Olá, Luci.
Fui introvertido durante muitos anos, talvez tímido também, mas isso foi passando com o tempo.
Não te preocupes com os erros que cometas, pois aprendemos experimentando e corrigindo -- eu que o diga, que faço muitos erros.

Sobre identidade, não te massacres com isso e encara a vida como uma experiência que muda sempre o que somos, descobrindo novos mundos que nos mudam. Viaja, lê, escreve, encontra novos amigos, faz arte, experimenta; é isso que faz a pessoa, a personalidade, a identidade. Verás que as rugas da velhice mostrarão o espelho da vida, e serão belas se a pessoa tiver sido feliz.
Sobre gatos... tive uma gata durante muitos anos, desde cria; teve um tumor maligno no abdómen, dificultando os movimentos (principalmente os saltos) por causa do peso, e foi abatida, senão morreria com sofrimento, definhando por dentro. :'( Ela tinha uma personalidade invulgar, muito inteligente, um pouco mazinha, mas com muita afeição, e houve grandes experiências com ela. Lembro-me da última vez que tive contacto com ela, deitada na cama, mostrando-me um ar de grande feição.

Nos dias seguintes à sua morte, alguns sons e movimentos em casa, como um movimento de um cortinado, faziam lembrá-la, esquecendo por momentos a sua morte. Fiz o meu primeiro desenho em aguarela, que também foi a mais morosa, em sua homenagem/memória:
http://www.pichotel.com/pic/3254e6Ia4/69894.png .
Os tempos passaram, e agora eu e a minha família recordamos com ternura, sorrisos e risos as experiências e atitudes irreverentes da gata.