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Cristãos se unem contra BushLUCIANA COELHODA REDAÇÃO Eles se apresentam como um movimento popular e organizaram-se com o intuito de combater o fundamentalismo religioso na política. Afirmam que o governo -que já se disse detentor de uma missão divina- está levando o país para a direção errada e perdeu a conexão com a realidade. E a solução, defendem, é que as vozes moderadas, nos últimos tempos sobrepujadas pelos extremistas, voltem a se fazer ouvir. Seu local de ação? Estados Unidos da América.A Aliança Cristã para o Progresso surgiu há pouco mais de três semanas na Flórida, Estado que votou em George W. Bush e berço improvável para um movimento com reivindicações "liberais". Seus fundadores -um empresário do setor de saúde, um pastor presbiteriano e uma terapeuta mental- reivindicam os valores cristãos que afirmam terem sido "seqüestrados" e "distorcidos" pelo governo e sua maior base de apoio, a direita cristã. Até agora, reuniram mais de 800 pessoas dispostas a organizar grupos de ação pela causa em 37 dos 50 Estados americanos e e-mails de milhares de membros potenciais."Desde a eleição [presidencial] de 2004, a direita cristã, esses fundamentalistas religiosos, se apresenta como a única voz cristã na esfera pública e cala todas as demais", disse à Folha por telefone o reverendo Tim Simpson, um dos fundadores da aliança. "Esses valores religiosos não refletem o modo como entendemos o evangelho. Há milhões de americanos que são cristão mas têm valores totalmente diferentes."Entre esses valores, estão uma maior tolerância em relação ao aborto e o rechaço à idéia de criar uma emenda constitucional que proíba o casamento gay, bem como a defesa da educação sexual para os adolescentes."Não nos intimidamos em dar apoio a uma mulher que precise fazer aborto. O modo pelo qual precisamos reduzir o número de abortos é a educação e a prevenção", afirma Simpson.A posição quanto ao sexo na adolescência também se choca com o discurso da abstinência do governo. "Claro, não queremos adolescentes fazendo sexo -mas já que eles vão fazer mesmo, deveriam ser educados sobre como fazê-lo de modo saudável. Já a direita cristã está tão obcecada com as pessoas não fazerem sexo fora do casamento que perdeu o senso de proporção. Tornou-se ingênua."Rolo compressorO movimento começou tímido, mas aos poucos vem ganhando espaço na mídia e virando tópico de discussão. "Quando o tom da conversa mudar na mesa da cozinha, na máquina de café do escritório e no salão da igreja, as coisas começarão a mudar nos corredores de Washington e nas mesas de negociação em Nova York", discorre Simpson.O reverendo afirma que a aliança não tem filiação política, embora tenha "apoiado fortemente" a chapa democrata encabeçada pelo senador John Kerry na última eleição.Tampouco tem interesse de chegar ao poder -a defesa da separação entre Igreja e Estado é um de seus alicerces. "Sabemos que há limites. As pessoas religiosas devem manifestar sua fé, mas não temos interesse, diferentemente de muita gente da direita cristã, de transformar os EUA em um Estado cristão."Embora não tenha começado com Bush, analistas políticos concordam que a apropriação do discurso religioso pelos republicanos e sua distorção em populismo -o que possibilitou ao partido antes visto como representante da elite se aproximar das camadas mais baixas- nunca foi tão efetiva como hoje.Simpson concorda. "O resultado desse casamento, da elite endinheirada com fundamentalistas cristãos, é esse rolo compressor político que pôs o país no caminho errado. Agora temos de tentar trazê-lo de volta"E o que pensa a aliança, afinal, da célebre frase de campanha de Bush, afirmando que Deus lhe disse para ser presidente? "Se você quer ser presidente e vestir o manto de Jesus Cristo, o mínimo que você tem de fazer é refletir os valores de Cristo. Não creio que isso inclua, por exemplo, invadir o Iraque."
O Bush é só uma marionete. Quem manda nos EUA é a industria bélica e algumas multinacionais como a TEXACO, MOBIL e por ai vai.
teologia da libertação gringa? hehe