Autor Tópico: Queremos dividir o Brasil?  (Lida 1183 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

Offline O Grande Capanga

  • Nível 39
  • *
  • Mensagens: 3.872
Queremos dividir o Brasil?
« Online: 03 de Setembro de 2009, 17:05:29 »
Queremos dividir o Brasil?

"Não", é a resposta que resulta da leitura de Uma Gota de Sangue, de Demétrio Magnoli, um livro ambicioso que investiga as origens ideológicas das cotas raciais

"Cada homem é uma raça." A frase, título de um livro do escritor moçambicano Mia Couto, sintetiza a ideia de que cada indivíduo tem sua história, seu repertório cultural, seus desejos, suas preferências pessoais e, é claro, uma aparência física própria que, no conjunto, fazem dele um ser único. Rótulos raciais são, portanto, arbitrários e injustos. Mia Couto, com sua concepção universalista da humanidade, é citado algumas vezes em Uma Gota de Sangue – História do Pensamento Racial (Contexto; 400 páginas; 49,90 reais), do sociólogo paulistano Demétrio Magnoli, recém-chegado às livrarias. Trata-se de uma dessas obras ambiciosas, raras no Brasil, que partem de um esforço de pesquisa histórica monumental para elucidar um tema da atualidade. Magnoli estava intrigado com o avanço das cotas para negros no Brasil e resolveu investigar a raiz dessas medidas afirmativas. O resultado é uma análise meticulosa da evolução do conceito racial no mundo. Descobre-se em Uma Gota de Sangue que as atuais políticas de cotas derivam dos mesmos pressupostos clássicos sobre raça que embasaram, num passado não tão distante, a segregação oficial de negros e outros grupos. A diferença é que, agora, esse velho pensamento assume o nome de multiculturalismo – a ideia de que uma nação é uma colcha de retalhos de etnias que formam um conjunto, mas não se misturam. É o racismo com nova pele.



Em todos os povos ou períodos da história, a sensação de pertencimento a uma comunidade sempre foi construída com base nas diferenças em relação aos que estão de fora, "os outros". Muitas tribos indígenas brasileiras, por exemplo, chamam a si próprias de "homens" ou "gente" e denominam pejorativamente integrantes de outros grupamentos – esses são "seres inferiores" ou "narizes chatos". O filósofo grego Aristóteles considerava a "raça helênica" superior aos outros povos. Mas até o Iluminismo, no século XVIII, a humanidade não recorreu a teses raciais para justificar a escravidão – tratava-se de uma decorrência natural de conquistas militares. A postulação de que todos os homens nascem livres e iguais criou, porém, uma reação: a fim de embasar o domínio de povos europeus e seus descendentes sobre as populações colonizadas ou escravizadas, começou-se a elaborar uma divisão sistemática de raças, com pretensões científicas. No século XIX, esse pensamento atingiu seu ápice, com a apropriação das teses darwinistas de seleção natural. Os teóricos do racismo científico trataram de estabelecer hierarquias entre os grupos humanos com base em fundamentos biológicos. Com a gradual abolição da escravidão, o racismo científico foi usado para justificar o imperialismo ocidental na África e na Ásia.

Magnoli descreve como duas visões de mundo opostas estiveram em constante tensão ao longo da história mundial recente. A primeira crê numa espécie humana dividida em raças que se distinguem por ancestralidades diferentes, expressas em traços físicos e culturais. Os arautos dessa ideia podem ser chamados, genericamente, de racialistas. A segunda visão, antirracialista, nega a separação da humanidade em categorias inventadas e acredita no princípio da igualdade entre as pessoas. Representam a linha de pensamento antirracialista personalidades como o líder sul-africano Nelson Mandela e os americanos Frederick Douglas, abolicionista do século XIX, e Martin Luther King, líder do movimento em defesa dos direitos civis. Entre os racialistas, figuram o presidente dos Estados Unidos Theodore Roosevelt, o ditador alemão Adolf Hitler e o ativista negro americano Malcolm X. O exemplo do regime de Hitler na Alemanha não aparece no livro para tentar provar a tese de que todo pensamento racialista leva ao genocídio, o que obviamente não é verdade, mas para demonstrar o extremo a que se pode chegar quando o estado impõe critérios de raça. A crença de Theodore Roosevelt e outros governantes na supremacia dos brancos sobre os negros não levou a uma política de extermínio, como ocorreu na Alemanha. Para Magnoli, a explicação está nas diferenças fundamentais entre o racismo nazista e aquele predominante em outros países. A principal delas é que, na Alemanha, o racismo combinou-se a um nacionalismo extremado e ao ódio obsessivo em relação aos judeus. Esse contexto levou à busca pela "solução final" – a expulsão em massa seguida da eliminação física dos judeus.


LUTA DE CASTAS
Polícia reprime protesto de gujares, na Índia, em junho de 2008. O grupo étnico pediu para ser rebaixado no sistema de castas para ganhar cotas no serviço público


Em sua origem, a tese da purificação racial adotada pelos nazistas foi influenciada pelo movimento eugenista americano, que teve seu auge nas primeiras décadas do século XX. Os eugenistas defendiam o melhoramento genético da população por meio de políticas que impedissem indivíduos considerados inferiores de se reproduzir. Tais medidas, por sua vez, só podiam ser tomadas com a classificação sistemática da população segundo critérios hereditários, entre os quais a raça. Atualmente, com o conhecimento que se tem do DNA humano, a tese de que a humanidade pode ser dividida em raças foi relegada ao ridículo. "O ser humano tem 25.000 genes, dos quais não mais de trinta definem a cor da pele e dos olhos, o formato do rosto, o tamanho do nariz e a textura do cabelo, entre outras características morfológicas", explica o geneticista Sérgio Pena, da Universidade Federal de Minas Gerais. Ou seja, na imensidão do genoma humano, os aspectos físicos geralmente usados para classificar as raças não representam nada. Do ponto de vista genético, pode haver mais diferenças entre dois africanos do que entre um deles e um europeu nórdico.

O fato de a ciência concluir que as raças não existem como conceito biológico cria uma dificuldade para os defensores da discriminação reversa (o outro nome para as cotas): inviabiliza a tentativa de usar critérios objetivos para decidir quem pode ou não ser beneficiário de privilégios no vestibular, no mercado de trabalho ou em licitações públicas. Essa dificuldade, aliás, sempre existiu nos países que legislaram com base em raça, mesmo quando esse conceito ainda era considerado uma verdade científica. Nos Estados Unidos, por exemplo, criou-se a regra da gota única de sangue – daí o título do livro de Magnoli –, segundo a qual qualquer indivíduo era considerado negro se tivesse um antepassado de origem africana, por mais longínquo que fosse. Em muitos estados americanos, esse foi o critério para as leis segregacionistas que proibiam, entre outras coisas, que brancos e negros casassem entre si, frequentassem a escola juntos ou até mesmo se servissem do mesmo bebedouro. O sistema americano de classificação de raças sempre omitiu a categoria "mestiços", como se fosse possível existir algum grau de pureza dentro de grupos populacionais. A rotulação oficial nos Estados Unidos é até hoje tão arbitrária que divide os cidadãos segundo critérios de cor de pele (brancos e negros), linguísticos (hispânicos) e geográficos (asiáticos). Durante o infame regime do apartheid na África do Sul, que fez dos não brancos cidadãos de segunda classe até 1994, os funcionários do estado passavam um pente ou lápis no cabelo das pessoas para, dependendo do grau de crespidão, classificá-las como negras ou coloured (mestiças). O método criava situações absurdas como a de membros da mesma família recebendo rótulos distintos.

Uma Gota de Sangue alerta para o que ocorre quando um estado se mete a catalogar a população segundo critérios raciais com o objetivo de, a partir deles, elaborar políticas públicas: pouco a pouco, os próprios cidadãos passam a acreditar naquela divisão e se veem obrigados a defender interesses de gueto. Isso cria conflitos políticos e rancor, inclusive nas situações em que as leis tentam beneficiar um grupo antes segregado. É o caso da Índia, país com o maior programa de cotas do mundo. O complexo sistema indiano de castas, tornado oficial pelo imperialismo inglês no século XIX, levou a que o governo daquele país, na década de 50, concedesse privilégios ao grupo dos intocáveis, ou dalits, e a "outras classes retardatárias" – expressão contida no texto constitucional do país. Uma forma de tentar compensá-los das injustiças sofridas no passado. O resultado é que eles passaram a ser invejados. Em 2008, os membros da etnia gujar, do norte da Índia, entraram em choque com a polícia, em protestos que mataram quatro dezenas de pessoas, para pedir o próprio rebaixamento no sistema de castas. Sua reivindicação: também serem considerados inferiores o suficiente para ganhar cotas no serviço público e em universidades. Conseguiram.

No livro de Magnoli, emerge como um desvio estranho a tentativa de instituir uma classificação oficial de raças no Brasil, país cuja identidade nacional foi construída sobre a ideia da mestiçagem. Não se trata de mito: análises genéticas da população demonstram que o DNA de um brasileiro tem, em média, proporções iguais de heranças maternas de origem europeia, africana e ameríndia. Magnoli argumenta que é exatamente essa realidade mestiça que os defensores das ações afirmativas querem destruir, ao tentar somar todos os que se consideram "pardos" à categoria de "negros". Para os ativistas da negritude, a identidade racial é, na verdade, questão ideológica. Isso explica por que uma das principais perguntas feitas aos candidatos às cotas no Brasil é se já se sentiram discriminados. Resposta correta para conseguir a vaga: sim. A baiana Sabynne Christina Silva Regis preferiu não mentir e, em entrevista de seleção do Itamaraty para uma bolsa de estudos para "afrodescendentes", disse nunca ter sido vítima de preconceito racial. Ela está convicta de que isso lhe custou a vaga. Que uma pessoa se considere "parda" não basta aos racialistas brasileiros. "O que se quer é açular a luta de classes – e, nesse contexto, a mestiçagem é incômoda porque elimina a polarização política com base em raça", diz Leão Alves, secretário-geral da ONG Nação Mestiça, com sede em Manaus.

A ideia de que existem raças é um anacronismo que não condiz com a tradição brasileira e com as mudanças que vêm ocorrendo no mundo civilizado. Barack Obama, presidente do país que inventou a regra da gota única de sangue, define-se não como negro, mas como mestiço. E não deixa de ser curioso que, se fosse brasileiro, isso talvez o impedisse de ganhar uma bolsa no Itamaraty. O filósofo Kwame Anthony Appiah, especialista em estudos afro-americanos da Universidade Princeton, nos Estados Unidos, colocou a questão nos seguintes termos, em entrevista a VEJA: "O estado brasileiro pode não ter ajudado os descendentes dos escravos a sair da pobreza, mas pelo menos jamais os discriminou ativamente, como ocorreu nos Estados Unidos. Isso faz uma grande diferença. Adotar políticas raciais, agora, significaria criar no Brasil uma minoria com privilégios. Em democracias, a existência de minorias com tratamento especial quase sempre resulta em encrenca. A pergunta que os brasileiros deveriam se fazer é: isso vale a pena?". Uma Gota de Sangue, de Demétrio Magnoli, contribui para que se responda: não, não e não.

RAÇA COMO IDEOLOGIA



Desde 2002, o Itamaraty mantém um programa de bolsa de estudos, no valor de 25 000 reais, para "afrodescendentes" que pretendem seguir carreira diplomática. A bióloga Mariama da Silva, de 26 anos, de São Paulo, e a veterinária Sabynne Regis, de 35 anos, de Salvador, inscreveram-se no programa em 2005. "Durante o processo de seleção, contei como é viver neste país, onde o preconceito é velado", diz Mariama (à esquerda). Sabynne (à direita) não abordou a questão racial. "Os avaliadores queriam ouvir uma situação de discriminação, mas eu não tinha nada para contar", diz ela. Mariama ganhou a bolsa; Sabynne, não. O edital para o programa não faz segredo sobre os critérios ideológicos de seleção: "a experiência como negro" do candidato está no topo da lista de prioridades

"Esse caminho conduzirá a uma carteira de identidade racial"

O sociólogo Demétrio Magnoli, autor de Uma Gota de Sangue, conversou com VEJA


O AUTOR
Magnoli diz que os defensores das cotas querem criar um racismo de massas no Brasil


O senhor escreveu, certa vez, que ficou incomodado ao deparar com o item "raça" no formulário de matrícula da escola de sua filha. Por quê?
Porque esse é o primeiro documento público no Brasil que compulsoriamente associa as pessoas nominalmente a uma raça. É um documento diferente das pesquisas anônimas do censo demográfico. No caso da matrícula escolar, ao se associar um nome a uma raça, repete-se uma prática fundamental das políticas raciais no mundo inteiro, desde o século XIX. Não vejo nenhum dilema político em que as pessoas, na esfera privada, imaginem participar de uma raça. É um direito de cada um criar identidades próprias. O problema é quando o estado cria e impõe um rótulo às pessoas. No caso das matrículas, isso foi feito através de uma norma do Ministério da Educação (MEC), válida para escolas públicas e privadas. Os pais devem declarar a "raça" de seus filhos. Hoje, todos os formulários de saúde e educação no país têm esse item. O Brasil está oficializando as identidades raciais.

Qual é o perigo?
A função desse conjunto de documentos é impingir aos cidadãos uma marca racial da qual não poderão fugir e que depois terá efeitos práticos em sua vida, no vestibular ou no mercado de trabalho. Estamos trilhando um caminho que conduzirá a uma carteira de identidade racial.

Quem ganha com isso?
Em todos os lugares em que foi aplicado esse tipo de medida, formaram-se elites políticas sustentadas sobre bases raciais. Seu interesse é ganhar influência, votos e audiência social. No Brasil, os promotores dessas políticas imaginam que o racismo brasileiro leva as pessoas a "negar a sua verdadeira raça". Para eles, incentivos oficiais, vagas em universidades e cotas no mercado de trabalho vão ajudar os mestiços a "assumir a sua negritude" – frase que se ouve a toda hora. Pretende-se com isso criar uma larga base social para que os promotores das políticas raciais se ergam como lideranças políticas. Eles querem criar um racismo de massas, algo que não existe no Brasil. Há, sim, um racismo difuso, mas não um ódio racial de massas.

Por que essa agenda foi adotada pelo Partido dos Trabalhadores?
Porque o partido mantém relações com ONGs que promovem tais políticas, muitas por influência de entidades filantrópicas americanas. Como não têm apoio popular, as ONGs precisam se atrelar a um partido para ganhar representatividade e exercer pressão sobre o estado. Embora hoje o PT seja a principal agremiação a conduzir essa bandeira, vale lembrar que as políticas raciais começaram com o PSDB, durante a Presidência de Fernando Henrique Cardoso.

O que é avaliado de verdade na hora de conceder cotas?
No estado racial, as pessoas têm de demonstrar uma identidade e assumi-la. Os desviantes são aqueles que se recusam a fazê-lo. Como não existe ninguém "verdadeiramente negro", assim como não existe "verdadeiramente branco", o que se tenta avaliar é, no fundo, a ideologia. Entre pessoas igualmente pardas, ganha a vaga aquela que se diz vítima de discriminação. Essa resposta é associada a uma ideologia da negritude que serve de critério para as comissões universitárias decidirem sobre a distribuição de cotas. É quase o mesmo que beneficiar no vestibular os alunos que estão de acordo com as ideias de determinado partido.

A criação de um racismo de massas é um caminho sem volta?
Volta sempre existe, mas é preciso saber a que custo. Em Ruanda, pagou-se o preço de um genocídio. Posteriormente, o estado ruandês decidiu proibir a classificação racial da população. Se o Brasil insistir nas políticas raciais e se elas se tornarem enraizadas, coisa que ainda não ocorreu, a sociedade vai pagar um preço alto, impossível de prever.



http://veja.abril.com.br/020909/queremos-dividir-brasil-p-88.shtml

Offline Madame Bovary

  • Nível 14
  • *
  • Mensagens: 315
  • Sexo: Feminino
  • "Há meros devaneios tolos a me torturar..."
Re: Queremos dividir o Brasil?
« Resposta #1 Online: 06 de Setembro de 2009, 14:14:52 »
É incrível como essa nossa imprensa é parcial (e ainda insistem que são imparciais). Por que a Veja não coloca em suas páginas alguém que seja a favor das cotas raciais, para que possa expôr suas ideias também?

De qualquer forma, concordo em partes com o Magnoli. Mas achar que são as cotas que vão criar um problema de racismo (que já existe) - divisão - é demais. É como aquele livro brilhante ( ::)) "Não somos racistas".

De qualquer forma, sou contra cotas raciais. Se for assim, os indígenas também deveríam entrar com a mesma força que os negros. Pra piorar, como disse o Magnoli: como a pessoa sabe se é negra? Branca? Será que ela vai se "tornar" negra só por conveniência, para entrar na universidade? Bastante provável.

Tem que implantar as cotas sociais. Não faz sentido colocar um negro rico na universidade e deixar o branco pobre fora.
.
Olho, e as coisas existem.
Penso e existo só eu.

.

Skoob

Filmow

Offline Nina

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 5.805
  • Sexo: Feminino
    • Biociência.org
Re: Queremos dividir o Brasil?
« Resposta #2 Online: 06 de Setembro de 2009, 18:00:42 »
Me desculpem os pró-cotas, mas eu continuo achando que quem deve entrar na universidade é o aluno mais bem preparado, independente da cor da pele.
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

Offline Vito

  • Webmaster
  • Nível 37
  • *
  • Mensagens: 3.554
  • Sexo: Masculino
    • Realidade
Re: Queremos dividir o Brasil?
« Resposta #3 Online: 06 de Setembro de 2009, 19:11:57 »
Me desculpem os pró-cotas, mas eu continuo achando que quem deve entrar na universidade é o aluno mais bem preparado, independente da cor da pele.
2.
Eu já escrevi a redação o fim conclusão. Só servem alunos mais preparados para entrar na universidade.
Lembrando que a política universidade é meritocracia. :ok:

Offline Dodo

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 5.304
Re: Queremos dividir o Brasil?
« Resposta #4 Online: 06 de Setembro de 2009, 20:04:32 »
Alguém leu o livro para não ficarmos apenas com a opinião da Veja? Ela pode ser resumida da seguinte maneira: PT prepara guerra racial para se manter no poder.

Você é único, assim como todos os outros.
Alfred E. Newman

Offline Dodo

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 5.304
Re: Queremos dividir o Brasil?
« Resposta #5 Online: 07 de Setembro de 2009, 10:23:55 »
[
O senhor escreveu, certa vez, que ficou incomodado ao deparar com o item "raça" no formulário de matrícula da escola de sua filha. Por quê?
Porque esse é o primeiro documento público no Brasil que compulsoriamente associa as pessoas nominalmente a uma raça. É um documento diferente das pesquisas anônimas do censo demográfico. No caso da matrícula escolar, ao se associar um nome a uma raça, repete-se uma prática fundamental das políticas raciais no mundo inteiro, desde o século XIX. Não vejo nenhum dilema político em que as pessoas, na esfera privada, imaginem participar de uma raça. É um direito de cada um criar identidades próprias. O problema é quando o estado cria e impõe um rótulo às pessoas. No caso das matrículas, isso foi feito através de uma norma do Ministério da Educação (MEC), válida para escolas públicas e privadas. Os pais devem declarar a "raça" de seus filhos. Hoje, todos os formulários de saúde e educação no país têm esse item. O Brasil está oficializando as identidades raciais.

Volta e meia preciso atualizar meus dados pessoais para o MEC (sou funcionário público) e no formulário vem escrito RAÇA.

Como assim a matrícula da filha dele é o PRIMEIRO documento público a associar as pessoas a uma raça?  :?

A propósito, só para constar, eu rabisquei o documento e não declarei minha raça (para matar a curiosidade: faço parte da espécie humana), daí me enviaram um email explicando o porquê dos termos raça no formulário.  :hihi:
« Última modificação: 07 de Setembro de 2009, 10:27:39 por Dodo »
Você é único, assim como todos os outros.
Alfred E. Newman

Offline Dr. Manhattan

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.342
  • Sexo: Masculino
  • Malign Hypercognitive since 1973
Re: Queremos dividir o Brasil?
« Resposta #6 Online: 07 de Setembro de 2009, 15:50:43 »
Volta e meia preciso atualizar meus dados pessoais para o MEC (sou funcionário público) e no formulário vem escrito RAÇA.

Como assim a matrícula da filha dele é o PRIMEIRO documento público a associar as pessoas a uma raça?  :?

A propósito, só para constar, eu rabisquei o documento e não declarei minha raça (para matar a curiosidade: faço parte da espécie humana), daí me enviaram um email explicando o porquê dos termos raça no formulário.  :hihi:

Quando fui preencher os formulários de minha nomeaçao como professor, havia um quadrinho escrito: COR.
Deixei em branco, mas depois me arrependi: poderia ter sido mais criativo e escrito VERDE ABACATE, LILÁS,
AZUL COM BOLINHAS LARANJAS...  ou, o que teria sido melhor: NAO É DA SUA CONTA!

Governo idiota!  :x
You and I are all as much continuous with the physical universe as a wave is continuous with the ocean.

Alan Watts

Offline Andre

  • Nível 39
  • *
  • Mensagens: 4.072
  • Sexo: Masculino
    • Aletéia
Re: Queremos dividir o Brasil?
« Resposta #7 Online: 07 de Setembro de 2009, 15:54:38 »
Na minha faculdade pediram, eu deixei em branco também.
Se Jesus era judeu, então por que ele tinha um nome porto-riquenho?

Offline Pellicer

  • Nível 21
  • *
  • Mensagens: 703
  • Sexo: Masculino
Re: Queremos dividir o Brasil?
« Resposta #8 Online: 07 de Setembro de 2009, 23:24:28 »
Na minha faculdade pediram, eu deixei em branco também.

Eu colocaria como raça humano. Eu não sou elfo, hobbit, anão, klingon…

Offline _tiago

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.343
Re: Queremos dividir o Brasil?
« Resposta #9 Online: 08 de Setembro de 2009, 10:07:06 »
Se forem dividir o Brasil eu quero meu pedaço, um bom lugar onde eu possa ser rei. De preferência, pra que anotem meu pedido, que venha com um harém, que todo governante precisa de distração. Por enquanto é só. 

Offline Südenbauer

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 10.297
  • Sexo: Masculino
Re: Queremos dividir o Brasil?
« Resposta #10 Online: 08 de Setembro de 2009, 15:26:52 »
Na minha faculdade pediram, eu deixei em branco também.

Eu colocaria como raça humano. Eu não sou elfo, hobbit, anão, klingon…
Mas hobbit é uma boa resposta. :lol:

Offline Gaúcho

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 15.288
  • Sexo: Masculino
  • República Rio-Grandense
Re: Queremos dividir o Brasil?
« Resposta #11 Online: 08 de Setembro de 2009, 19:10:18 »
É uma boa, mesmo. Na próxima vou colocar algo do tipo Meio-elfo e vou rabiscar uns "Classe" e "Level", ao lado.
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Madame Bovary

  • Nível 14
  • *
  • Mensagens: 315
  • Sexo: Feminino
  • "Há meros devaneios tolos a me torturar..."
Re: Queremos dividir o Brasil?
« Resposta #12 Online: 11 de Setembro de 2009, 14:40:37 »
Mas qual é o problema em declarar a sua etnia? Eu não vejo problema nisso.

Óbvio que somos todos da mesma raça e o fato de manifestarmos nossas diferenças não atrapalharia em nada, na minha opinião.

Acho que é um pouco de pergunta mal formulada ("qual é a sua raça?") mais a nossa pouca força de vontade em entender o que está sendo perguntado.
.
Olho, e as coisas existem.
Penso e existo só eu.

.

Skoob

Filmow

Offline O Grande Capanga

  • Nível 39
  • *
  • Mensagens: 3.872
Re: Queremos dividir o Brasil?
« Resposta #13 Online: 14 de Setembro de 2009, 01:43:39 »
Trazendo a discussão de outro fórum: http://www.e-cristianismo.com.br/pt/atosforum/viewtopic.php?f=30&t=503&start=0

Citação de: Hélio
Como Demétrio Magnoli me dá náuseas, a combinação dele com a super isenta Veja pode ser mortal para mim  :mrgreen:

Portanto, dei um lidão assim por alto, bem leitura dinâmica mesmo pra não engasgar com as bobagens que ele escreve...

Primeiro... uma pegadinha clássica dos reaças que atacam as cotas.... o título já diz tudo... "Queremos dividir o Brasil?"

helloooooooooooooo!

O BRASIL JÁ TÁ DIVIDIDO FAZ TEMPO....

é sempre essa baboseira pra desviar a atenção da realidade.... a política de cotas "vai dividir o Brasil", "vai gerar racismo"...

hellooooooooooooooo!

o Brasil já tá dividido e é um país racista SIM!

Aí vem aquela anta do diretor de jornalismo da Globo, cujo nome me recuso a pronunciar, a escrever o livro "Não Somos Racistas"...

ah tá... então a Madonna continua virgem, a Britney Spears não pirou, o Michael não morreu....

Agora, da leitura dinâmica que eu fiz desse textículo, o erro crasso que o Magnólico tenta esconder, mas fica claro na leitura dinâmica, é o seguinte: se você reparar bem, o que ele está propondo é que não deve haver uma política nova, pós-Segunda Guerra, pós-anos 60, para a questão racial no mundo, ou seja, se não deu certo na Antiguidade, na Idade Média, se o ser humano é racista por natureza (é isso mesmo o que ele diz nas entrelinhas, repare), então não adianta nada avançar na questão racial, daí a proposta dele de simplesmente ignorar que o problema existe... perceberam? é o mesmo raciocínio circular idiota: já que não existe racismo, não devem existir cotas raciais... só que existe racismo, e o que o Demétrico quer mesmo é que uma meia dúzia de privilegiados continuem encastelados no topo da pirâmide social, enquanto a plebe negra e ignara fica lá na base, carregando os tijolos pra galera do andar de cima.... de preferência sem dar um pio...

E o cara é tão intelectualmente *x*censurado*-* que ele simplesmente não fala nada de John Rawls, que é o grande papa da ação afirmativa, em sua obra prima "Uma Teoria da Justiça".... é a mesma coisa que alguém querer falar de astronomia sem citar uma vez sequer Copérnico, Kepler ou Galileu.... então, ao lixo com este artiguinho de *&#*&¨@*&¨!%

Citação de: Hélio
Apenas pra sugerir a este babaca asqueroso que leia John Rawls, se é que ele quer ser levado a sério, leiam o texto abaixo, do site Educaterra.

Ah, e antes que me acusem de ad hominem contra o (hirc!) Magnoli, esse é o estilo pessoal dele quando debate com quem discorda dele... como ele trata assim seus oponentes, então já vou logo chutando o pau da barraca....

[size=170]
John Rawls: equidade e igualdade[/size]


[size=115]Se a pregação de Rawls a favor da limitação dos benefícios obtidos pelos mais talentosos desgosta a maioria dos teórico conservadores (é injusto retirar do talentoso as vantagens legítimas adquiridas por ele), a questão da equidade sobrepor-se como um sucedâneo a igualdade, fere os princípios dos teóricos democráticos mais radicais. Aparentemente ele descarta a possibilidade de haver uma distribuição dos bens igual para todos. Rawls aposta mais na eficácia equidade para aparar os feitos negativos da desigualdade.

Por mais que a sociedade liberal tenha proclamado ao longo dos tempos seu em empenho em favor da igualdade de oportunidades para todos, e na difusão universal dos direitos de cidadania, sabe-se que, na prática isso não ocorre. Um simples vislumbre da paisagem social existente na maioria dos países democráticos confirma que as afirmações pró-igualdade, alardeadas por todos, prendem-se mais à retórica do que à realidade. Evidentemente que pode-se superar isso, e a história assim o demonstrou, pela aplicação revolucionária de uma igualdade imposta pela violência ou pelo terror político, na qual todos terão acesso as mesmas coisas. Isso, porém, além de ter-se verificado inviável ou impraticável numa sociedade democrática, comete uma outra injustiça, visto que desconsidera as vantagens legitimas obtidas pelos talentosos e os bem sucedidos em geral.

Equidade e altruísmo

A correção das injustiças sociais, por conseguinte, somente poderia advir da prática de uma politica visando a equidade, claramente localizada e pontual. Não de uma revolução social. Verificado-se qual o setor social menos favorecido (em razão da raça, sexo, cultura ou religião), mecanismos legislativos compensatórios entrariam em ação para buscar reparar, pela lei e com o consentimento geral, as injustiças cometidas. É certo que isso requer a suspensão temporária dos direitos de todos os demais, especialmente dos bem sucedidos, mas, como acreditava Kant, a Billigkeit, a equidade deve ser, antes de tudo, reivindicada no tribunal da consciência e não nos tribunais comuns. A sociedade num todo avançaria então gradativamente identificando aqui e a ali as correções sociais a serem feitas, agindo cirurgicamente no sentido de superá-las pela lei , aplicada simultaneamente ao apelo constante ao altruísmo dos better off, não no sentido de uma inatingível igualdade absoluta, como era o desejo dos radicais socialistas, mas na direção da mais justa possível a ser alcançada dentro das normas de uma democracia liberal moderna..

Invertendo Platão

A sociedade justa para Platão era aquela que alocava cada um dos seus integrantes segundo suas aptidões verificadas (inteligência, coragem ou apetite), cabendo o seu governo aos mais qualificados: os filósofos. Por conseguinte, sua visão favorecia um regime dominado, digamos, dos mais técnicos, dos mais talentosos e inteligentes (comumente aceita-se de que Platão teria sido o pai da tecnocracia moderna). Rawls inverte tal propósito. Como vimos, uma sociedade realmente justa para ele, sem que se descurasse da importância dos talentosos, é aquela que funciona em favor dos destituídos.

Conclusão essa que choca-se frontalmente com a muito difundida concepção darwinista dos norte-americanos que divide a sociedade entre vencedores (winners) e perdedores (losers). Como poderiam eles aceitar - numa cultura que celebra o vencedor mais do que qualquer outra que se conheça - uma doutrina voltada preferencialmente a favor dos desvalidos, dos que não tiveram condições de seguir na competição, ou foram alijados dela, mesmo que o objetivo seja nobre visando corrigir um erro do passado? Seja como for,a Teoria da Justiça serve hoje como inspiração para a maior parte dos reformadores sociais em atividade.
[/size]

Citação de: Hélio
Outro bom artigo, em .pdf, refutando bobagens como as magnolísticas, está disponível no link abaixo:

http://br.geocities.com/eticaejustica/politicasafirmativas.pdf

Agora, engraçado mesmo foi ele associar raça à ideologia, como se o discurso dele não fosse ideológico, a ideologia da dominação da meia-dúzia de poderosos sobre a plebe ignara, na base do "deixa tudo como está..."

ah.... me poupe, vai...

Citação de: Gustavo
Permitam-me também contribuir com o tema, postando parte de um artigo que acabei me deparando em minhas pesquisas...

Citar
No caso da educação superior, a opção por critérios sociais ou raciais tangencia ainda outra polêmica: a questão do mérito e da qualidade. Com relação às tensões e acomodações em torno da defesa da qualidade e da igualdade como valores essenciais de uma universidade de excelência, as medidas utilizadas pela UC ao longo das últimas décadas evidenciaram que não só é possível conciliá-los como também eles se tornaram indissociáveis e impregnam de sentido aquilo que é a instituição hoje. Certamente houve críticas e preocupações quanto à queda na qualidade de seus cursos, mas estas foram respondidas com medidas equilibradas na seleção dos alunos e nos programas de acompanhamento nos cursos, fazendo com que a UC se mantivesse sempre entre as
melhores universidades do país. A Universidade do Texas, em Austin, também percebeu que admitir alunos com notas abaixo da média em testes padronizados como o SAT não prejudicou seu desempenho nos cursos nem diminuiu a imagem da instituição perante a comunidade. Chegou
a observar, antes, que os estudantes admitidos pelo Plano dos 10% até superaram seus colegas.
Para além da questão do desempenho, estudos realizados desde os anos de 1970 nos Estados Unidos já mostravam que estudantes negros possuíam, quando em universidades seletivas, menores taxas de evasão (Austin, 1970), maiores taxas de conclusão de estudos (Kane, 1998;
Karabel, 1998) e ganhos salariais futuros equivalentes aos de seus colegas brancos (Kane, 1998). Ou seja, quando consideramos as instituições que utilizam preferências raciais na seleção dos candidatos, em geral as mais concorridas, o impacto sobre estudantes negros é melhor que nas demais. Esses estudos indicam que as políticas de ação afirmativa têm beneficiado os alunos negros, e não o inverso.
Como afirmou o reitor da Universidade da Califórnia em 1979, avaliar por meio de testes padronizados a capacidade acadêmica de candidatos cuja trajetória educacional é caracterizada pela superação de adversidades que suas condições de vida lhes impuseram nem sempre é a
medida mais adequada nem a que melhor prediz o desempenho desses candidatos nos cursos superiores. Esses que chegam às portas do ensino superior trazem consigo a marca da persistência e perseverança diante das “profecias que se auto-realizam” encontradas ao longo da vida, um traço
de caráter importante e necessário àqueles que desejam enfrentar um curso superior.
Universidades como a da Califórnia e a do Texas em Austin redefiniram sua concepção de mérito, tornando-a mais inclusiva, à medida que contemplaram na escolha de candidatos a avaliação da capacidade de superar dificuldades e obstáculos que encontraram na vida, o que teria demandado desses candidatos um esforço maior que aquele dispensado por outros que experimentaram condições mais favoráveis. Balanços preliminares realizados pela Universidade Estadual da Bahia
(UNEB) e pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) no início de 2004 mostram que essa escolha pode trazer resultados positivos semelhantes no Brasil. Na UERJ, por exemplo, 49% dos alunos ingressantes pelo sistema de cotas teriam passado de ano sem nenhuma dependência,
contra 47% dos alunos escolhidos pelo sistema vestibular. A evasão entre os alunos negros, no primeiro ano, foi de 5% e entre os demais alunos, de 9%. Na UNEB, a evasão entre os alunos negros também foi menor: 1,9% contra 2,7% (Souza, 2004).
Discute-se hoje, nos vários projetos de reforma para o ensino superior brasileiro, a importância do compromisso social das instituições de ensino superior e a redefinição de mecanismos de acesso e permanência com o objetivo de garantir a estas um caráter mais inclusivo e eqüitativo. A preocupação com os estudantes oriundos de escolas públicas, negros e indígenas está contemplada nas propostas, assim como a possibilidade de utilização de políticas de ação afirmativa e o sistema de cotas. Contudo, para podermos avançar nesse debate, faz-se necessário, antes, incorporarmos
uma redefinição também inclusiva do que as instituições estão entendendo por mérito, ou seja, que em vez de oporem maior igualdade no acesso à continuidade da qualidade oferecida tomem-na como parte desta. O mérito passaria a significar, então, a capacidade que os estudantes têm de, em condições adversas, superarem as dificuldades encontradas por meio do esforço realizado, mesmo que os resultados ainda não sejam os mesmos que os daqueles estudantes que se encontravam em situações bem mais favoráveis. O mérito concebido com medida justa do empenho de cada um. Para além de uma mera retórica, essa concepção tem se mostrado não só necessária, diante das desigualdades de oportunidades de acesso existentes, mas também viável, como indicam os resultados positivos alcançados pelas instituições que utilizaram programas de ação afirmativa.

Fonte: http://www.scielo.br/pdf/es/v25n88/a06v2588.pdf

Citação de: Moisés
Neste link, está o caso da menina que teve a matrícula cancelada:

http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/inquisicao-racial-495129.shtml

Offline Diegojaf

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 24.204
  • Sexo: Masculino
  • Bu...
Re: Queremos dividir o Brasil?
« Resposta #14 Online: 14 de Setembro de 2009, 09:15:43 »
No formulário de Boletins de Ocorrência é "Cútis". Amarela, Branca, Negra e Parda.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Barata Tenno

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 16.283
  • Sexo: Masculino
  • Dura Lex Sed Lex !
Re: Queremos dividir o Brasil?
« Resposta #15 Online: 14 de Setembro de 2009, 10:55:16 »
No B.O. faz sentido ter que especificar a cor, na matricula escolar não....
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline Diegojaf

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 24.204
  • Sexo: Masculino
  • Bu...
Re: Queremos dividir o Brasil?
« Resposta #16 Online: 14 de Setembro de 2009, 11:03:14 »
No B.O. faz sentido ter que especificar a cor, na matricula escolar não....

Obviamente você não conhece algumas escolas públicas... :lol:
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Barata Tenno

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 16.283
  • Sexo: Masculino
  • Dura Lex Sed Lex !
Re: Queremos dividir o Brasil?
« Resposta #17 Online: 14 de Setembro de 2009, 11:19:11 »
No B.O. faz sentido ter que especificar a cor, na matricula escolar não....

Obviamente você não conhece algumas escolas públicas... :lol:
Imagino que em algumas o BO e a matricula já são preenchidos juntos....he he he
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline Dodo

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 5.304
Re: Queremos dividir o Brasil?
« Resposta #18 Online: 14 de Setembro de 2009, 11:55:24 »
No formulário de Boletins de Ocorrência é "Cútis". Amarela, Branca, Negra e Parda.

Quando me alistei também tinha essa opção no formulário.
Você é único, assim como todos os outros.
Alfred E. Newman

Offline Marcelo1971

  • Nível 02
  • *
  • Mensagens: 22
  • Sexo: Masculino
Re: Queremos dividir o Brasil?
« Resposta #19 Online: 21 de Setembro de 2009, 07:54:45 »
Me desculpem os pró-cotas, mas eu continuo achando que quem deve entrar na universidade é o aluno mais bem preparado, independente da cor da pele.

Concordo. Não dá para resolver este problema consertando o telhado. Seria bem mais produtivo se, ao invés de brigarem por mais vagas na universidade, brigassem por mais dinheiro no ensino público fundamental.

 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!