Ela se baseia numa quebra da invariancia de Lorentz a curtas distâncias, e tem a vantagem de ser
renormalizável
Mas hein!?
Hum... Longa história. Vou supor que você escreveu isso porque não entendeu patavina, caso contrário, me desculpe.
É o seguinte: quando o Einstein apresentou a Teoria da Relatividade, no fundo, o que ele propôs foi que o Universo obedece
a um certo tipo de simetria (dizer isso é afirmar que a natureza não muda se você fizer algum tipo de transformação - da
mesma forma que um quadrado fica inalterado quando você o gira ao redor do centro por um ângulo de 90 graus). Essa
simetria é conhecida como Invariância de Lorentz. No caso da Relatividade Geral, ela se baseia na existência de um caso
mais geral dessa simetria, conhecida como covariância geral. O que isso quer dizer é que o fundamento dessa teoria é a
afirmação de que a Física não muda se você fizer um tipo de mudança de coordenadas. Essa mudança de coordenadas vale
não só para as posições, mas para o tempo também, que entra nas contas como mais uma coordenada (daí chegamos ao
conceito de espaço-tempo de quatro dimensões). Essa teoria permite que a gente descreva a gravidade como sendo o
resultado de uma curvatura do espaço-tempo.
Os físicos tem tentado desde a primeira metade do século XX escrever uma teoria da gravidade que fosse baseada na
Mecânica Quântica, mas que também batesse com a Relatividade Geral. Essa teoria descreve a gravidade como uma
interação mediada por uma partícula chamada gráviton. Só que se você tenta fazer qualquer previsão com essa teoria,
começam a aparecer fórmulas que "explodem" - vão ao infinito. Isso também acontece na teoria quântica do eletromagnetismo,
a Eletrodinâmica Quântica, só que nesse caso existe um truque, conhecido como Renormalização, que permite eliminar esses
infinitos. O problema é que foi provado que esse truque não funciona para a Gravidade Quântica - ela é dita "não-renormalizável".
A teoria de cordas e a gravidade quântica de loop surgiram como tentativas de encontrar outros tipos de teoria quântica
da gravidade que não tivessem esse problema.
O que esse tal de Horava mostrou, foi que é possível fazer uma teoria quântica da gravidade que seja renormalizável, só que para
isso é preciso nos livrarmos da invariância de Lorentz, pelo menos a pequenas distâncias.
Pelo menos foi o que entendi. Isso está bem além do meu nível.