Existem de fato "OVNIS" no sentido literal da sigla, e as pessoas de fato os vêem, não é tudo mentira, nem tem implicações tão fantásticas quanto os crentes em ETs em espalonaves sugerem, obviamente. Mas é interessante lembrar que, justamente pelo aspecto "não identificado" da coisa, os testemunhos tem que ser levados em consideração como tendo uma boa "margem de erro".
Por exemplo, é bem difícil, talvez impraticável na maior parte do tempo, avaliar a distância de um objeto de dimensões desconhecidas, a olho nu, no céu.
O fato da visão ser impressionante e idéias a respeito da coisa toda também podem aumentar as chances de alterar as memórias, criando "mentiras" inconscientes. As pessoas de fato podem acreditar terem visto coisas ou detalhes que não viram no processo natural de remondar a cena em sua mente. A memória das pessoas normais não é como uma gravação em vídeo, um registro literalmente fotográfico da coisa, é um pouco como uma descrição verbal transformada novamente em imagem toda vez que se lembra dela. Um pouco como a brincadeira-experimento do "telefone sem fio", de cochichar uma frase no ouvido, passando de pessoa para pessoa, até que no fim da fila chega uma frase diferente, podendo ser bem diferente, da original.
Também tem aspectos meio "sociais" da coisa. Uma vez eu mesmo fiz uma espécie de experimento. Tinha uns 12 anos, andava com uns 3 amigos por uma rua, ao anoitecer, e debatia sobre não acreditar em espíritos, assombrações, etc. De repente (mas nada anormal), começou a ventar, e em uma casa umas luzes acendiam e apagavam, iluminando umas paredes externas, mas sem dar para ver a fonte de luz... era súbito, meio como alguém acendendo e apagando no interruptor, ou um mal-contato provocado pelo vento em algum fio, ou movendo uma lâmpada pendurada para onde não iluminasse a parede... sem querer posar de machão nem nada, mas não via nada demais... talvez pelo tema da conversa, eles ficaram morrendo de medo, e saíram correndo, eu fui atrás (acho que o último até me puxou pela camisa antes de sair correndo).
Mais tarde, talvez outro dia, quando relatavam o que tinha acontecido, já tinham alguns exageros, a narrativa disso tudo tentava deixar mais "evidente" se tratar de algo fantasmagórico... e aí que veio meu experimento... (sacanagem) ... quando falaram das luzes, eu confirmei, e acrescentei o "detalhe" de nada mais, nada menos, que as luzes seriam "flutuantes", em vez de apenas uma paredes sendo iluminadas... "isso mesmo! O mais estranho era que as luzes... não era como se viessem de uma lâmpada, nem nada, elas estavam meio que... como se estivessem flutuando no ar, no nada..." o que foi confirmado sem hesitação por ao menos um deles, e não contestado por nenhum!

Queria ver se algum deles lembra do caso qualquer dia, para ver como seria a memória atual do ocorrido, se é que têm alguma
