Não conheço o de São Paulo (e nem os outros para falar a verdade), mas parece apenas um incentivo ao primeiro emprego. Qual o problema com isso?
Poucos aderem, já que o jovem não pode fazer qualquer trabalho que exceda 6 horas, inclusive trabalhos complexos.
E o que tem a ver o Enem com ajuda do governo? O Enem é um instrumento justamente para avaliar a aprendizagem no ensino médio. É para conseguir uma coisa que nunca se teve: parâmetros de avaliação para definir políticas de educação. Além disso espera-se que o Enem se torne uma espécie de vestibular unificado, o que evitaria você ter que fazer uma maratona de vestibulares pelo País a fora. Mais ou menos como é feito nos EUA.
Se o Enem é do Ministério da Educação, logo... E de boas intenções o inferno está cheio. Eu dúvido que o Enem vá, de fato, avaliar alguma coisa. Nosso ensino é péssimo, nosso professores muito mal pagos e mil coisas mais... No fim, só fraudando. Como vimos hoje.
Todo mundo não, mas alguns precisam sim. Como o pobre gostaria?
O cidadão pobre gostaria de ter uma bolsa no intuito de obter uma pespectiva real de progresso. No fim, quem ingressa nas melhores instituições ainda são os melhores economicamente falando. Por isso bato tanto na tecla do emprego como premissa básica para desenvolvimento pessoal.
Só contratamos pessoal com experiência.... Como conseguir experiência se não é contratado? Empregos também significa estar capacitado, daí a necessidade de estudo.
Tá aí uma realidade que precisa urgentemente ser modificada. Óbvio que você precisa saber o que fazer, tecnicamente falando numa empresa. Mas qual o incentivo que nosso governo fornece para cursos profissionalizantes de curta duração? O mercado está precisando muito de mão-de-obra especializada. Cadê os liceus? Cadê as escolas de ensino profissionalizante? O camarada pobre se submete a empregos de terceira porque não tem oportunidade de se profissionalizar... Empaca no Enem da vida. Quantas gerações de office-boys serão necessárias para o mercado/governo entender que a área administrativa está saturada e a indústria sedenta por gente capacitada?
Voltamos ao velho problema: Quantas Bolsas <coloque o adjetivo que quiser> precisarão ser criadas para amenizar as diferenças sociais? O ensino capacita com o tempo, mas a necessidade de renda é imediata. O cidadão pobre precisa de emprego.