Autor Tópico: Preparações para a Olimpíada de 2012  (Lida 1781 vezes)

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Preparações para a Olimpíada de 2012
« Online: 13 de Dezembro de 2009, 01:51:37 »
Achei esse texto interessante e resolvi postá-lo aqui. O interessante é que mostra como uma Olimpíada pode ser um motivador para a recuperação de uma cidade. Se tudo correr bem, Londres seguirá o exemplo de Barcelona.
Citação de: [url=http://www.bbc.co.uk/blogs/portuguese/esporte/2009/12/o_bairro_pobre_e_a_olimpiada.shtml]BBC Brasil[/url]
O bairro pobre e a Olimpíada

Daqui a um ano e meio, uma das áreas que há dois anos era uma das mais negligenciadas e carentes de Londres estará, por três semanas, no centro das atenções da mídia mundial.

Dezenas de milhares de pessoas estarão desembarcando diariamente nas estações de metrô, trem ou ônibus do distante bairro de Stratford na zona Leste da cidade, uma espécie de Itaquera londrina, que está passando por uma transformação fenomenal.

Nesta semana, visitei a região com um grupo de jornalistas da BBC. Fomos conhecer o maior canteiro de obras da cidade, a área cercada de 2,5 km² - o equivalente a 357 campos de futebol - que estará no coração da Olimpíada de 2012: o Parque Olímpico.



É ali que vão ficar o Estádio Olímpico (onde serão realizadas as cerimônias de abertura e encerramento e as provas de atletismo), o centro de mídia, o centro aquático, o velódromo, a Vila Olímpica (onde ficarão hospedados os atletas) e os ginásios de basquete, hóquei e handebol.

É ali também que o governo britânico está, em meio à mais grave crise economica enfrentada pelo país nas últimas décadas, investindo 8 bilhões de libras (R$ 23 bi) de dinheiro público em um audacioso projeto: o de usar a Olimpíada para regenerar uma área abandonada da cidade, criando uma comunidade autosustentável que, assim que os Jogos estiverem terminados, será integrada ao bairro, permitindo que a cidade e os moradores locais possam aproveitar um novo parque, novas moradias e centros esportivos de primeira qualidade.

Pelo menos é o que a Olympic Delivery Authority está vendendo - e que parece estar andando no caminho certo, pelo que pude constatar in loco.

Até o início de 2008, o que havia ali eram indústrias abandonadas, descampados, torres de transmissão de energia elétrica, lixões e conjuntos habitacionais precários, espalhados sobre uma região pantanosa cruzada pelo rio Lea.

Aos poucos a área foi limpa, centenas de casas e prédios demolidos e as linhas de transmissão movidas das torres para túneis subterrâneos. Cerca de 75% da terra local estavam contaminados, seja com gasolina, piche, metais pesados - tudo foi descontaminado com máquinas especias que "lavam" a terra.



Os canais e riachos ligados ao rio Lea foram limpados e aumentados para permitir o retorno de pássaros, peixes e anfíbios ao seu habitat natural restaurado- e atrair as hordas de birdwatchers (observadores de pássaros) londrinos.

Dezenas de tipos de espécies nativas de árvores estão sendo plantadas, e uma rede de novos caminhos, ciclovias e áreas de piquenique está planejada para permitir passeios à pé ou de bicicleta.

As obras vão de vento em popa. As estruturas estão todas erguidas, o Estádio Olímpico, o velódromo e o centro aquático - desenhado por Zaha Hadid, com um teto gigantesco sustentado por apenas três blocos de concreto - já tem uma "cara".

Uma estação geradora de energia elétrica - a partir de gás, um sistema supostamente aprovado pelo Greenpeace - que vai alimentar o Parque está pronta e deve entrar em funcionamento ainda neste mês. O Parque também ganhará uma estação de tratamento de esgoto própria.

O que não tiver uso depois dos Jogos será desmontado, vendido e reerguido ou reaproveitado em outra parte do país, como o ginásio do basquete e grande parte dos assentos do Estádio Olímpico e do Centro Aquático. A Vila Olímpica, onde ficarão os atletas, vai ser transformada em 3 mil novas moradias populares.



O que testemunhei foi algo como a metade do caminho nessa enorme transformação. Se levar em conta que os Jogos só começarão daqui a 959 dias, contados a partir desta sexta, 11 de dezembro, não vejo razões para duvidar de que o que foi prometido será cumprido.

É um projeto que tem tudo para inspirar as autoridades fluminenses na sua preparação para Rio 2016. O negócio é gastar e construir, com um olho no sucesso de um evento que gera empregos e divulga o país, e com o outro na recuperação e desenvolvimento de uma área carente.

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Re: Preparações para a Olimpíada de 2012
« Resposta #1 Online: 21 de Dezembro de 2010, 02:19:26 »
Lições londrinas para a Rio-2016

Os organizadores das Olimpíadas de 2012 em Londres querem repassar ao Rio de Janeiro o know-how de criar um evento esportivo sustentável.

O chefe de Desenvolvimento Sustentável e Regeneração do órgão responsável pelo evento, Dan Epstein, avaliou que tanto o Rio quanto Londres "enfrentam grandes problemas de urbanização" e "as Olimpíadas são uma oportunidade fantástica de mostrar como podemos começar a lidar com esses problemas".

Em uma visita às obras do Parque Olímpico, no leste da capital londrina, Epstein – que já esteve diversas vezes no Brasil – disse a jornalistas que mesmo os estádios e outros locais de competição poderão ser reciclados.

"O ginásio de basquete é projetado para mais de 10 mil pessoas mas, após o uso, pode ser desmontado, colocado em um navio, enviado para qualquer lugar e reerguido", disse Epstein. A arena já teria despertado o interesse da comitiva organizadora do Rio-2016.

"Construímos um centro aquático com capacidade para 17,5 mil lugares. Nas olimpíadas vamos usar toda essa capacidade e, depois disso, nunca mais. Então podemos reduzir a capacidade para 2,5 mil lugares e adaptá-lo tanto para outras competições internacionais quanto para uso comunitário."

Com um custo estimado em 9,3 bilhões de libras (cerca de R$ 26 bilhões) em plena crise econômica, a conta das Olimpíadas londrinas não deixou de gerar críticas.

Só para reduzir a capacidade do estádio olímpico dos 80 mil lugares originais para 25 mil após os Jogos, especialistas avaliam que serão necessários 450 milhões de libras adicionais (cerca de R$ 1,2 bilhão), quase 90% do valor total da construção.

Somas bilionárias estão sendo investidas na construção de uma infra-estrutura de energia e transporte na região onde ficarão a Vila Olímpica e os locais de competição.

Os críticos já questionaram a razão de se gastar tanto dinheiro para revitalizar o leste de Londres usando os Jogos como mote, sendo que, sem eles, projetos com a mesma finalidade poderiam surtir o mesmo efeito.

"Não estamos pensando apenas no custo da infra-estrutura, mas nos valores de longo prazo e nos impactos ambiental e social", defende Epstein. "Estamos investindo apenas em coisas que temos necessidade a longo prazo. Todo o resto é pensado para poder ser removido e reutilizado, não simplesmente descartado."

"Se você puder usar o estádio de futebol ou o ginásio de basquete seis, sete vezes em diferentes lugares, talvez isso nos custe um pouco mais – quem sabe 20% a mais, quem sabe nem um centavo a mais que um ginásio permanente –, mas é possível utilizá-los e reutilizá-los para que outra pessoa não precise construir um novo."

Legado

Os organizadores dos Jogos londrinos tentam convencer os contribuintes britânicos de que os projetos não apenas terão "valor de mercado" após o evento, como deixarão um "legado" na região.

O Parque Olímpico, onde também está a Vila Olímpica, se situa em uma das partes mais desassistidas de Londres, as antigas áreas industriais do leste da cidade, ao longo do vale do rio Lea.
Estádio Olímpico

O estádio Olímpico de Londres pode ser reduzido após os Jogos

Equipar a região com infraestrutura – de cabos elétricos a pontes e passarelas – custará quase 2 bilhões de libras, segundo cálculos citados pela revista Economist. A isso se somarão outros 800 milhões de libras em transporte.

A autoridade olímpica britânica afirma que, terminados os Jogos Olímpicos e – algumas semanas depois – os Para-Olímpicos, parte da vila dos atletas será transformada em moradias de caráter social.

Epstein disse que a área recebeu um centro de energia e 16 km de tubulação para prover calefação emitindo a metade do carbono em relação aos padrões atuais.

"A maioria dos nossos gastos – 75% – não é nas Olimpíadas, mas no legado. Nós pegamos uma área que durante 30 anos foi identificada como carente de regeneração. Ninguém nunca teve o dinheiro, os recursos ou o poder de planejamento para transformar esse local, criar uma nova infraestrutura para os negócios, para moradias", afirmou.

"Não se trata apenas dos Jogos Olímpicos, que são apenas um evento de três semanas, mas de desenvolver uma nova parte da cidade pelos próximos cem anos."

Rio 2016

A ideia é que o modelo de Londres-2012 também seja reaproveitado no evento do Rio, quatro anos mais tarde. O evento carioca está estimado, hoje, em cerca de R$ 30 bilhões de reais.

Durante a visita que fez à Vila Olímpica, o embaixador britânico em Brasília, Alan Charlton, afirmou que são constantes os intercâmbios entre as delegações das duas cidades olímpicas e que a sustentabilidade é parte dessa troca de informações.

"O que é muito importante é planejar a partir do primeiro minuto, não é possível adicionar sustentabilidade depois. Por isso é importante fazer isso agora no Rio de Janeiro, antes de construir mais para os Jogos de 2016", afirmou o embaixador.

"Em Londres, nós tivemos dois anos de planejamento, quatro anos de construção e temos um ano para testar tudo. No momento, no Rio, o que é importante é o planejamento. Podemos fazer muita coisa juntos nesse momento de planejamento."

Veja vídeo: http://www.bbc.co.uk/portuguese/multimedia/2010/12/101219_olimpiadas_pu.shtml

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Re:Preparações para a Olimpíada de 2012
« Resposta #2 Online: 15 de Dezembro de 2011, 19:13:38 »
Reforço militar contará com 13,5 mil soldados durante Londres-2012

O Ministério da Defesa do Reino Unido anunciou nesta quinta-feira que contará com 13,5 mil soldados do Exército para reforçar a segurança de Londres durante a realização dos Jogos Olímpicos de 2012, que serão iniciados a partir do dia 27 de julho na capital britânica.

Cerca de 5 mil militares serão destinados para apoiar o trabalho da polícia, enquanto outros 7,5 vão colaborar com a segurança dos locais de competição em 'momentos-chave', afirmou o ministro da Defesa, Philip Hammond, em declarações à rede de televisão 'BBC'.

Durante a realização dos jogos, os soldados 'vão colaborar com as autoridades civis em trabalhos específicos, como a desativação de bombas, a segurança dos edifícios e o controle dos cães farejadores', apontou o ministro.

Na ultima semana, o Executivo britânico revisou o orçamento destinado à segurança nos Jogos Olímpicos, que passou de 324 milhões de euros para 635 milhões de euros.

Entre policiais, militares e empresas de segurança privada, aproximadamente 23,7 mil pessoas irão fazer parte das forças de segurança nos Jogos Olímpicos, segundo o Ministério da Defesa.

A quantidade de soldados convocados é mais que o dobro do que estava sendo previsto inicialmente, que não superava o número de 10 mil, um fato que acabou justificando a revisão do orçamento.

Hammond assinalou que a realização dos Jogos Olímpicos será 'o maior desafio de segurança das últimas décadas no Reino Unido', ressaltando que, desde as Olimpíadas de Atlanta (1996), o uso do Exército na segurança cidadã é uma prática 'habitual'.

Segundo o ministro da Defesa, a participação dos militares nos Jogos Olímpicos de Londres terá uma escala similar à dos eventos realizados em outros países.

http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=31724130

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Re:Preparações para a Olimpíada de 2012
« Resposta #3 Online: 28 de Fevereiro de 2012, 20:18:24 »
A 150 dias dos Jogos, rio Tâmisa ganha arco olímpico gigante

Os anéis navegaram pelo rio inglês e passaram por pontos como a Tower Bridge e o Canary Wharf


Arcos olímpicos gigantes são vistos nesta terça-feira no rio Tâmisa, em Londres

Londres segue a sua contagem regressiva para as Olimpíadas de 2012. A 150 da abertura dos Jogos, o Rio Thames ganhou um decoração diferente. Foram colocados, nesta terça-feira, arcos olímpicos gigantes no centro do rio. Os anéis foram instalados em uma embarcação, medem 11 metros de altura por 25 metros de largura.

A cidade aproveita a proximidade dos Jogos Olímpicos, que começam em julho, para lançar também programas culturais. Segundo o prefeito Boris Johnson, que acompanhou a abertura da Tower Brigde para a passagem da estrutura dos anéis, Londres receberá eventos como uma ópera flutuante.

Os aneis navegaram pelo rio londrino e percorreram pontos turísticos, como o conjunto de prédios Canary Wharf.


Sob o comando do prefeito Boris Johnson, Tower Bridge se abre para a passagem dos arcos olímpicos

http://esporte.ig.com.br/olimpiadas/a-150-dias-dos-jogos-rio-thames-ganha-arco-olimpico-gigante/n1597655496008.html

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Re:Preparações para a Olimpíada de 2012
« Resposta #4 Online: 09 de Março de 2012, 10:18:40 »
Jogos Olímpicos desafiam crise e se tornam evento mais rico com patrocínio recorde e receita da TV

As 11 empresas internacionais que patrocinam os Jogos pagaram quase US$ 1 bilhão pela chance de comercializar seus produtos associados ao evento

Bancos quebraram e países ficaram à beira do colapso desde que Pequim sediou os Jogos Olímpicos em 2008, mas a Olimpíada desafiara a desaceleração econômica, tornando-se um evento ainda mais rico em meio ao patrocínio recorde e receita televisiva.

A receita com a transmissão dos Jogos de Londres este ano e da Olimpíada de Inverno em Vancouver em 2010 vai totalizar US$ 3,9 bilhões, um aumento de 50% em relação ao período anterior de quatro anos.

Além disso, as 11 empresas internacionais que patrocinam os Jogos pagaram quase US$ 1 bilhão pela chance de comercializar seus produtos associados ao evento. Apesar das turbulências na economia global, a Olimpíada se beneficia da forte expansão dos mercados de televisão e globalização do comércio, além de prometer drama humano perante uma enorme audiência.

"Se você quiser considerar uma marca, é uma marca que tem como apelo as emoções mais fortes", afirmou Paul Deighton, ex-banqueiro do Goldman Sachs que atualmente é presidente-executivo do Comitê de Organização para os Jogos de Londres. "Faz as pessoas chorarem de emoção. São grandes histórias emocionantes", acrescentou.

http://esportes.br.msn.com/esportes/jogos-ol%c3%admpicos-desafiam-crise-e-se-tornam-evento-mais-rico-com-patroc%c3%adnio-recorde-e-receita-da-tv

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Re:Preparações para a Olimpíada de 2012
« Resposta #5 Online: 26 de Abril de 2012, 05:18:43 »
Londres 2012: A fábrica de atletas da China

A história de como a China saiu de um quarto lugar em 1992 para ser a maior vencedora das últimas Olimpíadas


Wu Minxia e He Zi saltando na Copa do Mundo de Saltos Ornanamentais de 2012, em Pequim

Qual o segredo do sucesso esportivo da China? Anfitrião dos últimos Jogos Olímpicos, em 2008, o país conseguiu a façanha de superar os Estados Unidos para terminar em primeiro no quadro de medalhas da competição, com 51 medalhas de ouro. Menos de duas décadas antes, nos Jogos de Barcelona, em 1992, a China havia terminado em quarto lugar, com 16 medalhas de ouro.

A ascensão rápida tem origem em um centro de produção de atletas baseado em um conceito: o trabalho. A BBC vem seguindo há um ano o regime de preparação de duas atletas, Wu Minxia e He Zi, da equipe de saltos ornamentais da China, um dos símbolos do fortalecimento esportivo do país.

Em fevereiro, na Copa do Mundo da modalidade disputada no Centro Aquático do Parque Olímpico de Londres, a equipe chinesa arrasou os demais competidores ao levar as oito medalhas de ouro em disputa.

Sem folga
O domingo é normalmente um dia dedicado ao descanso na China, mas não para as duas maiores atletas do salto ornamental no país. Enquanto outras pessoas aproveitam o dia para um almoço em família ou uma ida ao cinema, Wu Minxia e He Zi estão no ginásio, treinando.

As duas atletas esperam ganhar o ouro na Olimpíada em Londres, e isso significa não tirar mais folgas até o início dos Jogos. Elas têm apenas meio dia livre por semana – nas tardes de domingo – que normalmente passam em seus apartamentos, dormindo, vendo TV ou escutando música.

As saltadoras fazem parte do grupo de elite de esportistas chineses que vivem em período integral dentro do sistema.
Eles comem, dormem e treinam nos locais de Pequim gerenciados pela Direção Geral Esportiva do Estado Chinês. Eles têm poucos amigos fora dali.

“Nós vivemos em um círculo pequeno, encontramos pessoas com histórias semelhantes e levamos vidas muito simples”, observa Wu Minxia, que já ganhou duas medalhas de ouro olímpicas.
“As pessoas que vivem do lado de fora, que têm que trabalhar, têm uma relação mais complicada com a sociedade”, afirma.

Saídas raras
As mergulhadoras têm permissão para deixar o complexo, que elas dividem com dezenas de atletas que ganharam medalhas de ouro na Olimpíada de Pequim.

Mas as saídas se limitam a ocasionais visitas ao supermercado localizado em frente ao complexo, alguma eventual ida a um restaurante ou a uma loja para comprar coisas essenciais.

He Zi tem 20 anos, Wu Minxia tem 26, mas nenhuma das duas tem namorado.“Eu coloco todo meu coração e a concentração no treinamento. Não penso em muitas coisas além disso”, afirma He, originária da região autônoma de Guangxi.

Parte do isolamento vem do regime rigoroso de treinamento dos saltadores, mas também parece ser incentivado pelas autoridades esportivas da China.Os atletas são levados de ônibus pela curta distância entre o centro de treinamento e os dormitórios. Durante o percurso, o mundo exterior pode ser apenas vislumbrado pela janela.

Seus apartamentos, cada um dividido por vários outros atletas, são fechados para visitas de fora do complexo.Os esportistas no sistema quase sempre fazem suas refeições juntos também, numa cantina comunal.

'Treinar, comer e dormir'“
A vida dos atletas consiste em três coisas: treinar, comer e dormir. Eles somente se movimentam de um a outro”, observa um funcionário do local.

Mas Wu e He admitem que pensam na vida do lado de fora.“Venho treinando há anos e a fadiga vem crescendo. Preciso de um período de tempo somente para deixar meu cérebro pensar sobre o que devo fazer em seguida”, afirma Wu, originária de Xangai.“Gostaria de levar minha família para viajar de férias”, diz He, que não pode voltar à sua cidade natal nem mesmo uma vez ao ano.

Mas o tempo para pensar no futuro é escasso. Neste momento, as duas saltadoras têm seus olhos firmemente voltados para Londres, onde devem competir juntas no salto sincronizado de 3 metros para mulheres.“Já tive momentos difíceis, mas nunca pensei seriamente em desistir. Ainda tenho um sonho, e isso me faz continuar”, afirma.

http://olimpiadas.ig.com.br/2012-04-25/londres-2012-a-fabrica-de-atletas-da-china.html

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Re:Preparações para a Olimpíada de 2012
« Resposta #6 Online: 26 de Abril de 2012, 19:19:10 »
Mais de 4.000 pessoas testam o transporte público para Olimpíadas de Londres

Mais de 4.000 pessoas viajaram desde segunda-feira para a capital britânica como parte de uma simulação da organização dos Jogos Olímpicos de Londres-2012 (27 de julho a 12 de agosto), que pretende testar a eficácia dos transportes públicos.

Os resultados do exercício, que terminou hoje, serão levados em consideração pelos organizadores, os serviços de emergência e saúde, as autoridades e os coordenadores do transporte público.

"Este exercício nos permite testar a eficácia e a capacidade de tomar decisões durante os Jogos. Vamos testar a comunicação entre os organizadores, os meios de comunicação, os serviços públicos e o grande público", afirmou o ministro da Cultura, Meios de Comunicação e Esporte, Jeremy Hunt.

O transporte de Londres, já saturado diariamente em circunstâncias normais, receberá três milhões de passageiros adicionais por dia durante os Jogos Olímpicos, com 10.500 atletas, 9.000 funcionários, 20 mil jornalistas e milhões de espectadores esperados na capital.


Interior do novo saguão da estação de trem King's Cross, em Londres

http://www1.folha.uol.com.br/turismo/1080983-mais-de-4000-pessoas-testam-o-transporte-publico-para-olimpiadas-de-londres.shtml

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Offline Barata Tenno

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Re:Preparações para a Olimpíada de 2012
« Resposta #7 Online: 26 de Abril de 2012, 21:11:22 »
Imagina que legal via ser se houverem jogos em SP numa sexta a tarde e chover..........
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