Ia comentar isso, Zeichner, que quem gosta de parlamentarismo é normal simpatizar com o monarquismo, constitucional, claro.
O primeiro-ministro seria o Michel Temer?
Na época era certo que seria o Ulisses Guimarães. Hoje, praticamente certo que seria o Renan Calheiros.
De qualquer maneira, ia ser escancarado uma situação que é complicada no país de hoje... o PMDB tem a maior votação do país nos cargos do legislativo, mas não tem votos para o Executivo Nacional. Logo, ele se alia e na prática manda no país e nos órgãos públicos, engessando o executivo, sem ter o ônus de ser o executor das medidas.
Com um parlamentarismo, a grande vantagem é que em momentos de crises institucionais, como o Mensalão, e agora o escandalo das passagens, se dissolve o congresso e se faz uma nova eleição de coalizão. Sem essa de ter 4 anos de um governo à mercê de grupos pungistas, como temos agora.
As eleições se dariam logo após aos escândalos, e não anos depois. Assim, seria mais fácil para o povo saber em quem está votando.
O Parlamentarismo seria melhor para o país, dada as instituições que temos, porém existe esta cultura do presidente como pai dos pobres, como o Lula tão espertamente e safadamente vem aproveitando.
Tendo um parlamentarismo democrático e constitucional, uma monarquia não difere em nada de uma república, a não ser que se torna mais chique e que as revistas de fofoca terão uma família real todinha para si.