Autor Tópico: Rota na escola  (Lida 1532 vezes)

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Offline O Grande Capanga

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Rota na escola
« Online: 11 de Julho de 2009, 14:39:53 »
Rota na escola
Esse é o apelido de um dos diretores mais antigos (e linha-dura) de São Paulo. Ele mostra como “disciplina” alunos, pais, professores e até a prefeitura
Ana Aranha

SEM PAPO
Carlos e os alunos na escola Raul Fernandes. Ele só fala com os alunos se for para dar bronca. “O diretor é a instância máxima de punição”
O menino entra na secretaria da escola Raul Fernandes. Ele tem 12 anos, usa boné para trás e tem olhar de desprezo. O diálogo é rápido, o diretor começa:
– E?
– E o quê?
– “E o quê” nada, moleque. Você me chama de senhor.
– Senhor...
– O que aconteceu?
– Nada.
– O que aconteceu?
– Não fui eu.
– O que aconteceu?
– Tacaram a caneca na menina e disseram que fui eu. Eu falei pro tio (inspetor) que não fui eu, mas ele não acreditou.
– Por que isso aconteceu?
– Não sei.
– O tio tem raiva de você?
– Não.
– O tio mente?
– Não sei.
– E você, mente?
– Às vezes. Mas agora não tô mentindo.
– Você é confiável?
– Sou.
– Quem mente não é confiável.
– Mas eu não tô mentindo.
– Mas já mentiu.
– Já.
– Então não é confiável. Como sei que não está mentindo agora?


O menino fica em silêncio, abaixa a cabeça, roda o dedo em círculos na mesa.

– Viu como te enrolei, moleque? Você foi facinho de enrolar e deixar de quatro. Você sabe que, comigo, são três vezes e rua. Só vou dar corda para você cair. Toma cuidado.

O diretor Carlos Alberto de Oliveira explica o que chama de “técnica socrática de interrogatório”: “Faço perguntas como Sócrates, o filósofo. Depois, como num interrogatório policial, busco contradições. Os adolescentes se entregam, mas precisa ser mais esperto que eles”. Ele a desenvolveu em quatro décadas de experiência. Carlos, de 58 anos, é um dos mais antigos funcionários das escolas municipais de São Paulo. Começou como professor em 1967, sempre na periferia. Nos últimos 25 anos, serviu como diretor a oito prefeitos. Sua trajetória cruza com os descaminhos da educação na cidade mais rica do país. E seus métodos dizem muito sobre essa história.

A cidade de São Paulo não oferece o melhor ensino do Brasil. É a décima colocada entre as capitais, segundo o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), elaborado pelo Ministério da Educação. Os alunos aprendem mais em Rio Branco, no Acre, e Boa Vista, em Roraima. Segundo uma pesquisa da Fundação Victor Civita, uma das principais dificuldades dos diretores na cidade é lidar com a violência entre os alunos e as faltas excessivas dos professores. Para enfrentar o problema, Carlos adotou a linha dura. Ele se classifica como reacionário da educação. É contra métodos “progressistas”, que “passam a mão na cabeça” do aluno. E se orgulha dos apelidos que ganhou na escola: Rota e Tático – grupos da Polícia Militar especializados em ações ostensivas. Seu método inspirado na segurança pública mantém certa disciplina. Mas ele é criticado por seu jeito duro e desbocado.

Carlos Alberto de Oliveira está longe de ser um diretor querido pelos alunos. “Bravo” e “chato” são as definições mais comuns entre as crianças das 1as séries. “Minha mãe acha ele ignorante”, diz uma da 5ª. “Ele é um grosso, não respeita a gente”, reclama, de fora da escola, um menino da 7ª que chegou atrasado. Carlos não quer simpatia. Ao acompanhar a entrada e a saída, estufa o peito, empina o nariz e franze a sobrancelha. Geralmente faz isso de óculos escuros. Diz ter fotofobia, intolerância à luz. Só fala com os alunos se for para repreendê-los. De vez em quando estende a mão para que cuspam o chiclete. Ao passar por ele, uma menina da 1a série arrisca: “Bom dia”. Ele ignora.

Parece desconfortável quando está cercado de crianças. “Não posso me expor, ou perco o poder de barganha. O diretor é a instância máxima de punição”, diz. Prefere acompanhar o movimento pelas câmeras, espalhadas pelos corredores. Quando anda pela escola, dá passadas fortes com um sapato de salto baixo que faz barulho. Assim os alunos voltam a seus lugares antes que precise agir. O tratamento se estende aos pais. Ao ouvir uma mãe reclamar de uma aluna, que estaria ameaçando sua filha e amigas, Carlos a interrompe: “Essa história está mal contada, essas alunas aí já estão tudo no bico do corvo (em via de expulsão)”. No outro dia, a menina espalhava que o diretor duvidara até de sua mãe.

“Periferia é chão riscado a faca”
CARLOS ALBERTO DE OLIVEIRA,
diretor da escola Raul Fernandes

 Na secretaria, onde divide sua mesa com quatro auxiliares (todas mulheres), Carlos continua sendo controlador. Mas de um jeito bem diferente. “Bom dia, minhas pitchulinhas!”, diz, ao chegar. Das 10 da manhã às 7 da noite, faz piadas com todas e dá apelidos. A secretária, responsável pela papelada dos 800 alunos da 1ª à 8ª, virou a “dona encrenca”. Elas dão risada e também pegam no pé dele, principalmente no que se refere à saúde. Carlos fuma o dia todo, às vezes dentro da escola. Está acima do peso e teve um infarto em 2004, mas continua improvisando a alimentação. Come merenda em pé no refeitório ou encomenda coxinhas, rissoles e comida chinesa. “Fiquei 36 horas em coma induzido. As enfermeiras achavam que estava dormindo, mas eu estava de olho. Via e ouvia tudo”, diz. Ele confessa que gosta s de controlar a vida alheia, especialmente a de seus funcionários. Nenhum conseguiu dar entrevista sem que ele passasse por perto para contar sua versão dos fatos.

“Quem manda ter chefe com formação militar?”, brinca. Ele serviu dois anos no Exército, entre as faculdades de engenharia e letras. Na escola, passa o dia reprimindo a indisciplina e despachando a burocracia que “dona encrenca” lhe repassa. Quando encontra uma brecha, gosta de fazer planos de longo prazo. Foi assim que, ao longo de 17 anos, economizou a verba da escola para comprar equipamento tecnológico que nenhum outro colégio municipal conseguiu com verba própria.

Além das câmeras, a Raul Fernandes tem uma TV em cada sala, nos corredores e no pátio. Elas são ligadas a uma central com 24 canais internos. É por meio desse sistema que Carlos fala com alunos, professores e funcionários. Em pronunciamentos ao vivo, ele anuncia a reunião com os pais ou repreende a bagunça do intervalo. A imagem é captada na antiga sala de direção, que foi transformada em estúdio com câmera, microfone, spots de luz e um computador com programa de edição. A rede também transmite vídeos educativos. Alguns produzidos na escola, outros trazidos de fora. Não há material elaborado pelos alunos.

O ensino na Raul Fernandes não é modelo de sucesso. Está um pouco acima da média nacional. Numa escala de 0 a 10, seu Ideb é 4,6. A média das públicas é 4. A escola fica na Vila Brasilândia, região de renda baixa com 250 mil habitantes na Zona Norte da capital. Segundo a Polícia Militar, a taxa de homicídio na região está acima da média da cidade. Os alunos de Carlos brigam entre si pelo menos uma vez por semana, mas nunca houve registro de arma na escola. No colégio vizinho, Geraldo Sesso Junior, já saiu até tiro dentro da sala. Em março, uma menina de 15 anos foi atingida por uma bala na perna. Na saída, os alunos de Carlos evitam passar na porta da escola vizinha, reclamam que os estudantes de lá se organizam em gangues. A reportagem tentou entrar na Geraldo Sesso, mas a diretora negou. Disse que não tinha “nada a declarar”.

As duas escolas ficam na frente de um Distrito Policial, que até 2006 abrigava uma carceragem. Quando havia tentativa de resgate, ficavam no fogo cruzado. Na Raul Fernandes, os alunos corriam para as salas do fundo. Há sete anos, após uma fuga, Carlos foi avisado de que havia um homem com roupas sujas no corredor. Depois de chamar a polícia, foi conversando com ele até o pátio, onde foi recapturado. Carlos já entregou até um aluno. O menino havia atirado num estudante de outra escola e tentou se esconder na Raul Fernandes. Carlos o viu no estacionamento e chamou a polícia. “Periferia é chão riscado a faca”, diz. “Não são todos, mas tenho alunos com pai homicida, sequestrador, traficante. Só a fina flor, o crème de la crème.”

A visão de Carlos, e o modo como enfrenta os problemas, está longe de ser consenso entre educadores. De seu ponto de vista, o aumento da violência nas escolas é consequência da redução de exigências sobre os alunos. Ele descreve a história da educação em São Paulo como uma série de reformas desconexas que tiraram suas ferramentas de cobrança. “Começou a nivelar por baixo com o verdão”, diz. Esse era o apelido das guias curriculares de São Paulo, que tinham capa verde. Na década de 70, definiram o conteúdo a ser ensinado. As guias faziam parte de uma reforma elogiada por alguns educadores, pois enxugava um suposto excesso de conteúdo. Até hoje Carlos não se conforma com o fim de algumas aulas, como o francês. De vez em quando arrisca uma expressão para familiarizar os alunos.

Na década de 80, o ensino virou obrigatório e as escolas passaram a receber mais alunos. Carlos começou a ser pressionado para formar turmas à noite. Ele resistiu até 1999, quando teve de abrir aulas noturnas para jovens e adultos. “Foi um horror, era só bêbado e drogado.” Nesse período, foi criticado pela prefeitura por fixar uma câmera no banheiro masculino. Ele bateu o pé e manteve a câmera lá até poder fechar as turmas à noite. Ele jura que não captava as “intimidades” e que era o único jeito de saber onde as drogas eram escondidas.


DE LONGE
À esquerda, alunos na classe e funcionários no corredor (Centro) assistem ao diretor pela rede interna de canais. À direita, Carlos fala, ao vivo, da sala que transformou em estúdio de gravação

“A pior fase foi da Luiza Erundina. Não podia gritar com o aluno, não podia sobrecarregar. Tudo tinha de ser muuuito discutido”, diz. O secretário da Educação na gestão de Erundina (1989-1992) era Paulo Freire, educador brasileiro consagrado pelo método que prega a construção do conhecimento a partir da experiência dos alunos. “Aí abriu geral para os hippies de ‘poncho e conga’!” Carlos se define como tucano. O prefeito com quem mais gostou de trabalhar foi Mário Covas (1983-1985). Identificava-se com o estilo “na jugular dos professores”. Covas travou bate-bocas públicos com professores em greve.

Para lidar com as faltas excessivas de seus professores, Carlos os faz repor aula aos sábados. Mesmo assim, os alunos da 5ª à 8ª dizem que têm aula vaga a cada dois dias. O caso mais grave é o da professora de ciências. Contratada no fim do ano, ela só deu um mês de aula e passou a pedir licenças médicas. Carlos solicitou uma análise do caso ao departamento de Saúde do Servidor, órgão da prefeitura responsável pelas licenças. Quando soube que seu pedido estava parado lá havia 14 dias, ligou para a diretoria de ensino, órgão da Secretaria de Educação. “Filha, a coisa está feia lá, viu? Alguém está prevaricando”, disse, ao telefone. “E vocês? Vão deixar a professora nova ficar assim, leve e loira?”

Ele tem pavio curto. Chamado a uma 7ª série porque os alunos estavam gritando, sobe as escadas reclamando. “No meu tempo isso era vergonhoso, atestado de incompetência do professor.” Em pé na porta da sala, dá uma bronca cheia de ameaças de expulsão e silêncios constrangedores. Promete fechar a classe, que tinha menos de 30 alunos, e redistribuí-los para outras turmas. A medida seria uma punição também aos professores daquela série, que ganham de acordo com o número de turmas. Carlos arrisca uma expressão em francês: “Sala com 20 alunos é tratamento de elite. Vocês querem luxo para fazer farra? Pelo contrário! Au contraire...”. Uma aluna faz barulho e leva a mão à boca, como quem segura o riso. Carlos finge que não vê.

O equilíbrio de sua autoridade é delicado. Há muitos limites para sua ação. Embora ameace, ele não pode expulsar os alunos. No máximo transferi-los de escola, em casos graves. É difícil exigir boas notas porque basta presença para ser aprovado. Os alunos sabem que não correm risco de levar bomba (fora na 4ª e na 8ª). A regra foi fixada para combater a alta repetência. No caderno de registro do primeiro ano da Raul Fernandes, em 1957, só metade dos alunos foi aprovada.

Foi o mesmo ano em que Carlos começou seus estudos, sempre em escolas públicas. Ele se refere a esses anos como “os tempos áureos” da educação, quando havia prova de seleção e só entrava aluno com “pré-requisitos culturais”. Cita nome e sobrenome dos professores “catedráticos” com quem teve aula e depois viraram políticos ou diretores em universidades. Lembra da professora de história da 7ª. Descreve-a como uma senhora distinta e brava. “De sobrancelha cerrada, tailleur, óculos e sapato mocassim de laço na frente.” Ela conseguia sua atenção quando o surpreendia, fazendo a imitação da “caganeira de Dom Pedro”. Virou uma referência. “Educador é artista, tem de assumir o papel e segurar a plateia”, diz. Carlos não hesita em assumir o seu. Diz estar pronto para as críticas que esta reportagem possa gerar. “O diretor também é um personagem. E eu sou essa coisa estapafúrdia que você está vendo. Pode colocar tudo aí.”

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,ERT81699-15223-81699-3934,00.html

Offline FZapp

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Re: Rota na escola
« Resposta #1 Online: 11 de Julho de 2009, 15:12:13 »
Sòcrates a serviço do nosso totalitarismo terceiro mundista, diretamente aplicada aos nossos mais pequeninos e promissores cérebros do país...
--
Si hemos de salvar o no,
de esto naides nos responde;
derecho ande el sol se esconde
tierra adentro hay que tirar;
algun día hemos de llegar...
despues sabremos a dónde.

"Why do you necessarily have to be wrong just because a few million people think you are?" Frank Zappa

Offline N3RD

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Re: Rota na escola
« Resposta #2 Online: 11 de Julho de 2009, 17:52:09 »
Pau neles, ops não fale isso porque senão os professores de religião vão gostar!
Não deseje.

Offline Gaúcho

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Re: Rota na escola
« Resposta #3 Online: 14 de Julho de 2009, 16:51:31 »
Freud explica.
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Blues Brother

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Re: Rota na escola
« Resposta #4 Online: 14 de Julho de 2009, 17:30:43 »
Na minha fase de esquerdismo extremado,

rechaçava qualquer forma de disciplina imposta hierarquicamente às pessoas. Ainda penso assim, mas aproximadamente. Aprendi muito com a crítica sincera de conservadores sinceros....

Tem um vídeo-entrevista com o Paulo Freire em que ele diz que foi morar com os pobres nas favelas do Recife porque queria encontrar o "Cristo que costumava ser meu camarada".Ele fala que encontrou seu "Cristo camarada" através do marxismo. Até aí, cada um na sua loucura.

Mas fica visível no sujeito a devoção ao mito do "bom selvagem". É uma glamourização do pobre que termina nessas idéias absurdas de tirar totalmente a autoridade do professor em sala de aula, converter o aluno em portadores de virtudes e potencialidades que talvez ele não tenha. Se não as tiver, a culpa é do professor por não conseguir ajudá-lo a encontrar sua criança interior. Tudo é culpa do professor.

O aluno é o bom selvagem.
 

 

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Rota na escola
« Resposta #5 Online: 26 de Agosto de 2009, 13:37:46 »
Citação de: Herbert Spencer
[...] French school-masters, never questioning the belief that boys can be made to behave well only by rigid discipline and spies to aid in carrying it out, are astonished on visiting England to find how much better boys behave when they are less governed—nay, among English schools themselves, Dr. Arnold has shown that more trust is followed by improved conduct. Similarly with the anomalies of incorporated human nature. We habitually accept the assumption that only by legal restraints are men to be kept from aggressing on their neighbors; and yet there are facts which should lead us to qualify this assumption. So-called debts of honor, for the non-payment of which there is no legal penalty, are held more sacred than debts that can be legally enforced; and on the Stock-Exchange, where only pencil memoranda in the respective note-books of two brokers guarantee the sale and purchase of many thousands, contracts are far safer than those which, in the outside world, are formally registered in signed and sealed parchments. [...]

Offline Südenbauer

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Re: Rota na escola
« Resposta #6 Online: 26 de Agosto de 2009, 13:53:18 »
Hahaha... que figura. Mas, também, que idiota!

E... aprovação é garantida pela presença?! MEU DEUS! A coisa tá feia mesmo.

Offline Renato T

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Re: Rota na escola
« Resposta #7 Online: 26 de Agosto de 2009, 14:07:27 »
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Offline Diegojaf

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Re: Rota na escola
« Resposta #8 Online: 26 de Agosto de 2009, 14:08:22 »
Citação de: Herbert Spencer
[...] French school-masters, never questioning the belief that boys can be made to behave well only by rigid discipline and spies to aid in carrying it out, are astonished on visiting England to find how much better boys behave when they are less governed—nay, among English schools themselves, Dr. Arnold has shown that more trust is followed by improved conduct. Similarly with the anomalies of incorporated human nature. We habitually accept the assumption that only by legal restraints are men to be kept from aggressing on their neighbors; and yet there are facts which should lead us to qualify this assumption. So-called debts of honor, for the non-payment of which there is no legal penalty, are held more sacred than debts that can be legally enforced; and on the Stock-Exchange, where only pencil memoranda in the respective note-books of two brokers guarantee the sale and purchase of many thousands, contracts are far safer than those which, in the outside world, are formally registered in signed and sealed parchments. [...]

Alunos ingleses...
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

 

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