Ontem, dia 1° de Abril, Dia da Mentira, a revolução de 1964 fez aniversário. Uma excelente oportunidade para se avaliar quanto a geração dos anos 1960 foi prejudicial ao mundo.
Foi a geração dos extremos: moralismo e puritanismo de um lado; libertinagem e hedonismo de outro. Não souberam um encontrar meio-termo. Não queriam encontrar um meio termo. Não pensaram ou agiram com bom senso. Na verdade, não havia grandes diferenças entre esquerda e direita no Brasil.
Os comunistas queriam acabar com a liberdade em nome da igualdade. Já os direitistas queriam acabar com a liberdade em nome da tradição. De um lado, queriam que o Brasil fosse uma Cuba; do outro, queriam que o Brasil fosse um Chile. E pensar que esse pessoal quer indenização!
A glamorização dos anos 60 é uma fraude histórica. Foi a década do ativismo infanto-juvenil, imaturo e inconseqüente. A década dos comunistas de classe média que foram para o Araguaia lutar contra a ditadura e pelo povo, sem o respaldo do povo. E o povo não aderiu à guerrilha por um motivo simples: a luta dos comunas não era pela liberdade e, sim, pela tal ditadura do “proletariado”.
Por isso, é estranho que cultuem tanto Chico Buarque. Ah, sim, ele fez versinhos contra a ditadura no Brasil. Era bom moço, participava das passeatas da classe média. Mas apóia até hoje o regime cubano, que prende, persegue e executa quem pensa diferente dos irmãos Castro. Chico Buarque é símbolo da esquerda autoritária, burra e dogmática que, felizmente, já virou história...
Enquanto os comunistas rejeitavam a liberdade em nome da igualdade, os conservadores rejeitavam a liberdade em nome da tradição. Ao invés de uma marcha pelas liberdades individuais, com uma plataforma democrática, os direitistas faziam marchas com “Deus pela família”, ou seja, não defendiam a liberdade, eram apenas religiosos fundamentalistas e anticomunistas amalucados.
As donas de casa moralistas tinham dois inimigos: o comunismo e o divórcio. Acabaram com o primeiro. Ao contrário do que dizem os intelectuais da moda, a geração dos anos 60 foi a mais autoritária de todos os tempos. Em resumo, a má notícia é que os anos 60 deixaram um grande estrago cultural e político no mundo. A boa notícia é que os anos 60 acabaram...