http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u587895.shtmlCom apenas 5 kg, o Eritherium azzouzorum tem porte parecido com o de um coelho, mas pesquisadores do Museu de História Natural de Paris afirmam que ele é, na verdade, o mais velho ancestral conhecido do elefante. Por meio de uma análise detalhada dos dentes, mandíbula e cabeça do animal, os cientistas o classificaram como o mais antigo integrante da ordem Proboscidea, que tem nos elefantes os únicos integrantes vivos.
A descoberta dá pistas sobre a origem dos elefantes e outros mamíferos, afirma o pesquisador Emmanuel Gheerbrant. O estudo mostra que esses animais estavam fazendo progressos evolutivos 5 milhões de anos depois que os dinossauros desapareceram. "O achado do Eritherium indica uma intensa proliferação de mamíferos placentários", diz.
Isso contrasta com a ideia de a raiz da maior parte dos animais modernos teve origem muito antes da extinção dos dinossauros. Análises do DNA de mamíferos atuais corroboram essa linha do tempo, mas paleontólogos afirmam que há falta de fósseis que comprovem isso.
Segundo os pesquisadores, o Eritherium azzouzorum viveu há cerca de 60 milhões de anos, na África, 5 milhões de anos depois que uma catástrofe global colocou fim à "Era dos Répteis", há cerca de 65 milhões de anos.