Imagens mostram agressão de funcionários contra passageiros de trens no Rio colaboração para a Folha Online
Funcionários da SuperVia, concessionária que administra o transporte ferroviário no Rio, são acusados de agredir passageiros com socos e chicotadas ao tentar acomodá-los nos trens durante a greve dos ferroviários --iniciada nesta segunda-feira (13)--, segundo imagens exibidas no "Bom Dia Brasil", da Rede Globo.
A concessionária informou que afastou quatro funcionários os fatos suspeitos de envolvimento nas agressões. A assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Transportes do Rio de Janeiro não soube informar quais medidas a pasta irá tomar acerca das denúncias.
Em assembleia realizada na noite de terça (14), o sindicato dos ferroviários decidiu não acatar as propostas da concessionária e manter a greve, iniciada à 0h de segunda.
A paralisação começou como um protesto contra os constantes acidentes na linha férrea. Os trabalhadores reivindicam melhores condições de trabalho e alegam haver falta de segurança devido à manutenção precária dos trens.A Supervia estima que mais de 60% dos funcionários tenham aderido à paralisação, que afeta mais de 120 mil usuários.

Reprodução/TV Globo
Funcionários da SuperVia são flagrados agredindo passageiros com socos e chicotadas durante greve no Rio
Ontem, a concessionária apresentou uma série de propostas à categoria, como contratar 20 profissionais para coibir atos de vandalismo, e outros 20 técnicos para a manutenção de defeitos na rede. A expectativa da empresa era que a greve fosse encerrada diante das propostas, que deveriam entrar em vigor ainda este ano.
Porém, de acordo com o secretário geral do sindicato dos ferroviários, Pedro Ricardo de Oliveira Neto, as propostas deixam de fora alguns pontos importantes, como a recontratação dos funcionários demitidos desde o início da greve.
Justiça A SuperVia informou que vai recorrer à Justiça nesta quarta-feira para pedir que os funcionários voltem ao trabalho. Na tarde de segunda, uma audiência de conciliação foi realizada no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), mas nenhum acordo foi fechado entre a concessionária e o sindicato.
Durante audiência, o TRT-RJ determinou que o sindicato garantisse o efetivo de 60% dos funcionários trabalhando nos horários de pico --das 4h30 às 8h30 e das 16h30 às 20h30-- e o efetivo de 40% nos demais horários, podendo ser multado em R$ 50 mil, por dia, devido ao descumprimento.
Mesmo com a determinação, a SuperVia afirma que o efetivo de maquinistas está inferior ao determinado pelo órgão.
Em nota, a Comissão de Transportes da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) afirmou que irá realizar ainda esta semana uma audiência pública para discutir os problemas dos ferroviários.
Faltou a fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u550838.shtml