Autor Tópico: Análise da Música Faroeste Caboclo  (Lida 25759 vezes)

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Análise da Música Faroeste Caboclo
« Online: 25 de Julho de 2009, 01:40:18 »
Análise da Música Faroeste Caboclo
Ou
COMO JOÃO DE SANTO CRISTO É UM FILHO DA PUTA

Faroeste Caboclo
Composição: Renato Russo

Não tinha medo o tal João de Santo Cristo
Era o que todos diziam quando ele se perdeu
Deixou pra trás todo o marasmo da fazenda
Só pra sentir no seu sangue o ódio que Jesus lhe deu

Introdução ao personagem. João de Santo Cristo não possuia medo.  Percebe-se que a vida no campo, o trabalho braçal não o interessava, pois o ódio foi dado por motivos religiosos e possui  a questão messiânica, Uma das características de um sociopata com  egocentrismo e falta de empatia com outros seres humanos. A falta de limites e de medo das represálias também caracterizam este desvio de caráter grave.

Quando criança só pensava em ser bandido
Ainda mais quando com um tiro de soldado o pai morreu
Era o terror da sertania onde morava
E na escola até o professor com ele aprendeu

Nesta parte fica óbvio o caráter marxista da canção, criada pelo Renato Russo, filho de um funcionário do Banco do Brasil que não deve ter vivido as mazelas das classes menos favorecidas, mas mesmo assim acusa a sociedade pelas características do personagem. Quando criança só pensava em ser bandido, mesmo antes da morte do pai por um policial. Policiais são agentes de repressão do estado para, segundo os dogmas marxistas, garantirem a perpetuação da burguesia e o sistema de classes, assim, o autor explicita sua visão de que a sociedade gera bandidos quando o oprime socialmente, também se rebelando contra o sistema educacional.  

Ia pra igreja só prá roubar o dinheiro
Que as velhinhas colocavam na caixinha do altar
Sentia mesmo que era mesmo diferente
Sentia que aquilo ali não era o seu lugar

O sociopata também se insurge contra todo tipo de instituições, mesmo as religiosas,  por se sentir diferente, não se ligando ao meio em que vive nem às pessoas. Ele oprime todos ao seu redor, furta dinheiro.  Roubo, abuso, trapaças, manipulação de familiares e parentes sem nenhum tipo de remorso, apenas desprezo pelos mais fracos.


Ele queria sair para ver o mar
E as coisas que ele via na televisão
Juntou dinheiro para poder viajar
De escolha própria, escolheu a solidão

Na tentativa de querer criar um herói romântico, Renato Russo o coloca como solitário, sonhador, que fazia o que fazia por ser abusado pelo capitalismo, pela sociedade de consumo que lhe mostra produtos  que não poderia comprar. Assim, ele não seria um doente mental perigoso, mas uma vítima da sociedade lutando contra a opressão do capitalismo. Sociopatas fazem isso, criam inimigos externos para justificar seus atos vis.

Comia todas as menininhas da cidade
De tanto brincar de médico, aos doze era professor.
Aos quinze, foi mandado pro o reformatório
Onde aumentou seu ódio diante de tanto terror.

Para uma pessoa solitária, apresenta uma vida bastante atribulada. Aos doze anos já está sexualmente ativo, abusando de meninas em sua cidade, porém incapaz de criar qualquer laço sentimental. Pelo visto, as autoridades perceberam sua periculosidade e o mandaram para um reformatório. Usado novamente para justificar uma pretensa revolta contra o “sistema”, onde aumentou o ódio. Agora ele pode usar o marxismo como desculpa, porque estava indo contra o opressores. Pena que as autoridades não o encaminharam para um hospital psiquiátrico, mas enfim, se o tivessem feito, não haveria música.

Não entendia como a vida funcionava
Discriminação por causa da sua classe ou sua cor
Ficou cansado de tentar achar resposta
E comprou uma passagem, foi direto a Salvador.

Mais uma simbologia da idéia do oprimido para justificar uma vida de crimes e barbárie de uma mente insana. Se considera discriminado por ser mandado a um reformatório por causa de sua classe social e de sua cor, como se, em uma cidade no interior da Bahia, isso fosse motivo de prisão. É apenas a utilização da luta de classe para justificar crimes e violência, afinal, não foi preso por roubar velhinhas, aterrorizar vizinhos, intimidar professores, abusar de meninas, não. Foi preso por ser afro-descendente num estado em que esta etnia se mostra maioria da população. É mais fácil culpar a sociedade do que reconhecer os erros.

E lá chegando foi tomar um cafezinho
E encontrou um boiadeiro com quem foi falar
E o boiadeiro tinha uma passagem e ia perder a viagem
Mas João foi lhe salvar

Dizia ele: "Estou indo pra Brasília
Neste país lugar melhor não há
Estou precisando visitar a minha filha
Eu fico aqui e você vai no meu lugar"

A idéia do herói que deixa sua pequena cidade em procura de aventuras. Como Joseph Campbell apresenta em “O Poder do Mito”, o heróis parte de sua vida de marasmo e consegue um item mágico ganho de forma inusitada ( passagem de um boiadeiro desconhecido ) que o leva em busca de um tesouro/poder/riqueza. Renato Russo consciente ou inconscientemente utiliza desta estrutura nesta parte da narrativa para construir a aura do personagem e justificar sua ida a Brasília. Atenção a esta parte, que será importante para o final.

E João aceitou sua proposta
E num ônibus entrou no Planalto Central
Ele ficou bestificado com a cidade
Saindo da rodoviária, viu as luzes de Natal

O herói chega a um lugar mágico e místico, de seus sonhos. Ele lutará para permanecer neste lugar de luzes, beleza e oportunidades de riqueza, ainda sendo um sociopata frente à milhões de pessoas que odeia por  possuírem as coisas de que deseja. Não se enganem, ele não terá nenhum tipo de empecilho ético para tomar o que deseja.

"Meu Deus, mas que cidade linda,
No Ano-Novo eu começo a trabalhar"
Cortar madeira, aprendiz de carpinteiro
Ganhava cem mil por mês em Taguatinga

Arranjou um emprego para criar a ilusão de pessoas trabalhadora e se misturar entre os locais. O autor usa novamente a simbologia cristã aqui, ao colocar no que seria a profissão mais honrada e santa, a profissão do messias Cristo Jesus. Sua santificação perante ao lugar místico ao qual foi transforma uma pessoa que jamais trabalhou e que vivia de crimes num mensalista.  Não parece ser uma atividade das mais agradáveis para ele, mas dentro desta loucura há método.

Na sexta-feira ia pra zona da cidade
Gastar todo o seu dinheiro de rapaz trabalhador
E conhecia muita gente interessante
Até um neto bastardo do seu bisavô

 Aqui ele começa a se mostrar. Não vive e nem procura trabalhar com afinco, se especializar, estudar, fazer um Senai de carpintaria ou mesmo poupar seus parcos recursos. Vai a prostíbulos gastar todo seu dinheiro em mulheres baratas e bebidas caras. Não nos enganemos com palavras, analisemos os fatos:  ele não é um trabalhador, apenas simula um para, como um caçador de gente, estudar as suas vítimas.

Um peruano que vivia na Bolívia
E muitas coisas trazia de lá
Seu nome era Pablo e ele dizia
Que um negócio ele ia começar

Como na Jornada do Heróis, de Campbell, João de Santo Cristo encontra seu mestre. Na zona. Um peruano (Sendero Luminoso?) que vivia na Bolívia (Cocaleros?), que trazia produtos para revender na cidade. Ele considera interessante um traficante de drogas, que começa a trazer seu contrabando para viciar os jovens da cidade. Para uma pessoa que deseja lucrar e possuir dinheiro, poder e riqueza a custa de outras pessoas, deve ser uma atividade muito tentadora, mas o “herói” precisava de uma desculpa para sair de sua carapuça de rapaz trabalhador para se transvestir de traficante.

E o Santo Cristo até a morte trabalhava
Mas o dinheiro não dava pra ele se alimentar
E ouvia às sete horas o noticiário
Que sempre dizia que o seu ministro ia ajudar

Podemos perceber novamente que Renato Russo justifica os crimes pela ideologia marxista. Santo Cristo (o messias) até a morte trabalhava (na carpintaria ) mas não conseguia se alimentar ( mas se ele gastava o dinheiro na Zona do meretrício, não era o salário que era pouco) e como o poder público prometia benesses com dinheiro dos impostos às quais João não aproveitava  (queria mais dinheiro para gastar na zona com bebidas e mulheres?)  então encontrou a justificativa, o inimigo externo, afinal, para nosso sociopata, a culpa não era de sua falta de controle e gastos indevidos, eram das promessas de governo que via na televisão. O autor que que acreditemos que era uma vítima da sociedade e da opressão dos governos, porém fica cada vez mais claro que a sociedade dos cidadãos de bem era suas vítimas.

Mas ele não queria mais conversa
E decidiu que, como Pablo, ele ia se virar
Elaborou mais uma vez seu plano santo
E sem ser crucificado, a plantação foi começar.

Com seu mestre, foi em  busca da riqueza fácil e da exploração dos inocentes. Mas se enxergava como um santo, um messias, que viria castigar a sociedade que não proporcionava a ele o prazer ao qual se achava merecedor, mesmo sem ter feito nada para merecer.

Logo logo os maluco da cidade souberam da novidade:
"Tem bagulho bom ai!"
E João de Santo Cristo ficou rico
E acabou com todos os traficantes dali.

Os maluco, os drogados, os viciados, dependentes se tornaram vítima de João de Santo Cristo. E não só ele, pelo visto sua veia assassina começou a se mostrar, acabando com a concorrência. Sabendo como os traficantes agem, sabemos que o número de mortes atribuídos a ele não deve ser baixo.


Fez amigos, freqüentava a Asa Norte
E ia pra festa de rock, pra se libertar
Mas de repente
Sob uma má influência dos boyzinho da cidade
Começou a roubar.

Ele vai a festas de rock, se torna bacana, possui o quê e quem quiser. Mas isso não basta, começa a também roubar. Roubar para quê, se já era rico? Qual a justificativa?  Para isso vamos em busca das desculpas marxistas do autor.
Matar traficantes e vender maconha e cocaína não eram más influências. Pablo, um peruano que vivia na Bolívia e traficava drogas não era má influência, mas os “boyzinhos”, a burguesia era! Ele roubava pelo prazer, não por necessidade, por isso, na visão marxista do autor, ele se corrompeu... Essa é a má influência, o maior dos pecados: se ligar aos burgueses!  

Já no primeiro roubo ele dançou
E pro inferno ele foi pela primeira vez
Violência e estupro do seu corpo
"Vocês vão ver, eu vou pegar vocês"

Crime e castigo. Se tivesse se mantido “puro”, corrompendo, matando e violentando a sociedade burguesa má e perversa, Santo Cristo não teria sido punido por seus crimes, mas como se aliou ao inimigo, teve que pagar com a prisão e o estupro, como forma de mostrar a opressão do sistema capitalista burguês contra o pobre trabalhador narcotraficante.

Agora o Santo Cristo era bandido
Destemido e temido no Distrito Federal
Não tinha nenhum medo de polícia
Capitão ou traficante, playboy ou general

Retorna com uma violência ímpar. Para Renato Russo, agora ele se torna realmente seu herói, porque enfrenta todos os instrumentos de repressão da burguesia.

Foi quando conheceu uma menina
E de todos os seus pecados ele se arrependeu
Maria Lúcia era uma menina linda
E o coração dele pra ela o Santo Cristo prometeu

Ele dizia que queria se casar
E carpinteiro ele voltou a ser
"Maria Lúcia pra sempre vou te amar
E um filho com você eu quero ter"

Porém, percebendo que não poderia usufruir desta vida muito tempo sem ser pego, nosso sociopata decide novamente se fantasiar de trabalhador, faz promessas de amor a uma moça para poder manter sua auto-ilusão de messias salvador e de rapaz trabalhador para as pessoas próximas. Quando os sociopatas descobrem que seu teatro já está descoberto, eles são capazes de darem a falsa impressão de arrependimento, falseiam que mudarão "daqui para a frente", mas nunca serão capazes de suprimir sua índole maldosa. O falso messias precisa justificar sempre seus crimes como sendo de um inimigo externo, assim, precisa confessar e se arrepender do o pecado de ter se aliado aos burgueses (crime maior e imperdoável para o marxismo) e para isso escolhe uma moça ingênua da qual engana e a usa com promessas de amor eterno e casamento, às quais, veremos, não pretende cumprir.  

O tempo passa e um dia vem na porta
Um senhor de alta classe com dinheiro na mão
E ele faz uma proposta indecorosa
E diz que espera uma resposta, uma resposta do João

Novamente a justificativa externa para usar contra a sociedade que despreza. A alta sociedade, os burgueses os tentam. O diabo vem com o dinheiro tentar o messias.Ele agora sabe que se juntar aos capitalistas é pecado e que apenas no marxismo ele estaria a salvo numa ideologia que justifica todos os seus crimes, desde que o faça contra a classe dominante do “sistema”.

"Não boto bomba em banca de jornal
Nem em colégio de criança isso eu não faço não
E não protejo general de dez estrelas
Que fica atrás da mesa com o cú na mão

Ele resiste à tentação. Interessante que não tem nenhum problema em traficar drogas, mas se acha melhor que os outros por não colocar drogas em colégio de crianças? Ele se acha melhor ou é porque o dinheiro da mesada das crianças é pouco para o volume das drogas que ele vende? Que justificativa tola para quem já roubou e matou tantos?
Observem a ideologia marxista em ação. Ele sempre se voltou para o crime por culpa da sociedade, porém se mantendo ético, entendem? Quem faz o mal, como colocar droga em colégios de crianças são os burgueses capitalistas malvados e diabólicos. Os fins puros e maravilhosos do comunismo justificam sua vida de crimes, mortes e destruição contra o capitalismo.

E é melhor senhor sair da minha casa
Nunca brinque com um Peixes de ascendente Escorpião"
Mas antes de sair, com ódio no olhar, o velho disse:
"Você perdeu sua vida, meu irmão

"Você perdeu a sua vida meu irmão
Você perdeu a sua vida meu irmão
Essas palavras vão entrar no coração
Eu vou sofrer as conseqüências como um cão"

Ele ameaça o burguês. Faz isso com a seus espírito messiânico, com a certeza de estar do lado correto agora, que resistiu à tentação do capital ( apesar de ter sido rico e desperdiçado seu dinheiro com putas, bebidas e drogas). A ameaça do capitalista era tudo o que precisava como justificativa do inimigo externo para justificar sua “reação contra o sistema”. Não precisa ser real, basta ser uma desculpa para atacar a sociedade, se mantendo no papel de vítima incompreendida.

Não é que o Santo Cristo estava certo
Seu futuro era incerto e ele não foi trabalhar
Se embebedou e no meio da bebedeira
Descobriu que tinha outro trabalhando em seu lugar

Falou com Pablo que queria um parceiro
E também tinha dinheiro e queria se armar
Pablo trazia o contrabando da Bolívia
E Santo Cristo revendia em Planaltina

Ele volta à sua antiga vida rapidamente, para quem dizia amar Maria Lúcia, querer casar e ter filhos. Obviamente, o negócio das drogas não para e outro está em seu lugar. A desculpa estava dada e o espírito cruel do nosso sociopata volta, afinal, usou a moça para se esconder e passar a imagem de bom moço, mentindo para as pessoas ao seu redor. Quando seu disfarce foi descoberto, em nenhum momento pensou nela para abandonar tudo e voltar correndo ao que lhe dava prazer, os crimes.

Mas acontece que um tal de Jeremias,
Traficante de renome, apareceu por lá
Ficou sabendo dos planos de Santo Cristo
E decidiu que, com João ele ia acabar

Aparece o Nêmesis do sociopata. O motivo da rivalidade é normal por ser concorrentes no crime, porém, o que leva a se tornar o antagonista de nosso “herói socialista”?

Mas Pablo trouxe uma Winchester-22
E Santo Cristo já sabia atirar
E decidiu usar a arma só depois
Que Jeremias começasse a brigar

Crime premeditado, compra arma, se prepara para a guerra mas sempre se fazendo de vítima, sempre se desculpando como se estivesse reagindo às tragédias que o mundo impõem, porém Jeremias não faz nada diferente do que Santo Cristo já havia realizado quando se tornou o braço direito de Pablo, o cocalero boliviano do Sendero Luminoso.

Jeremias, maconheiro sem-vergonha
Organizou a Rockonha e fez todo mundo dançar
Desvirginava mocinhas inocentes
Se dizia que era crente mas não sabia rezar

Acuse seus inimigos daquilo que você faz. Traficar drogas em festa de rock, João fazia. Desvirginar meninas inocentes ele também fazia quando “brincava de médico”. Dizia que seu ódio era de Jesus (se dizia crente), mas roubava a igreja. Acusa Jeremias por seus crimes por quê? Para continuar com a ilusão de que era vítima e não o agressor. O outro traficante também faz o pior neste caso, porque simplesmente se recusa a morrer, o que frusta Santo Cristo em suas intenções de retomar seu império do crime, e nada pior que um sociopata que não consegue o que deseja.

E Santo Cristo há muito não ia pra casa
E a saudade começou a apertar
"Eu vou me embora, eu vou ver Maria Lúcia
Já tá em tempo de a gente se casar"

Chegando em casa então ele chorou
E pro inferno ele foi pela segunda vez
Com Maria Lúcia Jeremias se casou
E um filho nela ele fez

Qual o crime de Jeremias? Nenhum, ao não ser cumprir as promessas falsas de Santo Cristo. Ele não ficou apenas mentindo e enrolando a menina, usando-a para se esconder. Ele realmente casou com ela e assumiu seu filho, depois que João a abandonou sem pensar duas vezes e sem olhar para trás. Se ela já tinha um filho, talvez alguns anos tenham se passado e ele jamais retornou, jamais deu notícias, jamais se apiedou da moça. Ele é incapaz de amar. Ao sentir falta de um lugar seguro para se esconder na guerra do tráfico, procurou pessoas que já havia enganado. Claro, ter novamente seus desejos frustados por um rival não agrada ninguém, então imagine a um maluco criminoso homicida...

Santo Cristo era só ódio por dentro
E então o Jeremias pra um duelo ele chamou
Amanhã às duas horas na Ceilândia
Em frente ao lote 14, é pra lá que eu vou

E você pode escolher as suas armas
Que eu acabo mesmo com você, seu porco traidor
E mato também Maria Lúcia
Aquela menina falsa pra quem jurei o meu amor

Ele perdeu seus limites nesta hora. Precisava recuperar aquilo que considerava seu por direito, o território do crime e a mulher que abandonou. Disse que Maria Lúcia era falsa, jogou a culpa em suas costas sendo que ela havia sido abandonada sem uma palavra por meses, anos. Mas é assim na mente doentia do nosso sociopata: as pessoas são objetos a serem usados quando e onde ele deseja, são posses que usa no momento que lhe seja mais conveniente, e o sentimento de suas vítimas não lhe importa de maneira alguma. São posses, não gente.

E o Santo Cristo não sabia o que fazer
Quando viu o repórter da televisão
Que deu notícia do duelo na TV
Dizendo a hora e o local e a razão

Santo Cristo foi impulsivo, pecado capital para um sociopata homicida. Não pensou que o confronto direto pudesse atrair a atenção da população e dos meios de comunicação, como se um duelo entre os dois maiores traficantes de uma metrópole fosse facilmente ignorado. Ele não teria como se esconder, nem poderia voltar atrás, pois perderia o respeito arduamente conquistado no submundo do tráfico se simplesmente desistisse. A lógica da auto-sobrevivência diria para deixar para lá, mas vai ser lógico contra um insano querendo vingança pelos crimes que ele mesmo cometeu?

No sábado então, às duas horas,
Todo o povo sem demora foi lá só para assistir
Um homem que atirava pelas costas
E acertou o Santo Cristo, começou a sorrir
Uma tentativa de justificar a vilania de Jeremias e a santidade de João. Renato Russo mostra que Jeremias atirou pelas costas e sorriu, ignorando que a pessoa a pedir o duelo era ele, inclusive ameaçando a esposa dele de morte. Atirar pelas costas é pior do que tentar matar você e sua esposa inocente? Pra Renato Russo, parece que sim.

Sentindo o sangue na garganta,
João olhou pras bandeirinhas e pro povo a aplaudir
E olhou pro sorveteiro e pras câmeras e
A gente da TV que filmava tudo ali

Novamente o marxismo mais podre em ação. No meio de sua dor, as pessoas aplaudem e a televisão explora sua imagem. Ele era explorado, ele era uma vítima do sistema, usado pelos meios de comunicação para manter a burguesia e o capitalismo no poder. Sua luta agora se torna contra a sociedade de consumo que se diverte com a dor e o crime ( novamente acuse seus inimigos daquilo que você faz).

E se lembrou de quando era uma criança
E de tudo o que vivera até ali
E decidiu entrar de vez naquela dança
"Se a via-crucis virou circo, estou aqui"

Coitadinho insano maligno. Ele era uma criança pobre e preta que trilhou uma vida de crimes, dor, destruição de tudo e todos á sua volta, mas ainda se considerava uma entidade messiânica acima do bem e do mal, com profundo desprezo pela sociedade. Matar  não bastava mais, agora desmascarado queria dar seu show.

E nisso o sol cegou seus olhos
E então Maria Lúcia ele reconheceu
Ela trazia a Winchester-22
A arma que seu primo Pablo lhe deu

Maria Lúcia lhe entrega a arma santa do Sendero Luminoso para se vingar de Jeremias. Maria Lúcia entrega a arma para aquele que a abandonou da forma mais vil e abjeta possível, para que ele se vingue de seu marido e pai de seu filho. Maria Lúcia entrega a arma para quem jurou matá-la. Maria Lúcia é uma iludida, mas é possível compreendê-la, afinal, Renato Russo também iludiu milhões de jovens no Brasil por tanto tempo, deixando com herói um bandido cruel e amoral.
Maria Lúcia é burra, mas não está só.


"Jeremias, eu sou homem. coisa que você não é
E não atiro pelas costas não
Olha pra cá filha-da-puta, sem-vergonha
Dá uma olhada no meu sangue e vem sentir o teu perdão"

E Santo Cristo com a Winchester-22
Deu cinco tiros no bandido traidor
Maria Lúcia se arrependeu depois
E morreu junto com João, seu protetor

A morte dos três. Jeremias morreu defendendo seu negócio no tráfico e principalmente esposa e filho, mas foi traída pela vagabunda que entregou a arma para um insano irredimível. Ele morreu tentando salvar sua família e foi traída por ela. Mulher de malandro é assim mesmo, gosta sempre do pior cafajeste.
Mas Maria Lúcia se arrependeu depois? Do quê? De ter causado a morte do pai de seu filho? De ver a cagada que fez? Suicidou-se para não precisar encarar a família, os amigos?


E o povo declarava que João de Santo Cristo
Era santo porque sabia morrer
E a alta burguesia da cidade
Não acreditou na história que eles viram na TV


O Povo, grande inteligência dona da verdade e da sabedoria do senso comum, achou que o cara com nome de Santo Cristo, que gritou frases religiosas em meio a uma guerra de traficantes era santo? Porque ele sabia morrer? Morrendo com um tiro nas costas matando seu oponente com cinco tiros? Jeremias é que era ruim de mira, não acertou nenhum órgão vital e deixou o Santo Cristo morrer de hemorragia lentamente.
Mas é claro que a culpa de tudo não era a insanidade de João, nem seu desejo por vingança ou seu ódio contra a sociedade. A culpa era da alta burguesia da cidade, que não acreditou na história.
A culpa sempre tem que ser da burguesia, apesar de nada mais fazer do que trabalhar e pagar seus impostos. Mas a culpa é dela por ser capitalista e deixar os loucos pobres se matando na rua. Porque não fizeram nada? Proselitismo marxista barato de sempre culpar os burgueses por tudo.

E João não conseguiu o que queria
Quando veio pra Brasília, com o diabo ter
Ele queria era falar pro presidente
Pra ajudar toda essa gente que só faz...

Sofrer...

Agora sim, retomando o que aconteceu quando João veio para Brasília. Se voltarmos a música, veremos que ele não tinha intenção nenhuma de vir a Brasília, apenas aconteceu o bostaço dele encontrar alguém que lhe deu a passagem quando estava sem rumo.
É fácil dizer agora que veio para Brasília pedir para o Presidente ajudar o povo.
Como se o presidente já não soubesse disso.
Como se João de Santo Cristo algum momento tivesse se importado.
Como se o povo não pudesse cuidar de si próprio, precisando sempre do Grande Irmão para guiar os incapazes que sofrem.
Vai te catar, Renato Russo. Pequeno burguês marxista.


Offline Luiz F.

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Re:Análise da Música Faroeste Caboclo
« Resposta #1 Online: 26 de Março de 2012, 21:16:25 »
Nunca mais ouvi essa música da mesma maneira depois que li esse tópico aqui no CC pela primeira vez...
"Você realmente não entende algo se não consegue explicá-lo para sua avó."
Albert Einstein

Offline Diegojaf

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Re:Análise da Música Faroeste Caboclo
« Resposta #2 Online: 26 de Março de 2012, 21:41:43 »
Bem, o filme parece que vai ser mais um daqueles enaltecendo o bandido e colocando a culpa de todas as mazelas no "sistema"... e com aquela fotografia do "Brasil anos 70" de Cidade de Deus... ¬¬

"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Derfel

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Re:Análise da Música Faroeste Caboclo
« Resposta #3 Online: 26 de Março de 2012, 22:09:43 »
Santo Cristo era um anti-herói. E a sua história já foi contada repetidas vezes nos cinemas, em filmes de gângsteres e em faroestes. Não sei porque tanto barulho.

Offline AlienígenA

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Re:Análise da Música Faroeste Caboclo
« Resposta #4 Online: 27 de Março de 2012, 11:50:51 »
Sério?  :|  Ainda me parece só a história de bandido, nascido bandido, filho de pai bandido, que viveu e morreu como bandido, no meio de bandidos. Moral da história: não compensa ser bandido!  :|

Cara chato, musiquinha chata, bandinha chata, mas vermelho... sei não! E o restante das letras? 

Offline Gaúcho

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Re:Análise da Música Faroeste Caboclo
« Resposta #5 Online: 27 de Março de 2012, 15:28:22 »
Eu sempre tratei, e continuarei tratando para o todo e sempre, essa interpretação como Lei de Poe.

PS: Cara genial, música boa, melhor banda brasileira de rock de todos os tempos. :P
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline AlienígenA

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Re:Análise da Música Faroeste Caboclo
« Resposta #6 Online: 27 de Março de 2012, 16:59:53 »
Eu sempre tratei, e continuarei tratando para o todo e sempre, essa interpretação como Lei de Poe.

PS: Cara genial, música boa, melhor banda brasileira de rock de todos os tempos. :P

É o que dizem muitos amigos meus e eu só pergunto "rock?"  :P

Offline Derfel

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Re:Análise da Música Faroeste Caboclo
« Resposta #7 Online: 27 de Março de 2012, 17:07:37 »
Eu sempre tratei, e continuarei tratando para o todo e sempre, essa interpretação como Lei de Poe.

PS: Cara genial, música boa, melhor banda brasileira de rock de todos os tempos. :P



É o que dizem muitos amigos meus e eu só pergunto "rock?"  :P
Rock sim. :ok: No mais concordo com Di

Offline AlienígenA

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Re:Análise da Música Faroeste Caboclo
« Resposta #8 Online: 27 de Março de 2012, 17:12:14 »
Eu sempre tratei, e continuarei tratando para o todo e sempre, essa interpretação como Lei de Poe.

PS: Cara genial, música boa, melhor banda brasileira de rock de todos os tempos. :P



É o que dizem muitos amigos meus e eu só pergunto "rock?"  :P
Rock sim. :ok: No mais concordo com Di

Então, tá!  :)  E eu lá vou discordar? Vou nada...  :P

Offline Dr. Manhattan

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Re:Análise da Música Faroeste Caboclo
« Resposta #9 Online: 27 de Março de 2012, 20:12:51 »
Eu sempre tratei, e continuarei tratando para o todo e sempre, essa interpretação como Lei de Poe.

PS: Cara genial, música boa, melhor banda brasileira de rock de todos os tempos. :P

2, 2 e 2. E sempre encarei essa música como a história de um bandido. Um personagem trágico, um tanto ingênuo, mas que sabia exatamente o tamanho da merda em que estava voluntariamente se metendo.
You and I are all as much continuous with the physical universe as a wave is continuous with the ocean.

Alan Watts

Offline Derfel

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Re:Análise da Música Faroeste Caboclo
« Resposta #10 Online: 27 de Março de 2012, 21:06:26 »
Pois é: anti-herói.

Offline Fabrício

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Re:Análise da Música Faroeste Caboclo
« Resposta #11 Online: 27 de Março de 2012, 22:09:22 »
Banda boa, música péssima... eles tem outras muito melhores, essa pra mim é uma das mais fracas (senão a mais fraca) deles.
"Deus prefere os ateus"

Offline Derfel

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Re:Análise da Música Faroeste Caboclo
« Resposta #12 Online: 27 de Março de 2012, 22:30:51 »
Bem, é uma questão de gosto. Eu gosto até porque é uma letra enorme, sem refrão, que conta uma história e com uma variação grande na melodia que ajuda a contar a história, como, em certa medida, o são "Eduardo e Mônica", "Marvin" e "Rosa"

Offline Geotecton

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Re:Análise da Música Faroeste Caboclo
« Resposta #13 Online: 27 de Março de 2012, 22:56:49 »
Eu sempre tratei, e continuarei tratando para o todo e sempre, essa interpretação como Lei de Poe.

PS: Cara genial, música boa, melhor banda brasileira de rock de todos os tempos. :P

É o que dizem muitos amigos meus e eu só pergunto "rock?"  :P

Se isto é "rock", como chamaremos o que fizeram as bandas como Yes, Pink Floyd, Led Zeppelin, Uriah Heep, Jethro Tull, etc; apenas para ficar em algumas das mais antigas?
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Offline Geotecton

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Re:Análise da Música Faroeste Caboclo
« Resposta #14 Online: 27 de Março de 2012, 23:00:38 »
[...]
PS: Cara genial,

Não force a amizade.  :P


...música boa,

Há controvérsias.  :biglol:


melhor banda brasileira de rock de todos os tempos. :P

Talvez, se excluídas forem: Mutantes, Secos e Molhados, O Terço, Made in Brazil, Casa das Máquinas, Azimuth, etc.  :)
« Última modificação: 27 de Março de 2012, 23:23:28 por Geotecton »
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Offline Rocky Joe

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Re:Análise da Música Faroeste Caboclo
« Resposta #15 Online: 27 de Março de 2012, 23:10:56 »
Legião está mais próximo de punk do que rock progressivo ou "rock clássico" (expressão para rock dos anos 60, na falta de uma melhor), imagino.

No mais, a banda tem alguma coisa de sentimentalismo egocêntrico. Do sofrimento do jovem Werther. Não é do meu gosto. Mas pode ser conseqüência de ter tido diversas vezes na minha vida pessoas me enchendo o saco tocando músicas deles repetidas as vezes, em bares, vizinhos, churrascos...

Citar
Talvez, se excluídas forem: Mutantes, Secos e Molhados, O Terço, Made in Brazil, Casa das Máquinas, Azimuth, etc.

Concordo com os Mutantes e Secos e Molhados, adiciono (se considerarmos rock) os Novos Baianos, e quanto aos outros, nunca ouvi. Fico curioso!
« Última modificação: 27 de Março de 2012, 23:13:14 por Martuchelli »

Offline Derfel

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Re:Análise da Música Faroeste Caboclo
« Resposta #16 Online: 27 de Março de 2012, 23:18:07 »
Eu sempre tratei, e continuarei tratando para o todo e sempre, essa interpretação como Lei de Poe.

PS: Cara genial, música boa, melhor banda brasileira de rock de todos os tempos. :P

É o que dizem muitos amigos meus e eu só pergunto "rock?"  :P

Se isto é "rock", como chamaremos o que fizeram as bandas como Yes, Pink Floyd, Led Zeppelin, Uriah Heep, Jethro Tull, etc; apenas para ficar em algumas das mais antigas?
Rock também, mas estilos diferentes de rock, como o progressivo, o punk, o heavy metal, grunge e diversos outros. Veja que as bandas que você cita também estão bem distantes do rock and roll e do rockabilly originais como chuck Berry e Jerry lee lewis

Offline Geotecton

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Re:Análise da Música Faroeste Caboclo
« Resposta #17 Online: 27 de Março de 2012, 23:22:49 »
[...]
Citar
Talvez, se excluídas forem: Mutantes, Secos e Molhados, O Terço, Made in Brazil, Casa das Máquinas, Azimuth, etc.
Concordo com os Mutantes e Secos e Molhados, adiciono (se considerarmos rock) os Novos Baianos, e quanto aos outros, nunca ouvi. Fico curioso!

Se possível, ouça algum trabalho deles e depois forneça a sua avaliação.
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Offline Geotecton

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Re:Análise da Música Faroeste Caboclo
« Resposta #18 Online: 27 de Março de 2012, 23:25:05 »
Eu sempre tratei, e continuarei tratando para o todo e sempre, essa interpretação como Lei de Poe.

PS: Cara genial, música boa, melhor banda brasileira de rock de todos os tempos. :P

É o que dizem muitos amigos meus e eu só pergunto "rock?"  :P

Se isto é "rock", como chamaremos o que fizeram as bandas como Yes, Pink Floyd, Led Zeppelin, Uriah Heep, Jethro Tull, etc; apenas para ficar em algumas das mais antigas?
Rock também, mas estilos diferentes de rock, como o progressivo, o punk, o heavy metal, grunge e diversos outros. Veja que as bandas que você cita também estão bem distantes do rock and roll e do rockabilly originais como chuck Berry e Jerry lee lewis

Hoje quase tudo é rock. E o que não for, é rap, world music ou pop:)
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Offline Derfel

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Re:Análise da Música Faroeste Caboclo
« Resposta #19 Online: 27 de Março de 2012, 23:32:33 »
Bem, rap é algo bem característico e com raízes no funk. O pop tem parentesco com o rock e o folk. Já o world music é simplesmente qualquer música que não seja em inglês ou feita por uma banda que não seja americana ou inglesa :)

Offline Titoff

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Re:Análise da Música Faroeste Caboclo
« Resposta #20 Online: 28 de Março de 2012, 07:20:52 »
Traumas de Legião Urbana... Onde fiz meu segundo grau, todo mundo adorava essa joça, tratando Renato Russo como um gênio. Sempre aparecia um chato com violão para querer fazer uma rodinha de Legião com aquelas músicas de 2 acordes...

Minha opinião: músicas chatas, letras rasas e voz enjoada para cacete.

Offline AlienígenA

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Re:Análise da Música Faroeste Caboclo
« Resposta #21 Online: 28 de Março de 2012, 08:00:13 »
Eu sempre tratei, e continuarei tratando para o todo e sempre, essa interpretação como Lei de Poe.

PS: Cara genial, música boa, melhor banda brasileira de rock de todos os tempos. :P

É o que dizem muitos amigos meus e eu só pergunto "rock?"  :P

Se isto é "rock", como chamaremos o que fizeram as bandas como Yes, Pink Floyd, Led Zeppelin, Uriah Heep, Jethro Tull, etc; apenas para ficar em algumas das mais antigas?

Pois é! Eu tenho um problema. Parei no tempo. Rock para mim tem um significado pelo menos uns quarenta anos atrasado.  :|

Traumas de Legião Urbana... Onde fiz meu segundo grau, todo mundo adorava essa joça, tratando Renato Russo como um gênio. Sempre aparecia um chato com violão para querer fazer uma rodinha de Legião com aquelas músicas de 2 acordes...

Minha opinião: músicas chatas, letras rasas e voz enjoada para cacete.

Que inveja! Quem dera eu pudesse falar assim no passado. Adoro meus amigos, mas sofro!   :|

Offline Muad'Dib

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Re:Análise da Música Faroeste Caboclo
« Resposta #22 Online: 31 de Março de 2012, 17:07:05 »
Melhor música da melhor banda brasileira.

É uma história fictícia de uma vida. Não é um personagem asséptico hollywoodiano.


<a href="http://www.youtube.com/v/eL6zdEwRKws" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/eL6zdEwRKws</a>

Gosto dessa quase tanto como eu gosto de Faroeste caboclo:

<a href="http://www.youtube.com/v/IDTs12pcvOM&amp;ob=av3n" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/IDTs12pcvOM&amp;ob=av3n</a>

Quero ver é analisar essa:

<a href="http://www.youtube.com/v/kI193GzVe7I" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/kI193GzVe7I</a>

Gosto pacarai de Legiâo. Conheço tudo. 




Offline Gaúcho

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Re:Análise da Música Faroeste Caboclo
« Resposta #23 Online: 31 de Março de 2012, 18:47:53 »
Também gosto muito de Metal contra as Nuvens.

E nossa história não estará pelo avesso
Assim, sem final feliz
Teremos coisas bonitas para contar

E até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos
O mundo começa agora
Apenas começamos.

 :woohoo:
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Geotecton

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Re:Análise da Música Faroeste Caboclo
« Resposta #24 Online: 31 de Março de 2012, 20:39:54 »
Melhor música da melhor banda brasileira.
[...]

Voce conhece alguma coisa de alguma banda brasileira dos anos 70?
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