Objetivismo. 1º vídeo. Filosofia baseada na realidade objetiva, fim absoluto da existência. Moral verdadeira (ela afirma isso no minuto 3:03) baseada na racionalidade, passível de demonstração lógica, inquestionável e necessária, que considera a vida humana como seu maior padrão de valor. Utiliza-se da razão como orientação para ação, que permite a vida somente pelo julgamento independente de sua própria mente. Maior propósito moral é a felicidade. É, em termos razos, imoral pensar no próximo. Auto sacrfício, definição proposta: preceito para justificar nossa existência.
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(Crítica)
É, como inúmeras outras idéias, dogmática. É normativa ao propor, nesse breve trecho, que o homem feliz é aquele conduzido pelo fio da racionalidade, como se ela fosse em tudo translucida e isenta de caprichos e vícios. É mais normativa ainda quando pretende fazer da sua moral, apenas por ser lógicamente demonstrável, a despeito de como concluiu isso, verdadeira. Posso estar enganado, mas a lógica demonstra a falibilidade ou não de um argumento, não alguma verdade por acaso implicita ou explicita numa lógica. Considerando as idéia da autora, um grande problema do homem é o outro, que periga sempre transforma-lo numa criatura sacrificável, isso porque ela acredita que ajudar, ou qualquer consideração que valorize o próximo é deixar de lado a si, nesse sentido: se eu ajudar minha família esterei me prejudicando, pois deixo de pensar em mim e penso neles, o que é uma desperdício de raciocínio e humanidade, justificar a minha existência pela existência deles. Eu prefiro essa perspectiva: eu ajudo minha família, caso eu não faça isso, vou ficar mal comigo mesmo, ou seja, eu faço o que faço pra não me prejudicar.
A moral, que foi “concebida”, em termos, pra aplacar o egoísmo humano inverte-se, passa a partir desse momento, a incentivá-lo. E mais, a depender desses conceitos, o contado entre os homens deveria ser o máximo possível burocrático: apenas apertos de mão, cerveja juntos já não pode, isso pode gerar vículos de afeto e um homem afetivo não pode ser um objetivista.
Enfim, o objetismo é dogmático, pois depende de premissas pra ser sustentado, premissas repetidas, aliás, que a moral não baseada na fé não é invenção dele. É um filosofia da salvação, “cada homem deve viver como um fim em si mesmo e seguir seu próprio interesse racional” (amém!), que acredita soberbamente na racionalidade e no livre-arbítrio. Aquele homem biológico cheio de vícios e respostas “instintivas” não existe, que consome e come desmioladamente, é torcedor fanático do Curinthia, acredita em deus, obedece à ordens insensatas, não resiste a uma bunda e vive com preguiça, é somente um homem que não encontrou ainda a luz da racionalidade.
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