Autor Tópico: Relações da Turquia com o Ocidente  (Lida 782 vezes)

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Relações da Turquia com o Ocidente
« Online: 13 de Abril de 2009, 18:18:17 »
Talvez o título devesse ser Relações da Turquia com a Europa e os EUA, já que não quero entrar na discussão sobre a Turquia fazer ou não parte do Ocidente, ou qual a definição de 'Ocidente', mas acho que do jeito que está já passa a idéia desejada.

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Obama pisa em ovos

Na sua primeira grande viagem de trabalho, o presidente Barack Obama colocou uma pá de cal no longo período de arrogância diplomática. Isto no trato com chefes de Estado, de governo e organismos internacionais. Na cúpula londrina do G-20, Obama esbanjou humildade e colocou-se como coadjuvante ao reconhecer os méritos e incensar o presidente Lula como líder maior.

Obama só não esperava as resistências francesa e alemã quando – depois de emplacar o premier dinamarquês na secretaria-geral da sexagenária Aliança Atlântica – tentou empurrar a Turquia para dentro da União Europeia. No particular, existe uma oposição silenciosa de Grécia, Chipre, Áustria, Dinamarca, República Tcheca, Eslovênia e Lituânia.

Alemanha e França, que com Sarkozy acaba de se reintegrar à Aliança Atlântica, estavam de acordo com relação à indicação do dinamarquês Anders Fogh Rasmussen. Aliás, 27 dos 28 membros apoiavam Rasmussen.

A reprovação partiu do premier turco Recep Erdogan, membro no seu país do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP). Erdogan recordou o episódio das doze vinhetas ofensivas ao profeta Maomé, publicadas em 30 de setembro de 2005 no jornal dinamarquês Jyllands Posten e objeto de protestos pelo mundo islâmico. Erdogan criticou o dinamarquês pela falta de providências repressivas contra as blasfêmias. E, também, por permitir a transmissão, a partir da Dinamarca, da Roj TV, de orientação curda.

Rasmussen, à época, avisou que no seu país havia liberdade de manifestação de pensamento e se recusou a receber onze embaixadores de países árabes, todos a portar protestos formais debaixo do braço. O presidente Obama procurou acalmar o premier turco e até jantou com o presidente Abdullah Gül. Já existe, pelo que se comenta, a promessa norte-americana de a Turquia ser guindada à vice-secretaria da Otan e conquistar cargos no novo comando militar. A resposta de Erdogan, com aval do presidente turco, veio rápida: “Aceitamos o novo secretário em face da garantia dos EUA”.

O premier turco estava ressabiado, pois temia por parte de Obama uma postura diversa da de Bush, isto pelo seu compromisso com a defesa dos direitos humanos. O governo de Erdogan está em atraso em atender às recomendações da UE no campo dos direitos humanos: continua sem solução a disputa territorial com Chipre.
 
Só para lembrar, em janeiro de 2007, o Congresso norte-americano editou uma resolução condenatória sobre o genocídio de armênios, em solo do antigo Império Otomano. O então presidente Bush, pelos republicanos, conseguiu conferir à resolução força não vinculante à sua política externa: non-binding resolution.

A Turquia sempre negou o genocídio dos armênios e colocou no seu código penal, como crime, qualquer tipo de conduta afirmativa dessa espécie de delito contra a humanidade. O vencedor do Prêmio Nobel de Literatura de 2006, o turco Orhan Pamuk, sofreu ameaça de ser processado e teve de deixar Istambul. O atual governo de Ancara continua a negar, como os anteriores, a ocorrência de genocídio. O governo admite, apenas, a transferência dos armênios para os confins com a Rússia e adverte que os mortos foram vítimas de conflitos civis.

O jornalista turco Murat Bardakci, em obra publicada no fim de janeiro deste ano, destrói a tese do governo. Bardakci teve acesso a documentos guardados pela viúva de Mehmet Talad, ministro do Interior (Defesa Interna) e que comandou os massacres da época com Enver, ministro da Guerra. Para se ter ideia, a população armênia era de 1,256 milhão de pessoas pouco antes de 1915. Dois anos depois, reduziu-se a 284.157.

Obama, ao recomendar a admissão da Turquia na UE, avançou o sinal. Para Obama, “os EUA e a Europa devem se aproximar dos islâmicos como amigos e parceiros no combate à injustiça, à intolerância e à violência. Necessitam construir uma relação fundada no respeito recíproco e no interesse comum”. Sob o prisma da geoestratégia e da geoeconomia, Obama reconhece na laica República da Turquia grande importância político-militar e uma fundamental parceira em face das reservas energéticas em áreas do Mar Cáspio. Sarkozy, pelo que se comenta, lembra das aceitações da Romênia e Bulgária e do ciclo migratório para a França, que não consegue ofertar trabalho nem para os franceses.

A chanceler alemã, Angela Merkel, externou o seu desacordo, mas com habilidade: “Um estreito vínculo com a Turquia é importante, mas devemos ainda pensar em como realizá-lo”. Merkel procura abrir uma nova via, ou seja, conferir à Turquia a condição de “partnership” privilegiada. Sobre o que vem a ser isso, não se tem a menor ideia. Talvez, seja um levar em banho-maria.

http://www.cartacapital.com.br/app/coluna.jsp?a=2&a2=5&i=3838

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Re: Relações da Turquia com o Ocidente
« Resposta #1 Online: 18 de Janeiro de 2010, 21:51:21 »
Turquia bloqueia acesso a 3,7 mil sites

A principal organização de segurança e direitos humanos europeia anunciou nesta segunda-feira que a Turquia está bloqueando 3,7 mil sites por "motivos arbitrários e políticos", e instou por reformas legais que demonstrem o compromisso do país com a liberdade de expressão.

Milos Haraszti, monitor de liberdade de imprensa na Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), uma associação de 56 países, disse que as leis de Internet da Turquia não estão preservando a liberdade de expressão no país e precisam ser reformadas ou abolidas.

"Em sua forma atual, a Lei 5.651, mais comumente conhecida como Lei de Internet da Turquia, não só limita a liberdade de expressão como restringe severamente os direitos de acesso à informação de seus cidadãos", afirmou ele em comunicado.

Haraszti disse que a Turquia, candidata a admissão pela União Europeia, está bloqueando o acesso a cerca de 3,7 mil sites, entre os quais YouTube, GeoCities e algumas páginas do Google, porque a lei de Internet vigente em Ancara é ampla demais e sujeita a interesses políticos.

"Mesmo que parte do conteúdo considerada como prejudicial, por exemplo pornografia infantil, precise ser sancionada, a lei não serve a esse propósito. Em lugar disso, ao bloquear o acesso a diversos sites na Turquia, a lei paralisa o acesso a numerosas redes sociais ou de troca de arquivos modernas", disse Haraszti.

"Alguns dos motivos oficiais para bloquear a Internet são arbitrários e políticos, e portanto incompatíveis com os compromissos da OSCE para com a liberdade de expressão," afirmou.

Haraszti disse que a lei turca não conseguia salvaguardar a liberdade de expressão, e que numerosas cláusulas do código criminal estão sendo usadas contra jornalistas, que correm o risco de serem mandados para a cadeia como resultado.

Portanto, "nossa principal recomendação é uma reforma ou abolição da Lei de Internet, (para garantir que) os turcos possam fazer parte da moderna sociedade da informação".

http://tecnologia.ig.com.br/noticia/2010/01/18/turquia+bloqueia+acesso+a+37+mil+sites+9340099.html

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Offline JJ

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Re:Relações da Turquia com o Ocidente
« Resposta #2 Online: 27 de Dezembro de 2016, 06:30:00 »

Presidente da Turquia diz que "interpreta favoravelmente" vitória de Trump


9/11/2016 08:21

Estadao Conteudo   


O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que a vitória do republicano Donald Trump na corrida pela presidência dos Estados Unidos representa uma nova era para o país. Erdogan disse esperar que isso se traduza em passos positivos para a democrata, os direitos básicos e as liberdades em todo o mundo e no Oriente Médio.


"Pessoalmente e para minha nação, eu interpreto favoravelmente a escolha do povo americano e desejo um futuro repleto de sucesso", afirmou Erdogan em Istambul, durante um discurso televisionado para empresários. O primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, parabenizou Trump e previu que, com o novo líder, a "parceria estratégia Turquia-EUA estará a salvo de discussões".


O ministro das Relações Exteriores turco, Mevlut Cavusoglu, elogiou a eleição de Trump. A autoridade disse que Ancara "deseja fortalecer nossa cooperação estratégica baseada na confiança" com o governo norte-americano.


O ministro da Justiça turco, Bekir Bozdag, disse que uma mudança no comando dos EUA pode trazer novas nuances às relações bilaterais, mas não mudanças dramáticas. Bozdag falou à emissora estatal Anadolu, ainda antes de Trump ter selado a vitória. O ministro disse que a Turquia quer melhorar as relações com os EUA no novo governo, independentemente do vencedor.


Bozdag disse que houve um significativo esforço da mídia para apoiar a candidata do Partido Democrata, Hillary Clinton, mas no fim das contas o que importa é a conexão que se estabelece com o eleitorado, avaliou o ministro turco. A crítica do ministro da Justiça turco ecoa a avaliação do próprio Trump sobre a cobertura da imprensa norte-americana da campanha.


O governo turco tem sido criticado por autoridades dos EUA e da Europa pelas prisões de jornalistas e de parlamentares da oposição nas últimas semanas, mas autoridades turcas rechaçaram declarações de aliados e a cobertura internacional dos fatos. Para o governo turco, a cobertura do exterior sobre o quadro na Turquia não leva em conta as ameaças de terrorismo presentes no país.


"Ninguém ganha uma eleição com manchetes de jornal, pesquisas, emissoras - no fim, é o povo que vota. Como você vê, o povo americano disse não a uma estratégia eleitoral direcionada contra sua própria vontade", disse Bozdag. Fonte: Dow Jones Newswires.



https://www.acidadeon.com/cotidiano/mundo/NOT,0,0,1207663,Presidente+da+Turquia+diz+que++interpreta+favoravelmente++vitoria+de+Trump.aspx

Offline JJ

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Re:Relações da Turquia com o Ocidente
« Resposta #3 Online: 27 de Dezembro de 2016, 06:32:22 »

Erdogan: Jerusalém pertence aos muçulmanos, e não aos judeus

16/05/2015  9:13



Hoje o presidente Erdogan da Turquia fez um discurso que ninguém na mídia Inglês está relatando. A Agência Anadolu, que é como o ‘Reuters’ da Turquia, informou sobre ele e várias fontes árabes ter escolhido agora em cima dele. E o discurso que fez incluído algumas linhas onde ele falou sobre invadir Jerusalém.


“Infelizmente, os muçulmanos perderam o nosso objetivo de cabeça para Jerusalém . A água dos nossos olhos congelaram tornando-nos cegos, e nossos corações que estava destinado a vencer para Jerusalém está agora em vez condicionados por rivalidade estar em um estado de guerra uns com os outros “.


Erdogan está convidando todos os turcos para se focar no objetivo Otomano de re-conquistar Jerusalém para o Islã. Ainda mais, Erdogan também quer reunir o mundo muçulmano, xiitas e sunitas, para esse mesmo objetivo.


Neste momento, o Oriente Médio está em caos, da guerra da Arábia Saudita com o Irã no Iêmen à guerra civil na Síria que só não vai acabar, para o caos na Líbia, onde vários grupos terroristas estão disputando o controle da Líbia. Erdogan vê tudo isso e acredita que este estado de guerra turvou a visão de muçulmanos de sua verdadeira aspiração de marchar sobre Jerusalém.


Se você se lembrar, quando Erdogan foi para a Turquia, ele eo presidente iraniano Hassan Rohani fez uma aliança das sortes para trabalhar em conjunto para reunir o mundo muçulmano e ” acabar com o derramamento de sangue ‘:


“Eu não olhar para a seita. Ele não me preocupa se os mortos são xiitas ou sunitas, o que me preocupa é os muçulmanos “, disse Erdogan durante a sua visita de um dia para o país vizinho, acrescentando que o Irã e a Turquia devem mediar entre as partes de luta e de esperança para obter um resultado .


“Temos de pôr fim a este derramamento de sangue, esta morte”, disse o presidente.


Erdogan continuou em seu discurso :


Presidente turco exortou os cidadãos a “levantar as mãos em súplica para esta noite abençoada para Allah para restaurar a Mesquita de Al-Aqsa [Jerusalém] para voltar a ser de propriedade de muçulmanos, e para remover a névoa de seus olhos, para ver Jerusalém, em sua mãos, em cada momento e em cada oportunidade “.

Há alguma dúvida sobre suas intenções aqui? Até mesmo seu próprio Primeiro-Ministro Davutoglu disse algo semelhante há algumas semanas em uma luta eleição com um membro de outro partido que sugeriu que Taqsim Square em Istambul é para os trabalhadores turcos que Jerusalém é aos judeus. Davutoglu não gostava muito disso, responder :


“Jerusalém pertence aos muçulmanos, e não aos judeus … Jerusalem nossa casa e nossa Jerusalém”


Se você foi ver o mundo muçulmano, na última década ou mais, você já ouviu falar sobre os muçulmanos cantam marchando em Jerusalém e até mesmo o alto funcionário da Irmandade Muçulmana do Egito chamado para que todos possam se unir em torno de um homem, a fim de invadir Jerusalém :


Lugar oficial Irmandade Muçulmana do Egito apelou ao mundo árabe quinta-feira para substituir as negociações com Israel com “santo Jihad”, afirmando que se os judeus estão autorizados a rezar no Monte do Templo eles vão destruir a Mesquita Al-Aqsa e suplantá-lo com o terceiro templo.


Mohammed Badie, guia supremo da Irmandade Muçulmana, declarou em uma mensagem pública publicado pelo jornal egípcio Al-Ahram que “os sionistas só entendem força”, e que os árabes não podem esperar para alcançar a justiça dos judeus “pelos corredores das Nações Unidas ou através de negociações. “…


“Chegou o momento para a nação islâmica para unir em torno de um homem por causa de Jerusalém e na Palestina”, disse Badie. “Os judeus têm dominado a terra, espalhar a corrupção na terra, derramado o sangue dos crentes e em suas ações locais sagrados profanados, incluindo o seu próprio.”


“Sionistas só entendem a linguagem da força e não se arrependerá sem coação”, continuou Badie. “Isso só vai acontecer através da Jihad santo, altas sacrifícios e todas as formas de resistência. No dia em que percebemos que marchará este caminho e levantar a bandeira da Jihad por amor de Deus, é o dia eles vão ceder e parar a sua tirania. “


Este ‘santo Jihad’ sobre Jerusalém é o espírito do anticristo e sabemos da Bíblia (Ezequiel 38) que tanto sunitas e países muçulmanos xiitas se unirão para invadir Jerusalém, com a Turquia como seu líder. O fato de que estamos agora a ouvir estas mesmas rumores de que o presidente e primeiro-ministro da Turquia é muito significativo.


Eles têm mais uma eleição para ganhar na Turquia e se o Partido AK ganha assentos suficientes no Parlamento turco no mês que vem, eles vão reescrever a Constituição turca e colocar em um novo sistema presidencial que vai deixar Erdogan como o líder supremo (califa) desta Nova Turquia.





https://blogaultimatrombeta.wordpress.com/2015/05/16/erdogan-jerusalem-pertence-aos-muculmanos-e-nao-aos-judeus/





Offline Pasteur

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Re:Relações da Turquia com o Ocidente
« Resposta #4 Online: 27 de Dezembro de 2016, 09:51:35 »
Essa última só tem no blog a ultima trombeta

Com certeza Fake News...

JJ, não precisa forçar pra achar notícias desfavoráveis do Erdogan, é tarefa fácil...


Offline André Luiz

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Re:Relações da Turquia com o Ocidente
« Resposta #5 Online: 27 de Dezembro de 2016, 10:23:52 »
Erdogan deve ter saudades do império otomano.

Offline Pasteur

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Re:Relações da Turquia com o Ocidente
« Resposta #6 Online: 27 de Dezembro de 2016, 10:31:47 »
Parecido com Putin, que está querendo a URSS de volta.


Offline André Luiz

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Re:Relações da Turquia com o Ocidente
« Resposta #7 Online: 27 de Dezembro de 2016, 11:01:41 »
Uma vez eu li que os turcos são mongóis,  praticamente vizinhos de acampamento dos hunos e dos próprios mongóis.

Engraçado como as conquistas fizeram eles perderem os traços asiáticos

 

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