capacidade de liderança mundial. O presidente americano chega à Europa com uma enorme popularidade no velho continente, mas também com diferenças visíveis, que poderão ser sentidas desde a primeira etapa da viagem, em Londres, onde participará da cúpula do G20.

Obama também se reunirá, em Londres, com os presidentes da China, Hu Jintao, e da Rússia, Dmitri Medvedev, entre outros.

A etapa seguinte de sua viagem será a cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), em Estrasburgo (França) e Kehl (Alemanha), quando apresentará aos aliados a estratégia que anunciou na sexta-feira passada para o Afeganistão e o Paquistão, e que terá como eixo o combate à rede terrorista Al-Qaeda.

Praga, em 4 e 5 de abril, será a terceira etapa da viagem e onde assistirá à terceira cúpula com a União Europeia (UE). Durante sua estadia na cidade, o titular da Casa Branca, que pronunciará um discurso sobre proliferação armamentista, também se reunirá no domingo com o presidente do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero.

A viagem de Obama terminará com uma estadia na Turquia, em 6 e 7 de abril, durante a qual se reunirá com as autoridades desse país e participará de uma mesa-redonda com jovens europeus.

http://ultimosegundo.ig.com.br/g20/2009/03/31/obama+chega+em+londres+para+1+viagem+europeia+e+cupula+do+g20+5222947.html
Citar
Lula quer defesa do papel do Estado em cúpula do G20

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira que os países árabes e sul-americanos devem levar uma mensagem "forte e clara" à cúpula do Grupo dos Vinte (G20, países ricos e principais emergentes) que acontece na quinta-feira, em Londres: a defesa do papel do Estado frente à crise global.

Lula fez estas declarações em seu discurso durante a sessão inaugural da 2ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da América do Sul e dos Países Árabes (Aspa), que reúne hoje em Doha representantes dos 12 países sul-americanos e 22 árabes.

Em seu discurso, como coordenador regional da Aspa, Lula fez uma intensa defesa da regulação e da transparência do mercado financeiro como pilares de um novo sistema.

Nessa linha, Lula defendeu concluir o mais rápido possível a Rodada do Desenvolvimento de Doha, que regulará o comércio internacional, e uma profunda reforma dos órgãos internacionais.

Brasil, Argentina e Arábia Saudita serão os países incluídos na Aspa que serão representados na reunião em Londres.

Lula também falou sobre o tema palestino em seu discurso, e disse que "não é possível que, após tantos anos de negociações, não haja ainda um Estado palestino".

"É importante que o novo governo em Israel se comprometa com o processo de paz", disse Lula, acrescentando que continuará "defendendo, como fiz perante a ONU em 2006, a realização de uma cúpula de paz que inclua os países em desenvolvimento".

"Depois do 11 de Setembro, alguns disseram que a democracia e os árabes eram incompatíveis. Ignoraram a contribuição árabe na história para a democracia. A Aspa nos ajudará a fazer renascer essa aliança de civilizações", disse.

A presidente do Chile, Michelle Bachelet, que discursou antes de Lula, como presidente da União de Nações Sul-americanas (Unasul), também se referiu à necessidade que, de Doha, saia uma "mensagem muito potente" para o G20.

"É a hora para uma resposta internacional coordenada da crise econômica e financeira. Da reunião do G20, esperamos uma rápida coordenação das políticas fiscais indispensáveis para conter o colapso da demanda mundial", acrescentou.

Para Bachelet, "o diálogo entre América do Sul e os países árabes pode e deve ter um papel muito importante, já que nos dirigimos à geração de um novo contrato social global".

Também estão em Doha o presidente venezuelano Hugo Chávez, o boliviano Evo Morales, a argentina Cristina Kirchner e o paraguaio Fernando Lugo, além dos presidentes do Suriname, Runaldo Ronald Venetiaan, e da Guiana, Bharrat Jagdeo.

http://ultimosegundo.ig.com.br/g20/2009/03/31/lula+quer+defesa+do+papel+do+estado+em+cupula+do+g20+5210962.html
Citar
Bento 16 pede que G20 restaure a ética no mundo financeiro

O papa Bento 16 pediu nesta terça-feira ao G20 que restaure a ética no mundo financeiro e não esqueça os países mais pobres, em particular da África, em uma carta enviada ao primeiro-ministro britânico Gordon Brown divulgada na véspera da cúpula de Londres.

O papa considera que "todas as medidas propostas para acabar com a crise devem procurar oferecer estabilidade às famílias e aos trabalhadores, assim como, através das regulações e dos controles apropriados, restaurar a ética no mundo financeiro", nessa carta cujo texto foi divulgado pelo Vaticano.

No documento datado de 30 de março, Bento 16 pede que os líderes das 20 principais economias industrializadas e emergentes do mundo coordenem os esforços de "governos e organizações internacionais" para pôr fim à "crise global" e evitem "soluções de caráter nacionalista e protecionista".

O pontífice teme que a crise "desperte o fantasma de um cancelamento ou de uma redução drástica dos programas de ajuda aos países menos desenvolvidos, sobretudo da África", continente que acaba de visitar.

"A ajuda ao desenvolvimento não provocou a crise e, se formos justos, não deve ser a vítima", ressaltou.

O chefe da Igreja Católica destacou em sua carta a Brown que a cúpula de Londres reúne os Estados responsáveis por 90% do PIB mundial e 80% do comércio mundial.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/03/31/bento+xvi+pede+que+g+20+restaure+a+etica+no+mundo+financeiro+5233901.html
Citar
Bento XVI pede a G20 que rejeite "egoísmo nacionalista" em cúpula

O papa Bento XVI pediu aos participantes da cúpula do Grupo dos Vinte (G20, que reúne os países mais ricos e principais emergentes) que coordenem os esforços para sair da atual crise mundial evitando "soluções marcadas pelo egoísmo nacionalista ou o protecionismo".
O pontífice enviou uma carta ao primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, divulgada hoje pelo Vaticano, sobre a cúpula, que será realizada no dia 2 em Londres.

Na mensagem, o papa assegura suas orações e pede o compromisso dos líderes mundiais participantes de conseguir "linhas concretas" que permitam sair da crise e estabilizar os mercados financeiros.

Bento XVI lembra a Brown que, em sua recente visita à África, por Camarões e Angola, entre 17 e 23 de março, viu "em primeira mão" a realidade de uma pobreza extrema e de marginalização que afetam pessoas que sofrem "mais que outras" os efeitos da crise.

O pontífice lamentou que, no G20, a África Subsaariana esteja representada apenas "por um Estado (África do Sul) e alguma organização regional".

Ele pediu aos participantes para refletir, "já que aqueles cuja voz tem menos força no cenário político são os que, na verdade, mais sofrem os efeitos nocivos de uma crise da qual não são responsáveis".

O papa reiterou que a atual crise econômica foi gerada por uma falta de ética, "um déficit de ética nas estruturas econômicas", e ressaltou que a crise mostra "que a ética não é alheia à economia e que esta não pode funcionar se não incluir seu componente ético".

Na carta, Bento XVI pediu que sejam respeitados os objetivos da Cúpula do Milênio, para conseguir eliminar a pobreza até 2015.

O Vaticano divulgou a carta de resposta do primeiro-ministro, na qual Brown garante que redobrará os esforços para que a Cúpula do G20 "não esqueça os pobres nem a mudança climática", um dos temas que também preocupa o pontífice.

http://ultimosegundo.ig.com.br/g20/2009/03/31/bento+xvi+pede+a+g20+que+rejeite+egoismo+nacionalista+em+cupula+5234945.html
Citar
França ameaça abandonar cúpula do G20 desta semana

A França ameaçou na terça-feira abandonar a cúpula desta semana do G20 se não obtiver os resultados que deseja, apesar do apelo britânico para que os países se unam para restaurar a confiança na economia global.

Enquanto os líderes das principais economias mundiais se dirigem a Londres para a reunião de quinta-feira, o Banco Mundial anunciou um programa de 50 bilhões de dólares para estimular o comércio global.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) também deve receber uma enorme injeção de capital para reforçar sua capacidade de ajudar países assolados pela recessão, e os líderes devem anunciar códigos comuns para a regulamentação financeira e evitar futuras crises.

"Quero resultados", disse o presidente francês, Nicolas Sarkozy, a jornalistas. "Temos de ter resultados, não há escolha, a crise é séria demais para permitir que tenhamos uma cúpula à toa."

A ministra francesa das Finanças, Christine Lagarde, disse que Sarkozy decidiu que, se não houver resultados concretos, não irá assinar o comunicado final da cúpula.

Um porta-voz do primeiro-ministro britânico e anfitrião da reunião, Gordon Brown, disse que ele e Sarkozy tiveram uma conversa construtiva na segunda-feira e que a Grã-Bretanha está ansiosa pela participação francesa.

Brown também precisa desesperadamente que a cúpula gere resultados concretos, não só para tirar a Grã-Bretanha da recessão, mas para melhorar sua situação política.

Mas a reta final para a reunião de 2 de abril tem sido marcada por divisões entre Estados Unidos e Grã-Bretanha, de um lado, e entre os países da Europa continental, de outro, a respeito do tamanho dos pacotes de estímulo econômico e do tipo de regulamentação financeira.

Lagarde disse que a França pode promover mais gastos públicos se for necessário, mas que as nações devem esperar para ver os efeitos das atuais medidas de estímulo antes de tomar qualquer nova decisão. Além disso, a Europa tem defendido uma reforma mais rigorosa dos regulamentos financeiros, ao contrário de Londres e Washington.

"O primeiro grande risco vem de um potencial colapso econômico dos mercados emergentes", disse o primeiro-ministro australiano, Kevin Rudd, ao chegar a Londres. "O segundo grande risco para a recuperação global é o processo de desalavancagem."

Para evitar isso, o G20 deve mais do que duplicar os 250 bilhões de dólares disponíveis para que o FMI ajude países em dificuldades. Rudd defendeu que essa valor seja triplicada se for necessário.

Falando em um evento da Thomson Reuters, o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, anunciou medidas destinadas a reverter a forte redução dos fluxos comerciais.

Ele afirmou que o programa de 50 bilhões de dólares incluirá financiamento de governos, começando com contribuições de Grã-Bretanha e Holanda, de bancos regionais de desenvolvimento e de bancos privados.

http://ultimosegundo.ig.com.br/g20/2009/03/31/franca+ameaca+abandonar+cupula+do+g20+desta+semana+5242920.html
Citar
G20 precisa 'obter resultados concretos', afirma Sarkozy

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, reafirmou que a Cúpula do G20, que acontece na próxima quinta-feira, em Londres, precisa "obter resultados concretos", especialmente sobre a regulação financeira, e destacou que um fracasso está "proibido".

"Tenho muita consciência de que tudo não pode mudar em apenas um dia, de que não estamos no final do caminho e que serão necessários, talvez, outros encontros após Londres para concluir as reformas iniciadas", declarou o presidente. "Mas estou certo de que precisamos obter resultados concretos a partir desta quinta-feira".

"O fracasso está proibido, o mundo não entenderia, a história não nos perdoaria", disse Sarkozy em entrevista que será publicada nesta quarta por diversos jornais internaiconais.

O G20 deve se dedicar, especialmente, a "avançar na questão da regulação dos mercados financeiros" com "a mesma prioridade e o mesmo sentimento de urgência" que envolve o crescimento, insistiu o presidente francês.

O controle de todos os agentes, instituições e produtos financeiros, em particular o dos "hedge funds" (fundos especulativos) deve ser exercido "e de maneira concreta".

Sarkozy também defende que o G20 elabore uma lista de paraísos fiscais, "das mudanças que esperamos deles e das consequências que sofrerão se não as aplicarem".

http://ultimosegundo.ig.com.br/g20/2009/03/31/g20+precisa+obter+resultados+concretos+afirma+sarkozy+5243907.html

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
Re: Reunião do G20 - Londres
« Resposta #3 Online: 02 de Abril de 2009, 20:52:12 »
Citar
G20 anuncia injeção de US$ 1 tri na economia e aumenta fiscalização bancária

O primeiro-ministro da Inglaterra, Gordon Brown, apresentou uma série de pontos acertados ao fim da Cúpula do G20, reunião dos países mais ricos e os principais emergentes, entre eles a publicação de uma lista de paraísos fiscais não cooperativos para aumentar a vigilância bancária, outra de regras para limitar salários e bonificações de banqueiros, além da injeção de US$ 1 trilhão na economia mundial.

Ainda segundo Brown, as medidas coordenadas adotadas pelos membros do G20 elevarão a produção mundial em 4% até o fim de 2010.

"Nós estamos empreendendo uma expansão fiscal coordenada e sem precedentes, que salvará ou criará milhões de empregos que de outra maneira seriam destruídos, e isso somará, até o final do próximo ano, US$ 5 trilhões, aumentará a produção mundial em até 4% e acelerará a transição para uma economia verde", disse o comunicado.

"Não há solução rápida, mas com as medidas que apresentamos agora, confiamos que o crescimento econômico será retomado", afirmou Brown.

O acordo foi alcançado após duras negociações entre os que davam prioridade à regulação do sistema financeiro internacional e os que defendiam estímulos fiscais para impulsionar a economia.

O comunicado oficial da reunião trouxe cinco promessas:

    * restaurar o crescimento e os empregos;
    * resgatar os bancos e o crédito;
    * fortalecer as instituições financeiras globais;
    * promover o comércio mundial;
    * construir uma recuperação sustentável para todos os países.

A declaração final inclui um acordo sobre a injeção US$ 750 bilhões no Fundo Monetário Internacional (FMI), a identificação dos países que praticam o protecionismo e os países que são usados como paraíso fiscal.

A recuperação do comércio internacional também receberá um forte impulso na cúpula em Londres, com a aprovação de um pacote de cerca de US$ 250 bilhões para os próximos dois anos. "Vamos agir decisivamente para retomar o comércio internacional", disse Brown.

Os representantes do G20 aceitaram ainda uma regulamentação financeira internacional mais dura, com o pagamento de salário e bônus de executivos de bancos sujeitos a controles mais severos

"Vamos reformar o sistema bancário global. Padrões internacionais terão que ser criados e temos que colocar um fim aos paraísos fiscais", disse o premiê.

Segundo Brown, uma lista dos países usados como paraíso fiscal será divulgada ainda na tarde desta quinta-feira e esses países serão obrigados a agir de forma mais transparente ou sofrerão sanções.

Os líderes do G20 também decidiram que vão se reunir novamente este ano para avaliar o desempenho do plano adotado nesta quinta-feira.

http://ultimosegundo.ig.com.br/g20/2009/04/02/gordon+brown+anuncia+decisoes+da+cupula+do+g20+5280938.html
Citar
Medidas adotadas pelo G20 são necessárias para a recuperação econômica, diz Obama

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que as medidas adotadas nesta quinta-feira pela Cúpula do G20, grupo dos países mais ricos e emergentes de destaque, foram muito positivas e são necessárias para a recuperação da economia.

O novo presidente americano afirmou que os líderes dos países que se encontraram em Londres concordaram em tomar "medidas inéditas para recuperar o crescimento e prevenir que uma crise como esta ocorra novamente".

Obama afirmou que a reunião de apenas um dia foi "muito produtiva" e histórica por causa dos desafios que o mundo frente à crise. "O desafio é muito claro. A economia global está se contraindo", afirmou. O presidente dos EUA disse, no entanto, que será necessário "esperar para ver se as medidas adotadas hoje serão suficientes para reverter a crise".

Nesta quinta-feira, a Cúpula do G20 apresentou uma série de medidas que serão adotadas para combater a crise financeira, entre elas a publicação de uma lista de paraísos fiscais não cooperativos para aumentar a vigilância bancária, outra de regras para limitar salários e bonificações de banqueiros, além da injeção de US$ 1 trilhão na economia mundial.

Obama anunciou ainda que a ajuda alimentar e agrícola dada pelos Estados Unidos à África, América Latina e outras regiões pobres do planeta será duplicada, chegando a mais de US$ 1 bilhão, devido à crise econômica. "Também estamos protegendo aqueles que não têm voz dentro do G20", disse Obama.

O presidente dos EUA afirmou que nos próximos dias irá discutir com o Congresso de seu país novas medidas para ajudar países pobres na África e na América do Sul.

Encontros fora do G20

Obama também falou sobre alguns encontros que teve com líderes de outros países fora da agenda da Cúpula do G20. Ele se reuniu com os líderes da Rússia, Coreia do Sul, China e Grã-Bretanha. "Esses encontros foram muito positivos", disse.

http://ultimosegundo.ig.com.br/g20/2009/04/02/medidas+adotadas+pelo+g20+sao+necessarias+para+a+recuparacao+economica+diz+obama+5295956.html
Citar
Entenda os principais pontos anunciados pelo G20

As nações do G20, grupo dos países ricos e emergentes de destaque, anunciaram nesta quinta-feira diversas medidas para recuperar a economia e combater a crise financeira mundial. Os líderes do G20 se comprometaram a cooperar em políticas para restaurar o crescimento econômico e evitar as desvalorizações de suas moedas.

Veja abaixo as principais medidas adotadas pela Cúpula do G20:

    * Medidas coordenadas de renúncia fiscal para criação de empregos e crescimento da economia
    * Injeção, por meio de renúncias fiscais, de US$ 5 trilhões na economia antes do final de 2010
    * Injeção de US$ 750 bilhões para aumentar os recursos do Fundo Monetário Internacional
    * Aprovação de um pacote de US$ 250 bilhões para incentivar o comércio internacional
    * Regulação dos "paraísos fiscais", com o fim do sigilo bancário e possíveis sanções aos países que não cooperarem
    * Aumento da regulação e fiscalização dos bancos e fundos de investimentos
    * Venda de uma parte das reservas de ouro do FMI para ajudar os países pobres
    * Acordo sobre a necessidade de atuar urgentemente para concluir a Rodada de Doha de liberalização do comércio mundial
    * Convocação de uma nova reunião do G20 ainda este ano

Entenda os objetivos das medidas adotadas pela Cúpula do G20:

Fortalecer a regulação e a supervisão financeira

"Grandes falhas no setor de supervisão e regulação financeira foram fundamentais para causar a crise", afirma o comunicado do G20. Segundo o texto, a confiança só será retomada após o endurecimento das regras financeiras.

"Vamos reformar o sistema bancário global. Padrões internacionais terão que ser criados e temos que colocar um fim aos paraísos fiscais", disse Gordon Brown durante a entrevista coletiva em que apresentou o plano.

Os líderes também concordaram em realizar reformas profundas na forma como o sistema financeiro internacional está organizado, regulando fundos de hedge e registrando as agências de crédito.

As nações do G20 também concordaram com o fim do sigilo bancário e uma forte repressão aos paraísos fiscais e pediram à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) a publicação da lista desses locais, que poderão sofrer sanções caso não ajam de maneira transparente.

Fortalecer as instituições financeiras globais

A Cúpula do G20 anunciou que irá fortaceler o sistema financeiro global e dar subsídios a países pobres e emergentes em dificuldades, injetando US$ 750 bilhões no Fundo Monetário Internacional (FMI).

A recuperação do comércio internacional também recebeu um forte impulso na cúpula em Londres, com a aprovação de um pacote de US$ 250 bilhões para os próximos dois anos. "Vamos agir decisivamente para retomar o comércio internacional", disse Brown.

Os líderes também chegaram a um consenso para que os diretores e funcionários senior das instituições financeiras internacionais sejam indicados mediante um processo aberto e transparente, baseado em mérito.

Restaurar o crescimento e a criação de empregos empregos

Para restaurar o crescimento econômico e salvar milhões de empregos, os países do G20 se comprometaram a adotar medidas coordenadas para elevar a elevarão a produção mundial em 4%, com uma expansão fiscal e coordenada "sem precedentes". "Isso salvará ou criará milhões de empregos que de outra maneira seriam destruídos, e isso somará, até o final do próximo ano, US$ 5 trilhões, aumentará a produção mundial em até 4 por cento e acelerará a transição para uma economia verde", disse o comunicado.

Restringir o protecionismo e incentivar o comércio global

O documento assinado pelos líderes do G20 aponta que o comércio global está caindo pela primeira vez em 25 anos devido às barreiras protecionista impostas pelos países. Os líderes reafirmaram a promessa de criar novas barreiras para investimento ou comércio até o fim de 2010, além da identificação dos países que praticam o protecionismo.

A cúpula quer que a Organização Mundial do Comércio (OMC) tenha um maior papel e se transforme em uma espécie de fórum independente internacional que controle eventuais medidas protecionistas por parte dos governos.

Construir uma recuperação sustentável para todos os países

O documento do G20 aponta que os países concordaram não apenas em restaurar o crescimento, mas "criar as bases para um desenvolvimento mundial justo e sustentável". Os líderes admitiram que a crise tem um impacto "desproporcional" nos países pobres e em desenvolvimento e reconhecem a responsabilidade de minimizar os efeitos sociais causados neste locais.

http://ultimosegundo.ig.com.br/g20/2009/04/02/entenda+os+principais+pontos+anunciados+pelo+g20+5295951.html

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Rhyan

  • Visitante
Re: Reunião do G20 - Londres
« Resposta #4 Online: 02 de Abril de 2009, 22:54:08 »
O G-20 e a Nova Desordem Mundial

 

Por Gary North

 

O encontro do G-20 começa hoje na Inglaterra.  Ali, os líderes políticos das 20 nações mais ricas irão se encontrar para trocar ideias sobre como resolver a crise financeira internacional que seus próprios bancos centrais criaram, quando seguiam entusiasmadamente a expansão monetária feita por Alan Greenspan e seu FED.  Eles nunca foram capazes de previr isso. Absolutamente nenhum deles - nem os banqueiros centrais, nem os políticos e nem os reguladores.  Todos foram pegos desprevenidos.

Por isso montaram uma reunião para sair divulgando comunicados à imprensa.  Esses comunicados servirão apenas para dizer ao público que eles, os criadores dessa crise, já sabem o que deu errado - eles não sabem - e que, ao discutirem as causas da crise, a qual eles não entendem, serão capazes de chegar a uma solução conjunta que não envolva (1) inflação maciça ou (2) uma depressão mundial que irá durar anos.

É tudo uma distração.  Apenas um palanque para autoridades desfilarem baboseiras e darem a impressão de que estão agindo.  Tudo propaganda enganosa.

Essa gente não tem a mínima ideia do que fazer.  Se tivessem, já haveria duas ou três propostas bem definidas e totalmente documentadas, cada qual apoiada pelo país mais interessado em sua implementação.  Inevitavelmente, todas elas teriam graves falhas.  Todas seriam mutuamente excludentes.  Economistas de várias escolas de pensamento já estariam mobilizados atrás do programa que mais lhes interessasse.

Mas nem isso há.  Pelo contrário: não há planos publicados.  Não há documentos oficiais.  Há apenas vagas promessas de ações conjuntas.  Tipo quais?

Não há planos detalhados a partir dos quais esse time de políticos egomaníacos possa concebivelmente chegar a um plano aceitável.

Na há uma agência centralizada de planejamento internacional.

Não há uma agência internacional que irá aplicar eventuais regras.  Não há sequer acordo entre os bancos centrais.

Não há unanimidade para se fazer absolutamente nada.

E nem haverá.  O encontro do G-20 irá apenas emitir algum tipo de declaração amena e esperançosa, ameaçar alguns pacotes e daí todos irão pra casa.

Eles se recusam a adotar o único sistema que trouxe uma real unidade aos governos e bancos centrais: um padrão ouro internacional, em que o meio de troca eram moedas de ouro.  Entre 1815 e 1914, os políticos e banqueiros centrais eram incapazes de controlar os movimentos do ouro, que saíam das nações que inflacionavam e iam para as nações que não inflacionavam.  Eles odiavam o fato de que eram as pessoas comuns que exerciam controle efetivo sobre a política monetária doméstica, pois elas podiam simplesmente ir a um banco e redimir suas notas em moedas de ouro.  Todos eles acabaram com esse poder no verão de 1914, quando estourou a Primeira Guerra Mundial.

Esses tagarelas, esses políticos, esses fanáticos pelo poder não confiam uns nos outros.  Esse é o ponto principal.  Eles também não confiam no cidadão comum, o que significa que eles não confiam em um padrão ouro-moeda. 

Estão todos presos ao padrão dólar.  Eles disseram aos seus eleitores que seus respectivos países podem enriquecer apenas exportando para os EUA.  Eles não explicaram que, para poder exportar vários bens para os EUA, seus respectivos bancos centrais têm de criar dinheiro do nada para poder comprar dólares e com isso manter a moeda americana apreciada, o que favorece as exportações.  Mas como o dólar está cada vez mais depreciado, tal feito exigirá enormes quantias de dinheiro impresso.  Eles também não disseram aos seus eleitores que esse mercantilismo moderno se baseia em emprestar dinheiro de impostos e de seu banco central para o governo americano, que não irá pagar esses empréstimos.  Nunca.

Portanto, os políticos das nações do G-20 não chegarão a acordo algum que possa ser aplicado institucionalmente.  Eles (corretamente) não confiam na ONU.  Eles terão de se manter fiéis aos títulos da dívida americana, o que eles já vêm fazendo desde 1946.  Eles manterão as coisas como estão - ou seja, mercantilismo voltado para exportações.  Em cada país, o governo irá ordenar que seu banco central desvalorize a moeda nacional para chegar a um câmbio favorável ao mesmo tempo em que o país segue comprando mais títulos da dívida americana.  Mas eles não comprarão tanto quanto antes.

Duas semanas atrás, os ministros das finanças dos países do G-20 suspenderam seu inútil e infrutífero encontro na cidade de Horsham, Inglaterra.  Eles não chegaram a conclusão alguma.  O jornal The Telegraph reportou que:

Após toda a verborragia já esperada, havia uma profunda sensação, enquanto os ministros do G-20 voltavam para seus respectivos cantos do globo, de que a coisa foi, na essência, uma decepção.

Essa análise foi precisa.  Nada ocorreu durante as duas últimas semanas que indicasse que algo de substancial havia sido consumado.

O evento terminou com uma sensação de ambição semifrustrada.  Pelo menos não houve grandes embates entre os europeus, que queriam centrar o debate em uma maior regulação dos mercados financeiros, e os americanos, que queriam alvos mais específicos para receber ajuda financeira do governo.

E foi só.  Os europeus, sendo europeus, querem mais regulamentação governamental.  Os americanos, sendo americanos, querem socorros financiados pelo governo.  Ninguém quer um livre mercado.

E agora toda a esperança jaz nas prima-donas: os políticos.

Havia de fato a esperança de que a cúpula do G-20 iria produzir uma resposta conclusiva para a crise.  A esperança é que houvesse um momento em que surgiria uma solução miraculosa para acabar com a bagunça.  Mas quanto mais cedo as pessoas entenderem que isso é esperar muito da conferência do G20 que começa em Londres no dia 2 de abril, melhor.  Este é de fato um pensamento muito depressivo.  Entretanto, o consolo é que, pelo menos, ninguém agora duvida da dimensão do problema e, o que é mais importante, as maiores economias do mundo ainda estão conversando entre si.

A dimensão dos problemas de fato é gigantesca.  A solução será mais do mesmo.  A probabilidade de um acordo é mínima.  Os políticos irão tagarelar e bufar, mas nenhum deles irá sacrificar sua carreira e a autonomia da política monetária de seu país a fim de entregar sua soberania a um novo banco central internacional, que não é comandado por país algum.  Foi isso que o padrão ouro fez, mas a um preço hoje intolerável para essas prima-donas: a rendição da autonomia política nacional.

Ninguém no poder confia em seus pares.  Eles sabem como cada um chegou ao poder.  Todos eles incorreram nas mesmas fraudulências.

O sistema irá piorar ainda mais

O sistema bancário internacional está instável.  Estamos na fase inicial de uma sequência de enormes prejuízos corporativos, imensos déficits orçamentários nacionais, queda no comércio internacional e inflação monetária.

Os ministros das finanças não sugeriram qualquer programa de reforma.  Os políticos não irão propor qualquer tipo bem definido de programa de coordenação que irá aumentar os lucros, aumentar o comércio, aumentar a produção e estabilizar a oferta monetária de cada nação.  Os investidores estão à procura de esperança.  Não precisa ser uma esperança plausível - apenas uma esperança.

Já o porta-voz da Morgan Stanley disse não ver esperança alguma de lucros corporativos durante os próximos dois trimestres.  Isso mal descreve a natureza da real ameaça à prosperidade mundial.  O sistema bancário americano, o maior do mundo, ainda está subcapitalizado e sofrendo prejuízos enormes devido a maus empréstimos feitos ao setor imobiliário e a calotes dados nas empresas de cartão de crédito (como previsto aqui e aqui).

Não há qualquer solução proposta a nenhum desses problemas, além de meros socorros financeiros.  Há várias e seguidas afirmações de que há uma solução que não envolve nem inflação em massa e nem depressão em massa.  Mas ninguém explica que solução é essa.

Os investidores são um alvo fácil para essa propaganda enganosa.  Eles não sabem por que investiram em ações ao invés de em ouro, de 2000 a 2008.  Eles não sabem como nenhuma autoridade foi capaz de prever essa crise.  Eles não entendem a teoria monetária da escola austríaca.  Eles só sabem que os lucros corporativos estão despencando.  E, por algum motivo, eles creem que os governos têm a solução.

Com o tempo, essa esperança irá desaparecer, junto com os índices da Dow Jones e da S&P 500.

Conclusão

Monitore o encontro do G-20.  Veja se haverá algum programa anunciado por todos os 20 membros.  Veja se haverá algo além da inevitável afirmação de que "Algo Será Feito, E Agora É Pra Valer".

Qual deve ser a sua fé nesses pronunciamentos?  Nula.

____________________________________________________

Gary North, um ex-membro adjunto do Mises Institute, é o autor de vários livros sobre economia, ética e história. Visite seu website.


Fonte: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=261

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
Re: Reunião do G20 - Londres
« Resposta #5 Online: 06 de Abril de 2009, 15:52:37 »
G20 anuncia US$ 1,1 trilhão contra a recessão e algemas no sistema financeiro global

Pacote ajuda, mas não resolve a crise. É o máximo que um grupo heterogêneo de países poderia fazer

A grande síntese do encontro dos líderes das maiores economias do mundo em Londres foi como coração de mãe: abrigou todos os pleitos que dividiam os governantes e pôs na mesa dinheiro grosso, US$ 1,1 trilhão, para “restaurar o crédito, o crescimento e os empregos na economia mundial”, segundo o comunicado oficial. Nada ficou fora.

O consenso contemplou mais canga nos bancos, fundos de hedge, as agências de classificação de risco e os paraísos fiscais, o pleito do francês Nicolas Sarkozy e da alemã Ângela Merkel. Mas também o compromisso de reforçar o funding do FMI e Banco Mundial – um meio termo ao ativismo fiscal defendido pelo presidente dos EUA, Barack Obama, e pelos primeiros-ministros da Inglaterra, Gordon Brown, e do Japão, Taro Aso. A proposta desagradava França e Alemanha.

O esforço para transparecer unidade onde há enormes diferenças, que não foram superadas - permanecem como um dado oculto da nova “harmonia global”, tipo casamento mantido por conveniência -, foi a tônica da declaração final em inglês, com sete páginas e 3.057 palavras. Nela houve espaço até para uma manifestação de princípio cara aos ativistas antiglobalização que encheram as redondezas do encontro em Londres com protestos violentos: a promessa de que a recuperação será “sustentável, verde e inclusiva”.

No fim, num sinal de segurança e descontração diante da crise dos líderes do G20, o grupo dos 20 países que formam a nova governança global, o presidente dos EUA, Barack Obama, fez graça com o colega brasileiro. Na fila dos cumprimentos, ao lado do primeiro-ministro da Austrália, Kevin Rudd, Obama soltou, dirigindo-se ao presidente Lula: “Adoro este cara, o político mais popular da terra. É porque ele é boa pinta”. Agora é que Lula vai ficar in-su-por-tá-vel.

Mas não só ele. Sarkozy bateu pé, disse que abandonaria a cúpula, se não fossem tomadas medidas fortes para policiar os mercados, a fim de prevenir futuras crises, e dar um chega pra lá nos paraísos fiscais. Nada disso é relevante para a solução da crise. Mas ele e Merkel viram a oportunidade de dar um basta às perdas fiscais dos dinheiros desviados para países que fizeram do sigilo bancário um grande negócio, como Suíça e Luxemburgo. Foram atendidos.

O diabo nos detalhes

Em troca, desistiram da pedra no sapato de Obama: a idéia de uma governança supranacional dos sistemas bancários soberanos. Criou-se um Conselho de Estabilidade Financeira, FSB da sigla em inglês, substituindo o Fórum já existente, mas com maior abrangência sobre as operações financeiras globais, operando em sintonia com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Não se falou do BIS, o consórcio de bancos centrais baseado em Basiléia, Suíça, que define os padrões de risco do sistema bancário. Muitas questões ficaram em aberto.

Há previsão de regramento forte dos bônus pagos aos executivos de bancos para desencorajar a tomada de riscos excessivos, mas não se aclarou como conciliar tal ação com as regras bancárias nacionais.

O dinheiro anticrise

Tais temas renderão assunto na mídia, mostrando os governos duros com os banqueiros e especuladores. Em toda parte há revolta contra os resgates bilionários de bancos, enquanto cresce o desemprego.

Contra a crise, porém, só o que conta são os pacotes fiscais - e eles foram reservados ao FMI, Banco Mundial e agências regionais, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento, destinatários do aporte de US$ 1,1 trilhão vindos de contribuições dos EUA, Japão e países europeus. A China promete aderir, desde que seja ampliada sua influência nestas instituições, a condição também do Brasil.

O grosso do dinheiro, cerca de US$ 750 bilhões, fluirá pelo FMI em apoio a países encalacrados em suas contas externas, como os do Leste Europeu, e os mais pobres, excluídos das operações normais de mercado. O financiamento do comércio exterior terá outros US$ 250 bilhões, canalizados através dos bancos multilaterais. Não se especificou como a banca repassará tais recursos aos exportadores.

G20 fez o que podia

O pacote do G20 está longe de sepultar a recessão tão logo comece a ser operado. Não é o “ponto de inflexão” da crise, como declarou Obama. É o máximo que um grupo heterogêneo de países poderia fazer - e neste sentido superou a expectativa.

Já a superação da crise é função das políticas nacionais de cada país e de um acordo que EUA e China terão de encontrar sozinhos, pois são ao mesmo tempo causa e solução de boa parte da crise. O G20 fez o que podia.

Mas a crise continua

Não é desprezível o consenso alcançado, que poderá desdobrar-se à frente com a retomada da chamada Rodada Doha, que persegue a queda do protecionismo que constrange o comércio entre países. A nota do G20 não omitiu esse compromisso.

Cúpulas como a de Londres tornam o mundo mais seguro. Mas tirar a economia do atoleiro exige mais, começando por um diagnóstico consensual sobre o que a provocou – o primeiro passo para a solução do problema. Esse consenso não há.

Com bancos insolventes e o desbalanceamento entre os EUA deficitários e sustentados pelos superávits de alguns poucos, sobretudo China, Japão e Alemanha, a crise não acaba. E, se amainar, ressurgirá adiante muito pior.

http://cidadebiz.oi.com.br/paginas/47001_48000/47851-1.html


Cúpula foi para ganhar tempo. Agora a batata está com Obama e os aliados e rivais dos EUA

Déficit americano vai a 12% do PIB este ano, um buraco que a China sinaliza não querer mais financiar

A cúpula dos chefes de governo dos países que representam 85% da economia global agrupados no novo diretório do mundo, o Grupo dos 20, G20, avançou mais do que até os analistas otimistas esperavam e foi menos do que se ufanou o anfitrião do encontro, em Londres, o primeiro-ministro inglês Gordon Brown: o nascimento de uma “nova ordem econômica mundial”. O presidente Lula também se impressionou com os resultados, assim como Barack Obama, estreante no fórum.

Um mergulho nas decisões do G20, porém, tanto avaliza o otimismo como a desconfiança. A geopolítica do mundo pode mudar depois da cúpula, mas não por causa dela. Ela já vinha mudando no vácuo da perda de prestígio dos EUA devido à desastrosa política externa do governo Bush. A débâcle econômica só fez acentuar o isolamento.

Quanto disso é definitivo não se sabe. Os ressentimentos entre os antigos aliados dos EUA na Europa são enormes, sequelas da decisão unilateral de Bush de invadir o Iraque e arrastar os europeus, sob a capa das Nações Unidas (ONU), ao Afeganistão. Com a China, maior financiador dos déficits dos EUA, juntamente com Japão e Alemanha, a relação é de suspeição permanente. A contraface da crise está ai – nas relações políticas desdenhadas pelos EUA da era Bush.

Obama veio a Londres como escala de um circuito pela Europa mais amplo que a pauta do G20, tratando o momento como crítico para as questões não só econômicas, mas políticas e militares. Sua missão é avaliar o estrago e reconstruir alianças. Tão importantes quanto as decisões do G20 foram seus encontros à margem da cúpula com os presidentes da China, Hu Jiabao, e da Rússia, Dmitri Medvedev.

A análise desses minuetos de Obama sugere que é com eles que se orquestra a solução de fundo contra a recessão global, e cada vez mais com pinta de depressão. A cúpula do G20, nesta perspectiva, foi o meio-caminho para ganhar tempo, aliviar as conseqüências da crise para as economias mais fracas e dar uma satisfação ao mundo.

Com a China, estabeleceu o que é chamado de G2, o grupo bilateral efetivamente capaz de ordenar os desbalanceamentos econômicos no mundo e organizar a saída da crise. Ele aceitou convite para ir a Pequim no segundo semestre e combinou um encontro técnico antes do final do ano para evoluir a relação econômica.

Também concordou em ir a Moscou. A expectativa é que desanuviem as suspeitas russas e se avance um acordo de redução do arsenal nuclear até dezembro.

As razões de Obama

Na raiz desses encontros as razões políticas vêm à frente. Obama espera colaboração da diplomacia chinesa e russa para encaminhar conflitos espinhosos aos EUA: Irã, Coréia do Norte, Oriente Médio. Mas o pano de fundo é econômico.

O orçamento militar é, isolado, o maior item de gastos fiscais dos EUA. Se não for reduzido, diante do que foi gasto e ainda se gastará para sanear a banca e retomar as engrenagens da economia, o Tesouro dos EUA dependerá cada vez mais da China e outros países superavitários, alguns hostis, como os produtores de petróleo, para fechar a conta.

Na linha do tiro

Nenhum deles está satisfeito com isso e temem o colapso do dólar. Vem daí as demandas da China e Rússia por uma moeda alternativa ao dólar. Por ora são só idéias. Ninguém batalhou por elas na reunião do G20. Mas o aviso está dado.

A resposta de Obama passa por algo complicado: enfrentar o lobby militar e buscar apoio no Congresso para rever o orçamento do setor para 2010. Uma distensão nas zonas de conflito facilita a tarefa. E também o expõe à linha de tiro...

Missão é solitária

O que se cobra dos EUA é um plano crível sobre o que farão com as suas finanças. Devido ao que o país já sacou contra a crise e mais vai sacar, excluindo as injeções de liquidez do Federal Reserve, o déficit fiscal saltou de 2,9% do PIB em 2007 para 6,4% em 2008. E este ano está estimado em 12% - o buraco que os chineses sinalizam não querer mais financiar.

As reservas de divisas da China passam de US$ 2 trilhões, dos quais, segundo o economista Brad Setzer, do Council on Foreign Relations, dois terços estão aplicados nos EUA.

O tempo para Obama é curto. De Londres foi a Estrasburgo, França, para a cúpula de 28 membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte - a oportunidade para se aproximar da Europa, em especial da Alemanha, motor da União Européia e relutante em compartilhar com os EUA os ônus da política externa e da retomada global.

Obama vai ter de suar a camisa. E pior é que ele está sozinho, não há outro nessa missão.

Caminhos da Europa

Se Obama fracassar nas investidas externas, terá de contar só com a força abalada da economia americana para tirá-la da crise, o que envolve um risco enorme, pois implica inflação e o dólar afundar.

EUA e União Européia, além de velhos aliados, totalizam metade da economia global. Como eles podem interagir e cooperar, portanto, é matéria de “significância global”, diz George Friedman, analista de geoestratégia da Stratfor.

Bush, diz Friedman, demandava muito da Europa e a ouvia pouco, o que a afastou dos EUA. Obama ouvirá muito, mas quer, segundo ele, “mais assistência” aos EUA. Ou isso ou o ajuste selvagem. O G20 por si só não dá conta do enrosco.

http://cidadebiz.oi.com.br/paginas/47001_48000/47852-1.html

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!