A idéia da lista fechada a princípio parece interessante, porque a tendência seria que os partidos a tivessem uma cara e/ou ideologia mais definida, sem depender muito dos "grandes nomes" da política. Um maior destaque às ideologias e/ou propostas iria resultar em uma melhoria no debate político, que hoje é muito pobre no Brasil. Além disso, sumiriam problemas como na vez em que o PRONA tinha direito a sete cadeiras por SP e só tinha seis candidatos.
Por outro lado, esse sistema dificulta o processo de separar o joio do trigo dentro de um partido, ou seja, se um partido decidir que um corrupto é o primeiro da fila, não haverá como votar no partido sem votar nele. E como os primeiros quase sempre serão os "grandes nomes", na prática a coisa tende a não mudar muito, até porque eles continuariam a fazer campanha para o partido e as pessoas votariam no partido só por causa deles. E, seguindo a tradição política brasileira, creio que é muito maior a probabilidade de os partidos continuarem apenas se atacando uns aos outros, e pedindo votos mais na base do "vote em mim porque o outro é ruim", do que por ideologia e/ou propostas.