Bom, como temos "fãs" para este texto do Enézio, que é no minimo hilário (no minimo), vou fazer uma refutação mais descente.
Como abordar o editorial enviesado de Leshner? Por que alguns cientistas estão 'aborrecidos' com o "Design Inteligente"?
Ser tendencioso não é nada útil a quem escreve um artigo.
Primeiro porque quem precisa ser tendencioso ao escrever, é porque não tem possibilidade de ser neutro. Se não tem possibilidade de ser neutro, algo esta errado.
Enézio esta querendo simplesmente vender o seu peixe, deixando implicito na pergunta feita, que o DI esta "incomodando os cientistas com suas maravilhosas e irrefutáveis idéias"
O que esta errado: Em meios academicos, simplesmente ninguém da bola para o DI, por um motivo simples: Até hoje não conseguiram passar no rigoroso e cruel processo de seleção de artigos que serão publicados nos periódicos cientificos.
Leshner sabe -- a TDI é a única proposição científica alternativa à Teoria Geral da Evolução (TGE) e a outros eventos no universo.
A "TDI", postula que um organismo complexo, não poderia ter evoluído gradualmente e "por acaso", logo, alguém o teria montado.
Tudo isso, tem como pilar (ou tinha) a "complexidade irredutível", a qual o seu próprio criador, Behe, ja admitiu estar errada e necessitando de reparos. (Pennock, Creationism and Intelligent Design. Annual Review of Genomics and Human Genetics 4: 143-163. 2003)
Behe utilizava a seguinte analogia:
"Uma Ratoeira pode ser reduzida a basicamente 3 componentes, um dispositivo sensor, um gatilho e uma espécie de prensa que esmaga o infeliz camundongo, ou o dedo do incauto alguém que como eu, certa vez, teve o desprazer de ter tido uma vaga idéia do que o pobre animal deve sentir ao cair nesta armadilha.
Se o sensor que quando pressionado libera o "gatilho", ou o gatilho, na verdade a mola, que empura a "guilhotina", ou esta "guilhotina" que por fim finaliza o processo, forem removidos, a ratoeira inteira para de funcionar. Portanto, a ratoeira seria o exemplo de um sistema irredutivelmente complexo, que não pode prescindir de qualquer uma de suas partes, não funcionando sem uma delas e por isso, deve ser montada por uma inteligência. "
Este raciocinio é utilizado pelos defensores da complexidade irredutivel, em organismo como as células.. Ou seja, as mesmas por serem irredutivelmente complexas, não poderiam ter evoluído de forma gradual.
Este é basicamente um argumento dos defensores do Desing Intelligent, que sempre quase sempre é deturpado por criacionistas. Porque?
Segundo esta argumentação, as moléculas organicas primitivas teriam surgido a partir de uma inteligência, iniciando o processo de evolução delas. Para isto, ha de haver uma concordancia com a idade da Terra, estimada em 4,5 bilhões, o que vai totalmente de encontro com o criacionismo que defende uma leitura literal do gênesis.
Onde estaria a falha na ratoeira?
1. Não existe nenhum organismo na natureza que possa ser comparado com uma ratoreira.
2. A ratoeira precisa ser rearmada a cada utilização. As células, não. Elas interagem entre si, dispensando a intervenção de um agente externo, que no caso da retoeira, seria o homem.
3. Outra falha grave da analogia é supor a constante intenrvenção de agentes externos sobre os organismos. Isto esta errado pois os orgnaismo biológicos não são mecanismo inertes como uma ratoeira, e sim auto gerenciaveis.
4. Ou seja, a falha principal constitui-se no fato de organismo biológicos, que são auto gerenciaveis que interagem entre si, dispensando intervenções de agentes internos, e não inertes e que constantemente requesitam um agente externo, tal como a ratoeira.
5. Retirado de
www.evo.bio.br "Temos em nosso próprio corpo sistemas que se ativam sobre determinadas circunstâncias, tais como as ratoeiras, mas eles são rearmados por outros sistemas, como se uma ratoeira não fosse rearmada por um Ser Humano mas sim por um outro dispositivo mecânico talvez um pouco mais complexo, que por sua vez seria manipulado por outro, e outro, numa interconexão de mecanismos que acabaria por se constituir numa máquina de alta complexidade, e onde a intervenção de uma inteligência externa ficaria cada vez mais distante."
6. E por fim, a falha gravissima de toda a Complexidade Irredutivel de Behe que a fez cair por terra a tempos: Dizer que um sistema é irredutivelmente complexo, tal como uma ratoeira, é dizer que molas, sensores e etc. servem apenas para construir-se ratoreiras e nada mais.
Nada poderia ser mais falso
"Se removermos o mecanismo que esmaga a vítima, o aparelho deixa de ser uma Ratoeira, mas continua sendo um sensor. Existem milhares de aplicações para um sensor que não sejam disparar golpes fulminantes. Se removermos um sensor, deixamos de ter uma armadilha, mas temos muitos outros usos para dispositivos de tensão pressionadores.
Muito antes de alguém inventar uma ratoeira, já havia alavancas e molas, e aparelhos semelhantes com outras funções. Se nos deixarmos cair na "Ratoeira de Behe", teremos que admitir que esses dispositivos só servem para construir tais armadilhas, e que só surgiram após o a primeira ratoeira ser imaginada."
Jutando isso com o fato de que não ha artigos cientificos publicados sobre pesquisa ou qualquer estudo em relação ao DI, a conclusão óbvia é que não se trata de uma teoria cientifica.
Afinal, ciência não se faz sentado por detras de um computador (sim, existem as ciências da computação, mas me refiro as ciências Humanas/Natuais especificamente). Ciência se faz com muito estudo e pesquisa, coisa que ainda não se observa no DI.
[quote/O aborrecimento deve ser porque subitamente descobriram que apostaram tudo no cavalo errado... [/quote]
Novamente, mais uma frase tendenciosa. Que agora infelizmente parte para a deturpação dos fatos.
O DI estaria incomodando, se estivesse publicando seus artigos nos grandes periódicos cientificos.
Não esta.
Nós incentivamos, sim, o ensino da controvérsia sobre o “fato” da evolução debatida pelos especialistas. Nós propomos o ensino objetivo da ciência, mas Leshner e alguns cientistas são contra!
A explicação evolucionista esta tão bem estabelecida quanto o fato da evolução biológica.
Simplesmente: Observa-se um fenomeno que é definido como "evolução biológica". Ou seja, um fato. Feito isto, é feita a explicação para este fato, que é atualmente conhecida como Teoria da Evolução.
Pode-se contestar a segunda, mas a primeira é um fato. Alguém uma vez proferiu: "contra fatos não ah argumentos"
Não a como saber na frase do Enézio, se ele se refere ao fato da evolução biológica, ou à explicação feita para o fato.
Imagino, e espero, que ele se refira à explicação, ou simplesmente, a Teoria da Evolução.
E atualmente, o ensino cientifico tem sido objetivo nas escolas.
Quando você aprende evolução, você aprende as teorias de Lamarck, Darwin, Mayr (isolamento geografico-isolamento reprodutivo).
Quando você estuda atomos, você aprende tudo sobre Rutherfod, Dalton, Niels e etc.
Assim sendo, não ah como saber o que o Enézio considera como "ensino objetivo da ciência".
O que pode-se afirmar seguramente, é que a ciência esta sendo ensina nas aulas de ciência.
Os cientistas já foram instados a não submeterem as concepções centrais da evolução ao exame público.
- Faltam referencias.
- Faltam exemplos.
- Faltam evidências.
Para mim, um "leigo semi letrado", frases afirmativas nada significam, em nada implicam, e nenhum valor possuem dados os devidos contextos.
Mas para o público extremamente leigo, que infelizmente é a maioria, isto é visto como "argumento".
Infelizmente.
Razão? As evidências vão demonstrar que Darwin está nu e que há algo de podre no reino da Nomenklatura científica no encobrimento disso. Se estão acostumados a isso, então vamos ao debate público.
Novamente a tendenciosidade. E agora esta clara a intenção do autor: Este artigo é dirigo a um publico leigo.
Até agora, ele não deu nenhum argumento a favor do que defende, e não vai dar nenhum argumento propriamente dito contra a evolução até o final deste artigo.
Apenas frases afirmativas.
Inclusive as improbidades científicas da abordagem da TGE nos livros-texto de Biologia do ensino médio, que o MEC se recusa abordar apesar de notificado sobre a situação em 2003.
Os livros texto de Biologia do ensino médio, estão ok.
Nenhum afirma que a seleção natural ocorre aleatoriamente.
Nenhum afirma que o surgimento do primeiro ser vivo é campo de atuação da teoria da evolução.
Nenhum afirma que a teoria da evolução depende do acaso para acontecer.
Então, o que esta errado?
Realmente as teorias e princípios científicos são rotineiramente submetidos a avaliações e testes sistemáticos.
Ao contrário do DI, que não tem seus artigos publicados justamente por ser uma teoria que nunca passou por nenhuma avaliação, estudo ou metodologia cientifica.
Todavia, há alguns aspectos teóricos fundamentais que não são passíveis de tal aferição rigorosa: origem da vida.
O fato é: A vida na Terra existe, e o campo de atuação da teoria da evolução, é explicar a biodiversidade.
Surgimento de moléculas, é campo da biologia molecular.
Uma caminha ao lado da outra, mas não são a mesma coisa.
Isso é a famosa "falácia do Espantalho": Cria-se algo distorcido do original, cria-se uma caricatura, e a refuta, fazendo parecer que o que esta sendo refutado é a teoria verdadeira, e não o espantalho.
Assim, eu sou capaz de refutar até a gravidade.
Se os cientistas são movidos por argumentos e gostam de discutir suas teorias, por que não discuti-las com o público que lhes paga os salários?
Porque o publico raramente as entende.
Não ha meios de explicar uma teoria da relatividade, uma teoria da selação natural a alguém que nunca passou do ensino fundamental.
Se eu por exemplo, bolar uma nova teoria aqui no Brasil, e conseguir publicar alguns artigos demonstrando os resultados os estudos e experimentos relacionados a esta teoria, outro cientista la na china, nos Eua, na Austrália, na Suécia, na Alemanha, vai botar minha teoria em teste, vai tentar refuta-la de qualquer forma.
Assim se faz ciência.
Não é de responsabilidade de leigos, julgar teorias.
Os defensores do DI não procuram apresentar crenças religiosas como ciência. Nossas teses são estritamente científicas porque embasadas na biologia (complexidade irredutível - Behe) e na teoria da informação e probabilidade matemática (informação complexa especificada - Dembski).
Ja demonstrado acima que o DI não possui uma base sustentavel. Quanto mais cientifica.
Quanto à Dembski, ele usa a matemática para chegar ao que chama de a lei da conservação da informação.
Segundo o físico Vic Stinger:
"Ele alega que a informação contida em estruturas vivas não pode ser gerada por qualquer combinação do acaso com processos naturais.... A lei de Dembski da conservação da informação não é nada mais que a "conservação da entropia," um caso especial da segunda lei [da termodinâmica] que se aplica quando não está presente nenhum processo dissipativo, como o atrito." No entanto, o fato é que "a entropia é criada naturalmente milhares de vezes por dia por cada pessoa na Terra. Toda vez que se gera qualquer atrito, perde-se informação."
Nunca redefinimos o que é e o que não é ciência, ousamos apenas apontar novos horizontes científicos. Impedir, por todos os meios, que o público, especialmente os jovens, fiquem sabendo da falência epistêmica do neodarwinismo, é destiná-los forçosamente a uma situação esdrúxula de ficarem inadequadamente preparados para a vida acadêmica e na sociedade moderna.
Segundo Rubens Marschalek, evangélico Batista, mestre em Genética e Melhoramento de Plantas pela Esalq/USP, e doutor em Ciências Agrárias (Genética e Melhoramento de Plantas) pela Universidade de Göttingen (Alemanha):
"A ciência reúne há anos muitas evidências científicas que transformaram a Teoria da Evolução num fato científico, atualmente incontestável"
"Negar a Evolução, seja onde for, escola ou igreja, significa privar o povo da verdade"
E trata-se de uma autoridade na area, com quase duas décadas de estudos, ao passo que Enézio, não possui nenhum tipo de curriculo na area em questão.
O DI promove que os alunos devam aprender na escola para escolherem sensatamente e a distinguir entre provas cientificamente fundamentadas e as alegações pseudocientíficas. Que tal começarmos com as afirmações não fundamentadas do neodarwinismo (especialmente na TGE)?
Tudo o que é dito nas aulas de ciência do ensino médio, são fatos observados, e que nas escolas mais modernas, podem ser verificados em seus próprios laboratórios.
No mais, ele não cita quais seriam as tais afirmações não fundamentadas do neodarwinismo.
Portanto, não ha muito o que dizer ou esclarecer perante uma simples frase afirmativa, sem nenhum embassamento, referencia.
Há sim diferença importante entre crença e teoria, mas Leshner erra ao afirmar que o DI falha no critério que usa para adquirir status científico.
Para a detecção de sinais de design na natureza nós propomos o 'filtro explanatório' (Dembski) bem como a falseabilidade da complexidade irredutível' (Behe) de sistemas biológicos: se for demonstrado acontecer gradualmente em etapas evolutivas, nós tiramos o DI do debate.
A questão não é demonstrar se os sistemas evoluíram gradualmente, a questão é que Behe e Dembski estão errados como ja dito acima.
Tanto que o próprio Behe ja jogou a toalha. (fonte logo acima)
É certo que uma teoria científica não é um “chute” bem dado, muito menos uma crença, mas Leshner erra parcialmente pois nem todas as teorias científicas podem explicar o que pode ser observado nem serem testadas em repetidas observações e experiências:
Como submeter o Big Bang, os buracos negros, a tese do ancestral comum, a explosão Cambriana, a esse estrito crivo epistêmico leshneriano?
Em 1930 ou 1920, não me recordo ao certo, um sujeito chamado Camillo Golgi disse o seguinte: "as células eucariontes possuem em seus hialoplasma vesiculas que servem armazenamento e secreção de substancias"
Na época não ha via microscópio eletronico, portanto não havia como saber se Camillo estava certo ou errado.
Camillo estava certo, e realmente existem em células eucarióticas pilhas de sacos que são vesiculas circulares, denominadas Complexo de Goli, ou mais atualmente, Sistema Golgiense.
Moral da história?
...
Embora “crença” seja palavra quase nunca ouvida na ciência, a defesa da TGE por Leshner demonstra o contrário: acredita-se sim em teorias. Kuhn descreveu muito bem o processo de aceitação e rejeição das teorias.
Enézio não é um cientista da area Biológica, logo, esta criticando sem conhecer.
Afinal, ele nunca fez pesquisa de campo ou sequer foi a Galapagos para checar se a Teoria da Evolução esta correta em seus previsões.
Um paradigma em crise, afirmou Kuhn, esconde suas anomalias. É somente com a morte da velha geração de cientistas e o surgimento de novos cientistas que as idéias novas são melhor acolhidas.
Nós do DI "cremos" piamente nisso e somos pacientes. Nós aceitamos a capacidade da TDI em explicar fenômenos naturais, e como pode ser testada segundo metodologias científicas.
Ja demonstrado acima que isto até aqui, não foi feito.
Não foi feita nenhuma pesquisa, nenhum estudo, nada nada nada.
Como podem explicar os fenomenos naturais sem estudo, sem pesquisa de campo.. Tudo sentado pode detras de um computador?
Sinceramente... Não faço a minima idéia.
Os defensores do DI não denigrem a evolução como sendo “apenas uma teoria”. Nós temos muito em comum: acaso + necessidade + design. Leshner comparou a evolução (leia-se TGE) à gravidade como teoria e fato.
Ok. De forma simples e direta:
Não existe nenhuma teoria cientifica que dependa do acaso para ocorrer.
Quem discorda, poste dizendo "Eu discordo disso porque..."
Ora, chaves caem no chão ao serem jogadas e a gravidade é a explicação teórica disso. O que é discutível é estender isso à TGE: como uma espécie se transmuta (grandes quantidades de informação genética) numa outra?
Assim:
Exemplos observados de Especiação.
Drª Mácia de Oliveira.
Existem vários exemplos atuais de surgimento de novas espécies que foram documentados. No Havaí, existem diversas espécies de mariposas do gênero Hedylepta que se alimentam exclusivamente de bananeiras. Todas as outras espécies havaianas desse gênero se alimentam de gramíneas, palmeiras ou leguminosas. O fato notável neste caso é que as bananeiras foram introduzidas nas ilhas do Havaí pelos polinésios há apenas mil anos atrás. Aparentemente o gênero Hedylepta sofreu eventos múltiplos de especiação durante este breve período de tempo, que originaram espécies que só se alimentavam das bananeiras recém-introduzidas no Havaí. Cada espécie de mariposa que se alimenta de bananeiras está confinada às florestas de montanhas de apenas uma ou duas ilhas. É compreensível esta distribuição das espécies em questão: elas ainda não tiveram tempo de se espalharem para muito longe de seus locais de origem.
Outro exemplo que pode ser mencionado ocorreu na Uganda. O lago Nabugabo é um pequeno corpo de água doce desse país, e fica situado às margens do lago Vitória. Evidências geológicas indicam que o lago Nabugabo foi formado a partir do lago Vitória, pelo crescimento de um banco de areia através de uma pequena enseada na margem deste lago. A datação com radiocarbono indica que a separação ocorreu há aproximadamente quatro mil anos atrás. Um fato extraordinário ocorre no lago Nabugabo: ele abriga quatro espécies de peixes da família dos ciclídeos que não são conhecidas em nenhum outro lugar, inclusive no lago Vitória, mas cada uma destas espécies se assemelha a uma espécie do lago ancestral. As espécies do lago Nabugabo diferem das espécies parentais óbvias do lago maior na coloração dos machos e em outras características menores. O padrão de coloração do macho é uma importante característica na identificação das espécies, servindo como um sinal de reconhecimento para o acasalamento. As pequenas populações das espécies parentais do lago Vitória foram aparentemente isoladas quando o banco de areia transformou o Nabugabo em um lago separado, e desde então elas vieram a se tornar novas espécies.
Especiação por poliploidia
Um mecanismo que pode levar à especiação rápida é a poliploidia. Um indivíduo poliplóide é aquele que apresenta um número múltiplo exato do genoma característico da espécie. Os poliplóides são designados triplóides (3n), tetraplóides (4n), pentaplóides (5n) etc., conforme tenham três, quatro, cinco ou mais genomas. Os poliplóides podem se originar de duas maneiras principais:
a) por divisão mitótica incompleta, havendo duplicação do número de cromossomos dentro da própria espécie ou pela união de dois gametas não reduzidos (autopoliplidia)
b) por hibridização interespecífica, seguida por divisão mitótica incompleta (alopoliploidia)
O geneticista russo Karpechenko foi o primeiro a conseguir obter uma espécie nova em laboratório usando a alopoliploidia. Ele cruzou rabanete, Raphanus (2n =18), com couve, Brassica (2n = 18), desejando obter descendentes com raiz de rabanete e folhas de couve. Para sua decepção, o que conseguiu foram plantas com raiz de couve e folha de rabanete. O híbrido obtido era estéril, pois seus 18 cromossomos não se pareavam na meiose, sendo por isso distribuídos irregularmente nos gametas. A duplicação do número de cromossomos nos híbridos produziu plantas tetraplóides que se mostravam férteis, pois nelas 9 cromossomos da couve pareavam com 9 da couve, e 9 do rabanete com 9 do rabanete. Este tetraplóide recebeu o nome de Raphanobrassica e mostrou-se uma nova espécie, geneticamente isolada, tanto da couve como do rabanete, infelizmente sem as qualidades apreciadas daquelas plantas.
Os alopoliplóides, sendo geneticamente isolados dos tipos parentais, constituem novas espécies, nas quais estão combinadas muitas das características de seus ancestrais.
Novas espécies alopoliplóides podem também ser formadas na natureza. Um dos poliplóides mais bem conhecido é uma gramínea de brejo salgado do gênero Spartina. Uma espécie nativa deste gênero, S. maritima, ocorre em brejos ao longo da costa da Europa e da África. Uma segunda espécie, S. alterniflora, do leste da América do Norte, foi acidentalmente introduzida na Grã-Bretanha por volta do ano de 1800 e desenvolveu-se formando grandes colônias locais. A espécie nativa S. maritima possui estatura baixa, mas S. alterniflora é muito mais alta, alcançando freqüentemente 0,5 metro de altura e, ocasionalmente, um metro. Nas proximidades do porto em Southampton, tanto a espécie nativa quanto a introduzida existiram lado a lado , e, em 1870, coletou-se um híbrido estéril, que se reproduzia por rizomas. S. maritima possui um número somático de cromossomos (2n) de 60 e S. alterniflora, 62; o híbrido, devido a alguma divisão meiótica errada, possui também 62 cromossomos somáticos. Este híbrido estéril, que foi denominado S. townsendii persiste até hoje. Por volta de 1890, um vigoroso poliplóide fértil originou-se naturalmente deste híbrido espalhando-se rapidamente por todo o litoral da Grã-Bretanha e noroeste da França. Este poliplóide, S. anglica, com 122 cromossomos, surgiu devido à duplicação dos cromossomos do híbrido. S. anglica é freqüentemente plantado para ligar o lodo dos brejos e tal uso contribuiu para sua rápida disseminação. Na atualidade, está substituindo ambas as espécies parentais.
O PROCESSO DE ESPECIAÇÃO
O material genético de uma população, interagindo com o meio e submetido às forças da mutação, seleção natural, deriva genética e migração, pode levar ao aparecimento de divergência dentro dessa população. Diferenças substanciais podem ocorrer entre dois grupos de uma dada população, a ponto de se poder identificá-los como entidades distintas. Essas diferenças freqüentemente estão associadas à existência de regiões ecologicamente distintas, fato que leva esses grupos a se adaptarem de maneira peculiar. Caracteres de alto valor adaptativo em uma região podem se comportar de maneira diferente em outras. As constituições genéticas de dois ou mais setores de uma população são passíveis de diversificação, por estarem submetidos a pressões seletivas distintas. Se do cruzamento entre membros de dois grupos resultar descendência fértil, admite-se que esses dois grupos constituam raças. As raças são definidas como populações da mesma espécie, que diferem nas freqüências relativas de genes ou de formas cromossômicas.
Se os mecanismos de isolamento tornarem-se cada vez mais eficientes e o fluxo gênico (intercâmbio gênico através da reprodução) entre as raças for cada vez menor, elas tenderão a divergir até o ponto em que a reprodução entre elas se torne impossível. Quando isto ocorrer, o processo de diversificação tornar-se-á irreversível, não haverá mais troca de genes entre os dois grupos e estes poderão, agora, ser considerados duas espécies distintas.
te as teorias científicas somente são aceitas após terem sido submetidas à validação por repetidas observações, experiências, e o extensivo exame pelo processo de revisão por pares.
Contudo, nem todos os aspectos da TGE, da gravidade, do Big Bang, da origem da vida, dos buracos negros passam por esse crivo nomológico.
Ja demonstrado logo acima.
obs: Big bang, origem da vida, buracos negros, nada tem haver com evolução.
Além disso, o próprio cientista que propos a teoria dos buracos negros, Stephen Hawking, reconheceu que cometeu erros na teoria.
Ao contrário do afirmado, o DI satisfaz os 'procedimentos científicos' do modelo dedutivo-nomológico de explicação científica dos fenômenos:
- Sem estudo,
- Sem pesquisa.
- Sem pesquisa de campo.
O resultado disto são zero artigos cientificos publicados.
Não se trata de ciência.
Isto esta mais do que necessário.
Agora... aos fãs deste artigo, eu desafio:
Demonstre que eu errei em algum ponto em minha refutação, e eu me converto.