Autor Tópico: 60 anos da China comunista  (Lida 2619 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
60 anos da China comunista
« Online: 01 de Outubro de 2009, 16:38:33 »
Citação de: [url=http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/10/01/china+comunista+celebra+60+anos+com+exibicao+do+poderio+militar+8712940.html]Último Segundo[/url]
China comunista celebra 60 anos com exibição do poderio militar

A China celebrou seus êxitos e exaltou sua força nesta quinta-feira, no aniversário de 60 anos do regime comunista, em um festejo marcado por um desfile militar no mais puro estilo socialista em pleno centro de Pequim.

Pelo menos 200.000 pessoas, entre militares e civis, participaram da cerimônia na manhã de quinta-feira. Um espetáculo pirotécnico encerrou as comemorações no começo da noite.


Chineses observam queima de fogos em Pequim / AFP

Milhares de militares desfilaram em formação compacta pela avenida Chang'an (Paz Eterna) em direção à Praça da Paz Celestial, ao mesmo tempo que os aviões da Força Aérea sobrevoavam a cidade.

O maior Exército do mundo exibiu pela primeira vez ao público os novos armamentos, como os mísseis balísticos intercontinentais capazes, segundo os especialistas, de atingir os Estados Unidos.


Mísseis foram exibidos pela primeira vez ao público / AP

"Renascimento"

Em um discurso pronunciado no terraço do Portão da Paz Celestial, mesmo local em que Mao Tsé-tung proclamou a fundação da República Popular da China há 60 anos, o presidente chinês Hu Jintao saudou o renascimento da China.

"Hoje, uma China socialista, frente à modernização, ao mundo e ao futuro, permanece firmemente de pé no Leste", afirmou o presidente da República e secretário-geral do Partido Comunista.

"O desenvolvimento e o progresso da nova China, há 60 anos, têm provado plenamente que apenas o socialismo pode salvar a China e que somente a reforma e a abertura podem garantir o desenvolvimento da China, do socialismo e do marxismo", completou.


Soldados chineses marcham durante parada militar / Reuters

Maior celebração da história

O regime organiza a cada 10 anos grandes festividades para celebrar sua fundação, mas este ano as celebrações são as maiores já registradas.

Em período de crise econômica e tensões internas, como os recentes distúrbios violentos em Xinjiang (noroeste) ou os do Tibete ano passado, a China tentou sobretudo demonstrar unidade e força.

O desfile, com participação de pelo menos 100 mil pessoas, destacou a renovação de China com vários cenários e carros alegóricos.


Tanques em formação desfilam em direção à Praça da Paz Celestial / Reuters

À frente estavam pessoas com cartazes gigantes com fotos dos diferentes líderes da história da China comunista, de Mao Tse Tung a Hu Jintao, passando por Deng Xiaoping e Jiang Zemin.

Ao mesmo tempo exibiam cartazes com frases como "Viva o pensamento de Mao Tse Tung" ou "Apóie a teoria de Deng Xiaoping", enquanto na praça 80 mil estudantes carregavam faixas com outras mensagens, como "O socialismo é bom".

Ídolos esportivos, como os campeões olímpicos Liu Xiang e Li Ning, também estavam presentes, em um carro alegórico dedicado aos Jogos Olímpicos de Pequim-2008.


Soldado se prepara para desfile na China / AFP

Segurança rígida

Apesar do clima de festa na praça, as celebrações acontecem sob um rígido esquema de segurança.

O centro de Pequim, cidade de 17 milhões de habitantes, foi fechado à circulação de pessoas na quarta-feira à noite e apenas os convidados, entre eles os diplomatas, tiveram acesso à Praça da Paz Celestial.

As autoridades convidaram a população a acompanhar as festividades pelo canal de televisão oficial.

A cerimônia, preparada de modo minucioso há meses, também foi marcada por um número crescente de obstáculos para acessar a internet e para o trabalho dos jornalistas estrangeiros.

Muitos correspondentes só receberam autorização para ver a cerimônia a poucas horas do início das celebrações e muitos não conseguiram chegar ao local por terem sido notificados muito tarde.


Brigada feminina marcha durante parada militar / AP
Fotos do evento: http://ultimosegundo.ig.com.br///fotoshow/2009/10/01/60_anos_de_comunismo_na_china_594868.html
Citação de: [url=http://ultimosegundo.ig.com.br/new_york_times/2009/10/01/em+dia+de+orgulho+chines+pouco+interesse+por+ideologias+8712133.html]New York Times[/url]
Em dia de orgulho chinês, pouco interesse por ideologias

Xie Jun, 23 anos, é um patriota chinês moderno. Nesta quinta-feira, quando milhares de soldados e fileiras de tanques e carretas de munições marcham em perfeita ordem pela Praça da Paz Celestial para comemorar os 60 anos do regime do Partido Comunista, seu coração baterá mais forte e ele sentirá um aperto na garganta.

"Eu aprendi a história da China nos livros - como fomos invadidos no passado por estrangeiros", ele disse esta semana ao vender bananas e caquis em uma barraca armada em uma região arborizada do centro da cidade. "Como, para sobreviver, nós tivemos que nos unir pelo amor do nosso país. Eu tenho orgulho que a China tenha deixado de ser um país pequeno e se tornado um com posição internacional em tão pouco tempo".

Poucos negariam seu orgulho no milagre da China. Mas peça que Xie explique os valores centrais da China - não o que seu país conquistou, mas o que defende e representa - e ele fica mudo, como um aluno colocado na frente da classe para falar sobre um livro que esqueceu de ler.

"A habilidade da China de se adaptar", ele disse depois de um longo silêncio. "De aprender com o Ocidente". E, em uma frase que parece tirada de um panfleto, "a diligência e a perseverança das massas trabalhadoras".

O governante Partido Comunista da China dará a si mesmo uma enorme e meticulosamente coreografada festa de aniversário nesta quinta-feira, uma celebração cujo tema ecoa as palavras de Mao depois de forçar os Nacionalistas a entregarem Pequim em 1949. "A nossa não será uma nação sujeita a insultos e humilhação", disse Mao. "Nós nos levantamos".

Das exibições de armamentos avançados aos pôsteres de comemoração que realçam a selva de pedra formada pelos arranha-céus de Shanghai, a inconfundível mensagem desta celebração é que Mao estava certo e que o Partido Comunista está levando a China à prosperidade e ao respeito mundial.

Mas prosperidade é uma condição, não um valor. E às vésperas de uma grande celebração patriótica, pelo menos alguns líderes comunistas devem questionar se fustigar patriotismo para alcançar prosperidade eterna não é, pelo menos um pouco, como montar nas costas de um tigre.

"Não há mais nenhuma ideologia na China", disse Zhang Ming, professor de ciência política da Universidade de Renmin em Pequim, em uma entrevista na quarta-feira. "O governo não tem nenhuma ideologia. O povo não têm nenhuma ideologia. A razão pela qual o governo está no poder é porque eles podem dizer: 'Eu consigo melhorar suas vidas diariamente. Eu consigo lhes dar estabilidade. E eu tenho o poder'. Contanto que eles melhorem a vida das pessoas, tudo bem. Mas o que irá acontecer no dia que não puderem mais?", perguntou.

A questão não é se o povo chinês tem motivos para amar seu país. Moradores de Pequim, questionados esta semana a respeito do por que amam seu país, frequentemente falaram sobre sua força econômica e sua posição no cenário mundial, mas também dos 5.000 anos de história da China, de uma cultura vibrante e da unidade étnica de uma nação na qual 9 de 10 cidadãos são de descendência Han.

Essas são narrativas nacionais que ligam os chineses da mesma maneira que americanos de origens tão diversas se sentem conectados pelos pedidos de liberdade de Thomas Jefferson e pela transformadora experiência da Guerra Civil.

Mas apesar do insistente esforço - o patriotismo faz parte do sistema de ensino e os cidadãos são encorajados a equiparar Estado e pátria - nenhum dos relatos chineses menciona os Comunistas e seu governo.

E a ideologia oficial de socialismo e da luta revolucionária contra os caminhos capitalistas, embora ainda ensinada em universidades e corredores de fábricas, é tratada como propaganda sombria por todos, menos um pequeno número de verdadeiros crentes.

Os historiadores e sociólogos dizem que a ideologia socialista antes era o leito do patriotismo chinês e do apoio ao governo. Paradoxalmente, ela foi eliminada pela reforma e abertura da China que começou 30 anos atrás e trouxe consigo o milagre econômico de hoje.

Hoje, o que inspira lealdade não é nenhuma ideologia, mas a competência do governo em tirar a China da pobreza.

"Eu não sou membro do partido", disse Rao Jin, escritor cujo website, Anti-CNN, é um símbolo de nacionalismo chinês e de rejeição às críticas Ocidentais. "Mas eu acredito que você deve amar o partido ao mesmo tempo que ama seu país. Tudo o que a China tem agora ela deve ao PCC", o Partido Comunista chinês.

"A história tem provado que nenhum outro regime pode governar a China", ele disse. "Se você mudar a entidade governante, se o PCC de repente não estiver no poder, a maioria das pessoas concorda que seria um caos completo".

Esta é uma visão abraçada pela maioria dos patriotas chineses entrevistados esta semana, dentro de certos limites.

"O partido está fazendo um ótimo trabalho governando o país, portanto estamos muito felizes com isto", disse Li Yuqian, estudante de 30 anos da Universidade Capital de Esportes, enquanto mastigava batatas fritas de um McDonald's local. "Mas o que nós amamos é este país - e amar este país é muito diferente de amar o partido".

Ele pausou o suficiente para repensar. "Mas não escreva que eu não amo o partido", ele acrescentou. "OK?"
Citação de: [url=http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/10/091001_chinanalise_ba.shtml]BBC Brasil[/url]
Análise: Só com reformas PC chinês conseguirá ficar mais 60 anos no poder


Líderes do Partido Comunista participaram das comemorações pelos 60 anos

O Partido Comunista chinês terá que passar por severas reformas democráticas para permanecer no poder por mais 60 anos, acreditam especialistas ouvidos pela BBC Brasil.

"Somente com um milagre" o partido conseguiria conduzir o país com a mesma mão de ferro nas próximas décadas, tendo em vista que a população é cada vez mais rica, educada e exposta à cultura ocidental, segundo o historiador especializado em China, Xu Guoqi, da Universidade de Hong Kong.

"Para permanecer no poder, o partido precisa garantir crescimento econômico, estabilidade social e uma política externa em sintonia com os interesses nacionais. Atingir tudo isso sem reformas políticas é uma missão impossível", diz Xu.

Para Vivian Jing Zhan, da faculdade de Administração Pública da Universidade Chinesa de Hong Kong, "o PC chinês vai ter que alargar a base e incorporar as opiniões do público em geral no processo legislativo ao invés de se fiar pela liderança da elite".

Já outros analistas não acreditam que reformas sejam suficientes para manter o PC no poder.

"Eu não vejo como o partido pode durar outros 60 anos. Décadas de desenvolvimento econômico e engenharia social deixaram o povo chinês atento, positivo e confiante. Agora o processo de mudança adquiriu momento e não vai mais parar", aposta Gordon Chang, autor do livro The Coming Collapse of China ­(O Vindouro Colapso da China, em tradução livre).

Reformas democráticas

Ciente de que a prosperidade econômica demanda maior abertura política, o PC estuda aumentar o nível de democracia interno e vem debatendo a possibilidade de introduzir o voto direto para os 75 milhões de membros do partido na eleição de lideranças nacionais.

A ideia, no entanto, não significa um passo concreto em direção ao modelo ocidental de democracia, pois apesar de os 75 milhões de membros do partido superarem em número a população do Reino Unido, eles correspondem a apenas 0,57% dos 1,3 bilhão de chineses.

Há cerca de duas semanas o presidente Hu Jintao voltou a defender em um discurso que o país precisa se manter fiel ao "socialismo com características chinesas" e rejeitar as pressões para "copiar o modelo ou padrão ocidental".

"Eles estão cogitando eleições internas no partido exatamente porque o PC não está disposto a ceder o monopólio de poder que tem sobre a China", afirma o cientista político Joseph Cheng, da City University de Hong Kong.

Legitimidade

O partido comunista ascendeu ao poder em 1949 depois que as forças populares lideradas por Mao Tsé-Tung expulsaram os soldados nacionalistas do Kuomintang, comandados pelo generalíssimo Chiang Kai-shek, para a ilha de Taiwan.

Sob o poder de Mao, entre 1949 e 1976 a China experimentou o fracasso do socialismo utópico com o "Grande Salto Adiante" e o caos da "Revolução Cultural", até que, em 1978, Deng Xiaoping deu início às reformas econômicas que resultaram no progresso testemunhado atualmente.

"A legitimidade do partido hoje vem da melhora na situação de vida dos chineses", resume Joseph Chang. São os números econômicos que motivam a obediência do povo à liderança comunista, diz ele.

Atualmente a China é a terceira maior economia do mundo. Desde 1949 o Produto Interno Bruto cresceu 77 vezes, com um ritmo médio de expansão de 8,1% ao ano.

A renda per capita já aumentou 32,4 vezes, supera US$ 3,000 ao ano, e segue crescendo na média 6,5% anualmente.

O comércio internacional progrediu de US$ 1,13 bilhão em 1950 para US$ 2,5 trilhões em 2008 e o país acumula mais de US$ 2 trilhões de dólares em reservas.

"Sem as reformas econômicas o partido teria deixado de existir", afirma Xu Guoqi.

"Essa é a principal diferença em relação aos outros partidos comunistas do mundo. Os chineses perceberam a tempo a importância do desenvolvimento econômico para justificar a legitimidade" resume o historiador.

Repetindo o que foi feito na economia, "quanto mais cedo o partido adotar reformas políticas, melhor será pra ele", conclui Xu Guoqi.

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Offline O Comissário do Povo

  • Nível 20
  • *
  • Mensagens: 684
  • Eu represento o instinto coletivo
Re: 60 anos da China comunista
« Resposta #1 Online: 01 de Outubro de 2009, 16:51:11 »
Sob capitalismo, "doença invencível" volta a assolar a China

Hugo R C Souza   

Em um mundo controlado pelos monopólios e mediado pelo capital financeiro, até as doenças viram alvos de especulação. O noticiário corrente sobre a chamada gripe suína, por exemplo, funciona como crônica das altas e baixas nas cotações em bolsa dos grandes laboratórios do farma-cartel, para quem o alerta de pandemia emitido pela Organização Mundial da Saúde no início de junho significou um alento no exato instante em que o declínio das ações de farmacêuticas, ao lado das de bancos, puxavam as mais significativas baixas das bolsas de valores européias.



A Novartis, mega-companhia suíça do ramo, anunciou a produção do primeiro lote de vacinas contra o vírus H1N1 apenas um dia depois de a OMS elevar o nível de alerta sobre a nova gripe para o máximo, e viu o valor dos seus papéis disparar na bolsa de valores de Nova Iorque. Todo o setor farmacêutico europeu inverteu a tendência de desvalorização nos mercados financeiros depois que, além da Novartis, a francesa Sanofi-Aventis, a britânica GlaxoSmithKline e a belga Solvay sopraram às bolsas que esperam concluir a elaboração de vacinas contra o H1N1 antes da chegada do inverno do Hemisfério Norte. Outra farmacêutica suíça, a Roche, também se valorizou depois de especular com o remédio que até aqui vem sendo usado para tratar a gripe suína, anunciando de que iria estocar o antiviral Tamiflu "para ser distribuído aos países em desenvolvimento".

O alarmismo com uma doença de fácil contágio, mas com taxa de mortalidade de apenas 0,4% é um insulto às 500 mil pessoas que morrem todos os anos no mundo inteiro em razão de complicações decorrentes da gripe comum, a maioria idosos que não têm acesso a cuidados médicos adequados ou à profilaxia doméstica necessária. Destas vítimas, 36 mil morrem todos os anos no USA, cuja administração castiga o povo com um sistema de saúde assassino, que pratica extorsão no lugar de medicina.

Os parasitas que se amontoam nas gerências do Estados burocráticos vão arrancando os cabelos com uma doença que, apesar das especulações quanto à sua gravidade, circula em aeroportos, hotéis de luxo e estúdios de televisão tanto do norte dominador quanto do sul oprimido, em vez de ficarem restritas aos guetos, subúrbios e favelas das semicolônias. Em vez de informarem o povo com honestidade e chamarem as massas para um esforço coletivo de controle da nova gripe, esmeram-se em tergiversações que têm como parâmetro as razões eleitoreiras, e como objetivo não deixar a popularidade cair.

Vide o ministro brasileiro da Saúde, o Temporão, dizendo em rede nacional que a situação no país está controlada, cinicamente usando a mesma frase para falar de sete ou setecentos casos confirmados. Por outro lado, as gerências da Argentina e do Chile, por exemplo, atendendo aos apelos do empresariado que atua no setor de turismo, vociferam contra as recomendações de outros países, aquelas no sentido de que as viagens para estes destinos sejam evitadas em razão do alto grau de infestação. Enquanto isso, para o povo sobra desinformação.

Presidente Mao ensina: a revolução faz bem à saúde

Enquanto uns lucram e outros se esmeram na demagogia, enfermidades milenares como a malária, a tuberculose e a esquistossomose continuam assolando as classes populares nas semicolônias, ou mesmo em nações como a China, cujas forças capitalistas hegemônicas nutrem pretensões imperialistas enquanto oprimem e exploram as massas, usando mão de ferro para dificultar-lhes a luta por emancipação, impondo-lhes imensas dificuldades para o desenvolvimento do processo revolucionário, perpetuando e agravando condições precárias de trabalho, habitação e saúde.

Lá, a esquistossomose voltou a se tornar um flagelo, 50 anos depois de o Presidente Mao Tsetung, à frente da China revolucionária, ter comandado a elaboração e a execução de uma ampla e exitosa estratégia de erradicação dos caramujos, hospedeiros do parasita causador da doença. Em uma década de mobilização popular, conseguiu-se reverter um quadro de 12 milhões de portadores do verme Schistosoma japonicum. Hoje, entretanto, após o fim da revolução e depois de anos de restauração capitalista, há aldeias chinesas com 90% de sua população infectada. Números oficiais de 2004 dão conta de 726 mil casos de esquistossomose, sendo que projeções independentes apontam para um número muito maior, ainda que desde 1980 exista o remédio anti-helmíntico Praziquantel. A situação tende a piorar agora, em meio à atual crise do capital, quando milhões de chineses desempregados estão voltando para o campo, aumentando a população das áreas atingidas (lugares perto dos rios e lagoas novamente infestados de caramujos). A ignorância sobre a doença e sobre a maneira correta de tratá-la é altíssima.

Algo muito diferente dos tempos das campanhas de larga escala contra a esquistossomose, das patrulhas anticaramujo, da drenagem periódica de todos os canais contaminados, da remoção e queima das margens infectadas pelo parasita, das táticas inspiradas na história das vitórias passadas da Guerra Revolucionária, da confiança no poder, no empenho e no conhecimento do povo para vencer a guerra contra o molusco.

No relato de suas experiência na China Revolucionária como cirurgião, professor e médico de campo, o britânico Joshua S. Horn percebeu durante aquela luta contra a "doença invencível" a importância de uma liderança democrática e da participação direta e entusiasmada das massas no trato dos males públicos:

"Esse foi um ponto em que a política e a medicina preventiva se harmonizavam, a primeira operando como uma vanguarda, já que um esquema de tais proporções não teria êxito sem a liderança do Partido e o apoio ativo de milhões de pessoas, sem um perfeito planejamento estratégico global".

Atualmente, o máximo que os dirigentes revisionistas entocados em Pequim conseguem fazer contra a esquistossomose é mandar espalhar placas de "Perigo! Não toque na água", ou substituir búfalos, uma das muitas fontes de infecção, por tratores no transporte de cargas. Isso mostra a total incapacidade e desinteresse dos Estados burocráticos para atacar de frente os problemas de saúde pública. Nove em cada dez pessoas com esquistossomose estão na África, onde o mal agrava uma outra tragédia: os doentes ficam mais susceptíveis à infecção por HIV. Reverter esta situação não é possível sob a dominação do capital, o que equivale a dizer que as tarefas revolucionárias dos trabalhadores do campo e da cidade são, além de tudo, e como o presidente Mao mostrou, uma urgência de saúde pública.
"As idéias marxistas continuam perfeitas, os homens é que deveriam ser mais fraternos" Oscar Niemeyer
"O MST é o mais importante movimento de massa do mundo e tem registros de importantes conquistas" Noam Chomsky
Reduz pra 40 que o Brasil aumenta!

Offline Pregador

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.056
  • Sexo: Masculino
  • "Veritas vos Liberabit".
Re: 60 anos da China comunista
« Resposta #2 Online: 01 de Outubro de 2009, 17:15:55 »
Trocaria o título. A China comunista acabou na década de 90...

Hoje a China é só um país com regime fortemente centralizado, unipartidário e bastante autoritário. Não é exatamente uma ditadura, pois há alternância do poder entre os membros do partido comunista (só no nome).

Ah, e além disso, é extremamente capitalista...

"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline DDV

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 9.724
  • Sexo: Masculino
Re: 60 anos da China comunista
« Resposta #3 Online: 01 de Outubro de 2009, 17:49:47 »
Não é exatamente uma ditadura, pois há alternância do poder entre os membros do partido comunista (só no nome).


 :?:


Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Luiz Souto

  • Nível 33
  • *
  • Mensagens: 2.356
  • Sexo: Masculino
  • Magia é 90% atitude
Re: 60 anos da China comunista
« Resposta #4 Online: 01 de Outubro de 2009, 19:45:03 »
Não é exatamente uma ditadura, pois há alternância do poder entre os membros do partido comunista (só no nome).


 :?:



2
Se não queres que riam de teus argumentos , porque usas argumentos risíveis ?

A liberdade só para os que apóiam o governo,só para os membros de um partido (por mais numeroso que este seja) não é liberdade em absoluto.A liberdade é sempre e exclusivamente liberdade para quem pensa de maneira diferente. - Rosa Luxemburgo

Conheça a seção em português do Marxists Internet Archive

Offline Pregador

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.056
  • Sexo: Masculino
  • "Veritas vos Liberabit".
Re: 60 anos da China comunista
« Resposta #5 Online: 01 de Outubro de 2009, 19:50:59 »
Tecnicamente qualquer membro do partido comunista pode ascender ao poder. E todos podem ser parte do partido comunista. Diria que é uma espécie de oligarquia.
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline Luiz Souto

  • Nível 33
  • *
  • Mensagens: 2.356
  • Sexo: Masculino
  • Magia é 90% atitude
Re: 60 anos da China comunista
« Resposta #6 Online: 01 de Outubro de 2009, 19:54:55 »
Tecnicamente qualquer membro do partido comunista pode ascender ao poder. E todos podem ser parte do partido comunista. Diria que é uma espécie de oligarquia.

Então resolvemos duas questões: nem China nem Cuba são ditaduras...
Se não queres que riam de teus argumentos , porque usas argumentos risíveis ?

A liberdade só para os que apóiam o governo,só para os membros de um partido (por mais numeroso que este seja) não é liberdade em absoluto.A liberdade é sempre e exclusivamente liberdade para quem pensa de maneira diferente. - Rosa Luxemburgo

Conheça a seção em português do Marxists Internet Archive

Offline DDV

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 9.724
  • Sexo: Masculino
Re: 60 anos da China comunista
« Resposta #7 Online: 01 de Outubro de 2009, 19:57:29 »
Tecnicamente qualquer membro do partido comunista pode ascender ao poder. E todos podem ser parte do partido comunista. Diria que é uma espécie de oligarquia.

Então resolvemos duas questões: nem China nem Cuba são ditaduras...

Nem o Irã, nem o regime militar de 1964 no Brasil...
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Luiz Souto

  • Nível 33
  • *
  • Mensagens: 2.356
  • Sexo: Masculino
  • Magia é 90% atitude
Re: 60 anos da China comunista
« Resposta #8 Online: 01 de Outubro de 2009, 20:04:02 »
Tecnicamente qualquer membro do partido comunista pode ascender ao poder. E todos podem ser parte do partido comunista. Diria que é uma espécie de oligarquia.

Então resolvemos duas questões: nem China nem Cuba são ditaduras...

Nem o Irã, nem o regime militar de 1964 no Brasil...

Mas pelo menos a Alemanha Nazista era uma ditadura já que o Führer é como mãe: só tem um.
Se não queres que riam de teus argumentos , porque usas argumentos risíveis ?

A liberdade só para os que apóiam o governo,só para os membros de um partido (por mais numeroso que este seja) não é liberdade em absoluto.A liberdade é sempre e exclusivamente liberdade para quem pensa de maneira diferente. - Rosa Luxemburgo

Conheça a seção em português do Marxists Internet Archive

Offline Gaúcho

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 15.288
  • Sexo: Masculino
  • República Rio-Grandense
Re: 60 anos da China comunista
« Resposta #9 Online: 01 de Outubro de 2009, 20:14:31 »
China é o exemplo perfeito de que o socialismo funciona.






















Not, just kidding. :P
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Pregador

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.056
  • Sexo: Masculino
  • "Veritas vos Liberabit".
Re: 60 anos da China comunista
« Resposta #10 Online: 01 de Outubro de 2009, 20:31:43 »
Tecnicamente qualquer membro do partido comunista pode ascender ao poder. E todos podem ser parte do partido comunista. Diria que é uma espécie de oligarquia.

Então resolvemos duas questões: nem China nem Cuba são ditaduras...

Sei lá, o certo é ditadura de um partido. Afinal, os ditadores mudam periodicamente.
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline Diegojaf

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 24.204
  • Sexo: Masculino
  • Bu...
Re: 60 anos da China comunista
« Resposta #11 Online: 01 de Outubro de 2009, 20:49:03 »
A China Comunista está comendo uma grana braba minha todo mês com aquele monte de bugiganga que eu estou comprando.

Espero que estejam redistribuindo tudo de forma justa e igual... ::)
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline O Grande Capanga

  • Nível 39
  • *
  • Mensagens: 3.872
Re: 60 anos da China comunista
« Resposta #12 Online: 01 de Outubro de 2009, 20:53:38 »
Tecnicamente qualquer membro do partido comunista pode ascender ao poder. E todos podem ser parte do partido comunista. Diria que é uma espécie de oligarquia.

Então resolvemos duas questões: nem China nem Cuba são ditaduras...

E por que não Cuba?

 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!