Tópico: O Estribo - Invenção que rivaliza com o arco galês e da pólvora

[Lion]

Uma leve alteração no hábito de cavalgar pode ter mudado drasticamente a forma como as guerras se desenvolveram. Logo após o início da domesticação dos animais, milhares de anos depois do surgimento da agricultura, cavaleiros montavam em cavalos em pelo ou usavam apenas uma manta. As selas de couro começaram a cobrir o dorso de cavalos na China, provavelmente por volta do século 3 a.C. Estavam a um passo de transformar o uso da cavalaria como um meio de combate em guerras. Montar um cavalo carregando armas demonstrou, por muito tempo, precariedade e perigo. Cambises II, rei persa no século 6 a.C., morreu por se ferir com uma faca ao montar um cavalo.
Por volta do século 4 d.C., os chineses começaram a criar apoios para os pés confeccionados em ferro ou bronze fundido. O que tornou o estribo uma invenção importante foi o fato de permitir que o cavaleiro controlasse melhor os movimentos do animal: cavalo e cavaleiro se tornaram praticamente uma extensão um do outro. Isso permitiu atirar flechas com mais precisão enquanto o cavalo seguia em frente, galopando vigorosamente. Um membro da cavalaria podia apoiar na sela e, com uma lança sob seu braço, utilizar a força do cavalo para atingir um inimigo em batalhas. O tamanho e a agilidade dos cavalos logo se tornaram parte das armas da cavalaria – e um poderoso meio de intimidação.
A tribo bárbara Avar pode ter trazido o estribo para o Ocidente quando chegou a Bizâncio, no século 5 a.C. O Império Bizantino logo o adotou e, depois, foi a vez dos francos. O impacto social do estribo como parte do arreio tem despertado a curiosidade de historiadores há décadas. Alguns acadêmicos sugerem que o feudalismo se instalou na Europa porque lutas usando montaria, facilitadas pelo estribo, se tornaram muito eficazes para os francos. Isso fez surgir uma classe aristocrática que recebia terras por seus serviços na cavalaria.
Opositores do que é conhecido como a Grande Controvérsia do Estribo argumentam que essa interpretação é infundada. Ainda se discute se o estribo foi a única tecnologia que impulsionou a ascensão do feudalismo. É inquestionável, no entanto, que essa extensão da sela foi uma inovação que transformou a arte da guerra para sempre.

Gary Stix
SCIENTIFIC AMERICAN – Outubro 2009

Esses acadêmicos que sugerem que o uso do estribo como parte da sela favoreceu a instalação do feudalismo na Europa não estariam forçando a barra?

Btw, tribo Avar??
Nunca ouvi falar.....   
ihh... uma rima

[André Luiz]

Sao os ávaros

http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81varos

Eu achava que este lançe do estribo era algo muito mais antigo, coisa dos cavaleiros citas/sármatas

[Lion]

Eu também pensava que o estribo fosse algo mais antigo, me lembro que assisti “Roma” http://www.hbo.com/rome/  , que aliás é excelente, e achei estranho os caras montando sem o estribo, mas na época não procurei saber sobre o assunto. 

[André Luiz]

Chega a ser estranho

Partos e sármatas eram conhecidos por suas cavalarias pesadamente blindadas (catafractos)

Como é que os caras lutariam bem sem o estribo?

[Lion]

Realmente é estranho,  sem alguma forma de apoio o guerreiro perderia muito em destreza porque teria de se preocupar com o equilíbrio.
Já montei várias vezes apenas no pelo e vou te falar, fiquei literalmente solto sob o cavalo, já com a sela e estribo acontece o contrário, após algum tempo de treino se pode galopar tranquilo e ficar com as mãos livres.  
Talvez eles tivessem alguma forma de apoio na própria sela diferente do estribo atual.  

[Südenbauer]

Interessante, os índios aqui na América realmente não usavam estribo, mas mesmo assim os colonizadores elogiavam bastante a qualidade para cavalgar que algumas tribos tinham, como os charruas.



(os elfos na Terra-Média também cavalgavam sem acessórios! =P)

[Lion]

(os elfos na Terra-Média também cavalgavam sem acessórios! =P)

Isso é verdade, não resta a menor dúvida