Autor Tópico: Cresce consumo de crack entre a classe média de SP  (Lida 374 vezes)

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Offline 4 Ton Mantis

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Cresce consumo de crack entre a classe média de SP
« Online: 09 de Abril de 2009, 08:28:47 »
http://www.diariodopara.com.br/noticiafull.php?idnot=37831


O consumo de crack deixou de ser uma tragédia social exclusiva dos brasileiros mais pobres. Em São Paulo, isso fica muito claro quando se analisa o número de pessoas que procuram ajuda contra o vício e a classe social delas.

A moto é a nova fonte de prazer de um comerciante que, por 13 anos, viveu aprisionado pelo crack. “Você não consegue comer direito, não consegue dormir direito, não consegue trabalhar direito. Você também não consegue arrumar uma namorada porque tudo te atrapalha. Eu estou há dois anos sem usar droga”, conta.

Também de uma família de classe média, um outro rapaz conta que começou a usar cocaína e crack aos 14 anos. Pela droga, abriu mão do conforto de ter carro e casa na praia. “Eu cheguei ao ponto de roubar em casa, a ficar na rua, a dormir na rua. Como o cara se afunda, entra nessa, ele acaba levando a família toda junto”, diz.

Ao contrário da cocaína, que sempre foi consumida pelas classes mais altas, o crack era usado por pessoas pobres, principalmente moradores de rua da área do centro de São Paulo conhecida como Cracolândia. Vinte anos depois de chegar à cidade, a droga ultrapassou os limites da região e virou um problema também na elite da maior metrópole do país.

Em dois anos, o total de atendimentos a usuários de crack e cocaína aumentou 71% na rede estadual de saúde. Já o número de tratamentos de pessoas que ganham acima de 20 salários mínimos mais do que dobrou: cresceu 155%.

Luizemir Lago, diretora de um dos centros de recuperação, acredita que o crack seduziu a classe média porque é mais barato e mais potente. A forma de consumo também é diferente da que se vê nas ruas. Ela conta que as pessoas têm consumido crack misturando a droga com maconha e com cigarro. “São formas, assim, bem banais que não chama tanto a atenção”, observa.

O tratamento é demorado, mas já devolveu a autoconfiança ao rapaz que, depois de oito anos de uso, admitiu que perdeu para a droga. “Não é fácil, é difícil. É uma luta constante, como matar um leão por dia. Vou conseguir. Estou determinado e eu vou conseguir”, afirma.
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Offline Diegojaf

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Re: Cresce consumo de crack entre a classe média de SP
« Resposta #1 Online: 09 de Abril de 2009, 10:41:09 »
Mata mais rápido que as outras...
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Flavia

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Re: Cresce consumo de crack entre a classe média de SP
« Resposta #2 Online: 09 de Abril de 2009, 15:04:17 »
Incrível. Não consigo ter pena de gente "favorecida" que usa drogas. Tenho até certa antipatia... :umm:
vanitas vanitatum omnia vanitas

Offline A Mosca

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Re: Cresce consumo de crack entre a classe média de SP
« Resposta #3 Online: 12 de Abril de 2009, 14:14:48 »
Aqui quem consome mais é a classe média mesmo.  :sim:

Conheço gente que já 'queimou' bens materiais, como: moto e a mobília de sua casa, com o crack. Conheço um sujeito que ameaçou a própria mãe de morte, caso esta não comprasse uma moto para ele. Ela comprou a moto, e o infeliz a perdeu para o vício. Saca só a importância que o vício toma?  :( Outro - esse um grande amigo - foi morto pelo próprio pai, por estar envolvido com drogas. Ele era meu parceiro de boemia, costumávamos sair de bares em bares, mandando um voz e violão. (Ele tocava violão muito bem). Fazíamos isso em troca da cachaça. A gente costumava se prostituir, também, em troca da droga ou daquela bermuda de marca que tanto cobiçávamos. Quase sempre os 'clientes' eram homossexuais, dificilmente, aparecia um 'cliente' do sexo feminino, o que era algo muito curioso. Quando não tínhamos grana - Sabe? O crack, aqui, é muito caro, custa R$ 10,00, uma pedra menor que um feijão. E um viciado não se contenta com, pelo menos, umas cinco pedras por dia -, recorríamos a uma droga tão destrutiva quanto - senão mais... (?). -, que é a "cola de sapateiro". Que era bem mais em conta e nem sofria tamanha repressão. Um dos maiores problemas do crack são os grandes índices de violência e, por decorrência, homicídios, relacionados com o tráfico deste. Há muito dinheiro em jogo. ;)   
« Última modificação: 12 de Abril de 2009, 14:38:27 por A Mosca »
Se alumia, então é lanterna...

 

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