Autor Tópico: Belém, a capital dos assaltos com reféns  (Lida 353 vezes)

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Belém, a capital dos assaltos com reféns
« Online: 05 de Setembro de 2009, 19:11:09 »
http://www.diariodopara.com.br/noticiafullv2.php?idnot=59304


Por cerca de duas horas e meia, oito reféns estiveram na mira de dois adolescentes sequestradores dentro de um escritório localizado no posto de combustível Bitar, no quilômetro 5 da BR-316, em Ananindeua. A dupla estava bastante alterada emocionalmente, o que deixava a negociação com o tenente da Polícia Militar, Marco Antônio, ainda mais tensa.

As quatro armas que a dupla portava, uma pistola e três calibres 38, balançavam em suas mãos e miravam a esmo. Agitados, pulavam e ameaçavam atirar. Pareciam estar sob o efeito de alguma droga. Em alguns momentos, riam da situação. A cena causava pânico nos vários curiosos que lotaram o local.

Três reféns foram liberados logo durante o início da negociação. Outros cinco permaneceram até o fim. Bastante emocionada, uma refém precisou ser amparada por policiais e depois pelo seu pai quando foi libertada. Ela chegou a ser carregada para dentro de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal, que deu apoio à operação.

EXIGÊNCIAS

Antes da libertação dos reféns, exigiram a presença da imprensa, coletes à prova de balas e presença de familiares. Com o grande engarrafamento na BR-316 devido à saída da cidade para o feriadão de 7 de setembro, o capitão Lucival Montalvão, da Ronda Tática Ostensiva (Rotam), conseguiu convencê-los de que não seria possível a chegada dos familiares. Apenas a mãe de um dos sequestradores foi ao posto de combustíveis.

“Eles perguntaram por mais um. Creio que havia um terceiro que fugiu”, disse o capitão sobre um terceiro homem que teria participado do assalto frustrado. Um caminhoneiro, que preferiu não se identificar, acompanhou toda a ação. Ele contou que havia um terceiro homem que fugiu.

“Eu tava sentado aqui na frente quando dois entraram e um ficou na porta conversando. Quando percebemos o movimento lá dentro, chamamos a polícia. Quando a polícia chegou, ele fugiu”, narrou.

A RENDIÇÃO

Quando se entregaram, um deles saiu com o rosto coberto. Por afirmarem que eram adolescentes, foram levados para a Divisão de Atendimento ao Adolescente (Data) para averiguação de suas identidades. Mais tarde foi confirmado que ambos têm 17 anos. A dupla já possui antecedentes criminais na Data.

>> Já são 85 casos em um ano

“Nos pegaram no susto. Estávamos conversando quando eles entraram e anunciaram o assalto. Eles eram bastante agressivos”, comentou uma das reféns, que se identificou apenas como Cecília.

Ela ficou por duas horas e meia sob a mira de um revólver enquanto os assaltantes negociavam a sua libertação. Dentro do pequeno escritório da empresa de transporte de materiais de construção, uma grande pilha de dinheiro ficou jogada ao chão, resultado do assalto frustrado.

DADOS

Esta caso é a 84ª situação de assalto com refém registrada na Grande Belém somente neste ano. Dados do comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar do Pará mostram que em 2007 apenas 22 casos de assalto com refém foram registrados na capital. Já em 2008, esse número aumentou para 34.

Porém, este ano houve um salto muito grande. Até o dia de ontem, em um pouco mais de sesi meses, foram contabilizados 84 casos, incluindo este último no posto de combustível.

Fazer as vítimas como escudos humanos em cercos policiais tem se tornado um procedimento comum na cena policial belenense. Apesar do quantitativo assustar, até o momento, nenhuma vítima teria saído ferida em uma situação de crise como essa. (Diário do Pará)
\"Deus está morto\"-Nietzsche

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