Tópico: O teste da homeopatia - na visão de um físico

[O Grande Capanga]

Bem, aqui no fórum tem alguns físicos. 

Ainda não li o texto, mas gostaria de saber a opinião de vocês sobre ele.

O autor é professor titular na Unesp (OK! É apelo à autoridade, mas quem escreve é alguém da área que tem, aparentemente, grande conhecimento sobre o assunto).


O teste da homeopatia - na visão de um físico

Em 1913 Niels Bohr propôs o mais didático modelo atômico conhecido até hoje. Um núcleo maciço central e elétrons girando em torno dele em órbitas circulares é o que quase qualquer aluno ou professor de física diria que espelha melhor um átomo. O fato de que anos depois o próprio Bohr sugeriu mudanças drásticas nesse modelo e na constituição básica da matéria não vem ao caso para a grande massa, mesmo porque os desenvolvimentos posteriores não são facilmente compreensíveis. Como se pode, por exemplo, entender que um elétron não está, mas tem apenas uma chance de estar em tal lugar? Ou que antes de se manifestar, ele é onda e partícula ao mesmo tempo? Como colocar isso num modelo didático? Do ponto de vista de um mundo clássico e concreto, impossível. Essa idéia simplesmente não cabe. Para se provar qualquer coisa em relação ao modelo atômico quântico, é preciso assumir os pressupostos quânticos, admitindo a possibilidade da essência da matéria ser algo mais que o simples concreto e mecânico.

     Na verdade, em todos os setores da vida, cada um age conforme seus modelos de mundo que acabam gerando suas crenças e seus comportamentos. As pessoas costumam se agrupar em torno de modelos comuns na religião, na política, na ciência e na vida e a menos que seus modelos sejam mais abertos e abrangentes, acham que é o seu caminho que está certo e que o do vizinho está sempre errado. É o que pode ocorrer nas diferenças existentes entre alopatia e homeopatia se uma solução transdisciplinar não for proposta. O descobridor desta última, Samuel Hahnemann, admitia a existência do imaterial e defendeu a idéia de que seria esse imaterial que teria um grande efeito no ser humano que, por sua vez, também não seria limitado à matéria. O imaterial do medicamento homeopático agiria, então, pela lei dos semelhantes para induzir no paciente um estado dinâmico de funcionamento chamado de saúde. Portanto, sem a consideração da possibilidade de existência do espiritual no ser humano, a idéia de Hahnemann não pode chegar a fazer pleno sentido, pois o medicamento homeopático conta com esse cenário como pressuposto. Ora, como, então, do ponto de vista do mecanicismo concreto provar o funcionamento da homeopatia? Poderia o materialista convicto pedir provas da existência do imaterial com a metodologia que, por princípio, o exclui? É por essa impossibilidade que surgem os fantásticos prêmios de um milhão de dólares. É interessante verificar que os argumentos dos céticos de renomadas universidades fazem muito eco com a incredulidade de fundamentalistas religiosos diante de experiências espirituais. Para esses arrogantes donos da verdade, o espiritual, se um dia puder se comprovar sua existência, pertenceria a outro departamento, bem de acordo com o modelo separatista de Descartes.

     A Teoria do Caos, por outro lado, enfatiza que quanto mais os sistemas são abertos, mais susceptíveis ficam aos chamados "Efeitos Borboleta", ou seja, à extrema sensibilidade a qualquer mínima interferência externa. É o caso de um sistema meteorológico, por exemplo. E é, igualmente, o caso do ser humano considerado pela homeopatia de Hahnemann. Para os mecanicistas, só a medicação alopática irá funcionar, já que essa é compatível com o seu modelo de ciência e de mundo. De outra forma, somente quando o ser humano se abre num processo contínuo de evolução da consciência, ele fica mais sensível, susceptível aos Efeitos Borboleta de qualquer tipo, afirmam os cientistas que trabalham com caos em psicologia transpessoal e saúde sistêmica. Nessa região de ação é que as técnicas sutis da medicina funcionam e o paciente fica mais vulnerável às dosagens mínimas de medicamentos dinamizados, mais flexível e mais criativo. É aí que fica mais fácil mudar padrões de alimentação, comportamento, relacionamento e outros que podem estar na origem dos desarranjos da saúde. Não se prega, contudo, a extinção da alopatia nessa nova visão, da mesma forma como não se pode pensar na abolição da física clássica. Porém, nessa abordagem mais ampla e transdisciplinar do ser humano, a alopatia deveria ser utilizada apenas em casos emergenciais, quando o sistema complexo pode ser reduzido. A sociedade, no entanto, age inconscientemente conforme o modelo no qual foi ensinada e formatada, e esse foi e ainda é predominantemente mecanicista.

     Se mantiverem sua consciência expandida, os adeptos da homeopatia não deveriam gastar energia em provar sua eficácia com um teste final, mesmo porque da maneira que querem alguns alopatas, esse teste definitivo não existe. Deveriam, sim, manter o seu sistema de conhecimento sempre aberto, pois como dizem os especialistas em caos, só esse sistema aberto é que, criativo e auto-organizado, pode prover as pistas necessárias para a verdadeira evolução do ser humano.

Nota: Ivan Amaral Guerrini
Físico, Professor Titular
Departamento de Física e Biofísica - IB UNESP - Botucatu - SP
e-mail: guerrini@ibb.unesp.br

http://www.portalfarmacia.com.br/farmacia/principal/conteudo.asp?id=573

[O Grande Capanga]

Perdi meu tempo postando essa porcaria sem antes lê-la.

O sujeito, físico, doutor e professor titular de universidade pública só choramingou e não disse absolutamente nada sobre alguma suposta eficácia da homeopatia demonstrada pela física. Se bem que o título não propunha isso, mas ele meio que deu a entender isso ao falar sobre teste da homeopatia na visão de um físico.

É interessante verificar que os argumentos dos céticos de renomadas universidades fazem muito eco com a incredulidade de fundamentalistas religiosos diante de experiências espirituais. Para esses arrogantes donos da verdade, o espiritual, se um dia puder se comprovar sua existência, pertenceria a outro departamento, bem de acordo com o modelo separatista de Descartes.

Isso aqui já mostra que o sujeito tem alguma crença religiosa e já tá mais sucetível a crença na homeopatia.

Porém, nessa abordagem mais ampla e transdisciplinar do ser humano, a alopatia deveria ser utilizada apenas em casos emergenciais, quando o sistema complexo pode ser reduzido.

Isso aí significa que quando a coisa for brava (a homeopatia não está dando certo), então deve-se apelar pra alopatia?

Deveriam, sim, manter o seu sistema de conhecimento sempre aberto, pois como dizem os especialistas em caos, só esse sistema aberto é que, criativo e auto-organizado, pode prover as pistas necessárias para a verdadeira evolução do ser humano.

Tá parecendo aqueles delírios d'o pensador sobre um deus cosmológico-astrofísico-nuclear.

[_tiago]

De início, o texto menciona o princípio da incerteza, que trata, salvo engano, da impossibilidade física em se precisar posição e velocidade, entre outras grandezas, num sistema atômico. Na pretensão de suster sua argumentação, afirma o texto que a indeterminação acima (por ser assim todas as indeterminações humanas sobre opiniões) seja pretexto suficiente, como se a disparidade ou mesmo a dificuldade no entendimento humano acerca de algumas relações, e que isso, apenas por assim ser, poderia justificar ou encontrar soluções em mecanismos aparentemente antagônicos, caso da homeopatia e da alopatia. Antagônicos que esta, de princípio, admite já um conceito nebuloso em todos os aspectos, a tal da imaterialidade. Enquanto aquela, não nega a incerteza, mas até onde sei, consegue resultados mesmo diante de tal complexo (por assim agir de maneira estatistica), o que não prova, mas
admite já alguma concretude com que se trabalhar, pois analisa, verifica e é passível de testes reais. O texto, depois, justifica que a teoria do caos, que desconheço e sei somente dela a existência, é um reforço à homeopatia, pois um caso mínimo surte efeitos capazes de manipular grandes transformações posteriores, o que parece ser
possível, mas bastante improvável estatisticamente, sob perigo de negar a tal estatistica (cuja intenção é sempre encontrar um normal). Menciona ainda a criatividade de alguns medicamentos homeopáticos, como se caso fosse das doenças dependerem de efeitos adversos a elas próprias para se verem liquidadas, podendo ainda a criatividade
homeopática, a única maneira possível em se mudar os hábitos do indivíduo (alimentaçõa, comportamento...). Ainda acho que as pessoas quando mudam, o fazem pelos mais diversos motivos.Que a sociedade age num grupo ncosciente, tudo bem, mas isso não necessariamente comprova a eficácia homeopática. Que estes não precisem
duma prova definitiva, discordo, que a alopatia, por lei, exige alguma comprovação. Tudo que tange a realidade, mesmo a incerteza dela, permite, ao menos, perceber sua incerteza, de resto, tudo é especulação sobre qualquer besteira, o que é perigoso.

(Mas isso é apenas uma opinião embriagada às 4 da matina, depois eu releio, agora a cabeça já dói! E se estiver mal escrito, fod!@!&)

[Dr. Manhattan]

Nossa quanta groselha, pobre UNESP...

Resumo do texto: "Para provar a homeopatia é preciso acreditar no mundo espiritual. Portanto, é impossível provar
a homeopatia usando a ciência materialista-feia-chata. Ah ah, nhem nhem nhem, nem me pegaaa!"

Refutaçao: os testes duplo-cego mostram que os remédio homeopáticos nao sao melhores que placebos. Ponto.



Um dia ainda vou inventar um automóvel homeopata nao-materialista: ele nao tem motor, mas se você colocá-lo numa ladeira,
a fé do motorista no mundo espiritual vai fazer com que ele se mova ladeira abaixo...   

[SnowRaptor]

Não vou em dar ao trabalho de ler, tendo em vista as duas respostas.

[Hold the Door]

Não vou em dar ao trabalho de ler, tendo em vista as duas respostas.

[2]

[Nina]

3

[FxF]

Não vou em dar ao trabalho de ler, tendo em vista as duas respostas.

Receita para fazer um texto desses: pegue um texto qualquer sobre física quântica, mistura com outro texto sobre teoria do caos, e por fim troque algumas palavras por "homeopatia".

Também serve para espiritismo, criacionismo e afins.