A discussão ecológica é séria e importante, mas tem havido muito exagero. O problema dessas discussões ambientais são os eco-chatos infiltrados que defendem que a natureza deve ser tratada em igualdade de condições que o homem. "Ah... a árvore, coitadinha, tem tanto direito a vida como nós...", "O passarinho, coitadinho, o que é que vai acontecer com ele se inundarmos uma área para construir uma hidrelétrica para levar luz a uma região isolada do mundo...?" Balela!
Como não há outros seres racionais na Terra (se houvesse, eles obviamente deveriam ser colocados no mesmo patamar de importância que o homem), a natureza deve ser conduzida em função das necessidades humanas, e não o homem se conduzir pela preservação da natureza, só pela natureza.
Eu acho que ninguém quer retornar para o estado de coisas que vivíamos nos anos 80, por exemplo, quando os rios e os céus eram literalmente esgotos abertos, donde a importância das discussões de ordem ecológica. Mas por outro lado, o progresso não pode ficar entravado por causa de algo que sequer há consenso que esteja acontecendo. Vamos evitar de sujar os rios porque isso vai prejudicar o homem, e não porque vai prejudicar o rio. Em outras palavras, eu estou preocupado com o homem, e não com o rio, e nem com os animais e plantas que ele contém. Mesma coisa o ar, a Amazônia, a caatinga, o Rio São Francisco, etc... Vamos continuar monitorando o clima, tocar a vida para frente, e ver o que acontece. Eu simplesmente não acredito que seja irreversível a mudança climática se ela estiver realmente sendo provocada pelo homem, assim como não foi irreversível a poluição provocada pelo homem nos anos 80.
E cá entre nós... mesmo que a temperatura aumentasse 15o, o homem continuaria vivendo. Se o pólo sul derreter, ótimo, vamos construir lá... O pessoal que perder as suas terras litorâneas que seriam inundadas pode comprar lotes baratinhos na Antártida, inclusive com direito a praias. (Usei aqui a legenda do Eremita

)
Brincadeiras às parte, eu acho realmente que há muito exagero por causa dessas questões ambientais. Eu morei a maior parte da minha vida na cidade de Petrópolis/RJ, que tem um dos melhores ares respiráveis do país. Há 3 anos eu moro em Paulínia/SP, praticamente ao lado de uma das maiores refinarias de Petróleo do país (P.S.: eu não trabalho na Petrobrás, e escolhi Paulínia pra morar). A primeira coisa que me disseram quando me mudei para cá foi: "mas lá... o ar deve ser bem carregado por causa da poluição da refinaria e das outras fábricas..."
Bem... eu me mudei há 3 anos e sequer consegui notar, por mim mesmo, a diferença entre as atmosferas das duas cidades. Talvez se eu usasse um medidor de poluição eu pudesse perceber, mas o meu organismo não me disse nada ainda. E os meus filhos, pelo contrário, tinham muitos problemas respiratórios em Petrópolis por causa do frio e da umidade (resfriados, dores de garganta, febre, etc...). Em Paulínia tem sido muito rara a ocorrência. Eu diria que hoje a minha qualidade de vida está melhor.
Mas verdade seja dita... se eu me mudasse pra cá nos anos 80, provavelmente eu não poderia dizer isso, porque ninguém controlava as emissões nessa época. Hoje (penso eu) as emissões estão relativamente bem controladas, o que mostra que, apesar do número maior de indústrias, a poluição de uma forma geral está bastante reduzida em relação há 20-25 anos atrás.
Um abraço.