Tópico: Corrupção: O Brasileiro é vítima ou cúmplice?

[Moro]

http://reinehr.org/sociedade/saude-da-sociedade/corrupcao-na-politica-eleitor-vitima-ou-cumplice

O que vocês acham? Somos vítimas ou cúmplices?

Temos o direito de ficar nervosos ou nossos políticos são uma representação fidedigna do povo que governam?

[Matheus de Souza]

O povo tambem é corrupto, é só ver a quantidade de policiais aceitando 20 merréis pra liberar alguem com documento irregular numa blitz, a quantidade de médicos de hospitais publicos aceitando grana pra agilizar cirurgias, policiais que recebem dinheiro de arrego pra deixar os bandidos quietos ou vendendo as armas do proprio batalhãos pra grupos criminosos

[Buckaroo Banzai]

Tem a opção "nem um nem outro", mas não tem "ambos".

[Moro]

Advinha o que saiu da pesquisa do Ibope que teve perguntas como essas?

1. Quando tem oportunidade, tenta dar uma "caixinha" ou "gorjeta" para se livrar de uma multa

2. Sonega impostos

3. Recebe benefícios do governo, sabendo que não tem direito a eles

4. Adquire documentos falsos ou falsifica documentos para obter algum tipo de vantagem (exemplo: identidade, carteira de motorista, carteirinha de estudante, diploma etc)

5. Quando tem uma oportunidade, pede mais de um recibo por um mesmo procedimento médico para obter mais reembolso do plano de saúde

6. Compra produtos que copiam os originais de marcas famosas sabendo que são piratas ou falsificados

7. Quando tem uma oportunidade, faz ligação clandestina ou "gato" de TV a cabo, ou seja, aproveita a instalação do vizinho

8. Quando tem uma oportunidade, faz ligação clandestina ou "gato" de água ou luz

9. Se tem chance, pega ou consome produtos em padarias, supermercados ou outros estabelecimentos comerciais sem pagar

10. Apresenta atestados médicos falsos no trabalho ou na escola

11. Se tem seguro de carro ou de qualquer outro tipo, quando tem uma oportunidade, frauda o seguro

12. Compra algo sabendo que é roubado

13. Falsifica atestado de saúde ou apresenta atestado de saúde falsificado para conseguir aposentadoria precoce (...)

[Lion]

Tem a opção "nem um nem outro", mas não tem "ambos".

Realmente deveria ter essa opção pois em certos casos somos vítimas em outros cúmplices, mas falando de um modo geral, cúmplices.

[Moro]

Feito, coloquei Ambos

[PauloCesar]

Feito, coloquei Ambos

Eu cliquei "ambos". Afinal de contas, o Brasil é uma orgia. Fodemos e somos fodidos.

[_Juca_]

Feito, coloquei Ambos

Eu cliquei "ambos". Afinal de contas, o Brasil é uma orgia. Fodemos e somos fodidos.

Boa !!!

[_tiago]

E criminoso também.

[Dbohr]

Votei em ambos, por motivos mais que óbvios. Mas quero salientar que essa honra dúbia está longe de ser exclusividade nossa.

[Sr. Alguém]

Também votei em ambos.
Um grande foco de corrupção são as aposentadorias por invalidez.Tem cara que só porque é manco tenta se aposentar.Depois que consegue, arranja um emprego informal e vai ganhar mais dinheiro.

[Dr. Manhattan]

Ambos. O brasileiro tem muita tolerância pela pequena corrupçao.

[Fabrício]

Ambos.

[West]

Não diria vítima nem cúmplice, mas responsável. A corrupção tá no sangue do brasileiro, infelizmente. Faz parte da nossa cultura, numa horrenda inversão de valores onde o esperto é aquele que se dá bem a custo da miséria alheia, o malandro é que é admirado e o honesto discriminado e tido como "mané".

Em um país onde não se respeita nem regra de trânsito, os políticos são a mais fiel imagem desse povo.

[Moro]

hoje fui ao supermercado. Impressionante o número de carros com pessoas com saúde e jovens em vagas de idosos e deficientes. E os caras saem todos felizes do carro, contentes por ter achado uma vaga boa.

[biscoito1r]

hoje fui ao supermercado. Impressionante o número de carros com pessoas com saúde e jovens em vagas de idosos e deficientes. E os caras saem todos felizes do carro, contentes por ter achado uma vaga boa.

Se fosse aqui seria uma multinha de 100 contos. Já vi brasileiro folgado reclamando aqui que levou multa por estacionar na vaga de handicap, e a desculpa é sempre a mesma - "foram só 5 minutinhos"

<a href="http://www.youtube.com/v/qKpsbmNgVNM" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/qKpsbmNgVNM</a>

[Moro]

E a variação do patrimônio do Paloci? To vendo politicos do PT explicando que é absolutamente normal.

[Liddell Heart]

É fruto cultura política brasileira após Vargas. Some isso com a ausência de democracia de facto no Brasil até a "Era Collor", e pronto, temos um cenário político muito "vulgar".

[Moro]

Eu quero entender que tipo de consultoria dava o Pallocci.  ate para tentar fazerr igual.

[Geotecton]

E a variação do patrimônio do Paloci? To vendo politicos do PT explicando que é absolutamente normal.

A variação patrimonial é plausível e possivelmente legal. Mas eticamente é insustentável, porque ele fornecia consultoria para empresas que estavam com pendengas com a União.

[Gaúcho]

Querem apostar quanto que acaba em pizza?

[Moro]

Aposto minha casa contra seu ps3 que da em pizza

[Skorpios]

Ressuscitando o tópico.

Corrupção, custos, ódio das ruas

O aspecto penal da corrupção é o que mais alcança notícia, decorrendo daí que é o mais debatido. O processo chamado Mensalão e esse outro que leva o nome de Lava Jato estabeleceram a questão no rol das preocupações nacionais.

A dimensão moral dessa prática deletéria também tem merecido reflexões. Houaiss, moral: “conjunto de valores, individuais ou coletivos, considerados universalmente como norteadores das relações sociais e da conduta dos homens”.

Não universalizo a máxima de Joseph-Marie Maistre, segundo a qual cada povo tem o governo que merece, mas não consigo separar de todo, quando o sistema eleitoral tem razoável transparência, o eleito do eleitor.

Vários estudos mostram que os brasileiros somos permissivos com corrupção. Embora façamos os políticos objeto do nosso discurso ético, costumamos, resolver muito de nossos problemas por meios “políticos” não honestos.

Há quem conclua que a Sociedade corrupta corrompe seus cidadãos; há quem afirme o inverso: indivíduos corruptos conformam a Sociedade. Ora, essas coisas não são separáveis; elas se implicam reciprocamente.

Somos uma Sociedade corrupta e somos muitos indivíduos corruptos. Há projeções da Fiesp que indicam que roubamos anualmente de nós mesmos por meio de práticas corruptas algo como cem bilhões de reais (2,3% do PIB).

O número em si diz pouco. As sequelas finais dessa nossa permissividade devem ser buscadas na convivência da Nação. O pior delas é o roubo da qualidade da vida em comum, logo, da vida individual.

Tudo o que é público no Brasil é mal falado pelos brasileiros: os serviços são ruins, as obras jamais se concluem, as escolas não têm qualidade, a segurança em guerra civil, as empresas prestam péssimo serviço.

Tomamos posição diante disso tudo como se “isso tudo” não nos incluísse. Falamos de nossas coisas como se acontecessem à parte de nossa responsabilidade. Parece que ações ou omissões não incidem nas circunstâncias.

Mas incidem e nos causam, além de custos materiais, uma perda irreparável: o custo humano. A corrupção, além de aniquilar com a qualidade do que é público, surrupia renda dos mais pobres.

Seja, as classes menos privilegiadas são roubadas quando os desvios corruptos sucateiam os serviços públicos e quando a renda nacional é concentrada em poucos bolsos por meio de uma “mais valia” larápia.

Além disso, escândalos de corrupção somados à violência decorrente de desvios de verbas sociais (rouba-se até merenda escolar) e ao preço corrupto para realizar negócios (custo Brasil) destroem a imagem do País.

Perdem-se investimentos empresariais. Empobrecemos porque o mundo desconfia de nós. Ainda pior são os efeitos “internos” do péssimo conceito em que nós nos temos: esvaiu-se o sentido de política.

O cidadão probo sente-se impotente diante de tanta corrupção e se debanda da coisa pública. O que é de todos, ou deveria sê-lo, resta coisa de ninguém. O sentido de pertinência está substituído pela indignação de ludibriado.

Chegamos às hostilidades com membros desse malfadado e desagregado consórcio eleito para governar o País. Dilma apupada nos jogos da Copa de futebol, Temer vaiado na abertura das Olimpíadas.

Talvez essa seja a melhor herança política do lulopetismo: a raiva indignada. O País dividiu-se em grupos que destilam ódio e se querem aniquilar reciprocamente, mas que trouxeram a vida pública de volta à pauta.

Mas, sobre os custos disso? Que dizer? Além do tanto acima elencado, temos outro tipo de corrupção, bem pior, bem mais grave. O Brasil chegou ao triste ponto de praticar corrupção de Estado.

Não falo só de Dilma deteriorar interesses públicos para se reeleger a si e a Temer. Não refiro só o uso do erário para comprar congressistas, desvirtuando a função de um dos Poderes da República.

Menciono as decorrências do processo de Impeachment. Dilma fez negociata com as altas funções governamentais para evitar seu afastamento. Temer oferta o que Dilma não negociou a fim de vê-la cassada.

Ao fim dessa mancomunação Dilma/Temer, desse escárnio com o interesse nacional, o Brasil estará loteado. Grupos de poder terão mercadejado cargos, verbas, “direitos”. O ódio das ruas não é bom, mas é ódio com razão.

[Geotecton]

Interessante é que QUASE NINGUÉM aborda outro tipo de problema econômico e moral, que equivale aos aspectos mais negativos da corrupção, que é o 'parasitismo' das classes que vivem no Estado.

 

[JJ]

Interessante é que QUASE NINGUÉM aborda outro tipo de problema econômico e moral, que equivale aos aspectos mais negativos da corrupção, que é o 'parasitismo' das classes que vivem no Estado.
 

Este é um problema mais complicado, pois  justamente as categorias de funcionários que ganham maiores salários, geralmente também são categorias mais organizadas, mais poderosas e mais influentes.   Enquanto que os pagadores de impostos são um grupo variado e disperso.


E ao invés de verem essas categorias de altos salários como parasitas, na verdade são vistas como um "sonho de consumo", é um sonho de muita  gente   tornar-se um deles via concurso público...


 


Esta é outra face nefasta da ideologia estatista no Brasil.


No Brasil o Estado é visto como a grande solução para quase todos os males, inclusive  o mal do desemprego próprio (ou do salário considerado baixo)...


Enquanto essa cultura estatista não diminuir de forma significativa,  as coisas devem permanecer mais ou menos do mesmo jeito.