Paraguai condena à prisão dono que trancou clientes em mercado em chamas A Suprema Corte de Justiça do Paraguai confirmou nesta quinta-feira a condenação a 12 anos de prisão de Juan Pio Paiva, proprietário do hipermercado onde aconteceu uma das piores tragédias da história recente do país sul-americano, com 400 mortos e 700 feridos em um gigantesco incêndio ocorrido em 2004.
Em 1º de agosto de 2004, entre 500 e 700 pessoas estavam no hipermercado de Paiva quando um incêndio causado pela explosão de um tanque de gás na praça de alimentação levou a um incêndio no estabelecimento.
Testemunhas afirmaram à época que os responsáveis pelo supermercado fecharam com cadeado as portas de entrada e saída, para que ninguém deixasse o local sem pagar. O hipermercado fica no populoso bairro de Trinidad. Muitas das vítimas, incluindo crianças e idosos, morreram carbonizadas ou asfixiadas. O presidente paraguaio à época, Duarte Frutos, decretou luto oficial de três dias no país.
Em fevereiro de 2008, Paiva foi considerado culpado de homicídio involuntário por ter ordenado o fechamento das portas do estabelecimento na hora do incêndio. Porém, a pena foi revogada poucos meses depois por falta de provas.
No sábado passado (1º), por ocasião do quinto aniversário da tragédia, centenas de sobreviventes e parentes de vítimas se reuniram para pedir à justiça que não arquive o caso.
A Suprema Corte também condenou a dez anos de detenção Victor Daniel, filho e sócio de Paiva.
O responsável pela segurança, Daniel Areco, foi condenado a cinco anos de prisão e o administrador do hipermercado, Humberto Casaccia, recebeu pena de dois anos e meio.
Na manhã desta quinta-feira, dezenas de sobreviventes e parentes de vítimas foram ao palácio de justiça para exigir a detenção imediata dos condenados, que foram deixados em liberdade.
Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u605963.shtmlEu fico tentando imaginar que tipo de pessoa faz uma coisa dessas, trancar pessoas num lugar pegando fogo e pra que? Por dinheiro? Por que alguém em pleno século XXI faria uma crueldade dessas? E será que essa pena é suficiente para essas pessoas? 2 anos e meio?

Tem que ser 200 anos e meio...