Autor Tópico: Min. Joaquim Barbosa diz que presidente do STF destrói credibilidade da Justiça  (Lida 2120 vezes)

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Offline Unknown

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Ministro Joaquim Barbosa diz que presidente do STF destrói credibilidade da Justiça

Durante uma discussão na sessão de hoje (22) do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Joaquim Barbosa criticou o presidente do STF, Gilmar Mendes, responsabilizando-o por supostamente contribuir para uma imagem negativa do Poder Judiciário perante a população.

O bate-boca ficou mais ríspido quando Mendes reagiu à discordância de Barbosa com o encaminhamento dado a uma matéria. Os ministros analisavam recursos contra duas leis julgadas inconstitucionais pelo STF. Uma, tratava da criação de um sistema de seguridade do estado do Paraná, e outra, da permanência de processos de autoridades no tribunal, ainda que os réus perdessem cargos políticos.

“Vossa excelência não tem condições de dar lição a ninguém”, afirmou Mendes. Barbosa respondeu: “Vossa excelência me respeite, vossa excelência não tem condição alguma. Vossa excelência está destruindo a Justiça desse país e vem agora dar lição de moral em mim? Saia à rua, ministro Gilmar. Saia à rua, faça o que eu faço”.

O ministro Ayres Britto tentou colocar panos quentes na discussão, ao lembrar que já havia pedido vista da matéria. Mas não conseguiu. Quando Mendes respondeu a Barbosa, dizendo que já estava na rua, ouviu do colega:

“Vossa excelência [Gilmar Mendes] não está na rua não, vossa excelência está na mídia, destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro. É isso. Vossa excelência quando se dirige a mim não está falando com os seus capangas do Mato Grosso, ministro Gilmar. Respeite”.

Após novas trocas de acusações, o Ministro Marco Aurélio sugeriu que a sessão fosse encerrada e foi atendido por Mendes. Em seguida, o presidente do STF e alguns ministros iniciaram uma reunião fechada em seu gabinete.

Assista ao trecho da sessão desta quarta-feira:
<a href="http://www.youtube.com/v/sIUdUsPM2WA" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/sIUdUsPM2WA</a>

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/04/22/ministro+joaquim+barbosa+diz+que+presidente+do+stf+destroi+credibilidade+da+justica+5677968.html

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Após bate-boca, oito ministros do STF dão apoio a Gilmar Mendes

Oito ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) divulgaram nota em que reiteram seu apoio ao presidente da Corte, Gilmar Mendes, após bate-boca no plenário do tribunal em que o ministro Joaquim Barbosa disse que Mendes está "destruindo a Justiça desse país". A nota, assinada pelos ministros Celso de Mello, Marco Aurélio Mello, Cezar Peluso, Carlos Ayres Britto, Eros Grau, Ricardo Lewandowski, Carmen Lúcia e Carlos Alberto Menezes Direito, também lamenta a discussão entre Mendes e Barbosa.
"Os ministros do Supremo Tribunal Federal que subscrevem esta nota, reunidos após a sessão plenária de 22 de abril de 2009, reafirmam a confiança e o respeito ao senhor ministro Gilmar Mendes na sua atuação institucional como presidente do Supremo, lamentando o episódio ocorrido nesta data", diz a breve declaração, publicada no site do STF.

A ministra Ellen Gracie não participou da sessão, segundo a assessoria do Supremo. Os ministros também decidiram cancelar a sessão da corte que estava marcada para essa quinta-feira.

O bate-boca entre Mendes e Barbosa aconteceu quando os ministros julgavam uma matéria sobre a previdência estadual do Paraná.

Mendes recusou o pedido de Barbosa por mais detalhes do processo, alegando que ele não estava presente quando a questão começou a ser julgada e emendou: ""Vossa Excelência não tem condições de dar lição a ninguém".

"Vossa Excelência me respeite", respondeu Barbosa, visivelmente irritado. "Vossa Excelência não tem condição alguma. Vossa Excelência está destruindo a Justiça desse país e vem agora dar lição de moral a mim?", indagou.

"Vossa excelência está na mídia, destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro. É isso. Vossa Excelência quando se dirige a mim não está falando com os seus capangas de Mato Grosso, ministro Gilmar", completou Barbosa.

A sessão foi interrompida por sugestão do ministro Marco Aurélio Mello. Barbosa deixou o plenário enquanto os demais ministros presentes se reuniram no gabinete de Mendes, onde decidiram pelo cancelamento da sessão de quinta e pela divulgação da nota em apoio ao presidente da Corte.

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/04/22/apos+bate+boca+oito+ministros+do+stf+dao+apoio+a+gilmar+mendes+5682999.html

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Offline Dodo

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Re: Min. Joaquim Barbosa diz que presidente do STF destrói credibilidade da Justiça
« Resposta #1 Online: 23 de Abril de 2009, 03:36:46 »
E eu que sempre achei que o que destruía a credibilidade da justiça era ela ser lenta, injusta, vendida, elitista, etc...

Agora fica fácil consertar, é só proibir o ministro de aparecer na TV e convocar algum casal lindo, protagonista de alguma novela, para fazer propaganda do judiciário.

Além dela ficar com um pouco mais de credibilidade, ainda fica um pouco mais bonitinha!
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Offline Diego

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Re: Min. Joaquim Barbosa diz que presidente do STF destrói credibilidade da Justiça
« Resposta #2 Online: 23 de Abril de 2009, 08:07:28 »
:clap:

finalmente alguém peitou o babaca do Gilmar Mendes!

Offline PauloCesar

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Re: Min. Joaquim Barbosa diz que presidente do STF destrói credibilidade da Justiça
« Resposta #3 Online: 23 de Abril de 2009, 09:38:13 »
Sim, concordo que o episódio dos HCs do Daniel Dantas fez com que o Gilmar Mendes ficasse de mal com a opinião pública, mas não podemos esquecer que o Min. Joaquim Barbosa tem problemas pessoais com o presidente do STF, de forma que não sei até que ponto ele está preocupado com a credibilidade da Justiça ou com o próprio ego. Afinal, ver seu maior desafeto virar seu chefe deve ser, no mínimo, dureza.
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Offline Fernando Silva

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Re: Min. Joaquim Barbosa diz que presidente do STF destrói credibilidade da Justiça
« Resposta #4 Online: 23 de Abril de 2009, 12:35:56 »
Ainda há alguma credibilidade a ser destruída?

Offline calvino

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Re: Min. Joaquim Barbosa diz que presidente do STF destrói credibilidade da Justiça
« Resposta #5 Online: 23 de Abril de 2009, 13:03:08 »
Ainda há alguma credibilidade a ser destruída?

Boa Fernando!
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Offline Mr. Mustard

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Re: Min. Joaquim Barbosa diz que presidente do STF destrói credibilidade da Justiça
« Resposta #6 Online: 23 de Abril de 2009, 13:34:53 »
Mendes acusa Barbosa de não ter condição de dar lição... Barbosa acusa Mendes de não ter condição de dar lição... Se ambos não possuem condições de darem lição e são magistrados, então o que fazem no STF? Discutir?


Offline Lua

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Re: Min. Joaquim Barbosa diz que presidente do STF destrói credibilidade da Justiça
« Resposta #7 Online: 23 de Abril de 2009, 15:56:01 »

Isso aparentou mais uma guerra de egos... Só que o ministro Gilmar Mendes ainda contou com o apoio de mais 8 ministros, ou seja... ::)

Mendes acusa Barbosa de não ter condição de dar lição... Barbosa acusa Mendes de não ter condição de dar lição... Se ambos não possuem condições de darem lição e são magistrados, então o que fazem no STF? Discutir?

Guerra de egos... Não dá pra avaliar criticamente opiniões de ministros que, aparentemente, não se suportam. Eu não tenho grandes queixas do Mendes, mas sou das que preferiam a Ellen ocupando o cargo.
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Offline Vito

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Re: Min. Joaquim Barbosa diz que presidente do STF destrói credibilidade da Justiça
« Resposta #8 Online: 23 de Abril de 2009, 16:04:34 »
Tadinho Barbosa está sozinho... :(

Offline Lua

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Re: Min. Joaquim Barbosa diz que presidente do STF destrói credibilidade da Justiça
« Resposta #9 Online: 23 de Abril de 2009, 16:06:40 »
Até rimou, Vito...  :lol:
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Offline Diego

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Re: Min. Joaquim Barbosa diz que presidente do STF destrói credibilidade da Justiça
« Resposta #10 Online: 23 de Abril de 2009, 16:35:45 »

Isso aparentou mais uma guerra de egos... Só que o ministro Gilmar Mendes ainda contou com o apoio de mais 8 ministros, ou seja... ::)

Mendes acusa Barbosa de não ter condição de dar lição... Barbosa acusa Mendes de não ter condição de dar lição... Se ambos não possuem condições de darem lição e são magistrados, então o que fazem no STF? Discutir?

Guerra de egos... Não dá pra avaliar criticamente opiniões de ministros que, aparentemente, não se suportam. Eu não tenho grandes queixas do Mendes, mas sou das que preferiam a Ellen ocupando o cargo.

Até quando o Gilmar Mendes fica no cargo??

Offline Dodo

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Re: Min. Joaquim Barbosa diz que presidente do STF destrói credibilidade da Justiça
« Resposta #11 Online: 23 de Abril de 2009, 16:37:10 »
Tadinho Barbosa está sozinho... :(

Você que pensa...
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Offline Gaúcho

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Re: Min. Joaquim Barbosa diz que presidente do STF destrói credibilidade da Justiça
« Resposta #12 Online: 23 de Abril de 2009, 20:05:10 »
Que credibilidade? Que justiça?
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Offline Diegojaf

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Re: Min. Joaquim Barbosa diz que presidente do STF destrói credibilidade da Just
« Resposta #13 Online: 23 de Abril de 2009, 20:59:39 »
Comunidades do Orkut e fóruns de internet estão pipocando com mensagens de apoio ao Barbosa.

Engraçado é:

- Vossa excelência é um gradissíssimo filho da p***!!
- Pois vossa senhoria, digníssimo colega, é um ladrão vendido dos infernos!!
- Caríssimo excelentíssimo companheiro, vai tomar bem no meio do olho do seu...

Até pra xingar eles mantém o tratamento pomposo... :lol:
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Unknown

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Re: Min. Joaquim Barbosa diz que presidente do STF destrói credibilidade da Justiça
« Resposta #14 Online: 23 de Abril de 2009, 21:29:00 »
- Vossa excelência é um gradissíssimo filho da p***!!
Nada disso! Nesse caso fica:

- Vossa excelência é um grandessíssimo rebento de uma meretriz!

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Offline Zeichner

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Re: Min. Joaquim Barbosa diz que presidente do STF destrói credibilidade da Justiça
« Resposta #15 Online: 24 de Abril de 2009, 00:39:09 »
Joaquim Barbosa insinuou que o Gilmar Mendes sonegou informações e que não julgava sem pesar as consequencias de seus atos...
Pra um juiz, isso é barra pesada e difícil de aceitar, ainda mais sendo ele o presidente da Suprema Corte do país. Ficou insinuando que o Gilmar Mendes era incompetente, e quando recebeu uma resposta a altura, atacou, apelando pra baixaria.
E atacou dizendo que o mesmo estava destruindo a justiça no país...
Um Ministro do Supremo falando isso? Se não concordava com o Gilmar Mendes, se achava que ele faz algo de ilegal e inconstitucional, que tivesse se levantado antes, que tivesse apresentado provas e pedido o impedimento do Presidente. Se tem provas e não fez, é omisso. Se não tem provas e acusou, é caluniador.

Por isso os 8 ministros do supremo ficaram do lado da legalidade e defenderam o presidente do Tribunal.

Quem eu acho que não tem mais condições de sr ministro, se não se retratar, é o Joaquim Barbosa.



Offline Spitfire

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Re: Min. Joaquim Barbosa diz que presidente do STF destrói credibilidade da Justiça
« Resposta #16 Online: 24 de Abril de 2009, 00:40:36 »
Fogueira das vaidades... ou... o duelo dos pavões.




Offline Unknown

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Re: Min. Joaquim Barbosa diz que presidente do STF destrói credibilidade da Justiça
« Resposta #17 Online: 24 de Abril de 2009, 02:37:42 »
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Ministros trocaram ofensa como 'moleques de rua', diz Dallari

Jurista e professor emérito da USP diz que em 50 anos como advogado nunca viu um nível tão baixo no STF

O jurista e professor emérito da Faculdade de Direito da USP, Dalmo Dallari, condenou o bate-boca entre o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e o ministro Joaquim Barbosa. Para ele, o episódio foi desmoralizante, os dois "trocaram ofensas como moleques de rua" e se revelaram ministros "sem controle emocional". "Sou advogado há 50 anos e nunca vi um nível tão baixo", afirmou Dallari.

Em um determinado momento da discussão, Barbosa insinua que Mendes teria "capangas": "Vossa Excelência, quando se dirige a mim, não está falando com os seus capangas do Mato Grosso, ministro Gilmar. Respeite". Segundo o jurista, essa troca de ofensas não resultaria num processo de injúria porque os dois erraram: "O nível foi tão baixo que nada do que foi dito pode ser levado a sério".

"Para nós da área jurídica foi decepcionante, porque nós acreditamos na Justiça, nos tribunais, nos juízes", lamentou o jurista. "E infelizmente não há o que fazer. Não há um órgão corregedor do Supremo." Segundo ele, a única coisa a se esperar é que o episódio não se repita no Supremo. Dallari também considerou "lamentável" a nota dos demais ministros sobre o episódio na noite da última quarta. "Eles, no lugar de apenas lamentar, tomaram partido do Gilmar Mendes em detrimento de Joaquim Barbosa".

Bate-boca

O bate-boca começou quando o STF analisava recursos em que era discutido se decisões sobre benefícios da Previdência do Paraná e sobre foro privilegiado tinham ou não efeito retroativo. Essas decisões haviam sido tomadas em sessões em que Barbosa faltou aos julgamentos - ele estava de licença. O ministro Barbosa disse que a tese de Mendes deveria ter sido exposta "em pratos limpos". Mendes respondeu: "Ela foi exposta em pratos limpos. Eu não sonego informações. Vossa Excelência me respeite", e lembrou que o ministro faltara à sessão em que o recurso começou a ser decidido.

Quando Mendes disse que o ministro não tinha "condições de dar lição a ninguém", Barbosa partiu para o ataque ao presidente do STF. "Vossa Excelência está destruindo a Justiça deste País e vem agora dar lição de moral em mim? Saia à rua, ministro Gilmar. Saia à rua, faz o que eu faço", afirmou Barbosa. Em seguida, depois de Mendes dizer que estava na rua, Barbosa acrescentou: "Vossa Excelência não está na rua não. Vossa Excelência está na mídia, destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro."

Outro ministro, Carlos Ayres Britto, tentou acalmar os ânimos. "Ministro Joaquim, vamos ponderar." Mas de nada adiantou. "Vossa Excelência, quando se dirige a mim, não está falando com os seus capangas do Mato Grosso, ministro Gilmar. Respeite", reagiu Barbosa. Oito dos 11 ministros do Supremo divulgaram uma nota de apoio a Mendes ontem, lamentando o episódio.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,ministros-trocaram-ofensa-como-moleques-de-rua--diz-dallari,359409,0.htm
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'Mendes verbaliza mais, mas não destrói imagem do Judiciário'

Afirmação é do diretor da PF Roberto Troncon; durante debate, especialistas lamentaram bate boca no STF

Os especialistas em Direito que participaram de debate no Grupo Estado nesta quinta-feira, 23, lamentaram o bate-boca na última quarta entre o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e o ministro da Corte Joaquim Barbosa. Barbosa chegou a dizer que Mendes destrói a "credibilidade do Judiciário".

O diretor da Divisão de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, Roberto Troncon, admitiu que a atuação de Mendes como presidente do STF está mais em evidência que a de seus antecessores, mas discordou da declaração de Barbosa. "Realmente, como cidadão, o que observo é que o ministro Gilmar (Mendes) tem postura diferenciada dos antecessores: verbaliza mais, falar, tratar de assuntos relativamente polêmicos e acaba catalisando toda uma discussão que realmente o notabiliza como uma atuação diferente dos que o antecederam, especialmente da ministra Ellen Gracie. Agora, dizer daí que está destruindo a imagem é um exagero.

Para Fernando Mattos, presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), que também esteve no evento, há um desgaste no Judiciário com essas polêmicas. "Lamento o episódio pelo excesso que aconteceu. Agora  STF tem tido julgamentos importantes, apelo social muito forte, como nas decisões sobre nepotismo, células-tronco. É importante fazer distinção do presidente do STF e do Supremo em si. O que me espanta muito nesses episódios envolvendo Mendes são os comentários e as notícias ácidas, o que gera um desgaste".

O subprocurador-geral da República, Wagner Gonçalves, minimizou as acusações de Barbosa, mas diz que o presidente do STF "não pode tudo" e que imagem do Judiciário fica vulnerável com as declaração de Mendes."É todo um mecanismo que vai vulnerando, fraquejando instituições que estão tentando acertar. Porque eu parto do suposto de que o Supremo está querendo acertar, desde os juízes de primeira instância, o Ministério Público e a Polícia Federal, que melhorou tanto seus quadros é aí que se começou a  pôr o dedo na ferida- e pôr o dedo na ferida tem uma repercussão bem maior".

Ontem, no bate-boca, Barbosa pediu "respeito" de Mendes, afirmando que o presidente do STF não estava falando "com os seus capangas do Mato Grosso". Segundo Gonçalves, quando Barbosa usou a expressão "capanga" quis dizer que Mendes não se dirigia a "qualquer um". "Acho que foi uma força de expressão de Barbosa."

Segundo o advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, a discussão é bilateral. "Ele (ministro Joaquim Barbosa) falou em momento de ímpeto, é impossível que ele ache isso, daria uma importância superlativa para o ministro Mendes".

[...]
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,mendes-verbaliza-mais-mas-nao-destroi-imagem-do-judiciario,359309,0.htm

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Re: Min. Joaquim Barbosa diz que presidente do STF destrói credibilidade da Justiça
« Resposta #18 Online: 26 de Abril de 2009, 22:41:52 »
A Justiça brasileira e as classes sociais

Não me lembro de ter presenciado - no judiciário brasileiro - cena tão horrenda e patética quando a que protagonizaram ontem os ministros Joaquim Barbosa e Gilmar Mendes.

Independentemente do mérito da questão em pauta - uma pendenga a respeito de funcionários públicos no Paraná - o ministro Joaquim Barbosa expôs no plenário do Supremo a opinião de parte significativa da sociedade brasileira: o descolamento da justiça - ou de quase toda ela - com a sociedade, sobretudo com as classes mais pobres.

Joaquim Barbosa que carrega a honra de ser o primeiro negro a chegar ao Supremo sabe bem dos degraus que existem entre as classes sociais, cores de pele, etnias, graus de instrução, gêneros, no Brasil. Por outro lado, o ministro Gilmar Mendes tem exposto o Supremo Tribunal á chacota pública, ao desgosto, a incredulidade, ao desrespeito como nenhum ministro antes dele.

Curiosamente, Gilmar Mendes vem de uma região que conheço bem, que é o interior do Mato Grosso, mais específicamente de Diamantino (cidade que ostentou durante um bom tempo o título de maior município do mundo). Em poucos lugares o poder econômico e a violência sem punição são tão impactantes, ativos, explicitos e descarados quanto nessa região. O Mato Grosso se tornou nas últimas décadas o que era o sertão nordestino na época dos coronéis. É virtualmente uma terra sem lei, o que não deixa de ser um paradoxo quando o presidente do Superior Tribunal Federal é de lá, da família que controla o poder regional.

Como todo paradoxo ele somente é aparente. No fundo ele revela os nexos e os sentidos inegáveis, mas que a sociedade tende a se furtar de ver, ou que as classes dominantes tentam a todo custo esconder. Joaquim Barbosa está profundamente errado quando acusa Mendes de destruir a imagem do judiciário brasileiro. Em verdade, por mais inusitado que possa ser, o atual presidente do STF encarna e expõe a justiça brasileira tal como ela efetivamente é: indiferente, insensível, leniente com os poderosos, rigorosa com os pobres, suave com os delitos de colarinho branco (corrupções, desvios, improbidades), dura e implacável com os de subtração de bens pessoais (um furto, um assalto), desregulamentada e subjetiva. Uma mulher é capaz de passar meses presa por furtar um pote de margarina, mas um corrupto de bilhões transita livre como um passarinho.

Mas essa postura do judiciário brasileiro manifesta suas origens históricas e suas raízes sociais.

Até a Independência do Brasil toda formação dos homens da justiça se dava em Portugal, mais específicamente em Coimbra. Obviamente que para um jovem chegar até os bancos da Universidade, naquela época, era necessário ter posses, muitas posses. Em São Paulo mesmo, no começo do século XIX, havia apenas três homens que se gabavam de ter passado por Coimbra.

Com a Independência o governo do Império decidiu estabelecer dois cursos de direito no Brasil, um para atender ao norte outro para atender o centro-sul. Depois de longas discussões no parlamento decidiu-se pelas cidades de Olinda em Pernambuco e São Paulo. Em 1828 era inaugurado o curso de Direito do Largo de São Francisco.

Desde então os cursos se multiplicaram, mas um fato permanece. Os cursos mais conceituados, aqueles que formam homens e mulheres que irão ocupar os principais postos do poder judiciário no país, são compostos de oriundos das elites brasileiras.

Até ai, por si só, não há um demérito de origem. O problema são as implicações disso. Além da óbvia proteção classista, que julga com pesos diferentes aqueles que são do mesmo grupo social e os que não são (e não me digam que as leis são impessoais, pois são interpretativas, e as interpretações são socialmente marcadas), existe a própria “conformação” das leis. Leis que permitem que processados por corrupção respondam em liberdade, mas que elementos que furtaram supermercados não, são escritas a luz da proteção da classe social de onde provém os legisladores e membros do legislativo.

A impressão popular é precisa: qualquer cidadão comum ficaria preso se cometesse o mesmo crime, da mesma forma, que um Pimenta Neves. É mais fácil escapar de um processo por desvio de verbas públicas do que por atraso de pensão alimentícia.

Mas ainda há mais nisso. Os membros do judiciário brasileiro, pela formação elitista que recebem nos cursos de direito, se deslocam da realidade e travam discussões “hermeneuticas” que não atendem aos interesses da sociedade, como, por exemplo, a recente decisão de proibir a prisão de acusados até o julgamento da última instância do processo, excetuando-se casos de risco.

E isso é um traço de parte das elites brasileiras: a indiferença para com a realidade, a não ser que seus interesses sejam envolvidos. Nesses casos, bem como regularmente faz o ministro Gilmar Mendes, a lei é torcida e retorcida em favor de seus pares, sob a alegação de que são interpretações em prol da sociedade (leia-se: seus próximos).

A velha máxima ainda vale: Para os amigos tudo, para os inimigos a lei.

E assim é. Quando o ministro Joaquim Barbosa convidou seu parceiro de STF a andar nas ruas pediu algo que, históricamente, está muito além do que os membros do judiciário (sua grande maioria, é claro) podem e estão acostumados a fazer.

Quando alguns articulistas se dizem preocupados com a perda de legitimidade dos poderes diante da sociedade na realidade se equivocam parcialmente. Essa legitimidade sempre foi circunstancial, e no caso do unico poder que não é eletivo - o judiciario - a ausência de legitimidade sempre houve e sempre foi plena. Apenas, antes, estas coisas não chegavam aos ouvidos da população de forma tão escandalosa e em tempo real, era só de “ouvir falar”.

Por isso o que o judiciário precisa não é de uma “restauração”, pois não há o que se restaurar, ele esta onde sempre esteve. Melhor seria dizer uma “revolução”, que conseguisse eftivamente fazer do judiciário um poder que representasse todas as classes sociais brasileiras, assim como - bem ou mal - ocorre no executivo e no legislativo. Mas, talvez isso esteja ainda mais distante do que termos os outros dois poderes honestos e corretos na execução de suas obrigações.

No final das contas, devemos reconhecer, resta para o judiciário fazer o serviço sujo que é, de modos mirabolantes, evitar que toda e qualquer corrupção cometida pelos donos do poder seja punida. Nisso eles são profundamente zelosos. Então é justo que, por fim, os outros poderes protejam o judiciário, sobretudo os membros do STF, e que a maioria de seus ministros condene Joaquim Barbosa.

Exatamente por fugir ao roteiro histórico de proteção dos poderosos e descolamento da realidade da maioria da sociedade brasileira.

Apenas uma nota para encerrar: Fiquei realmente com medo quando vi a risada do excelentíssimo senhor presidente do Superior Tribunal Federal, Ministro Gilmar Mendes, ao escarnecer a fala de seu colega. Digna de figurar em filme de terror.

http://colunistas.ig.com.br/indianasilva/2009/04/24/a-justica-brasileira-e-as-classes-sociais/

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Offline Herf

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Re: Min. Joaquim Barbosa diz que presidente do STF destrói credibilidade da Justiça
« Resposta #19 Online: 27 de Abril de 2009, 01:39:22 »
Citar
http://colunistas.ig.com.br/indianasilva/2009/04/24/a-justica-brasileira-e-as-classes-sociais/
Mas que visão mais classista. Só falta defender cotas no judiciário.
« Última modificação: 27 de Abril de 2009, 01:41:42 por Herf »

Offline Luiz Souto

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Re: Min. Joaquim Barbosa diz que presidente do STF destrói credibilidade da Justiça
« Resposta #20 Online: 03 de Maio de 2009, 10:56:18 »
Citar
"Alguém, finalmente, resiste
24/04/2009
Mino Carta

E as Excelências partiram para a briga. O fraseado solene das litigantes parecia indicar o comparecimento transcendente dos deuses da tragédia grega ou dos fantasmas de Ulpiano, Modestino e Gaio. Talvez uns e outros, sem excluir Sólon. Vale dizer, de todo modo, que a acusação dirigida pelo ministro Joaquim Barbosa ao presidente do STF, de destruir a Justiça brasileira, é a primeira manifestação pública e de grande peso a denunciar os comportamentos de Gilmar Mendes.
E no momento em que Barbosa invectiva, "Vossa Excelência quando se dirige a mim não está falando com seus capangas de Mato Grosso", não me contive e anunciei aos meus espantados botões: o ministro lê CartaCapital. E mais: dispõe-se a repercutir as informações da revista, ao contrário da mídia nativa, obediente à omertà conveniente ao poder.
Nas nossas páginas, a destruição "da credibilidade da Justiça brasileira", como diz o ministro Barbosa, tem sido um dos temas principais há um ano, ou seja, desde o instante em que Gilmar Mendes assumiu a presidência do Supremo.
Cito, em resumo, Walter Fanganiello Maierovitch, ao lembrar que neste período "Mendes notabilizou- se pelo hábito de prejulgar" e "sobre antecipações de juízos (...) teceu considerações fora dos autos sobre financiamentos aos sem-terra e sobre a revisão da Lei da Anistia".
"Na presidência, Mendes estabeleceu e sedimentou - escrevia na edição passada Fanganiello Maierovitch - uma ditadura judiciária (...) de maneira a transformar o STF numa casa legislativa onde o emprego de algemas em diligências policiais, em vez de lei, virou súmula."
Os jornalistas costumam ser sovinas na hora de criticar Gilmar Mendes, mesmo quando, por ocasião da segunda prisão de Daniel Dantas em consequência da Operação Satiagraha , atropela a decisão do juiz de primeira instância, Fausto De Sanctis, ao conceder habeas corpus ao banqueiro. Ou quando, em nome de um grampo que não conseguiu provar, e até não sabe se efetivamente se deu , exige o desterro do delegado Paulo Lacerda.
Claro que a revista Veja, bíblia dos privilegiados, prestou-se ao jogo de Mendes, em um caso e noutro, em busca do resultado final, o enterro da Satiagraha. Desterro, enterro. Esta sim, uma operação com fartas chances de êxito.
São, aliás, muito peculiares os cruzamentos possíveis deste enredo, sem contar os equívocos. Por exemplo, não me canso de lembrar que Luiz Eduardo Greenhalgh, além de advogado de Cesare Battisti, em nome de uma discutível e mesmo improvável solidariedade esquerdista, também presta seus serviços ao já citado Daniel Dantas, responsável pela entrega à semanal da Editora Abril de um dossiê falso destinado a provar a existência de contas em paraísos fiscais do presidente Lula ou outras personalidades. Ah, sim, de Paulo Lacerda inclusive. A gente sabe, o mundo é pequeno.
E por exemplo. Na semana passada contei de um telefonema de Brasília recebido no dia da primeira prisão do orelhudo no desfecho da Satiagraha. Figurão do governo me pega na minha chegada à redação e diz eufórico: "Viu, viu o que a gente fez?" Pois o figurão inclinado a entusiasmos temporários veio visitar-me na redação cerca de um mês depois.
Pretendia informar-me a respeito do destino de Daniel Dantas: que eu não perdesse a esperança, um grande vilão não escaparia à justa punição. Sua fala soava como uma satisfação não solicitada, mesmo porque não carecemos de vilões e CartaCapital não cultiva com Dantas uma pendência pessoal. Contudo recomendou-me paciência. Com bonomia. Não custava aguardar, e não adiantou exprimir algum ceticismo quanto ao negrume do futuro dos vilões.
Pergunto-me agora o que espera o ministro Joaquim Barbosa. O ostracismo? A julgar pelas primeiras reações midiáticas, a execração pública, como medida preliminar. Vale acentuar, porém, que o iniciador do conflito foi Gilmar Mendes. Primeiro, na repreensão indireta a uma ausência justificada do seu par. Depois, com a grave censura ao acusá-lo de usar critérios classistas nos seus julgamentos.
Triste, lamentável episódio, e CartaCapital entende as razões de quem assinou a solidariedade ao presidente do STF com o propósito de evitar danos mais graves à instituição. Mas o que não é triste e lamentável no Brasil de hoje nos mais diversos quadrantes?"
Se não queres que riam de teus argumentos , porque usas argumentos risíveis ?

A liberdade só para os que apóiam o governo,só para os membros de um partido (por mais numeroso que este seja) não é liberdade em absoluto.A liberdade é sempre e exclusivamente liberdade para quem pensa de maneira diferente. - Rosa Luxemburgo

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Re: Min. Joaquim Barbosa diz que presidente do STF destrói credibilidade da Justiça
« Resposta #21 Online: 06 de Maio de 2009, 20:14:54 »
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OAB critica proposta de censurar transmissões ao vivo de sessões do STF após bate-boca

Por aclamação, o pleno do Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) aprovou hoje moção de apoio ao presidente da Seccional do Rio, Wadih Damous, de repudiar proposta de censurar a transmissão ao vivo das sessões do STF (Supremo Tribunal Federal). A ideia teria começado a ser discutida após o bate-boca do presidente do STF, Gilmar Mendes, com o ministro Joaquim Barbosa.

"Caso o presidente do Supremo resolva vetar as transmissões ao vivo, estabelecendo a transmissão apenas de programas editados sobre as sessões de julgamento do pleno, a questão é saber quem será o censor", afirmou o presidente nacional da OAB, Cezar Britto.

Barbosa e Mendes protagonizaram protagonizara um dos mais violentos embates verbais da história da Corte. Barbosa acusou Mendes de destruir a "credibilidade da Justiça brasileira" e chegou a afirmar que Mendes não falava com os seus "capangas de Mato Grosso".

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u560244.shtml
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Gilmar Mendes minimiza críticas e se diz indiferente a protestos

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, se mostrou indiferente à manifestação que está sendo preparada para esta quarta-feira em várias capitais do país pedindo que ele saia às ruas e deixe a Suprema Corte. Mendes minimizou as críticas e disse que os protestos fazem parte do processo democrático.

Mendes afirmou que não se incomoda com tais comentários. "Não me incomoda de nenhuma maneira. A gente se qualifica na sociedade pelos amigos que se tem e inimigos que se cria", disse.

O presidente do STF afirmou que foi a Corte que regulamentou e liberou a Praça dos Três Poderes para livres manifestações. "Eu vejo com grande naturalidade qualquer manifestação. Foi o STF, numa decisão da qual eu participei, que afirmou que era livre o protesto na Praça dos Três Poderes."

As manifestações contra Mendes se acenturam há duas semanas, quando ele protagonizou um bate-boca com o colega Joaquim Barbosa. Na ocasião, o presidente do STF foi acusado pelo colega de "destruir a Justiça" do país. Disse ainda que Mendes deveria sair às ruas, e não na mídia. Mendes pediu respeito a Barbosa, que chegou a afirmar que Mendes não estava falando com os seus "capangas de Mato Grosso".

Um grupo de manifestantes promete reunir na noite de hoje 10 mil pessoas na Praça dos Três Poderes em protesto a postura de Mendes à frente do STF, chamado de "Gilmar saia às ruas e não volte ao STF". Eles afirmam que vão acender 10 mil velas na porta do STF e ficar em vigília. A segurança do STF já reforçou o monitoramento do local.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u561285.shtml

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

 

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