É justamente por causa do último ponto que os anteriores "valem", são verdade em comparação a um estado hipotético de omni-privatização, não tanto com como as empresas são sob as rédeas do estado.
Se hoje não há empresas que nos obriguem a comprar delas, em parte é pelo estado proibir esse tipo de prática, existe a lei contra isso e o estado tem o famigerado "direito" ou dever de agir contra a empresa em benefício da sociedade. Sem lei contra vendas-casadas (para uma hipótese razoavelmente leve), por que as empresas necessariamente não fariam isso? Só se imaginarmos uma logiquinha onde isso é sempre a coisa menos lucrativa a se fazer, envolvendo sempre o pressuposto de existirem competidores páreos e dispostos a oferecer uma alternativa mais justa, além dela poder ser oferecida de forma que é melhor mesmo em curto prazo à maior parte dos consumidores. Ou, que se não houver, "qualquer um pode fundar uma concorrente com condições melhores e então levar essa empresa à falência se não mudar".
Quanto aos empréstimos forçados, vamos supor que o dono de um condomínio está endividado. O que impede ele de subir os preços do aluguel ou do que for, para pagar suas dívidas, virtualmente forçando um "empréstimo" a todos clientes?
Ou seja, para que algo assim nunca ocorra, teria que haver sempre alguma alternativa acessível e que não se aproveite dessa situação para também enfiar a faca o quanto puder. Não digo que haverá sempre, mas como os humanos não são exatamente avessos ao lucro, não é de se estranhar que fosse comum sem entidades "anti-capitalistas" atrapalhando esse tipo de coisa.