Autor Tópico: Grã-Bretanha inicia inquérito sobre Guerra do Iraque  (Lida 798 vezes)

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Grã-Bretanha inicia inquérito sobre Guerra do Iraque
« Online: 13 de Dezembro de 2009, 00:46:48 »
Citação de: [url=http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/11/091124_grabretanha_inqueritorc.shtml]BBC Brasil[/url]
Grã-Bretanha inicia inquérito sobre Guerra do Iraque

Autoridades britânicas deram início nesta terça-feira a um inquérito oficial com o objetivo de apurar os detalhes do envolvimento da Grã-Bretanha na Guerra do Iraque.

Nos próximos meses devem ser interrogados dezenas de militares, integrantes e ex-integrantes do governo britânico e de agências de inteligência, além de ex-funcionários da Casa Branca. Entre as personalidades que devem testemunhar está o ex-primeiro-ministro britânico, Tony Blair, e o atual premiê, Gordon Brown.

O inquérito deve analisar o período entre 2001 e 2009 e observar três pontos principais: a justificativa para a entrada no conflito, a preparação para a invasão do Iraque, em 2003, e a falta de planejamento para a reconstrução do país asiático.

Nomeados por Brown, os membros da comissão de inquérito não vão estabelecer culpa ou determinar responsabilidade civil ou criminal, mas apenas emitir advertências e recomendações, na esperança de que eventuais erros não sejam repetidos no futuro.

‘Distanciamento’

Acredita-se que Tony Blair tenha que esclarecer se apoiou ou não secretamente o plano do então presidente americano George W. Bush de invadir o Iraque um ano antes de o Parlamento britânico autorizar a entrada do país no conflito.

Documentos vazados, publicados no domingo pela imprensa britânica, afirmam que a invasão havia sido planejada meses antes de ocorrer, mas o planejamento não teria sido bem-feito, o que teria levado os soldados a ser enviados ao país mal-equipados.

Durante os depoimentos desta terça-feira, Peter Ricketts, um alto funcionário do setor de inteligência do governo britânico em 2001, disse que Londres procurou “se distanciar” na época do debate sobre uma possível intervenção para afastar o então presidente iraquiano, Saddam Hussein, do poder.

Segundo ele, tal discussão existia nos Estados Unidos na época.

O relatório sobre o inquérito não deve estar pronto até o final de 2010 e pode demorar ainda mais se a evidência apresentada se mostrar complexa.
Citação de: [url=http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/12/091212_blair_iraque_pu.shtml]BBC Brasil[/url]
Blair: 'Teria invadido Iraque mesmo sem evidências de armas de destruição em massa'

O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair disse que teria prosseguido com a guerra do Iraque em 2003 mesmo sem evidências de que o país, então governado por Saddam Hussein, possuísse armas de destruição em massa – conclusão que até hoje é questionada.

Em uma entrevista exclusiva que a BBC transmitirá na manhã do domingo, o ex-premiê disse que, se não fosse o argumento do perigo bélico, ele utilizaria outros para justificar o combate à "ameaça" que Saddam representava para o Oriente Médio.

"Eu ainda teria achado que seria correto removê-lo do poder. Claro que teria sido necessário usar e desenvolver diferentes argumentos sobre a natureza da ameaça", disse Blair, que após deixar o cargo de primeiro-ministro britânico assumiu uma posição de negociador internacional no Oriente Médio.

Ele afirmou que estava convencido da "noção dele (Saddam) como uma ameaça para a região, na qual o desenvolvimento de armas de destruição em massa era obviamente um aspecto".

"Saddam usou armas químicas contra seu próprio povo, portanto isto era obviamente o que ocupava meu pensamento – a ameaça para a região", disse Blair.

"Não consigo pensar que estaríamos melhor com ele e seus dois filhos no poder."

Investigação

Os fatos que antecederam à guerra do Iraque voltaram ao centro do debate na Grã-Bretanha porque estão sendo alvo de uma investigação por parte de uma comissão parlamentar. O próprio Tony Blair deve dar seu depoimento aos parlamentares no ano que vem.

Com a invasão do Iraque, Blair se tornou um aliado crucial do presidente americano, George W. Bush.

Em setembro de 2002, seis meses antes da invasão, o governo britânico publicou um dossiê no qual afirmava ter evidências de que Saddam Hussein era capaz de usar armas de destruição em massa em 45 minutos contados a partir de uma ordem de Saddam.

Depois descobriu-se que o documento era infundado, o que lançou em descrédito todos os argumentos a respeito das reais motivações da guerra.

Na entrevista à BBC, o ex-premiê britânico disse que "entende perfeitamente" as razões dos críticos à ofensiva militar, mas insistiu que fez "a coisa certa" apesar de estar diante de uma decisão "incrivelmente difícil".

"Simpatizo com as pessoas que eram contra (a guerra) por razões perfeitamente razoáveis, e que ainda estão contra a guerra. Mas para mim, sabe, no fim das contas eu tinha de tomar uma decisão."

Críticos questionam os avanços do conflito, apontando a guerra civil que se seguiu à invasão e o alto número de mortes de soldados britânicos desde então.

"Acho que é importante que a decisão fosse tomada, da forma que foi, com base no que se acha que é correto. Essa é a única maneira", disse Blair.

A entrevista completa será transmitida no programa Fern Britton Meets, que passa na BBC 1 no domingo, às 10h locais (8h em Brasília).
Citação de: [url=http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/12/091212_blairiraque2ml.shtml]BBC Brasil[/url]
Blair é alvo de críticas após revelar motivações para guerra no Iraque

O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair está sendo alvo de críticas após ter dito que teria prosseguido com a guerra do Iraque em 2003 mesmo sem evidências de que o país, então governado por Saddam Hussein, possuísse armas de destruição em massa – conclusão que até hoje é questionada.

O ex-premiê disse ainda que, se não fosse o argumento do perigo bélico, ele utilizaria outros para justificar o combate à "ameaça" que Saddam representava para o Oriente Médio.

As declarações foram dadas pelo ex-premiê em uma entrevista exclusiva que a BBC transmitirá na manhã deste domingo na Grã-Bretanha e antecipadas pela própria BBC neste sábado.

Clique Leia mais: 'Teria invadido Iraque mesmo sem evidências de armas de destruição em massa', diz Blair

Após a revelação, parlamentares britânicos, ativistas e outras autoridades vieram a público para dizer que Blair enganou o Parlamento e "talhou seus argumentos para se adequar às circunstâncias".

Blix

Uma das reações mais negativas partiu do então chefe dos inspetores nucleares da ONU no Iraque, Hans Blix, que disse que Blair usou as armas de destruição em massa como uma "justificativa conveniente" para a guerra.

"A retirada de Saddam do poder foi um ganho, mas foi o único ganho que eu vi ocorrer nesta guerra", afirmou Blix.

Para ele, faltou "sinceridade" a Blair.

Blix afirmou ainda que, antes da guerra, os inspetores de armas estavam "muito perto" de mostrar que, após 700 inspeções, não havia armas de destruição em massa.

Investigação

Os fatos que antecederam à guerra do Iraque voltaram ao centro do debate na Grã-Bretanha porque estão sendo alvo de uma investigação por parte de uma comissão parlamentar. O próprio Tony Blair deve dar seu depoimento aos parlamentares no ano que vem.

O conservador Richard Ottoway, membro da Comissão de Inteligência e Segurança do Parlamento, disse que as declarações de Blair são uma "tática cínica para amaciar a opinião pública" antes da investigação.

Segundo Ottoway, vários parlamentares poderiam ter tido outra opinião sobre a adesão da Grã-Bretanha à guerra, caso "soubessem da verdade total e não maquiada".

Carol Turner, da Coalizão Stop the War, disse ser "extraordinário" o fato de Blair admitir que estava disposto a modificar seus argumentos de acordo com as circunstâncias.

"Não é para aplaudirmos a honestidade que ele está tendo agora, mas sim para atacarmos sua falta de honestidade e de integridade naquela época", disse.

Com a invasão do Iraque, Blair se tornou um aliado crucial do presidente americano, George W. Bush.

Em setembro de 2002, seis meses antes da invasão, o governo britânico publicou um dossiê no qual afirmava ter evidências de que Saddam Hussein era capaz de usar armas de destruição em massa em 45 minutos contados a partir de uma ordem de Saddam.

Depois descobriu-se que o documento era infundado, o que lançou em descrédito todos os argumentos a respeito das reais motivações da guerra.

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Re: Grã-Bretanha inicia inquérito sobre Guerra do Iraque
« Resposta #1 Online: 16 de Dezembro de 2009, 02:14:29 »
E as tais armas de destruição em massa... cadê?
Só não digo pra tacarem uma bala na cabeça do Bush e outra na do Blair porque munição custa dinheiro, e é capaz de ricochetear quando o crânio é duro e o interior, vazio.
Latebra optima insania est.

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Re: Grã-Bretanha inicia inquérito sobre Guerra do Iraque
« Resposta #2 Online: 19 de Março de 2010, 09:42:30 »
Tony Blair escondeu acordo milionário com companhia coreana, diz jornal

O ex-primeiro-ministro do Reino Unido Tony Blair manteve em segredo por dois anos um lucrativo acordo com a companhia petrolífera sul-coreana UI Energy Corporation, que tem grandes interesses no Iraque, segundo o jornal "Daily Mail".

O ex-líder também procurou evitar vazamento de informações de outro contrato, de um milhão de libras (aproximadamente US$ 1,5 milhões) para assessorar a família real kuaitiana, acrescenta o jornal.

Blair, que ganhou pelo menos 22 milhões de euros desde que deixou o poder, em junho de 2007, convenceu o comitê que examina os novos empregos dos ex-membros do Governo a ocultar esses dados durante vinte meses com o argumento de que era informação "comercialmente muito delicada".

Os acordos finalmente foram conhecidos nesta quinta-feira, depois que o chamado Comitê Assessor sobre Nomeações em Empresas decidiu adotar uma postura diferente e publicá-los.

Segundo o "Daily Mail", essas revelações são importantes para pessoas e organizações que acusam Blair de lucrar com a Guerra do Iraque e de utilizar seu papel de enviado especial do Quarteto para o Oriente Médio (formado pelos EUA, a UE, Rússia e a ONU) para se beneficiar pessoalmente.

Seus críticos assinalam que boa parte de sua renda milionária (e impossível de calcular, já que Blair construiu uma grande rede de companhias), procedem de pessoas e assinaturas americanas e do Oriente Médio.

Blair aceitou assessorar um consórcio de investidores liderados pela empresa sul-coreana UI Energy em agosto de 2008.

A empresa, que é uma dos maiores investidoras no Curdistão iraquiano, região rica em petróleo, tem também como assessores o ex-primeiro-ministro australiano Bob Hawke, assim como importantes políticos americanos.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2010/03/19/tony+blair+escondeu+acordo+milionario+com+companhia+coreana+diz+jornal+9433122.html

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Re:Grã-Bretanha inicia inquérito sobre Guerra do Iraque
« Resposta #3 Online: 10 de Setembro de 2016, 16:14:50 »



Com duras críticas à invasão do Iraque, relatório oficial britânico ressuscita 'fantasmas' contra Tony Blair

Pablo Uchoa - @pablouchoa

Da BBC Brasil em Londres

6 julho 2016


Soldado britânico em Basra em março de 2003Image copyrightAFP



Decisão britânica de se aliar aos EUA em invasão do Iraque ignorou riscos reais e complexidades do pós-conflito


A invasão do Iraque em 2003 se baseou em justificativas legais "insatisfatórias" e inteligência falha, e ocorreu antes do esgotamento de soluções pacíficas e apesar de sinais claros de que não havia planejamento suficiente para estabilizar o país no pós-guerra.


Essas são as conclusões de um aguardado relatório encomendado pelo governo britânico - quando o premiê era o trabalhista Gordon Brown - sobre a participação do Reino Unido na intervenção militar que levou à deposição do então presidente Saddam Hussein, em março de 2003.


O chamado relatório Chilcot - que leva o nome do chefe da investigação, John Chilcot - levou sete anos para ser concluído e contém duras críticas ao então premiê, Tony Blair, que procurava convencer o público britânico de que Saddam Hussein representava uma ameaça imediata ao Reino Unido, por conta de seu suposto arsenal de armas de destruição em massa.


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'Eu me arrependi de derrubar a estátua de Saddam Hussein em Bagdá'


As armas, porém, nunca existiram, e o relatório pinta Blair como um líder cegamente fiel aos Estados Unidos de George W. Bush que "superestimou sua capacidade de influenciar os EUA" e havia decidido pela mudança de regime no Iraque muito antes de qualquer ameaça concreta.
O relatório cita inclusive um memorando confidencial escrito por Tony Blair a Bush em julho de 2002, poucos meses da invasão, em que o ex-premiê britânico diz: "Estarei com você, não importa o quê".


Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, o ex-premiê deu suas explicações sobre o ocorrido e até admitiu alguns problemas na operação, mas justificou sua atitude dizendo que agiu cumprindo genuinamente a orientação dor órgãos de inteligência.
"Eu agi com boa fé e acreditei genuinamente nas informações de inteligência que me passaram", afirmou Blair.


"Eu digo às pessoas de boa sanidade mental: vão, vejam os relatórios e me digam se não teriam feito as mesmas decisões que fiz."


Blair ainda afirmou não haver "inconsistência em dizer que sente muito pelas mortes que aconteceram, mas não pela decisão que tomou."


Ameaça distante


As acusações são um "fantasma" que nunca deixou de perseguir o ex-premiê britânico. A invasão do Iraque foi a decisão de política externa mais controversa do Reino Unido em meio século, e praticamente ofuscou qualquer outro legado do ex-líder trabalhista em qualquer outra área.
De acordo com o documento, após uma conversa com Bush, Blair havia sugerido uma mudança de regime no Iraque já em dezembro de 2001.


Ele acreditava que a intervenção no Afeganistão, realizada após o 11 de setembro de 2001 com apoio da comunidade internacional, daria uma "conotação positiva à expressão mudança de regime, o que beneficiará nosso argumento sobre o Iraque".

O que o mais sangrento dia no Iraque em 1 ano diz sobre a nova estratégia do Estado Islâmico
Como bots pornôs estão sabotando o 'Estado Islâmico'
Para John Chilcot, a ameaça de armas de destruição em massa iraquianas "estava certamente presente mas não se justificava". Ele afirmou que opções de desarmamento pacíficas "não haviam sido esgotadas" quando Blair decidiu que deveria intervir no país. "Ação militar não era o último recurso", concluiu a investigação.

Sem apoio da comunidade internacional, a concordância britânica em se aliar aos EUA contra Saddam Hussein minaram os esforços do Conselho de Segurança da ONU, afirma o relatório.
"Uma ação militar no Iraque poderia ter sido necessária em algum momento. Mas em março de 2003 não havia ameaça iminente por parte de Saddam Hussein. A estratégia de contenção poderia ter sido adotada e implementada, a maioria do Conselho de Segurança da ONU apoiava continuar as inspeções da ONU", disse John Chilcot.

John Chilcot disse que invasão do Iraque minou Conselho de Segurança da ONUImage copyrightREUTERS


John Chilcot disse que invasão do Iraque minou Conselho de Segurança da ONU


Pior: o Reino Unido ignorou "advertências explícitas" de que o planejamento do pós-guerra era "completamente inadequado".


Despreparo


As autoridades britânicas sabiam que o Iraque precisaria de esforços para reconstruir sua infraestrutura e administrar um Estado em que a elite governante havia sido removida e não se conheciam as capacidades administrativas dos funcionários públicos restantes.

As advertências também apontavam claramente para os desafios de segurança em um país suscetível à violência sectária, ao terrorismo e à interferência externa.

Em dezembro de 2002, o Ministério da Defesa britânico não considerava satisfatórios os planos da fase pós-conflito.


"Ao longo de todo o processo de planejamento, o Reino Unido assumiu que os americanos seriam responsáveis por preparar um plano pós-conflito, que as atividades pós-conflito seriam autorizadas pelo Conselho de Segurança da ONU, que haveria um acordo estabelecendo o papel da ONU no pós-conflito, e que parceiros internacionais apareceriam para compartilhar o fardo pós-conflito", disse o documento.

Apesar de estar ciente de que esse cenário não se concretizaria - os EUA não queriam assumir responsabilidade pelo Iraque e o apoio internacional dificilmente viria sem autorização da ONU - , "em nenhum momento o governo britânico considerou formalmente outras opções, incluindo a possibilidade de condicionar a participação na ação militar a um plano satisfatório pós-conflito".
No relatório, Tony Blair diz que a invasão do Iraque foi decidida de boa-fé. "Hoje sabemos que a campanha militar para derrotar Saddam Hussein era relativamente fácil; o difícil era o pós-guerra", disse. "Na época, claro, não podíamos saber disso."


John Chilcot, porém, discorda que fosse impossível antecipar esses problemas. "Os riscos de conflito civil no Iraque, a atuação do Irã em seu próprio interesse, a instabilidade regional e a atividade da Al Qaeda no Iraque estavam explicitamente identificadas antes da invasão."

Manifestantes protestam em Londres contra decisão de Bush e Blair de ir à guerra
(Julho/2006)Image copyrightGETTY IMAGES
Image caption

Manifestantes protestam contra decisão de Bush e Blair de ir à guerra, durante visita do americano a Londres em julho de 2006

Consequências


A divulgação do relatório elevou a pressão sobre Blair para que peça desculpas aos críticos da guerra do Iraque. Antes da invasão, uma passeata em Londres contra a intervenção reuniu 750 mil pessoas segundo a polícia - ou mais de um milhão de acordo com os organizadores.


O ex-premiê e outras pessoas responsáveis pela invasão também podem ser alvo de processos na Justiça, segundo um porta-voz das famílias de 179 militares e civis britânicos mortos no Iraque entre 2003 e 2009.


O atual líder trabalhista, Jeremy Corbyn, que à época fez oposição à intervenção militar, disse que o relatório comprovava que a ação foi "ilegal".

Após a invasão, o Iraque entrou em um período de vácuo de poder e em uma espiral de violência da qual até hoje não saiu.


Civis iraquianos foram os que pagaram o preço mais alto. As estimativas para o número de mortos desde 2003 variam de 100 mil a 600 mil, sendo a primeira uma estimativa conservadora.
Além disso, 179 britânicos e centenas de americanos foram mortos durante a ocupação.


Gráfico sobre dimensão do relatório


O Iraque continua imerso em conflitos sectários, com um poder central fragmentado e territorialmente ameaçado pelo grupo autodenominado 'Estado Islâmico'.

Por causa da complexidade da tarefa, o relatório Chilcot levou sete anos para ser concluído. Os trabalhos requereram a análise de milhares de documentos e meses de entrevistas para obter evidência oral.


Questões sobre publicar ou não as mensagens privadas de Blair a Bush também adiaram a publicação, assim como o tempo necessário para ouvir as pessoas criticadas no relatório.
O documento final tem 2,6 milhões de palavras e levaria nove dias de intensa atividade para ser lido de cabo a rabo. É mais de três vezes mais longo que a Bíblia, e duas vezes e meia a série completa de Harry Potter.


http://www.bbc.com/portuguese/internacional-36725962

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Re:Grã-Bretanha inicia inquérito sobre Guerra do Iraque
« Resposta #4 Online: 10 de Setembro de 2016, 16:48:32 »
Sim é muito triste, mas não dá para repor, pois já não há Saddam Hussein nem sequer um dos seus adoráveis filhinhos... Enfim é a vida... :(
Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper

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Re:Grã-Bretanha inicia inquérito sobre Guerra do Iraque
« Resposta #5 Online: 10 de Setembro de 2016, 16:55:43 »
Sim é muito triste, mas não dá para repor, pois já não há Saddam Hussein nem sequer um dos seus adoráveis filhinhos... Enfim é a vida... :(

Não precisa repor, o que precisa é pagar a dívida que é a ajudar iraquianos laicos a tomar o poder e afastar os terroristas, que querendo ou não,  apareceram por falta de responsabilidade de EUA e Inglaterra.

Sujou, limpa!

 

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