27 de maio de 2009Mulheres vivem muito além do período fértilNova pesquisa esclarece porque as mulheres ainda vivem por décadas depois de perder a capacidade de reprodução enquanto que em outras espécies isso não ocorrepor Tabitha M. Powledge VELHA QUESTÃO: Cientistas discutem porque as mulheres vivem muitos anos depois de perderem a capacidade de reprodução quando fêmeas de várias outras espécies morrem logo depois de perderem a fertilidade
A origem da menopausa tem desconcertado os biólogos evolucionários nos últimos 50 anos. Três novos estudos estão tentando entender não a menopausa em si, mas porque as mulheres são as únicas a sobreviver muito além de seu período fértil.
Os ovários humanos tendem a parar de funcionar por volta dos 50 anos, ou até antes. No entanto, as mulheres geralmente continuam tendo vida saudável por décadas, o que contradiz a teoria evolucionária, segundo a qual a perda da fertilidade seria o fim da linha, porque não havendo mais procriação, a evolução não pode mais selecionar genes que garantam a sobrevivência da espécie.
A explicação mais popular, a “hipótese da avó,” defende que a longevidade pós-reprodutiva faz sentido uma vez que a avó ajuda a garantir a sobrevivência e reprodução de seus netos, dessa forma assegurando a continuação de seus próprios genes ─ inclusive dos genes que contribuem para a longevidade. No entanto, os céticos avaliam que a matemática pode estar distorcida. Da perspectiva evolucionária, não é bom que uma mulher deixe de gerar mais filhos, e dessa forma, passe adiante metade de seus genes, para dedicar-se a melhorar a sobrevivência de seus netos, que carregam apenas um quarto deles.
http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/mulheres_vivem_muito_alem_do_periodo_fertil.html