Próximos 18 meses serão "críticos" no Iraque, diz ObamaO presidente americano, Barack Obama, que faz uma visita surpresa ao Iraque, disse nesta terça-feira em Bagdá que os "próximos 18 meses" podem ser "críticos" no país, uma vez que grande parte das tropas americanas deve deixar o campo de batalha até agosto de 2010.
"Os 18 próximos meses podem ser um período crítico", declarou Obama. "É hora, para nós, de transferir o controle aos iraquianos. Eles precisam assumir as rédeas de seu país", acrescentou.
O presidente Barack Obama chegou nesta terça-feira a Bagdá para uma visita de apenas um dia, a primeira depois de sua eleição, num momento em que o Iraque vive uma
nova onda de violência.
Ao desembarcar, Obama afirmou que sua visita tem como objetivo "expressar seu agradecimento aos soldados" que combatem no local e seu "extraordinário trabalho".
Obama chegou ao país após um giro europeu que concluiu na Turquia, onde tentou
relançar as relações dos Estados Unidos com o mundo muçulmano. O presidente desembarcou um pouco depois das 16h30 (10h30 de Brasília) no aeroporto internacional de Bagdá.
Durante a visita, Obama se encontrou com o comandante das forças americanas no Iraque, o general Ray Odierno, e interagiu com soldados norte-americanos.
Antes de deixar a Turquia, Obama afirmou que a política norte-americana em relação ao Iraque deveria ser diferente das ações praticadas pelo ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush.
Esta é a terceira visita de Obama ao Iraque, e a primeira como presidente dos Estados Unidos em exercício. No ano passado, ele esteve no país e se encontrou com comandantes do Exército dos EUA enquanto concorria à presidência contra o republicano John McCain.
Por questões de segurança, a Casa Branca não divulgou a agenda de Obama no país.
Aproximação com o mundo islâmicoNesta terça-feira, Barack Obama se encontrou com estudantes em Istambul, na Turquia, e pediu que os jovens "
coloquem pontes entre o Islã e o Ocidente".
No encontro, uma tentativa do presidente dos Estados Unidos de estabelecer contato durante sua visita não só com os líderes europeus, mas também com a população, Obama expressou seu "profundo compromisso de estabelecer uma relação baseada no mútuo interesse e no respeito com o mundo muçulmano".
"Não podemos nos estabilizar somente em nossas diferenças", disse o presidente americano, afirmando que é necessário que as duas partes ouçam "mutuamente, com cuidado", e encontrem um terreno comum.
Obama também pediu que os muçulmanos ignorem as "caricaturas" que retratam os americanos como ignorantes ou insensíveis, e disse que "este não é o país" que ele ama.
Paz no Oriente MédioNo discurso diante dos jovens, o presidente americano também falou do conflito israelense-palestino, e destacou que acredita que "a paz no Oriente Médio é possível, baseada em dois Estados vizinhos".
Para conseguir isso, ressaltou, são necessárias "a vontade e a coragem políticas" e que ambas as partes "façam compromissos", disse o presidente americano, segundo o qual manter a situação atual "é insustentável".
O presidente americano também respondeu a uma pergunta sobre a mudança climática e reconheceu que a obtenção de um acordo que substitua o Protocolo de Kioto será, embora necessário, "muito difícil", devido a obstáculos políticos e econômicos.
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