Mãe degola a filha de 5 anosUma criança de 5 anos foi decapitada pela mãe no último final de semana, em Sapucaia, município próximo a Xinguara, sudeste do Pará. A tragédia ocorreu na madrugada de sábado e chocou a população da cidade. Familiares afirmam que a mãe da criança sofre de psicose e havia suspendido o tratamento por conta própria. Evangélica, a acusada disse que foi um crime em nome da fé.
A menina dormia na sala da casa de um amigo dos pais, em uma fazenda na zona rural de Sapucaia, onde a família ia passar o final de semana. Por volta de 1h a mãe, Orlene Miranda de Souza, de 27 anos, levantou do colchão onde dormia ao lado do marido, Natanael Brito de Moraes. Ela pegou a filha nos braços e, em silêncio, a levou até os fundos da casa. Colocou a criança deitada no chão e golpeou o pescoço da garota com uma faca de lâmina de 30 centímetros. Ninguém despertou. A polícia acredita que a menina morreu enquanto ainda dormia.
Depois do crime, Orlene, suja de sangue, se dirigiu à sala e acordou o marido. Ela contou a ele sobre o assassinato. Desesperado, Natanael foi à procura da menina e a encontrou decapitada. Ainda assim, ele a levou até o hospital, numa tentativa inútil de salvar a filha. Orlene os acompanhou. A polícia foi acionada e a acusada foi presa em flagrante por homicídio.
Fé - Na delegacia, Orlene confessou o crime. Segundo ela, a motivação para o assassinato da filha foi a fé. Evangélica da Assembléia de Deus, Orlene assistiu um culto sobre os que se sacrificaram em nome de Deus. Ela entendeu que precisaria morrer para provar sua devoção. E como os suicidas não são aceitos na sua religião, o plano foi provocar o marido para que ele a matasse. 'Ela disse que decapitou a filha para despertar a raiva do marido, para que ele a matasse em vingança', disse o delegado de Xinguara, José Silva Farias, que cuidou do caso.
Orlene foi encaminhada no sábado para o Presídio de Redenção, onde está detida. A promotoria trabalha com a tese de que a acusada sofre de graves problemas mentais. Segundo familiares e o marido da acusada, Orlene ainda sofria de psicose pós-parto e fazia tratamento. Mas há um tempo não tomava os remédios, o que a teria levado a crise que culminou no assassinato da filha. Ela será submetida a exames de sanidade mental.
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