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20/07/2005 - 12h17 Brasileira diz que quer ficar em Gaza "para sempre" ADRIANA STOCKda BBC BrasilA faixa de Gaza foi um "presente de Deus ao povo de Israel" e, portanto, é legítimo que os colonos judeus permaneçam nesse território.É o que pensa a brasileira Nurit Abramovitz que vive em um dos 21 assentamentos judaicos na faixa de Gaza que serão desmontados pelo Exército de Israel em agosto.Ela promete que não vai acatar a ordem de retirada forçada dos colonos judeus, marcada para a primeira quinzena do mês que vem, e que quer ficar lá "para sempre"."A pergunta é se a gente precisa estar aqui e eu acho que sim. Deus deu este país para o povo de Israel. Este país estava esperando a gente há 200 anos. Estou rezando para que isso não aconteça, para que a gente possa construir muito mais casas aqui", diz.Abramovitz nasceu no Rio de Janeiro, mas mal se lembra das paisagens da cidade. Aos dois anos de idade ela se mudou para Israel ao lado de seus pais.Hoje, com 25 anos, ela vive no assentamento de Netzarim, na faixa de Gaza, onde trabalha como professora em um jardim de infância. Ela mora em uma casa de dois quartos que divide com uma amiga.ViolênciaNurit diz que a rotina continua normal no assentamento e que nem pensa que sua casa possa ser destruída ou ocupada por palestinos --o destino das construções ainda não foi decidido pelo governo.Mas ela não acha que vai haver confrontos entre colonos judeus e soldados israelenses."O pessoal daqui é de paz. Já estamos aqui há muito tempo. Onde eu moro, ninguém fez nenhum mal para nenhuma pessoa ou nenhum judeu. Estou rezando para que a gente possa ficar aqui para sempre. Eu não sei como os soldados vão tratar a gente. Eu não sei também como vai reagir uma pessoa que perde sua casa onde viveu há 30 anos. Sei como ela quer reagir. Elas estão falando que violência não é o caminho."Ela conta que vai fazer um bolo para distribuir aos soldados israelenses que vão chegar de longe e não acha que eles vão expulsá-la."A maioria dos soldados não quer fazer isso. A maioria do povo judeu não quer fazer esse plano louco do Sharon. Não é o que o povo quer. É o que um maluco quer."Colaborou GUILA FLINT, de Tel Aviv/span>