http://yahoo.minhavida.com.br/materias/alimentacao/Mulheres+sao+mais+afetadas+pelo+cigarro.mvNo mês que marca a passagem do Dia Mundial Sem Tabaco, que ocorre em 31 de maio, as atenções voltam-se para as mulheres, que passaram a ocupar mais espaço entre as vítimas fatais do câncer de pulmão - doença diretamente ligada ao tabagismo. As estatísticas mostram que, entre 1990 e 2002, o câncer de pulmão saltou de quarto para segundo lugar no ranking dos tumores que mais matam pacientes do sexo feminino no Brasil, perdendo apenas para o câncer de mama.
"O que vemos hoje é o resultado das estratégias estabelecidas pela indústria do tabaco no passado, com o objetivo de seduzir o público feminino", afirma João Nunes, coordenador do serviço e da residência em oncologia do Hospital Universitário de Brasília. Há apenas seis anos, a publicidade de produtos derivados do tabaco foi proibida no Brasil. Até então, mulheres independentes figuravam nos anúncios, vinculando a emancipação ao hábito de fumar.
Risco Dobrado Houve um tempo em que se acreditava que as conseqüências do tabagismo eram mais fortes nos homens. Atualmente já se sabe que a verdade é bem diferente. "Mulheres que fumam e usam pílula anticoncepcional correm até 10 vezes mais riscos de infarto do que aquelas que usam apenas o contraceptivo", descreve o oncologista. Os dados são alarmantes: cerca de 40% dos óbitos em mulheres com menos de 65 anos estão ligados ao cigarro. Fumar eleva ainda os riscos de infertilidade, câncer de colo de útero e menopausa precoce.