Infinitos e zeros não são bom sinais quando aparecem em qualquer equação. Cheira que há algo de errado com a mesma. Particularmente não acredito que singularidades existam de fato. Elas são simplesmente produtos (efeitos colaterais) de um modelo incompleto e insuficientemente capaz de modelar aquilo que pretende.
Para mim o erro está no modelo que acaba distorcendo o objeto modelado. Equações que se aproximem mais da realidade tenderão a eleminar tais singularidades.
É do conhecimento de todos que as duas grandes teorias acerca da natureza do Cosmos, a relatividade geral e a mecânica quântica, são (como tudo em ciência) apenas modelos parcias que, devido as incongruências existentes entre si, quando consideradas a um só tempo não podem ambas ser tidas como adequadas. Há algo de errado em uma ou em ambas as teorias que as tornam inconsiliáveis.
E é justamente nesse ponto dissonante, no limiar do muito grande e do muito pequeno, que surgem essas maluquices de infinitos e singularidades que qualquer físico reza para não aparecerem em suas equações.
Na minha opinião a inflação no máximo pode ser considerada como o evento que desencadeou a formação do universo como conhecemos hoje, não sendo absolutamente a origem do cosmos, que pelo mais simples exercício de raciocínio, concluímos ser eterno.
Para mim a questão "porque existem planetas, estrelas, galáxias,..., enfim, porque existem as coisas ao invés do nada?" não faz sentido, porque se houvesse o nada ao invés do cosmos, essa questão não poderia jamais ser formulada. E ela somente poderia vir a ser fomulada se ao invés do nada tivéssemos o cosmos.
A questão é semelhante a "porque um círculo é um círculo e não um quadrado?" desde que extrapolemos e consideremos que círculos e quadradados são formas muotoamentes excludentes na natureza, de tal maneira que se existem circulos quadrados nunca poderiam vir a existir, e vice-versa. Desse modo, em havendo quadrados não faz sentido se falar em círculos, por exemplo, ou se questionar porque existe um em vez do outro.
Por isso, uma vez que o cosmos existe, não faz sentido se falar do nada, pois o nada é "algo" que nunca "existiu" ou virá a "existir".