Autor Tópico: AGU vai pedir que Justiça ouça major Curió sobre guerrilha no Araguaia  (Lida 582 vezes)

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AGU vai pedir que Justiça ouça major Curió sobre guerrilha no Araguaia

O major Sebastião Curió Rodrigues de Moura que, em recente entrevista, apresentou documentos e disse que o Exército executou 41 pessoas durante a Guerrilha do Araguaia, poderá ser chamado para depor na Justiça. O ministro da Defesa, Nelson Jobim pediu que a Advocacia-Geral da União (AGU) solicite à 1ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal para tomar o depoimento do major.

“Eu tinha duas alternativas: convidar o major Curió para ir ao Ministério da Defesa e conseguir informações ou solicitar que a AGU pedisse a audiência dele em juízo. A AGU está providenciando requerimento à juíza da execução para tomar o depoimento do major Curió. Se, no depoimento, ele fizer referência aos documentos, ela solicitará esses documentos”, explicou o ministro, em audiência pública hoje (9) na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.

A entrevista do major Curió foi concedida ao jornal O Estado de S. Paulo. Depois disso, ele não atendeu ao convite da Comissão de Direitos Humanos da Câmara para falar sobre o assunto em audiência pública.

Jobim disse ainda que outros militares que atuaram na época da guerrilha já se mostraram dispostos a falar e que eles também poderão ser chamados encaminhados para depoimento em juízo.

Atualmente, o Ministério da Defesa comanda uma ação no Araguaia com o objetivo de cumprir uma sentença na qual a União foi condenada a realizar, em 120 dias, as buscas dos corpos e do que realmente ocorreu no Araguaia. A primeira fase, que foi a criação do grupo, já foi concluída. A segunda fase, que é de levantamento de informações, está sendo realizada nos locais levantados. Hoje, o grupo se encontra na cidade de Marabá, no Pará, onde faz o reconhecimento de pontos nas proximidades do município.

No sábado (11), a equipe seguirá para São Domingos do Araguaia onde permanecerá até a próxima quarta-feira (15). Até o final do mês, os técnicos ainda pretendem levantar informações em São Geraldo do Araguaia e Xambioá, município em cujo cemitério já foram resgatadas 12 ossadas. Duas dessas ossadas já foram identificadas como pertencentes a guerrilheiros.

Passada essa fase de levantamento, em meados de agosto o grupo dará início às escavações com o objetivo de procurar ossadas de desaparecidos da guerrilha. O ministério espera dar início à quarta e última fase em novembro. Essa fase será dedicada a análises laboratoriais para identificação das ossadas encontradas.

Organizada pelo PCdoB na década de 70, a Guerrilha do Araguaia foi uma série de ações de resistência ao regime militar ocorridas em localidades próximas ao Rio Araguaia, na divisa entre os atuais estados do Pará, Maranhão e Tocantins (então, ainda parte do estado de Goiás). Pelo menos 58 militantes do partido desapareceram e seus corpos nunca foram localizados.

http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2009/07/09/materia.2009-07-09.8396989534/view

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Re: AGU vai pedir que Justiça ouça major Curió sobre guerrilha no Araguaia
« Resposta #1 Online: 18 de Março de 2010, 11:39:08 »
Ossadas que podem ser da guerrilha do Araguaia são encontradas no Pará

Restos humanos que podem ser de um guerrilheiro do Araguaia foram encontrados nesta semana na região conhecida como Tabocão, no de Brejo Grande do Araguaia, a 90 quilômetros de Marabá, no Pará.

A descoberta da ossada foi feita por parentes do guerrilheiro Antônio Teodoro de Castro (que usava o codinome Raul na guerrilha) após um informante, que prefere não se identificar, indicar vários locais onde poderiam estar sepultados guerrilheiros.


Os restos mortais podem ser do guerrilheiro Antônio Teodoro

Com base nas informações, os parentes iniciaram as buscas em um dos pontos no último sábado. Durante as escavações, foram encontrados restos humanos – pedaços de crânio, dentes, tecidos.

Os familiares entraram em contato com o Ministério Público Federal, que soliciou o apoio da Polícia Federal, do Instituto de Perícias Científicas do Pará e do Instituto Médico Legal de Marabá.

Uma equipe de especialistas se deslocou para Brejo Grande na terça-feira. Todos o material recolhido foi encaminhado ao Instituto Médico Legal em Marabá, onde o será analisado.

“Como estávamos a agir diante de fato urgente e imprevisível, as ações da equipe tiveram o objetivo de adotar as providências preliminares e emergenciais para garantir o resgate dos restos e a integridade do local”, explicou o procurador Tiago Modesto Rabelo.

Registros

Além de trabalhar no resgate da ossada, outros especialistas ainda registraram depoimentos de moradores da região que possam ajudar na investigação sobre os restos mortais encontrados em Tabocão.

Os agentes e peritos da Polícia estão preparando um relatório e dossiê fotográfico sobre o material recolhido para encaminhar o documento à Brasília, onde poderá passar pelo processo de identificação.

Segundo o informante da família, o local que foi escavado poderia conter os restos dos guerrilheiros Pedro Carretel (Carretel), Rodolfo de Carvalho Troiano (Manoel do A), Gilberto Olímpio Maria (Pedro) ou Maurício Grabois (Mário).

O Tabocão sempre foi apontado como possível área de enterros de guerrilheiros mortos durante os combates da década de 70 e chegou a ser escavado em outubro do ano passado pelo Grupo de Trabalho Tocantins, formado pelo Ministério da Defesa para procurar as ossadas desaparecidas, sem que tenham sido encontrados restos.

Moradores de Brejo Grande prestaram depoimentos ao MPF informando que as escavações do ano passado teriam sido feitas em pontos incorretos.

“Toda a população de Brejo Grande e redondezas comentou que as escavações realizadas no Tabocão foram feitas em local errado”, disse uma moradora em depoimento ao MPF.

O local onde foram encontradas as ossadas nessa semana fica a cerca de 30 metros do local escavado em 2009.

O MPF está trabalhando para organizar uma equipe multidisciplinar que deve ficar de prontidão para continuar as buscas com base nas novas informações que estão surgindo a partir da descoberta da nova ossada.

A Guerrilha do Araguia foi um movimento guerrilheiro que atuou entre fins da década de 60 e meados de 70 e pretendia derrubar o governo militar a partir da criação de uma base rural. O grupo era composto por cerca de oitenta guerrilheiros, dos quais menos de 20 sobreviveram após os combates com o Exército.

http://ultimosegundo.ig.com.br/bbc/2010/03/18/ossadas+que+podem+ser+da+guerrilha+do+araguaia+sao+encontradas+no+para+9431911.html

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