19/07/2005 - 14h18Sobe número de egressos da rede pública, negros e indígenas na Unicampda Folha Online
O sistema de inclusão social adotado pela Unicamp (Universidade de Campinas) neste ano ocasionou recordes nos números de matriculados egressos da rede pública de ensino e que se autodeclaram pretos, pardos e indígenas, segundo dados divulgados nesta terça-feira pela Comvest (Comissão Permanente para os Vestibulares).
Matricularam-se neste ano 22% mais estudantes que concluíram o ensino médio na rede pública, em 2004. O grupo representa 34,1% do total. Em 2004, eram 28%. Também aumentou, em 35%, o número de alunos que se autodeclaram pretos, pardos e indígenas. Foram 15,7% contra 11,6%.
O chamado Paais (Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social) acrescenta 30 pontos à nota final daqueles que fizeram o ensino médio integralmente na rede pública e 10 aos que fazem a autodeclaração. Quem se encaixa em ambos grupos recebe 40 pontos extras.
Os resultados apareceram inclusive no curso de medicina, o mais concorrido do vestibular. Dos matriculados, 31% são oriundos da rede pública. O número mais que triplicou se comparado à média histórica, de 10%. É ainda melhor que o obtido em 2004 --9%. Os que se autodeclararam pretos, pardos e indígenas somam 14,5% --contra 9,1% do ano passado.
Subiu ainda o número de matriculados que têm renda mensal declarada de até dez salários mínimos. O valor equivalia a R$ 2.600, em 2004. Foram cerca de 45% contra 42,7%. O resultado é considerado reflexo do número recorde --8.000-- de isenções do pagamento da taxa de inscrição concedidas. Destes, 211 se matricularam. Em 2004, foram 120.
Os candidatos concorreram a 2.934 vagas em 56 cursos da Unicamp e dois da Famerp (Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto).
Fonte: Folha On-line